Nigéria/Governo confirma o sequestro de 136 alunos no domingo
Bissau, 03 Jun 21(ANG) – Cento e trinta e seis alunos de uma escola privada muçulmana foram sequestrados por homens armados no domingo no Estado do Níger, região central da Nigéria, confirmaram as autoridades locais.
“O Governo do Estado do
Níger confirma que o número de alunos sequestrados por homens armados na escola
muçulmana Salihu Tanko, localizada em Tegina, é de 136”, declarou o Governo
nigeriano numa mensagem publicada na rede social Twitter na noite de
quarta-feira.
As forças de segurança
“estão a fazer o possível para garantir o retorno seguro das crianças”,
garantiu o Governo nigeriano, mas agem “com cautela na perseguição aos bandidos
para evitar danos colaterais”.
As autoridades estaduais
também pedem ajuda ao Governo federal para “equipá-los melhor” para enfrentar
esses grupos de sequestradores.
Cerca de 200 alunos
estavam na escola Salihu Tanko, no Estado do Níger, na altura do ataque no
domingo à tarde. Alguns conseguiram escapar e os sequestradores libertaram
alguns alunos, com idades entre 4 e 12 anos, porque eram “pequenos demais para
andar”, disse um dos funcionários da escola à agência de notícias AFP.
Este mais recente rapto
de crianças no país ocorreu no dia seguinte à libertação de 14 estudantes no
estado de Kaduna (norte da Nigéria), após 40 dias de detenção.
Cinco estudantes foram
executados pelos seus raptores nos dias que se seguiram ao rapto para
pressionar as famílias e forçar o Governo a pagar um resgate.
As famílias, citadas
pela imprensa local, disseram ter pago um total de 180 milhões de nairas
(357.000 euros) para recuperarem os filhos.
O ataque de domingo é o
mais recente de uma série de sequestros de crianças em idade escolar e
estudantes, nos últimos meses no centro e noroeste da Nigéria, onde há uma
década gangues armados aterrorizam as populações, saqueando vilas, roubando
gado e praticando raptos para obter resgates.
Sem contar os estudantes
sequestrados no domingo, pelo menos 730 crianças e adolescentes já foram
raptados desde Dezembro de 2020.
O país mais populoso da
África enfrenta enormes desafios de segurança, incluindo uma rebelião
‘jihadista’ no nordeste, que ceifou mais de 40.000 vidas desde 2009. ANG/Inforpress/Lusa
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