quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Associativismo


          Novos órgãos sociais da RENAJ entram em funções

Bissau 20 de Fev. 19 (ANG) – Os novos órgãos sociais da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ), saídos da sua última Assembleia Geral (AG), realizada no passado dia 02 de Fevereiro do ano em curso, tomaram posse terça-feira em Bissau.

Na cerimónia, Seco Duarte Nhaga, o recém-empossado presidente da RENAJ, disse que a oitava Assembleia Geral da organização serviu de exemplo e a lição de moral para a classe política guineense em especial para os concorrentes as eleições de 10 de Março próximo.

 "A RENAJ demonstrou a sua maturidade durante este processo de realização da sua Assembleia Geral, mesmo sendo os candidatos provenientes da mesma direcção cessante, pois conseguiu-se efectuar uma transição pacífica e demonstrando  ser uma organização adulta e responsável" disse Seco Duarte Nhaga.

Disse ainda que os desafios da conjuntura  económica e social que o país apresenta exigem da RENAJ uma mudança radical de paradigma e estratégia da intervenção.

Segundo Presidente recém-empossado, os diagnósticos feitos pela sua organização, constatou problemas sérios e preocupantes junto das associações juvenis, dentre os quais, a fraca dinâmica, desaparecimento das organizações juvenis e falta da democracia interna.

Nhaga disse acreditar que, com base no projeto da nova direção, a RENAJ, vai transformar, de forma robusta, o voluntariado juvenil para o profissional, de forma a atender e responder  os assuntos dos jovens guineenses.

Exortou a juventude a  dizer basta aos políticos e deixarem de ser “papéis descartáveis”, que os partidos políticos usam nas campanhas eleitorais e depois delas não se interessam mais dos seus assuntos.

Por sua vez, o Presidente cessante e candidato derrotado na última AG da RENAJ, Gueri Gomes Lopes disse que o ato simboliza a maturidade da Rede, no processo da democracia e da convivência sã.

No seu último discurso como presidente da RENAJ, agradeceu à todos os colegas e associações juvenis e organizações parceiras, que durante os três anos do seu mandato, têm colaborado em execuções de projetos da direção para o bem da juventude guineense.

Gueri disse que durante o seu mandato adquiriu experiências e conhecimentos em cada acão, parafraseando Napoleão Bonaparte, "cada tempo perdido na juventude é um embrião de infelicidade no futuro".

Por último desejou  boa sorte ao novo presidente  e  a sua equipa.
0s novos órgãos empossados da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ),contam com 13 elementos, nove rapazes e quatro raparigas, das quatro uma ocupou o posto de Vice-presidente e a outra o cargo de Presidente da mesa de Assembleia Geral. 

ANG/CP/AC//SG

Ativismo/Distinção

  Miguel de Barros considerado uma das personalidades mais influente da África Ocidental

Bissau,20 fe 19 (ANG) - O ativista guineense Miguel de Barros foi considerado uma das personalidades mais influentes de 2018 pela Confederação da Juventude da África Ocidental (CWAY) e deverá receber o prémio no final do março, no Togo, segundo a nota da distinção.

Segundo a  Lusa, na carta de distinção, Miguel de Barros, sociólogo de 39 anos,  é referenciado como sendo "alguém de quem se celebra as muitas conquistas, como modelo para jovens líderes" da África Ocidental.

"Este prémio reconhece a sua integridade e perseverança, enquanto personalidade com visão estratégica e progressista com realizações mensuráveis na área da liderança e desenvolvimento socioeconómico na África Ocidental e para além dela", lê-se na carta.

No próximo dia 30 de março, Miguel de Barros vai receber o prémio no âmbito do fórum "Novos Líderes, Nova África", coorganizado pela Confederação de Jovens Líderes da África Ocidental (CWAY, em sigla inglesa) e pela Organização Africana de Jovens.

Segundo a  carta de distinção a Miguel de Barros  metade da população africana atual tem menos de 40 anos, mas que ainda assim os jovens não têm assumido posições de lideranças, embora constituam o grosso dos votantes em eleições.

Os organizadores do fórum entendem que o continente africano precisa de reduzir a idade legal para permitir que os jovens possam concorrer aos lugares de liderança dos respetivos países.

Só na Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) estima-se que existam cerca de 200 milhões de jovens. O fórum, a ter lugar em Lomé, a capital do Togo, vai discutir qual o verdadeiro lugar dos jovens no continente africano.

Em novembro passado, Miguel de Barros venceu o prémio humanitário Pan-Africano de Excelência em Pesquisa e Impacto Social e recebeu um galardão numa cerimónia realizada em Marrocos.

Miguel de Barros é pós-graduado em sociologia e planeamento pelo ISCTE, em Portugal, do qual é investigador associado do Centro de Estudos Africanos, é investigador do Instituto Nacional de Pesquisas (INEP) da Guiné-Bissau e também membro do Conselho para o Desenvolvimento de Pesquisa em Ciências Sociais em África - CODESRIA.

