terça-feira, 9 de abril de 2019

Caso Khashoggi


                                  EUA aplicam  sanções à  16 sauditas

Bissau, 09 abr 19 (ANG) - O governo dos Estados Unidos proibiu, na segunda-feira, a entrada de 16 cidadãos sauditas supostamente envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado, no consulado da Arábia Saudita, em Istambul (Turquia), segundo noticiou a EFE.
Adicionar legenda
Todos eles já haviam recebido sanções económicas de Washington em Novembro passado, que consistia no congelamento de activos nos EUA e a proibição aos cidadãos americanos de fazerem transferências com eles ou suas empresas.
No grupo de 16 aparece o nome de Saud al Qahtani, um dos conselheiros mais próximos do príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman.
Também o então cônsul-geral saudita em Istambul, Mohammad al-Otaibi, e os agentes que viajaram de Riad para a Turquia para o assassinato de Khashoggi.
A nova proibição de entrada nos Estados Unidos, anunciada pelo secretário de Estado Mike Pompeo, é justificada nos casos em que Washington tem "informações confiáveis de que funcionários do governo estrangeiro foram envolvidos em actos significativos de corrupção ou graves violações de direitos humanos".
Além dos 16 indivíduos, a proibição de entrada no país também afecta as suas familiares directos.
Khashoggi, que morava em Washington, foi ao Consulado da Arábia Saudita em Istambul no dia dois de Outubro para buscar alguns documentos que lhe permitiriam casar com a sua noiva turca, mas ele acabou sendo assassinado no local.
Após o seu desaparecimento, a Arábia Saudita defendeu que Khashoggi tinha saído com seus próprios pés do consulado, mas com o passar dos dias, a pressão internacional e as provas recolhidas pela Turquia, que tem uma gravação do ocorrido, o reino admitiu que o jornalista morreu em suas dependências.
Embora essa primeira versão alegasse que Khashoggi morreu em uma briga, Riad, mais tarde, reconheceu que foi um assassinato premeditado.
No consulado, Khashoggi era esperado por cerca de 15 agentes sauditas que tinham chegado a Istambul a noite anterior, entre eles quatro membros do esquema de segurança do príncipe saudita, que até o momento nega qualquer tipo de participação no crime.ANG/Angop

Mercado central


“Obras de reabilitação podem terminar em agosto”, diz secretário da Associação de Vendedores

Bissau, 09 abr 19 (ANG) - O secretário da Associação dos Vendedores do Mercado Central (Fera de Praça), disse que as obras de reabilitação do mesmo terminam em agosto deste ano.

Seco Candé
Em entrevista exclusiva esta terça-feira à ANG, Seco Candé disse que a Associação sempre inteirou “in loco” dos trabalhos da reabilitação do Mercado e chegaram a conclusão de que vai ser difícil terminar no mês de julho como sempre afirmou o Secretário-geral da Câmara Municipal de Bissau.

“O Secretário-geral da CMB sempre afirmou nos órgãos de comunicação social que a obra está avançada e que vai terminar em julho, mas vimos que torna difícil que isso termine no mês de Julho”, disse Seco Candé.

Aquele responsável afirmou que os trabalhos estão a decorrer bem, mas que foi preciso corrigir alguns erros verificados e que nesse sentido a Associação marcou várias audiências com o Secretário e Presidente da Câmara Municipal de Bissau para saber da situação da porta de entrada de acesso ao Mercado feita na zona da Casa Escada.

Segundo ele, o Mercado Central não deve ter nenhuma porta de entrada ao lado, “porque pode provocar a perda da influência dentro do mercado”.

Disse que nunca foram recebidos pelos responsáveis da CMB para analisar os seus protestos.

Quanto a expectativa dos seus associados em relação a reabertura do Mercado Central, Seco Candé disse que estão ansiosos para ver aquela infraestrutura construídas para que possam voltar nos seus lugares e realizarem os seus negócios.

Seco disse que a Associação pretende incluir também outros associados que anteriormente não tinham espaços no mercado.

Disse que os associados vendem atualmente em más condições em locais improvisados, sem água e sem casa de banho.

