terça-feira, 12 de novembro de 2019

Irão


            Nações Unidas reconhecem  provas de programa  nuclear

Bissau, 12 nov 19 (ANG)  – Urânio produzido artificialmente foi encontrado num local não especificado do Irão, segundo uma agência das Nações Unidas, que pela primeira vez reconheceu que as alegações israelitas e norte-americanas da existência de um programa nuclear iraniano têm fundamento.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AEIA) detectou partículas de urânio de “origem antropogénica”, confirmando denúncias que são feitas há vários anos por Israel e pelos EUA, de que Teerão continua a desenvolver um programa nuclear, proibido pelo acordo nuclear celebrado em 2015.
A AEIA não identificou o local, mas Israel e os EUA dizem que o local se encontra nos arredores da capital iraniana, que, segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, servirá de “armazém atómico secreto”.
Israel tem alegado junto da ONU que o material provém de um programa iraniano com objectivos militares, mas esta é a primeira vez que uma agência das Nações Unidas recolhe provas deste desrespeito pelos tratados internacionais por parte do Irão.
O Governo iraniano nega qualquer propósito militar e diz que o seu programa de enriquecimento de urânio tem fins pacíficos.
O relatório da agência nuclear das Nações Unidas também confirma que o Irão intensificou o programa de enriquecimento de urânio, tal como o Governo iraniano tinha anunciado, como forma de protesto contra as sanções económicas impostas pelos EUA.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou em 2018 que os EUA abandonavam o acordo nuclear com o Irão e iniciou um duro plano de sanções, pelo desrespeito pelas regras do tratado por parte de Teerão.
Nos últimos meses, ocorreu uma escalada de tensão no Golfo, com ataques mútuos entre forças iranianas e as tropas norte-americanas na região, que foram reforçadas desde o início do ano com o envio de um porta-aviões.
ANG/Inforpress/Lusa



CPLP


         Ilha do Fogo acolhe décima Reunião dos Ministros do Turismo

Bissau, 12 nov 19 (ANG) – A ilha do Fogo acolhe entre os dias 13 e 15 a décima Reunião dos Ministros do Turismo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), dando seguimento à reunião realizada em 2017, no Brasil.
Secretária de Estado de Turismo da Guiné-Bissau
De acordo com uma nota à imprensa do Ministério do Turismo, a reunião dos ministros do Turismo da CPLP vai incidir sobre os desafios e oportunidades do ”enorme potencial” que o turismo encerra no espaço CPLP e que “estrategicamente” importa “promover, dinamizar e explorar de forma sustentável”.
A reunião, que se realiza na cidade de São Filipe, no dia 15, é precedida da VIª reunião de ponto focal de Turismo da CPLP, agendado para os dias 13 e 14, e cuja abertura é presidida pelo ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, José da Silva Gonçalves.
A escolha da ilha do Fogo para albergar este evento do espaço da CPLP, de acordo com a mesma fonte, vem na linha do que estabelece o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) 2017-2021 e no cumprimento do seu primeiro objectivo estruturante, que é o de “fazer de Cabo Verde uma economia de circulação localizada no Atlântico Médio”.
A nota destaca a relevância do encontro para Cabo Verde e para a ilha do Fogo, em especial, que terá a oportunidade de mostrar as suas potencialidades turísticas e proporcionar todo o potencial aos participantes do evento.
A abertura da Xª reunião de ministro do Turismo, no dia 15, conta com as intervenções do ministro do Turismo e Transportes e do Primeiro-ministro de Cabo Verde, José da Silva Gonçalves e Ulisses Correia e Silva, respectivamente.
Na reunião, os titulares da pasta do Turismo da CPLP vão apreciar o relatório da presidência cessante elaborado pelo Brasil, passagem da coordenação da reunião do Brasil para Cabo Verde e intervenção dos ministros sobre o tema: “factores promotores do turismo no espaço da CPLP: mobilidade/livre circulação/facilitação de vistos/conectividade”.
Balanço e apreciação da execução PECTUR 2016-2026, apresentação do plano de acção da presidência cabo-verdiana (2019-2021), assim como a adopção da declaração de São Filipe/Fogo, constam da programação do encontro que será encerrado com um almoço oferecido pelos presidentes das Câmaras Municipais do Fogo.
Já na reunião de ponto focal serão apreciados o relatório da presidência cessante, balanço e apreciação da execução PECTUR 2016-2026 e de execução do plano de acção 2017-2018, apresentação das actividades de cooperação em curso e as novas actividades, plano de acção da presidência cabo-verdiana (2019-2021), debate sobre prioridades nacionais e cooperação no âmbito da CPLP, os eixos prioritários e desafios e oportunidades do PECTUR, constam da pauta dos assuntos da reunião do ponto focal que vão ser ratificados pelos ministros do Turismo da CPLP.
Da proposta do programa consta uma visita a Chã das Caldeiras, o ponto mais turístico da ilha e muito procurado pelos turistas e visitantes que se deslocam à ilha do Fogo. ANG/Inforpress