Tem desenvolvido pesquisas e publicado em revistas científicas internacionais nos domínios da juventude, voluntariado, sociedade civil, media, direitos humanos, governação comunitária, segurança alimentar, migrações, feiras livres, literatura e música rap.

Atualmente, Miguel de Barros é diretor executivo da ONG Tiniguena, que se destaca no trabalho da promoção, preservação e conservação do ambiente na Guiné-Bissau.

É também fundador da Corubal, uma cooperativa de produção e divulgação de trabalhos científicos e culturais na Guiné-Bissau.


ANG/Lusa

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Radiodifusão Nacional


“Tratamento igual aos partidos políticos será difícil nessa campanha eleitoral”, diz diretor de informação

Bissau, 19 Fev 19 (ANG) – O Diretor de Informação da Radiodifusão Nacional, Nilson Mendonça disse que o tratamento igual aos partidos políticos vai ser difícil nessa campanha eleitoral, justificando que nem todos têm meios a disposição para os seus militantes nem para a imprensa.

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Em entrevista exclusiva esta terça-feira à ANG, Nilson Mendonça afirmou que atualmente a rádio não está a fazer o seu trabalho como deve ser ou como o governo quer e como manda a lei - que é  garantir à todos  os partidos políticos  igual  cobertura eleitoral  e transmissão das suas mensagens,  devido à falta de meios financeiro e logísticos.

“ Como podemos deslocar para fazer a cobertura eleitoral em Catió, se a Rádio não tem nenhuma viatura para o tal. As viaturas que temos estão com problemas e não podemos fazer um jornalista e condutor irem fazer os trabalhos porque tudo isso são meios, e o governo que tem de assegurá-los”, revelou.

Informou que a rádio está a fazer esforço interno que permite cobrir alguns candidatos, acrescentando que tudo isso também é de uma forma limitada.

Lamentou a não disponibilização de verbas que deveriam permitir cobertura igual aos 21 partidos concorrentes às legislativas de Março, acrescentando que a Rádio está  preparada para fazer a cobertura, caso houver meios .

Nilson Mendonça afirmou que já foi criada o jornal de campanha que permite à todos os partidos divulgarem as suas informações, e que igualmente estão criadas as condições  técnica que  permitem a difusão dos  tempos de antena dos partidos concorrentes.

Mendonça sublinhou que o governo ainda tem tempo suficiente para   criar condições aos órgãos de comunicação públicos para permitir que esses façam os seus trabalhos com isenção a fim de os políticos passarem os seus projetos de desenvolvimento para que os cidadãos façam boa escolha. 

O Código de conduta dos meios de comunicação social durante a campanha eleitoral, subscrita pela imprensa nacional prevê que à todos os concorrentes (21) sejam dados oportunidades iguais de cobertura jornalística, apresentando os projectos e mensagens dos concorrentes de forma a facilitar a escolha dos eleitores. 

ANG/DMG//SG

Campanha eleitoral


Órgãos públicos de comunicação social sem meios para cobertura jornalística

Bissau, 19 Fev 19 (ANG) – Os Directores dos dois órgãos públicos da imprensa escrita nomeadamente a Agência de Notícias da Guiné (ANG) e o Jornal Nô Pintcha afirmaram que tecnicamente estão prontos para fazer a cobertura da campanha eleitoral, mas que se  debatem com a falta de meios para trnasporte e assistênca aos jornalistas e técnicos indigitados para o efeito.


Em entrevista exclusiva à ANG, o director do jornal Nô Pintcha disse que até esta terça-feira a sua instituição não fez nenhuma cobertura eleitoral devido a falta de meios financeiro para deslocação do jornalista ao terreno e que também não recebeu nenhum convite por parte dos partidos políticos.

Simão Abina acrescentou  que não deseja que seu jornalista vai à reboque dos partidos políticos como do costume.

Disse que desta vez queria  que todos os repórteres do jornal se deslocassem com seus próprios meios para as despesas de  alojamento, refição e  transporte.

Explicou que os órgãos públicos fizeram um orçamento e plano de trabalho desdeo  mês de Agosto último e entregaram ao governo, que veio a ser alterado desde Janeiro mas que até ao momento não receberam a subvenção que o governo tinha prometido.

 Por sua vez o director da ANG, órgão que também se encontra nas mesmas condições, disse  ter informações de que o governo providenciava apoios aos órgãos para a cobertura eleitoral mas que até então,ja la vão  tres dias de campanha, não se sabe ao certo se haverá ou não esse apoio.

Salvador Gomes referiu ainda que  soube que o SINJOTECS também estava a deligenciar apoios para, em melhores cobdições, os orgãos de comunicação socal nacional fizessem face as suas obrigações de cobertura da campanha eleitoral, mas que não  sabe em que pé está as refeirdas deligências junto do governo e de parceiros do Sindicato Nacional de Jornalistas e Tecnicos de Comunicação Social.

“Na ausência de condições para se deslocar ao interior vamos cobrir os comícios e outras actividades de campanha ao nível de Bissau, conforme as nossas capacidades”, assegurou Salvador Gomes.