O mercado central em reabilitação ficou destruído em consequência de um incêndio ocorrido em 2006. ANG/DMG/AC//SG   

Unicef


       Mais de 100 milhões de crianças no mundo fora do ensino pré-escolar

Bissau, 09 abr 19 (ANG) - Cerca de metade das crianças em idade pré-escolar no mundo, o que corresponde a mais de 175 milhões não estão matriculadas , refere um relatório do Unicef.
De acordo com o relatório do Unicef “Um mundo preparado para aprender: prioridade a educação na primeira infância de qualidade”, lançado hoje (terça-feira), em Nova Iorque (EUA), nos países de baixa renda, o quadro é muito mais sombrio, com apenas uma em cada cinco crianças mais novas matriculadas no ensino pré-escolar.
Em Angola, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE 2015/2016) entre as crianças de 3-5 anos de idade, uma em cada dez estava matriculada e frequentou a escola ou a creche (11%).
A frequência no ensino pré-escolar é maior nas áreas urbanas (12%) do que nas rurais (8%).
 “O ensino pré-escolar é a base educacional dos nossos filhos – cada etapa da educação que se segue depende do seu sucesso”, disse a Directora Executiva do Unicef, Henrietta Fore, referindo que essa oportunidade é negada a muitas crianças ao redor do mundo, aumentando o risco de repetirem algumas classes ou abandonarem completamente a escola ficando a sombra dos seus colegas mais bem-sucedidos.
O primeiro relatório global do Unicef sobre educação pré-escolar revela que as crianças matriculadas em pelo menos um ano nesse nível de ensino têm maior probabilidade de desenvolver as habilidades essenciais necessárias para terem sucesso escolar, são menos propensas a repetir classes ou a abandonar a escola e, portanto, mais capazes de contribuir para sociedades e economias pacíficas e prósperas quando atingirem a idade adulta.
As crianças na educação pré-escolar têm mais do que o dobro de probabilidade de estarem no bom caminho no domínio das letras e números do que as crianças que perdem a aprendizagem inicial.
O relatório observa que a riqueza das famílias, o nível de educação das mães e a localização geográfica estão entre os principais determinantes para o acesso ao ensino pré-escolar. No entanto, a pobreza é o maior factor determinante.
O Unicef apela aos governos que garantam o acesso universal a pelo menos um ano de educação pré-primária de qualidade e a transforme numa parte habitual da educação de todas as crianças, especialmente das mais vulneráveis e excluídas.
Para tornar isso realidade, o Unicef insta os governos a comprometer pelo menos 10 por cento dos seus orçamentos nacionais de educação para ampliar a educação na primeira infância e investir em professores, padrões de qualidade e uma expansão equitativa.
O Governo angolano aumentou de 4 % (2018) para 6% (2019) o Orçamento Geral do Estado (OGE) para a área da educação.ANG/Angop

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Caso arroz da China popular


   Primeiro-ministro encoraja a Policia Judiciária a prosseguir com inquérito

Bissau,08 abri 19 (ANG) – O Primeiro-ministro Aristides Gomes encorajou em comunicado à imprensa a Policia Judiciária (PJ) a prosseguir com o inquérito para apurar irregularidades verificadas na distribuição do arroz doado pela República Popular da China.

Por via desse comunicado, à que ANG teve acesso hoje, o chefe do governo disse que sempre instruiu o ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos, para que o armazenamento do arroz continue em Bissau e que as operações sejam efectuadas a partir daí, na sua presença, sob orientação de uma comissão coordenada pelos governadores regionais.

Ainda, conforme o comunicado do Gabinete do Primeiro-ministro Aristides Gomes, o armazenamento do arroz em Bissau visa assegurar a transparência na sua distribuição.

No comunicado o Primeiro-ministro assegurou que qualquer versão visa simplesmente deturpar as linhas da sua orientação.

A República Popular da China ofereceu ao governo guineense mais de dois mil sacos de arroz, destinado às comunidades mais carenciadas.

Parte desse arroz foi descoberta num armazém em Bafatá, Leste da Guiné-Bissau, na sequência de uma investigação levada a cabo pela  Polícia Judiciária, que entretanto já determinou a detenção de algumas pessoas implicadas numa alegada venda do mesmo arroz.

Numa recente declaração em conferência de imprensa, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nicolau dos Santos alegou que o arroz foi guardado em Bafatá para depois ser distribuído , com conhecimento do Primeiro-ministro.

