segunda-feira, 1 de julho de 2024

Sociedade/”As manifestações vão continuar enquanto o país continuar sem saúde e educação”, diz líder da Frente Popular  

Bissau, 01 Jul 24 (ANG) -  O líder da Frente Popular disse que vão prosseguir com as manifestações enquanto  o país continuar a ter um estado de saúde doente, uma educação precária, a fome que  ceifa vidas humanas e estradas degradadas.

Armando Lona falava no fim de semana, em conferência de imprensa sobre a realização de mais uma marcha de protesto pela  Frente Popular - novo movimento da socedade civil, prevista para  27 de Julho, em todo o território nacional.

 Lona disse que a  Frente Popular é uma organização dos guineenses que têm a consciência de que o país vai mal e se levantaram para lutar para o bem-estar da população.

"Estamos aqui para deixar a nossa voz de inconformismo e com a esperança de lutar pela nossa terra. O guineense é um povo bravo que marcou a história da humanidade que até hoje é ensinado em diferentes academias de diferentes partes do mundo. É o mesmo guineense que está aqui a reclamar que quer a Guiné-Bissau de volta para marcar a África e o mundo”, disse.

O líder da Frente Popular apontou como alerta de que a Guiné-Bissau vai mal as  greves em curso nos setores sensíveis , nomeadamente,  na saúde e educação, e diz que cada vez que um hospital entra em greve, em cinco minutos perdem-se muitas vidas humanas.

Sustentou que a função de um Estado é garantir segurança e bem estar das populações,  que diz não existirem na Guiné-Bissau, e que dados que existem são inquietantes.

Armando Lona disse que mais de 300 mil guineenses não garantem o almoço nas suas casas, e que em cada   mil crianças que nascem nos hospitais ou fora  cerca de 51 morrem,  e que 700 mulheres morrem   em cada 100 mil no momento de parto.

“Enquanto  cidadãos deste país não podemos ficar calados perante esta situação. A Frente Popular se levantou com o propósito de lutar para que a Guiné-Bissau seja um país organizado, quer pelos seus filhos assim como por  cidadãos de outros países que escolheram o país como segunda pátria”, disse.

Lona diz que não se insurgiram contra ningém em particular mas sim contra o     “Regime que mantém o povo na escravatura”.

Alega  que, o que a Frente Popular está a fazer é um exercício de cidadania, prevista na Constituição da República, artigo 51 –Liberdade Manifestação.

Declarou que a detenção que sofreram na marcha passada não afetou as suas determinações de lutar pelo país, porque “a Guíné-Bissau está acima de todos”.

Armando Lona afirmou que a diversidade cultural é a riqueza da nação, guineense, pelo que todos são bem-vindo nessa luta pacífica pela Guiné-Bissau.
ANG/MI/ÂC//SG

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