Sociedade/”As manifestações vão continuar enquanto o país continuar sem saúde e educação”, diz líder da Frente Popular
Bissau, 01 Jul 24
(ANG) - O líder da Frente Popular disse
que vão prosseguir com as manifestações enquanto o país continuar a ter um estado de saúde
doente, uma educação precária, a fome que ceifa vidas humanas e estradas degradadas.
Lona disse que a Frente Popular é uma organização dos guineenses
que têm a consciência de que o país vai mal e se levantaram para lutar para o
bem-estar da população.
"Estamos aqui
para deixar a nossa voz de inconformismo e com a esperança de lutar pela nossa
terra. O guineense é um povo bravo que marcou a história da humanidade que até
hoje é ensinado em diferentes academias de diferentes partes do mundo. É o
mesmo guineense que está aqui a reclamar que quer a Guiné-Bissau de volta para
marcar a África e o mundo”, disse.
O líder da Frente
Popular apontou como alerta de que a Guiné-Bissau vai mal as greves em curso nos setores sensíveis ,
nomeadamente, na saúde e educação, e diz
que cada vez que um hospital entra em greve, em cinco minutos perdem-se muitas
vidas humanas.
Sustentou que a
função de um Estado é garantir segurança e bem estar das populações, que diz não existirem na Guiné-Bissau, e que
dados que existem são inquietantes.
Armando Lona disse
que mais de 300 mil guineenses não garantem o almoço nas suas casas, e que em
cada mil crianças que nascem nos hospitais ou fora cerca de 51 morrem, e que 700 mulheres morrem em cada
100 mil no momento de parto.
“Enquanto cidadãos deste país não podemos ficar calados perante
esta situação. A Frente Popular se levantou com o propósito de lutar para que a
Guiné-Bissau seja um país organizado, quer pelos seus filhos assim como por cidadãos de outros países que escolheram o
país como segunda pátria”, disse.
Lona diz que não se
insurgiram contra ningém em particular mas sim contra o “Regime que mantém o povo na escravatura”.
Alega que, o que a Frente Popular está a fazer é um
exercício de cidadania, prevista na Constituição da República, artigo 51 –Liberdade
Manifestação.
Declarou que a
detenção que sofreram na marcha passada não afetou as suas determinações de
lutar pelo país, porque “a Guíné-Bissau está acima de todos”.
Armando Lona afirmou
que a diversidade cultural é a riqueza da nação, guineense, pelo que todos são
bem-vindo nessa luta pacífica pela Guiné-Bissau.
ANG/MI/ÂC//SG
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