Dos Santos reagiu dias depois da PJ ter denunciado o caso e revelado a detenção de um alto responsável regional de agricultura. Segundo a PJ guineense, mais implicados poderão ser revelados e responsabilizados judicialmente por esse alegado desvio de arroz cuja venda fora proibida.
ANG/LPG/ÂC//SG

Cultura


Máscaras produzidas pelo grupo  Chão de Papel/Varela em exposição nos próximos meses

Bissau, 08 Abr 19 (ANG) – Cerca de 70 máscaras  produzidas pelo agrupamento cultural de Chão de Papel/Varela serão postas em exposição itinerante  ao longo dos próximos meses em Bissau ou seja de 15 de Abril á 20 Julho.

Segundo um documento da organização Corubal à que a ANG teve acesso hoje, as produções artesanais de máscaras estarão no Centro Cultural Franco Bissau Guineense, a patir da  próxima segunda-feira ou seja entre 15 de Abril a 15 de Maio.

O documento indica que de 17 Maio à 19 de Junho, no Centro Cultural português e de 21 de Junho à 20 Julho no Centro Cultural, do Bairro de Quelele, em Bissau.

Nesta primeira fase, a exposição estará patente em Bissau depois no interior do país, mais tarde,  junto das comunidades guineenses na diáspora.

“A exposição visa dar mais visibilidade a esse património cultural e iniciar o processo de salvaguarda, memoralização, valorização e promoção dessas criações”, lê-se no comunicado.

O agrupamento cultural Chão de Papel/Varela, é  um dos grupos mais  populares da tradição carnavalesca de      Bissau.

A produção artesanal de mascaras carnavalescas, segundo a organização Corubal,  é um dos mais peculiares e símbolos dos saberes populares de tradição urbana guineense.  Constitui um espaço de criatividade e de invenção muito rico, ligado às tradições culturais e à crítica social, mantendo um forte elo de afirmação da identidade.

“As máscaras ganham corpo no nturudu (entrudo), enquanto actor e sujeito de uma complexa expressividade manifestada, também, através de trajes, danças, canções e coreografias únicas, que fazem do carnaval guineense uma das manifestações populares mais singulares”, refere o documento.

A iniciativa, segundo os promotores,  será o primeiro passo para a concretização do Museu de Arte do Entrudo guineense. ANG/LPG/ÂC//SG

Ciclone Idai


  CPLP  assina memorando com Moçambique para transferir verbas para vítimas

Bissau, 08 Abr 19 (ANG) – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) assina hoje com o Governo moçambicano um protocolo para transferir as verbas mobilizadas para apoiar as vítimas do ciclone Idai, na ordem de um milhão de euros.
A criação de um Fundo de Solidariedade para apoiar as regiões atingidas pela calamidade foi anunciada no dia 22 de Março, após uma reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente, em que os representantes dos nove países-membros analisaram as consequências da passagem do Idai e debateram “propostas para ajudar a mitigar a tragédia”.
O secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, afirmou na altura que também os 18 países com estatuto de observador vão ser chamados a contribuir para o fundo.
Segundo fonte da organização lusófona, “há manifestações de intenção que permitem pensar que o fundo contará que cerca de um milhão de euros”.
O documento, que estabelece os termos para a transferência dos recursos mobilizados pela CPLP, vai ser assinado, na sede da organização, em Lisboa, pelo secretário-executivo da CPLP, embaixador Francisco Ribeiro Telles, e pelo representante permanente de Moçambique junto da organização, embaixador Joaquim Bule.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de Março.
Em Moçambique, segundo dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, a passagem do ciclone terá afectado 1,4 milhões de pessoas, provocando, pelo menos, 598 mortos e 1.641 feridos.  ANG/Inforpress/Lusa

Saúde


                           Governo e parceiros celebram Dia Mundial de Saúde

Bissau, 08 abr 19 (ANG) – O governo através do Ministério de Saúde, Família e Coesão Social e os seus parceiros, nomeadamente a ONU Habitat e a Organização Mundial de Saúde (OMS), celebraram no fim-de-semana o Dia Mundial de Saúde sob o lema «Cobertura Universal de Saúde é possível, vamos fazer acontecer».