A camapanha eleitoral cumpre hoje o seu quarto dia, para além de problemas logísticas que afectam aos órgãos públicos de comunicação social há o problema de falta de calendário de actividades dos partidos político concorrentes, que deveriam ser disponibilizados aos órgãos de comunicação social. 

ANG/JD//SG

Segurança interna



                             Novo ministro de Interior toma posse

Bissau, 19 Fev 19 (ANG) – O novo ministro do Interior, Edmundo Mendes foi hoje investido nas funções e anunciou como prioridade a manutenção da segurança interna para que o processo eleitoral possa decorrer de forma tranquila e em paz.

Sobre a violência que tem vindo a ganhar proporção nos últimos tempos nos bairros periféricos de Bissau, Mendes disse que é natural que o ministério que tutela tenha  por opção garantir segurança e o bem-estar da população.

“O nosso trabalho vai basear nas leis da república, vamos garantir a segurança para que a Guiné-Bissau seja um lugar seguro e nós vamos trabalhar nesta direcção, e, obviamente, depois desta cerimónia vou reunir com as estruturas do ministério para delinear a forma como vamos trabalhar com vista a garantir a segurança, estabilidade e bem-estar do nosso povo”, disse.

Falando da protecção que as Forças da Manutenção da Paz da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (Cedeao) instalada no país denominada Ecomib esta a dar a certos candidatos em detrimento dos outros Edmundo Mendes disse que não é da sua competência alterar os acordos que justificaram a vinda da força estrangeira no país, acrescentando que estão cá para dar apoio a Guiné-Bissau no sentido que o país volte a normalidade.

Mendes garantiu que vai fazer tudo para  dar  segurança em pé de igualdade para todos os candidatos em função dos meios disponíveis, salientando que não justifica dar  maior segurança à alguns e menos segurança à outros.

Mendes acrescentou entretanto  que  a protecção é dada em função da importância ou o risco de cada candidato.

“Não queremos que isso seja politizado, porque isso não e a nossa função. O nosso exercício é de ser imparcial, actuar com base na objectividade, sermos claros nas acções é o que vamos fazer. Não vamos inventar e nem sair fora das nossas atribuições ”,garantiu  Edmundo Mendes, magistrado e ex-procurador-geral da República nomeado segunda-feira por um decreto presidencial, preenchendo uma vaga existente no executivo há vários meses. 

AMG/MSC//SG

Política/Lei da Paridade




Bissau,19 Fev 19(ANG) - A Comissão Nacional de Eleições (CNE) solicitou segunda-feira ao Ministério da Economia e Finanças que aplique perda de benefícios fiscais à 13 partidos políticos por incumprimento da Lei da Paridade.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Partido de Renovação Social (PRS), o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), a Assembleia do Povo Unidos - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e a Frente Patriótica de Salvação Nacional, estão entre os 13 partidos que não observaram a lei da paridade.

Num comunicado divulgado à imprensa, a CNE refere que constatou que 13 partidos políticos "não observaram" o previsto no artigo 4.º(números 1,2 e 3) da Lei da Paridade.

"Em consequência, a Comissão Nacional de Eleições vai comunicar ao Ministério da Economia e Finanças e outras entidades da administração fiscal, para o estrito cumprimento do artigo 10.º (número 1) da referida lei, no que concerne a perda de benefícios fiscais", indica.

O artigo 10.º da Lei da Paridade refere que os partidos que violem a "observação de uma maior igualdade de oportunidade na esfera de decisão, promovendo a paridade entre homem e mulher, "perdem todas as isenções fiscais que deviam beneficiar

A Lei da Paridade fixa uma quota mínima de 36% para a participação de mulheres nas listas de candidatos ao parlamento nacional e nas eleições autárquicas.

A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas a 10 de março. A campanha eleitoral arrancou no sábado e vai decorrer até 08 de março. Participam nas eleições legislativas 21 partidos políticos. 

ANG/Lusa

Religião


Vaticano apresenta cimeira sobre protecção de crianças e abusos sexuais na igreja

