sexta-feira, 4 de março de 2022

Direitos Humanos/Observatório exorta autoridades guineenses a garantir integridade física dos defensores dos Direitos Humanos

Bissau, 04 Mar 22 (ANG) – O Observatório de Direitos Humanos exortou as autoridades guineenses a tomarem  medidas necessárias para proteger, em qualquer cirunstância, a integridade física e o bem-estar psicológico de todos os defensores dos direitos humanios e dos militantes da Sociedade Civil do país.

A exortação consta nun documento da referida organização à que a ANG teve acesso hoje, no qual se denuncia que o Presidente da Liga Guineense de Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva e o seu Vice, Bubacar Turé receberam ameaças de morte anónimas e visitas intimidatórias de homens, nos respetivos domicílios após as conferências de imprensa realizadas depois da tentativa de golpe de Estado do passado 01 de Fevereiro.

O Observatório, no mesmo documento, revelou que na primeira conferência de imprensa, ao reagir aos acontecimentos  ataque do Palácio do Governo, a LGDH pediu que seja realizada uma investigação transparente, para que os responsáveis pelos referidos acontecimentos pudessem responder perante a justiça.

Segundo Observatório,  as autoridades guineenses não terão gostado do teor das declarações dos dirigentes da Liga, e começaram “ a intimidar e ameaçar os membros da LGDH”.

 “A 10 de Fevereiro  de 2022, a LGDH deu a segunda conferência de imprensa na qual denunciou as atrocidades cometidas por  indivíduos não identificados contra  cidadãos e meios de comunicação social, nomeadamente, o ataque às instalações da Rádio Capital FM, bem como a deterioração dos direitos humanos no país”, indica o documento.

Na mesma sequência, segundo o Observatório, a residência do antigo presidente da LGDH, Luís Vaz Martins foi invadida por homens armados e ele teve de fugir para um lugar mais seguro.

A organização insta ainda as autioridades a pôr fim à todos os atos de assédio contra todas as organizações envolvidas em atividades legítimas de defesa dos diritos humanos na Guiné-Bissau, e a garantir que possam conduzir as suas atividades sem entraves ou receio de represálias.

Manifesta a sua preocupação quanto à deterioração da situação em matéria de segurança no país e o seu impacto nos defensores dos direitos humanos, nos meios de comunicação social independentes e nas organizações da sociedade civil.

 Sustenta que os referidos ataques atentam gravemente contra os direitos humanos fundamentais reconhecidos internacionalmente, nomeadamente, a liberdade de expressão e a  de associação.

O Observatório para a Proteção dos Direitos Humanos foi criado em 1997 pela  Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) e a Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT) e traça como objetivo,  prevenir ou remediar situações de repressão contra os defensores dos direitos humanos. ANG/DMG/ÂC//SG

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