O acto começou com uma marcha desportiva com itinerário  Palácio Colinas de Boé - Praça Ché Guevara - Rotunda de Amura - Praça dos Mártires de Pindjiquiti.

Na ocasião, a ministra de Saúde, Família e Coesão Social, Maria Inácia Có Sanhá disse que o principal objectivo da data é consciencializar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde para se ter uma melhor qualidade de vida.

 Acrescentou que a saúde para todos não significa tratar a doença mas sim prevenir, sublinhando  que o problema de saúde não é a responsabilidade só do Ministério da Saúde mas sim de todas as instituições.

Apelou aos guineenses para darem importância a  prevenção de saúde, o que , segundo ela, não significa tomar medicamentos mas sim se prevenir perante todos outros condicionalismos que provocam doença, o que passa por  ter uma boa alimentação, boa habitação e saneamento básico adequado.

Segundo  o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS), Jean Marie Kipela  a cobertura universal de saúde significa pretender um acesso aos serviços de saúde de qualidade à todos quantos precisarem, sem que isso constitua um fardo económico para eles.

 Disse que isso só pode tornar-se  realidade quando os governos investissem nos cuidados de saúde primários, onde a componente prevenção é capital para a preservação da saúde, salientando que um dos aspectos da prevenção que está ao alcance de todos é a actividade física.

Afirmou que a prática regular de actividade física contribui para a prevenção e tratamento das doenças crónicas não transmissíveis como a cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes, cancro de mama e de colo e ajuda a prevenir a hipertensão, excesso de peso e obesidade e contribui na saúde mental, na melhoria de qualidade de vida e bem-estar.

Segundo aquele responsável, a Guiné-Bissau é um dos países precursores da iniciativa «Saúde para Todos», lançada na Conferência de Astana.

Sublinhou que  os governos, sobretudo dos países africanos, são interpelados a procederem a uma mudança de paradigma em relação as suas políticas públicas de saúde, de modo a tornar mais robustos os Sistemas Nacionais de Saúde rumo ao alcance de Cobertura Universal e aos Objectivos Sustentáveis do Milénio para o Desenvolvimento na área da saúde.

Jean Marie disse que a OMS manifesta a disponibilidade de trabalhar em parceria e investir em acções públicas que incentivem as pessoas a praticarem mais actividades físicas e apoiará os países a ampliar e fortalecer a sua resposta com soluções políticas baseadas nas evidências, directrizes e ferramentas de implementação que irá monitorizar o progresso e o impacto globais.

Ednilson Augusto da Silva, em representação da ONU Habitat defendeu na ocasião a criação de  condições para que as cidades desenvolvam a função social para permitir que haja maior convivência e exercício do desporto para uma boa condição de vida.

 Salientou que a sua organização perspectiva  investir nas cidades para  criar condições para que as pessoas sejam mais saudáveis para que o sistema de saúde funcione melhor e para que o hospital seja o último ponto e não o primeiro.

O dia 7 de Abril é celebrado como Dia Mundial de Saúde e igualmente Dia Internacional para Desporto ao Serviço do Desenvolvimento e da Paz.

ANG/DMG/AC//SG­
  

Fake News


Regulador da Comunicação de Portugal propõe criar lista de sites e sugere sanções