Bissau, 19 fev 19 (ANG)  - A cimeira sobre protecção de crianças e abusos sexuais na Igreja, que reunirá no Vaticano os presidentes de todas as conferências episcopais de 21 a 24 de Fevereiro, foi apresentada segunda-feira em conferência de imprensa.
Na conferência de imprensa, no Vaticano, estiveram presentes figuras que se têm destacado no trabalho desenvolvido a pedido do papa Francisco para combater os abusos sexuais na Igreja, entre os quais o arcebispo de Malta e secretário adjunto da Congregação para a Doutrina da Fé, Charles J. Scicluna.
Charles J. Scicluna foi o enviado do papa ao Chile no início de 2018 para uma investigação, tendo produzido um relatório que inclui 64 testemunhos e que acabou por desencadear a renúncia em bloco dos bispos chilenos.
O papa assumiu na altura o compromisso de reparação dos danos e de mudanças na Igreja, as vítimas aplaudiram e as autoridades policiais avançaram com uma investigação que ainda decorre e que já levou à identificação de mais de 200 vítimas.
No encontro de hoje com os jornalistas estará ainda o arcebispo de Chicago, Blase J. Cupich, o presidente da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger - Bento XVI, padre Federico Lombardi, e o presidente do Centro para a Protecção de Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana e membro da Pontifícia Comissão para a Protecção de Menores, padre Hans Zollner.
O escândalo dos abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica foi um dos grandes desafios do papa em 2018.
O abuso sexual contra crianças durante anos e anos chegou a ser classificado pelo secretário do papa emérito Bento XVI como "o 11 de Setembro da Igreja Católica", um momento apocalíptico com incontáveis vítimas.
Os relatos e as notícias de abusos tiveram também impacto na Igreja dos Estados Unidos, onde um relatório de um grande júri da Pensilvânia revelou que pelo menos mil crianças foram vítimas de 300 padres nos últimos 70 anos, e que gerações de bispos falharam repetidamente na adopção de medidas para proteger a comunidade e punir os violadores.
No sábado, o Vaticano expulsou do sacerdócio o ex-cardeal e arcebispo emérito de Washington Theodore McCarrick, acusado de abusos sexuais a menores e a seminaristas.
A expulsão surgiu na sequência de uma investigação ordenada pelo papa Francisco, tendo a Congregação para a Doutrina da Fé imposto a McCarrick a redução ao estado laico.
Os casos estendem-se ainda a países como a Alemanha, Irlanda, Holanda, Austrália, França e Espanha.
Na Alemanha, um relatório interno encomendado pela Conferência Episcopal alemã aponta para 3.677 casos de abusos sexuais cometidos por 1.670 elementos da Igreja Católica entre 1946 e 2014 e na Holanda pelo menos 20 bispos e cardeais holandeses foram associados a abusos sexuais.
Na Austrália, o cardeal George Pell, que dirigia a Secretaria da Economia do Vaticano, foi considerado culpado por um tribunal em Melbourne de abuso sexual a duas crianças.
Em Agosto, a poucos dias de uma visita à Irlanda, o papa escreveu a todos os católicos do mundo, condenando o crime de abuso sexual por parte de padres e exigindo responsabilidades.
Na carta, o papa Francisco pediu perdão pela dor sofrida e disse que os leigos católicos devem envolver-se na luta para erradicar o abuso e o seu encobrimento.
Na Irlanda, o papa Francisco encontrou-se com vítimas de abusos sexuais e lamentou a forma como a Igreja irlandesa respondeu aos crimes.
Mais de 14.500 pessoas declararam-se vítimas de abuso sexual por parte de padres e a hierarquia da Igreja irlandesa é acusada de ter encoberto centenas de sacerdotes.
No dia 12 de Setembro, Francisco decidiu marcar uma cimeira sobre os abusos sexuais na Igreja, convocando os presidentes de todas as conferências episcopais.
ANG/Angop

Eleições legislativas


              "GTAPE não vê fantasmas que outros dizem existir”, diz Na Bitan

Bissau,19 Fev 19(ANG) - O diretor adjunto do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) na Guiné-Bissau, Cristiano Na Betam, afastou segunda-feira qualquer possibilidade de existência de 'eleitores-fantasma' como alegam alguns partidos do país.

Em comícios de abertura da campanha para as legislativas de 10 de março, os partidos Partido da Renovação Social (segunda formação mais votada nas últimas eleições) e Movimento para a  Alternância Democrática retomaram as suspeitas sobre a alegada existência de cerca de 200 mil 'eleitores-fantasma' que o GTAPE estaria a preparar para introduzir no banco de dados dos eleitorais.

Os dois partidos acusam o primeiro-ministro, Aristides Gomes, de ter dado ordens ao GTAPE nesse sentido.

Segunda-feira em declarações à Lusa, Cristiano Na Betam disse ser impossível a existência de 'eleitores-fantasma' no atual processo e afirmou que os partidos já foram "devidamente esclarecidos" sobre o que se passa em relação a "pouco mais que 100 mil eleitores, e não os 200 mil de que se ouve falar".

Na Betam negou que sejam eleitores não recenseados e explicou que se trata de pessoas cujos dados não foram passados de forma automática dos computadores do registo eleitoral para o servidor central do GTAPE, durante a chamada sincronização de dados.

Durante os cruzamentos alfanuméricos e biométricos dos registos eleitorais, percebeu-se que haviam muitos recenseados cujos nomes não apareciam nos cadernos, indicou o responsável, tendo de pronto o GTAPE procedido ao apuramento daquela situação.

"Notámos que havia registos que ficaram encapsulados nas memórias dos computadores do recenseamento", sublinhou Cristiano Na Betam, negando que se tratam de 200 mil eleitores.

"Estamos a falar de 100 e tal mil eleitores", observou Na Betam, acrescentando que os dados daqueles eleitores não foram introduzidos corretamente nos computadores do recenseamento, nomeadamente as impressões digitais e logo não foram assumidos de forma normal pelas máquinas.