Bissau, 08 Abr 19 (ANG) – A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) de Portugal sugere a criação de legislação para sancionar a divulgação de notícias falsas e recomenda a criação e divulgação de uma lista de sites ou páginas comprovadamente de ‘fake news’.
Num estudo entregue esta semana no parlamento português, o regulador aponta para a “necessidade de consolidação do conceito de desinformação” e “a eventual consagração de norma específica que preveja a sua divulgação como conduta reprovável”, enquanto recomenda que se redefina a noção de órgão de comunicação social.
É defendida pelo regulador “a consagração de norma específica que adopte (…) uma definição de desinformação e que preveja a sua ilicitude quando relacionada com a violação de princípios e valores essenciais (dignidade da pessoa humana, igualdade, não discriminação, segurança e ordem públicas, saúde pública, entre outros)”.
Sugere-se ainda que possam ser criadas “listas de sites ou páginas comprovadamente de notícias falsas, susceptíveis de serem confundidos com órgãos de comunicação social”.
O regulador volta a sugerir também a criação de um “selo identificativo” a atribuir aos “novos media” para que o público os possa “identificar como uma fonte de conhecimento diferenciada”.
Este selo identificativo poderia ser usado pelos meios online na sequência de pedido prévio junto da Entidade Reguladora.
No estudo “A Desinformação – Contexto Europeu e Nacional”, o regulador considera indispensável reforçar a literacia mediática e integrá-la nos curricula escolares e de formação de professores. A par disso, devem ser realizadas acções de literacia mediática dirigidas a cidadãos de todas as idades.
No documento enviado ao parlamento, é ainda elencada a necessidade de aprovar legislação, incluindo através de sanções dissuasoras, para garantir a transparência do financiamento das campanhas políticas online, aplicar efectivamente o Regulamento Geral de Protecção de Dados e prever e gerir os riscos de ataques informáticos.
Para o combate à desinformação, a ERC entende ser essencial reforçar o pluralismo e a qualidade do jornalismo e advoga medidas como a retoma da experiência dos Provedores do leitor, do ouvinte e do telespectador e a adopção de códigos de conduta em cada órgão de comunicação social.
Como medida de “controlo do rigor da informação” produzida nos órgãos de comunicação social, o estudo sugere que as redacções criem “núcleos dedicados ao ‘fact-checking’” [verificação de factos] ou que se associem a “entidades independentes” que se dediquem a essa actividade.
O estudo “A Desinformação – Contexto Europeu e Nacional foi produzido em “resposta a um pedido” do presidente da Assembleia da República de Portugal e pretende contribuir para o debate público em torno da problemática das ‘fake news’.
As ‘fake news’, comummente conhecidas por notícias falsas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros, ganharam importância nas presidenciais dos EUA que elegeram Donald Trump, no referendo sobre o ‘Brexit’ no Reino Unido e nas presidenciais no Brasil, ganhas pelo candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro.
O Parlamento Europeu quer tentar travar este fenómeno nas Europeias de Maio e, em 25 de Outubro de 2018, aprovou uma resolução na qual defende medidas para reforçar a protecção dos dados pessoais nas redes sociais e combater a manipulação das eleições, após o escândalo do abuso de dados pessoais de milhões de cidadãos europeus. ANG/Inforpress/Lusa

sexta-feira, 5 de abril de 2019

SINJOTECS


   Nova Direcção celebra  primeiro aniversário com  conferência académica sobre práticas jornalísticas no país

Bissau, 05 abr 19 (ANG) – A nova Direcção de Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs) realiza durante todo o dia de hoje uma conferência académica sobre as práticas jornalísticas no país para celebração do seu primeiro aniversário.

A conferência iniciou com um minuto de silêncio em homenagem ao Primeiro Director-geral do Instituto de Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) Alfredo Simão Silva e foi presidida pelo Ministro de Presidência de Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Agnelo Augusto Regala, e sob o lema “Unidos venceremos”.

Na ocasião Agnelo Augusto Regala saudou o trabalho da nova direcção, sobretudo no diálogo entre o governo e o Sindicato na busca de soluções para os problemas que os órgãos enfrentam.

Disse que os jornalistas devem trabalhar de forma positiva, que passa pelo respeito às regras que regem a profissão, principalmente a ética e deontologia.

Porque segundo o governante, a comunicação é indispensável no processo do desenvolvimento de qualquer país , por isso, ser jornalista não basta ser ouvida, mas sim ser  responsável pelas suas acções.

Regala disse que chegou o  momento de os jornalistas imporem os seus valores para  moralizar a sociedade.

Exortou aos profissionais da comunicação a denunciarem as más práticas, sobretudo os actos de corrupção, que disse ser um mal que afecta a sociedade guineense.

A presidente do Sinjotecs,Indira Correia Baldé disse que o momento é de analisar o que foi feito e o que deve ser feito para melhorar ainda mais a comunicação social e o exercício da profissão, contribuindo para a formação e o desenvolvimento do país.

Baldé disse acreditar  que o futuro governo vai ter em conta o problema e o papel da comunicação social na consolidação da democracia.

Referiu que os órgãos da comunicação social se deparam com problemas, e indica que  80 por cento dos funcionários não dispõem de vínculo com o Estado e que precisam de ser efectivado, em cumprimento do memorando assinado entre o sindicato e governo.

Pediu esclarecimentos sobre o paradeiro da taxa áudio visual cobrada aos telespectadores entre 2012 e 2015, para que os fundos arrecadados sejam utilizados para o  bem dos jornalistas e dos órgãos.

Reiterou a exigência de os  directores dos órgãos públicos passarem a ser nomeados através de um concurso público para garantir  maior liberdade no exercício da função.

Pediu igualmente que o futuro governo fizesse  um acréscimo no OGE/2019 para a comunicação, alegando a insuficiência da verba  destina a comunicação social e equipamento dos órgãos.

O veterano da comunicação social João Quintino Teixeira apelou a união dos jornalistas, justificando o seu apelo com a responsabilidade que os profissionais têm na sociedade em termos de formação e informação “para que o objectivo da luta armada seja alcançado”.

Teixeira aconselhou também aos jornalistas para não deixarem ser manipulados pelos detentores do poder económicos e dos políticos no exercício das suas actividades. 

ANG/LPG//SG          

Economia


"Um país que depende só de um sector para o crescimento terá sempre uma economia instável",  diz Geraldo Martins

Bissau, 05 de Abr 19 (ANG) – O Economista e Ex Ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Giraldo Martins, disse quinta-feira que quando um país depende de um sector para o seu crescimento económico terá sempre instabilidades no seu Produto Interno Bruto (PIB).

Geraldo Martins defendeu esta posição  numa palestra com os estudantes da Universidade Lusófona da Guiné. E disse ainda que é preciso o que o país diversifique a sua economia para não depender só da castanha de caju.

Segundo este economista, actualmente a economia do país depende do sucesso e insucesso da campanha de caju, que segundo ele, não devia ser.

"A Guiné-Bissau dispõe de vários recursos naturais: Os nossos mares, florestas e minas que precisam de ser explorados de forma racional e sustentável para o bem da população para melhorar as condições das suas vidas", referiu.

O economista alerta sobre o perigo da dependência de um produto que depende do mercado externo, e que é exportado em bruto, sem capacidade de transformação local.
Acrescentou que , quando o preço deste produto cai no exterior e a economia do país é automaticamente afectada por essa  queda.

"E preciso, urgentemente, proceder a transformação local de caju e a diversificação da nossa economia para responder as necessidades da população e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos" defendeu

Geraldo Martins também mostrou-se satisfeito pela partilha que fez com os estudantes e se predispôs a participar e dar a sua contribuição em eventos do  género.

Ainda ressaltou a pertinência do tema debatido -  “Crescimento económico e o empreendedorismo juvenil”.

Na sua opinião, o estado deve criar condições para os jovens se empreenderem e criar postos de empregos para mudar a tendência de o estado continuar a ser o maior empregador na Guiné-Bissau.

Disse que é preciso baixar as taxas praticadas pelos bancos, para o acesso aos  empréstimos para os seus projetos, para que os jovens principiantes no mundo empresarial consigam financiamentos, e terem também acompanhamento especializados nas execuções dos seus projetos.

O presidente de Associação Académica da Universidade Lusófona da Guiné AAULG, Abulai Djaura, disse ter ficado satisfeito com o debate académico facilitado por Giraldo Martins, que segundo ele, foi um orador à altura do tema.

Também declarou que a Associação Académica continuará a promover  incitavas do género para enriquecer e atualizar estudantes com ferramentas precisos que visam fazer  crescer a  economia e combater a pobreza.

ANG/CP//SG

Homenagem aos 100 anos


Câmara Municipal de Bissau distingue Adelino Marques Vieira(Tai) com medalha- cidadão honorário

Bissau, 05 de Abr 19 (ANG) – A Câmara Municipal de Bissau (CMB), distinguiu quinta-feira o Adelino Adélio Marques Vieira (Tai) com medalha de cidadão honorário do município de Bissau, no dia em que este completou 100 anos de vida.

Na ocasião, na presença de  diferente individualidades: familiares. Amigos e conhecidos, na sua casa no bairro de Chão de Papel/Varela, Tai pediu aos governantes para criarem condições para que todos os cidadãos tenham  boa qualidade de vida.