O responsável do GTAPE esclareceu que não se trata de novos eleitores, mas admitiu que o número final de inscritos para votarem no dia 10 de março irá aumentar, com a junção dos "100 e tal mil eleitores" no banco de dados.

No passado dia 23 de janeiro, o GTAPE divulgou que foram registados 733.081 mil potenciais eleitores.

Cristiano Na Betam adiantou à Lusa que já não será possível entregar, na terça-feira, os cadernos eleitores definitivos à Comissão Nacional de Eleições (CNE), como estava previsto, e que os mesmos só estarão prontos na quinta-feira, dia 21.

ANG/Lusa 

Política


Bissau,19 Fev 19(ANG) - O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse segunda-feira que desistiu de visitar a Guiné-Bissau em véspera das legislativas porque houve “reservas” quanto à deslocação, considerando injustas as críticas que recebeu do partido Madem G-15, no arranque da campanha eleitoral.

Soares Sambú, dirigente do Movimento de Alternância Democrática (MADEM-G15) e antigo chefe da diplomacia guineense, criticou no sábado, num comício em Bafatá, leste da Guiné-Bissau, o facto de Jorge Carlos Fonseca, que é também presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), recusar visitar o país com receio de a sua viagem poder perturbar a campanha eleitoral.

“Não creio que seja uma observação justa”, respondeu hoje o Presidente cabo-verdiano, após uma visita à sede da CPLP, em Lisboa.

“Naturalmente que eu ponderei ir a Bissau [na qualidade de presidente em exercício da CPLP] antes da realização das eleições, mas sempre disse que, no contexto que se vive neste momento, a ida do presidente de Cabo Verde na qualidade de presidente em exercício da CPLP exigia que esta visita constituísse uma mais valia do ponto de vista da ajuda à solidez do processo eleitoral”, disse Jorge Carlos Fonseca, adiantando que “se houvesse algumas reservas” e “diferenças de opinião” sobre a utilidade da mesma seria preferível cancelá-la para “não prejudicar o processo eleitoral”.

Jorge Carlos Fonseca destacou que a CPLP “acompanha o processo eleitoral através de contactos diferenciados”, através dos quais se apercebeu de que não havia consenso quanto à visita.

Apontou reservas a “alguns setores da opinião publica” e ao presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, segundo o qual a visita “poderia ser mal interpretada” e embora “outras vozes” considerassem que a visita seria bem-vinda “e contribuiria para um desenrolar pacifico das eleições, entendeu que “as vozes” não estavam todas “em consonância”.

“Eu quis evitar que pudesse constituir um fator de perturbação ou de conflitualidade quando o pressuposto inicial era que a visita pudesse ser um fator de ajuda, de cooperação”, sublinhou o chefe de Estado.

Jorge Carlos Fonseca salientou que “o essencial é que o processo eleitoral decorra com normalidade” e que as eleições sejam reconhecidas como “livres e justas” pelos atores políticos guineense, acrescentando que o assunto foi abordado na encontro de hoje com o secretário-executivo da CPLP, o português Francisco Ribeiro Telles, e todos os representantes permanentes da organização.

“Trocamos impressões sobre processos eleitorais terminados ou em curso no seio da nossa comunidade, concretamente a Guiné-Bissau, e sobre o acompanhamento por uma missão de observadores da CPLP”, afirmou aos jornalistas.

Na agenda estava também o programa da presidência cabo-verdiana e o plano de atividades para o biénio 2018-2020, com destaque para o tema da facilitação da circulação dos cidadãos lusófonos, uma proposta de Cabo Verde e Portugal.

Segundo o Presidente cabo-verdiano foram abordados “aspetos muito concretos que têm a ver com a mobilidade no seio da comunidade e a proposta de um modelo de integração comunitária por fases”, um modelo que espera ver “aceite por todos os estados num prazo curto”. ANG/Lusa

Desporto/futebol


Sporting Clube da Guiné-Bissau e de Bafatá isolados no comando da primeira liga

Bissau, 19 Fev 19 (ANG) – O Sporting Clube da Guiné-Bissau aproveitou no último fim-de-semana, o empate do ex-líder Sporting Clube de Bafatá, na 9ª jornada da prova para igualar aos leões de leste na liderança do campeonato nacional, ambos com um ponto de vantagem sobre o segundo classificado o Sport Bissau e Benfica.

sporting de Bafata
As restantes partidas produziram os seguintes resultados: Sport Bissau e Benfica-1/Bissora-0;Desportivo de Farim-1/Pefine-1;Pelundo-1/União Desportivo Internacional de Bissau (UDIB)-2;, Nuno Tristão de Bula-0/Cavalos Brancos de Cuntum -1, Portos de Bissau -0/ Os Balantas de Mansoa-1.

Tabela Classificativa:
1ª - Sporting Clube da Guiné-Bissau e Sporting Clube de Bafatá ambos com 18 pontos 2ª – Sport Bissau e Benfica – 17 pontos 3ª – UDIB – 16 pontos 4ª – Pefine – 16 pontos 5º - Cavalos Brancos de Cuntum – 16 pontos

Entretanto, na linha de despromoção constam as  equipas de Desportivo de Farim com 5 pontos na tabela classificativa, de seguida Lagartos de Bambadinca com  3 pontos.

Para a 10ª jornada estão agendadas os seguintes encontros: UDIB / Pefine, Os Balantas de Mansoa / Desportivo de Farim, Cavalos Brancos de Cuntum / Pelundo, Lagartos de Bambadinca / Sporting Clube de Bafatá, Bissora / Nuno Tristão de Bula, Desportivo Recreativo de Gabú / Spot Bissau e Benfica, Sporting Clube da Guiné-Bissau / Portos de Bissau.
ANG/LLA/AC//SG    

Economia

CENTIF capacita quadro de instituições financeiras para  combate ao branqueamento de capitais

Bissau,19 Fev 19 (ANG) – A Célula Nacional de Tratamento de Informações Financeira da Guiné-Bissau (CENTIF), está a levar a cabo ciclos de formações visando o reforço de capacidades das instituições financeiras do país no domínio de luta contra o branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.
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Em declarações à imprensa, na abertura hoje do Ateliê do Reforço de Capacidades de Luta contra o Branqueamento de Capitais e Financiamento de Terrorismo, o representante do Presidente da CENTIF, José Luís Rodrigues afirmou que a iniciativa enquadra-se nas recomendações da última cimeira dos chefes de Estado e de Governos do Grupo Intergovernamental de Acção contra Branqueamento de Capitais em África (GIABA).

“É um organismo responsável na ajuda aos países membros na melhoria da sua situação económica evitando para que os seus circuitos internos sejam usados de forma abusiva pelo branqueamento de capitais ou para fins do financiamento do terrorismo”, explicou.

José Luís Rodrigues sublinhou que neste sentido, a Guiné-Bissau é considerada dentro dessa organização de um “Estado fraco” porque ainda se depara com muitas insuficiências no seu sistema de luta contra branqueamento de capitais.

“Foi com base nesse aspecto que se entendeu que a Guiné-Bissau deve superar essas lacunas. E foi por causa disso que o GIABA, em parceria com a União Europeia, conseguiram rubricar um acordo de assistência técnica  de forma a proporcionar algumas sessões de formação para os operadores das instituições financeiras”, disse.

Adiantou que já levaram a cabo duas acções de formação com actividades para operadores não financeiras e que agora é a vez para trabalhar com os da parte financeira. ANG/AC//SG

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Política


Edmundo Mendes nomeado novo ministro do Interior

Bissau, 18 fev 19 (ANG) -  Edmundo Mendes, antigo Procurador-geral da República acaba de ser anunciado como novo ministro do Interior, preenchendo uma vaga existentes no governo desde novembro de 2018 quanto o então titular, Mutaro Djalo fora demitido , na sequênca de uma carga policial contra estudantes em manifestação contra a paralização das aulas.

O novo titular da pasta do Ministério do Interior é jurista de profissão tendo trabalhado antes como magistrado do ministério público.

A ANG soube que o Ministério do Interior esteve sem titular por todo esse tempo devido a falta de concordância sobre um nome de consenso entre o Presidente da República, José Mário Vaz e o Primeiro-mnistro, Aristides Gomes.  

ANG//SG


Política


 MADEM-G15 deu 72 horas a CEDEAO para retirar escolta militar ao líder do PAIGC

Bissau,18 Fev 19(ANG) - O  dirigente do partido Madem G-15, Soares Sambú deu sábado 72 horas a CEDEAO para retirar escolta militar ao presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, ou garanta as mesmas condições de segurança a todos os candidatos  às eleições.

"Não pode haver filhos e enteados na mesma comunidade", afirmou Soares Sambú, ou então, disse, o seu partido irá tomar outras medidas, juntamente com os seus parceiros.

Segundo a agência portuguesa-Lusa, Soares Sambú falava num comício na abertura da campanha eleitoral em Bafatá, Leste da Guiné-Bissau no qual criticou o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, por o chefe de estado cabo-verdiano ter desistido de realizar uma visita a Bissau, em vésperas das legislativas marcadas para 10 de março, com receio de a sua viagem poder perturbar a campanha eleitoral.

Para Sambú,antigo chefe da diplomacia guineense, Jorge Carlos Fonseca vinha à Guiné-Bissau, não na qualidade de presidente de Cabo Verde, mas como líder em exercício da conferência de chefes de Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Segundo o dirigente do MADEM G-15, partido criado em 2018 por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), os guineenses "não se vão esquecer daquela falta de solidariedade" de Jorge Carlos Fonseca.

Soares Sambú entende que não fará sentido que o líder cabo-verdiano visite a Guiné-Bissau só depois das eleições de 10 de março, como o próprio prometeu.