Apelou o governo para criar condições para que os jovens se formarem e encontrarem empregos. Lamentou  ter presenciado muitas gerações dos seus familiares e não só, sem empregos, e sem condições de vida digna.

"No meu tempo, escutei sempre os conselhos dos mais velhos e isso contribuiu bastante na minha caminhada da vida", disse.

Também, pediu a Deus que conceda longa vida a todos que presenciaram naquela celebração e que tenham muita saúde.

Por sua vez, Adelina marques Vieira, filha do aniversariante centenário, disse que o seu pai, é tido  no bairro de Chão de papel/Varela, onde sempre viveu, como pai de todos os moradores e juiz do bairro quando há divergências.

Segundo ela, esta festa não serviu só para os familiares, mas sim, para todos os moradores do bairro e para que todos tenham uma longa vida.

Na ocasião, usou da palavra o presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), Luís Silva de Melo que agradeceu o contributo que o cidadão Adelino  deu ao país e o município de Bissau em concreto.

Luis Melo disse  que o aniversariante centenário sempre deu exemplo da cidadania e deixou legados e provas disso. “Até então trabalha”, sustentou.

A CMB ofereceu um subsídio mensal de 100 mil fcfa ao cidadão centenário e  atribvui-lhe uma medalha de citadino honorário de Bissau.

Pediu a todos os citadinos de Bissau a tomarem exemplo do Tai no percurso das suas vidas.

Adelino Adélio Marques Vieira (Tai), carpinteiro de profissão, nasceu no dia 4 de Abril de 1919, pai de nove filhos e avó de  mais de 50 netos. 

ANG/CP/SG

Brexit


                              May pede novo adiamento até 30 de Junho

Bissau, 05 abr 19 (ANG) -  A primeira-ministra britânica formalizou hoje um segundo pedido de prorrogação da data de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) até dia 30 de Junho, indicando estar a preparar-se para realizar eleições europeias em Maio.
Theresa May escreveu hoje uma carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, em que refere não ser nem do interesse do Reino Unido nem da UE que o país participe nas eleições para o Parlamento Europeu, que se vão realizar entre 23 e 26 de Maio, mantendo ainda a esperança de poder aprovar a lei para o ‘Brexit’ a tempo de cancelar o escrutínio.
"Porém, o Reino Unido aceita a opinião do Conselho Europeu de que se o Reino Unido continuar a ser membro da União Europeia a 23 de Maio, teria a obrigação legal de realizar eleições. O Governo está assim a avançar com os preparativos legais e responsáveis para esta contingência, incluindo fazer o edital que determina a data das eleições", escreve na carta.
May refere os passos que tomou, nomeadamente o início de negociações com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, no sentido de encontrar um entendimento sobre uma proposta que seja apresentada ao parlamento britânico para permitir uma saída com acordo.
As negociações, vincou, vão centrar-se em alterações à declaração polícia sobre as relações futuras entre a UE e o Reino Unido e não sobre o Acordo de Saída, o qual aceita que não pode ser reaberto, como indicou a UE.
"Se as negociações não resultarem em breve numa abordagem unificada, o Governo vai procurar então estabelecer um consenso num pequeno número de opções sobre a relação futura que podem ser submetidos à Câmara [dos Comuns] numa série de votos para determinar o rumo a seguir. O Governo está pronto a aceitar a decisão da Câmara, se a oposição se comprometer a fazer o mesmo", adianta.
Este plano, salientou, mostra a determinação do Governo em resolver o processo do ‘Brexit’ rapidamente, apesar de ainda ser preciso aprovar a legislação nacional necessária para a ratificação dos acordos.
Assim, sugere uma prorrogação até 30 de Junho, mostrando-se convicta da possibilidade de conseguir aprovar a lei para o ‘Brexit’ a tempo de cancelar a participação nas eleições europeias.
"Se as partes conseguirem ratificar antes desta data, o Governo propõe que o período seja concluído mais cedo. O governo pretende concordar num calendário que para a ratificação permita ao Reino Unido sair da UE antes das eleições europeias de 23 de Maio e assim cancelar as eleições para o Parlamento Europeu, mas vai continuar a fazer preparativos para realizar as eleições caso isto não seja possível", promete.
No final, May desabafa ser "frustrante que não tenha sido ainda possível concluir este processo de uma forma ordenada e bem-sucedida", mas prometeu que, enquanto for membro da UE, o Reino Unido vai continuar a agir de forma "construtiva e responsável".
ANG/Angop