"Para nós é uma pena, porque os verdadeiros amigos são conhecidos no momento da dificuldade", observou Sambú.  ANG/Lusa

Nigéria


Retoma da campanha após adiamento das eleições

Bissau, 18 fev 19 (ANG)  - Os motores da campanha voltam a ligar-se depois do adiamento inesperado das eleições gerais na Nigéria a poucas horas da abertura das urnas no passado sábado, e que poderá custar ao país milhares de milhões de dólares.
Num país marcado por elevadas taxas de desemprego, onde as deslocações representam sacrifícios para muitos, centenas de milhares de pessoas viajaram das cidades onde moram para votar nas regiões de origem ou onde se encontram inscritas nos recenseamentos eleitorais.
A maior parte das empresas nigerianas, incluindo o porto de Lagos, importante porta de entrada de bens de primeira necessidade num país de 190 milhões de habitantes, primeira economia do continente africano, encerraram na sexta-feira para permitir aos seus funcionários a deslocação para votar. Os aeroportos e as fronteiras terrestres foram também encerrados.
“Os custos deste adiamento são inimagináveis. A economia parou parcialmente na sexta-feira e completamente no sábado”, afirmou à publicação nigeriana Sunday Vanguard o director da Câmara de Comércio e Indústria de Lagos, Muda Yusuf, que estima perdas financeiras na ordem dos 1,5 mil milhões de dólares.
Mas “o que custará ainda mais caro será o que isto pesará na reputação” do país, considera o economista Bismark Rewane a uma outra publicação nigeriana, o ThisDay, elevando o custo do adiamento das eleições para entre nove e 10 mil milhões de dólares, na ordem dos dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nigeriano, a longo prazo.
A Comissão Eleitoral (INEC) anunciou o adiamento do escrutínio para o próximo dia 23 de Fevereiro, poucas horas antes do início previsto para a abertura das urnas no passado sábado, que iriam receber os votos para a eleição do Presidente e vice-presidente do país, assim como para a escolha dos deputados e senadores que ocuparão os assentos nas duas câmaras do Parlamento durante os próximos quatro anos.
As eleições para os governadores decorrerão no próximo dia 09 de Março, em vez de dia 02, como anteriormente previsto.
Mahmood Yakubu, presidente da INEC, assumiu a “total responsabilidade” pelo atraso logístico na preparação das eleições, justificado pelo “enorme” desafio que representa a organização de eleições no país mais populoso de África.
Yakubu lamentou ainda os actos de “sabotagem” que perturbaram a preparação do escrutínio. Três dependências da INEC foram incendiadas nas últimas semanas, nos estados nigerianos de Plateau, Anambra e Abia, e milhares de boletins de voto e de leitores electrónicos de cartões eleitorais foram destruídos.
A INEC deslocou um milhão de agentes em todo o país e imprimiu 421 milhões de boletins de voto.
Esta não foi a primeira vez que uma eleição foi adiada na Nigéria, desde 1999. Em 2011, as eleições gerais foram adiadas por duas vezes, uma delas quando as votações tinham já começado, com o presidente da comissão eleitoral a evocar então uma situação de “urgência” relacionada com o facto de muitas estações de voto se encontrarem sem material eleitoral.
O país foi na altura palco de violências pós-eleitorais entre cristãos e muçulmanos que provocaram mais de mil mortos.
Em 2015, o governo do então Presidente Goodluck Jonathan adiou também o escrutínio por seis semanas, justificando a decisão com problemas de segurança no nordeste do país, relacionados com perturbações provocadas pelo grupo rebelde jihadista do Boko Haram.ANG/Angop

Brasil

Aumenta para 169 número de mortes da ruptura de barragem do Brumadinho
Bissau, 18 fev 19 (ANG) - O número de vítimas mortais devido ao colapso de uma barragem de uma mina de ferro no Brasil subiu a 169, enquanto as autoridades prosseguem as buscas para localizar 141 desaparecidos, informou hoje a Defesa Civil de Minas Gerais.
Embora o trabalho de resgate esteja cada vez mais difícil devido às condições do terreno, as autoridades indicaram que continuarão a operar o tempo que for necessário e enquanto as condições permitirem.
A tragédia ocorreu no dia 25 de Janeiro, quando uma das represas para limpeza de resíduos minerais de uma empresa do grupo Vale em Brumadinho, município mineiro no sudeste do Brasil, sofreu uma ruptura e causou um deslizamento de terras que enterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
Vinte e quatro dias após o acidente, uma equipa de resgate continua com as buscas, apoiadas por máquinas especializadas, como escavadoras gigantes que ajudam a remover a lama, que atingiu 20 metros de altura.
Segundo a equipa, os esforços de resgate estavam concentrados na área onde um navio da Vale estava localizado, numa área onde funcionava o britador e onde as autoridades acreditam que podem encontrar outros corpos.
Além das operações de resgate, as autoridades estão a avançar com o cadastro de 170 pessoas retiradas preventivamente no sábado à noite, devido ao aumento do risco de duas barragens na mina de Vale Mar Azul, com as mesmas características daquela que desabou em Brumadinho.
Os níveis de alerta das duas represas - localizadas em Nova Lima, outro município de Minas Gerais - passaram do nível 1 para o nível 2 e forçaram as autoridades a tomarem medidas de prevenção.
Após vários recursos interpostos pelo governo regional e pelo Ministério Público, a justiça apreendeu pelo menos 12.000 milhões de reais (2,9 mil milhões de euros) de contas da Vale para garantir o pagamento de indemnizações às vítimas e cobrir os danos.
O desastre em Brumadinho ocorreu três anos depois de um outro semelhante em Mariana, município também localizado no Estado de Minas Gerais e onde a ruptura de vários diques na mina Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, provocou 19 mortos e uma tragédia ambiental sem precedentes.ANG/Angop

Diplomacia


                Presidente da República felicita seu homólogo de Gâmbia

Bissau, 18 Fev 19 (ANG) - O Presidente da República, José Mário Vaz felicitou hoje o seu homólogo da Gâmbia pela  celebração do 49º aniversário da Independência daquele país vizinho.

 “Aproveito este meio para endereçar ao Presidente da República da Gâmbia, Adama Barrow saúde, acima de tudo, e bem-estar contínuo do povo de Gambia”, desejou o Presidente da República guineense em  mensagem enviada ao seu homólogo gambiano, à que a ANG teve acesso.

José Mário Vaz manifestou a sua satisfação pela crescente prosperidade da nação gambiana e pela manutenção dos laços de amizade e cooperação que unem os dois Estados. ANG/AALS/AC//SG

Eleições


Órgãos de comunicação social guineense assinam Código de Conduta de cobertura da campanha

Bissau, 18 Fev 19 (ANG) – Os responsáveis dos órgãos de comunicação social guineense assinaram sexta-feia na Assembleia Nacional Popular (ANP), o Código de Conduta de cobertura eleitoral que defende respeito inequívoco à Constituição da República, as leis ordinária em vigor e das que regulam o sector.

No acto testemunhado pelos representantes da mesa da ANP, do Governo, Sinjotecs e a Ordem dos Jornalistas e representantes dos órgãos de comunicação social, o presidente do Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS), Ladislau Embassá disse que a assinatura serve para reforçar o princípio de cumprimento das normas pelas média do país.
"Este Código irá permitir aos profissionais  exercerem de modo responsável e cumprindo com as leis e o  código  assinado" afirmou.

Este responsável apelou aos órgãos a se absterem de acções que possam  incendiar ainda mais o clima político tenso do país na campanha eleitoral e considerou o trabalho dos jornalistas como um instrumento principal e importantíssimo no processo eleitoral.

Embassá afirmou estar confiante de que os conteúdos que consta no Código vão ser adoptados e cumpridos na íntegra.

Exortou a classe política a se absterem de pressões ilegítimas aos jornalistas para permitir aos profissonais da comunicação social trabalharem sob orientação da Lei  da imprensa e “que saibam que os jornalistas não são os seus súbditos mas sim  pertencem a uma classe nobre que tem missões específicos consagradas na lei”.

Segundo o presidente de CNCS, mesmo com enormes dificuldades reconhecidas no sector, os jornalistas devem assumir a missão de comunicar o projecto de todos os partidos de acordo com a Lei, sensibilizar e conscientizar os eleitores para que no ato da votação possam tomar uma decisão sólida facilitada pela  boa comunicação sobre os projectos ou programas de partidos feitas durante a campanha pelos jornalistas.

Em declarações prestadas a margem da cerimónia, a Presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé disse que a assinatura do Código de Conduta, vem demonstrar a fragilidade do sector de comunicação social no país.

Segundo ela, se não houvesse a fragilidade esse ato não teria lugar, porque todos os profissionais estariam a exercer normalmente e cumprindo com as leis que regulam a profissão.

"O sucesso dessas eleições depende 95 por cento dos órgãos de comunicação social e com um bom trabalho dos seus profissionais" afirmou presidente do SINJOTECS.

Exortou os órgãos de comunicação social a respeitarem o Código ora assinado, assim como a todas as demais leis que regem a classe jornalística no país.

Ainda alertou aos profissionais a se absterem de ser “bengalas e porta-vozes” dos candidatos e partidos políticos, e que  sejam difusores da verdade, com base na imparcialidade, isenção e com responsabilidade.

Disse que as condições dos trabalhos não são boas, mas que isso não sirva de  desculpas para transformar os instrumentos de trabalho para atingir as honras e dignidades das pessoas em troca de algum benefício.

Indira Baldé salientou  que a sua organização existe para defender os seus membros, e que só os defenderão em verdades, porque o jornalismo tem um compromisso com a sociedade.

“O dever de cumprimento das leis deve ser o dia-a-dia dos profissionais da comunicação social e não só nas eleições ou em casos especiais”, destacou.

O Código de conduta na cobertura das eleições legislativas assinado recomenda, entre outras, que à todos os concorrentes sejam dadas oportunidades iguais de cobertura jornalística, tanto por órgãos estatais como por privados; os jornalistas devem pautar o seu comportamento pelo respeito aos princípios da neutralidade, e da objectividade em relação à disputa eleitoral.
ANG/CP/AC//SG