OMS


Metade da população mundial ainda sem acesso total à serviços de saúde essenciais
Bissau, 05 abr 19 (ANG) -  Metade da população mundial não tem acesso a uma cobertura total de serviços de saúde essenciais, segundo dados da organização Mundial de Saúde(OMS).
Em vésperas do Dia Mundial da Saúde, que se assinala no domingo, dados das Nações Unidas, a que a Lusa teve acesso,  mostram também que há 100 milhões de pessoas arrastadas para a pobreza extrema por terem de pagar por cuidados de saúde.
A Cobertura Universal de Saúde é o tema escolhido este ano para assinalar o Dia Mundial da Saúde, que em Portugal será hoje celebrado numa cerimónia em Lisboa, com a presença da ministra da Saúde.
Os dados da Organização Mundial da Saúde mostram também que cerca de 800 milhões de pessoas, correspondendo a 12% da população mundial, gastam pelo menos 10% do seu orçamento familiar para ter acesso a cuidados de saúde.
Os países membros das Nações Unidas comprometeram-se em alcançar até 2030 a cobertura universal de cuidados de saúde.
Para atingir esse objectivo, a OMS estima que sejam necessários mais 18 milhões de profissionais de saúde dentro dos próximos dez anos.
Em Portugal, decorrem hoje as comemorações do Dia Mundial da Saúde, numa cerimónia em Lisboa onde serão atribuídos o Prémio Nacional de Saúde, o Prémio de Saúde Pública Francisco George, bem como distinções de mérito e medalhas por serviços distintos do Ministério da Saúde.
O Prémio Nacional de Saúde 2018 será atribuído a José Castro Lopes, médico neurologista e presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (AVC) desde a sua fundação.
O prémio foi atribuído pela “excelência do percurso profissional e clínico” e pelo contributo para obtenção de ganhos em saúde na área da doença vascular cerebral, como redução de mortalidade e morbilidade, sobretudo na área do AVC.
Já o Prémio de Saúde Pública Francisco George será atribuído ao psicólogo Miguel Telo de Arriaga, chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção-geral de Saúde. ANG/Angop

Arroz doado pela China


      Ministro de Agricultura nega que o produto esteja a ser comercializado

Bissau, 05 Abr 19 (ANG) – O ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural negou  quinta-feira que o arroz doado pela República Popular da China esteja a ser comercializado ou desviado para outros fins.

Citado pela Rádio Bombolom FM, Nicolau dos Santos disse que a apreensão de 52 toneladas do referido produto pela Policia Judiciaria em Bafatá esta semana ocorreu devido a  falta de comunicação entre as duas organizações.

O governante afirmou que antes da actuação da Policia Judiciaria, comunicou a directora daquela instituição do que está a acontecer, salientando que o arroz tinha que ser guardado em algum lugar em Bissau ou nas regiões para posterior distribuição.

“Penso que deve existir colaboração entre as instituições para facilitar o trabalho. Acho que houve a falta de comunicação entre as partes e penso que no futuro isso não voltará a acontecer “disse.

Nicolau dos Santos disse que nesta fase estão a armazenar o arroz em diferentes partes da Guiné-Bissau e depois do regresso do Primeiro-ministro do exterior ou seja no próximo dia 17 do corrente mês, será feito o acto de entrega simbólica  pelo Embaixador chinês acreditado no país ao governo.

Questionado sobre como o produto foi parar no mercado, Nicolau dos Santos disse que as Casas de Acolhimento existentes no país, centros de saúde, hospitais e instituições religiosas já receberem o arroz, afirmando que compete-lhes dar a proveniência que entender.

“Por isso, peço a todos para identificarem e fazerem denuncias das pessoas que estão a comercializar o arroz em causa porque não é para vender mesmo no seu saco está escrito “Ajuda de China”,, disse.

A Polícia Judiciária anunciou recentemente ter apreendido 52 toneladas desse arroz, doado pela China para fins de caridade mas que se encontra guardado num armazem em Bafatá, à 150 quilómetros de Bissau.

ANG/MSC/AC//SG