Presidenciais 2019


     Domingos Simões Pereira  espera ganhar na primeira volta das eleições

Bissau,12 Nov 19(ANG) - O candidato à presidência  Domingos Simões Pereira disse que espera ganhar logo na primeira volta mas que está preocupado com o nível de abstenção que defende deve ser combatido.
“O povo é que decide. Eu penso que, por aquilo que nós temos visto, há uma grande determinação do povo em resolver tudo à primeira volta. Agora há um grande desafio, que é reduzir o nível da abstenção”, afirmou Domingos Simões Pereira, candidato apoiado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), numa breve em Canchungo, norte da Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas antes de iniciar mais um comício da campanha eleitoral.
Em relação à abstenção, o candidato mostrou-se confiante pelo trabalho de sensibilização em curso.
“Penso que é o próprio povo que está determinado em reduzir o nível dessa abstenção”, considerou Domingos Simões Pereira.
De acordo com a Comissão Nacional de Eleições, a abstenção, nas últimas eleições, as legislativas realizadas em março, situou-se na ordem de 15,3%. Dos 761.676 inscritos, exerceram direito de voto 645.085 pessoas.
Sobre a campanha eleitoral, Domingos Simões Pereira referiu estar a decorrer “muito bem”, destacando ser “uma festa da democracia” com mobilização e participação do povo nas localidades que já visitou.
O político reuniu-se segunda-feira com alguns chefes tradicionais de algumas aldeias das quais ouviu preocupações e pedidos caso venha a ser eleito.
À Lusa respondeu sobre o que pensa ser o papel dos líderes tradicionais no futuro da Guiné-Bissau.
“Eu entendo que é fundamental que se deva ter em conta o enquadramento do poder local, o poder tradicional na estrutura da organização do Estado, porque senão é uma sequência que se parte em algum sítio”, defendeu Domingos Simões Pereira.
O candidato frisou ainda que o poder tradicional é eleito pelo povo nas bases, daí ser “um complemento do poder do administrativo mais moderno”.
Onze outros candidatos estão na corrida presidencial cujas eleições devem ocorrer dentro de 13 dias .ANG/lusa

Presidenciais 2019


Sissoco Embalo pede ao Jomav, Cadogo e Nuno Nabiam para assinarem um Pacto de Apoio na segunda volta

Bissau,12 Nov 19(ANG) - O candidato do Movimento para Alternância Democrática – Grupo 15 (MADEM-G 15) às eleições presidenciais, Úmaro Sissoco Embaló, exortou  segunda-feira às candidaturas de José Mário Vaz, Nuno Gomes Nabiam e Carlos Gomes Júnior (CADOGO) para assinarem um pacto no qual se comprometem em apoiar o candidato que passar à segunda volta, para fazer face ao candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
Embaló suportado pelo seu partido que detém a segunda maior força no parlamento guineene e que conta também com o apoio de outras formações políticas e de algumas individualidades, fez este pedido durante um comício popular realizado na cidade de Bissorã, região de Oio, no norte do país. 
Sissoco disse no seu discurso perante populares daquele sector que, se for eleito  Presidente da República da Guiné-Bissau, usará a sua magistratura de influência para apoiar o executivo a construir escolas, hospitais, furos de água e garantir a energia a população bem como melhorar as condições das estradas, por forma a minimizar o seu sofrimento.
Na caça ao voto, Úmaro Sissoco Embaló voltou a criticar aquilo que considera de ingerência da comunidade internacional em particular, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, tendo afirmado que neste momento o país está a ser gerido e controlado pelas forças de interposição [ECOMIB].
Embaló prometeu que, se for eleito Presidente da República, a Guine-Bissau será gerida pelas forças de defesa e segurança que serão capazes de garantir a dignidade ao povo guineense. ANG/O Democrata

Sociedade


         Vendedeiras de garrafas dizem que o negócio já não é como dantes

Bissau, 12 Nov 19 (ANG) - As mulheres vendedeiras de garrafas queixam-se de falta de negócio nos últimos tempos devido a  crise política e governativa que tem assolado a Guiné-Bissau.

Essas mulheres revelaram  as suas dificuldades numa auscultação feita hoje pela Agência de Notícia da Guiné com objectivo de se inteirar da situação das mesmas e de seus rendimentos como vendedeiras de garrafas.

Cátia Luís Pinto da Silva, uma das vendedeiras de garrafas, de 36 anos de idade disse que actualmente as dificuldades são enormes, tendo contado  que dantes ganhava mais porque vendia mais, e disse que a venda caiu devido a situação política do país.

“Vendo para colmatar algumas dificuldades como por exemplo ajudar no sustento da casa e na compra de materiais escolares para as crianças entre outras, mas com a diminuição da venda e do lucro, as minhas dificuldades só  aumentam. Por isso, peço aos nossos governantes que pensem no progresso do país, a fim de garantir um bem-estar para o povo em geral”, apelou a Cátia.

Por sua vez, Nené Mendes igualmente vendedeira de garrafas, de 57 anos de idade, disse que as vezes conseguem obter lucro com o referido negócio mas que actualmente não vende tanto, porque  os clientes simplesmente não compram muito.

 “Compramos as garrafas por 25 francos CFA e vendemos por 50. Só que, em muitos casos, as mesmas acabam por estragar no momento de lavagem e dá-nos prejuízos.

 estamos ciente desses prejuízos porque  cada negócio tem o seu risco. O problema que se coloca é que a Guiné-Bissau tenha  paz e a estabilidade para que qualquer pessoa possa viver de forma normal em qualquer que seja a actividade praticada”, desejou.

Binta Djassi de 40 anos de idade disse que anteriormente ganhava 2000 francos CFA ou três mil por dia  mas  que agora nem se quer chega a 1000 francos as vezes, tendo sublinhado que a situação de instabilidade do país agrava cada vez mais a sua situação financeira , por isso  “os guineenses devem pensar no bem da Guiné-Bissau”.

Maimuna Cá, vendedeira de 60 anos de idade disse que vende para ter a sua própria economia, de modo a ser independente e poder resolver certos assuntos, sem ter que dirigir ao terceiro para pedir ajuda.

“Vendo diariamente, só não vendo quando estou com problemas de saúde ou quando tenho algum assunto importante para resolver. Actualmente  não vendo tanto como vendia anteriormente”, disse Maimuna Cá.

As eleições presidenciais estão previstas para 24 de novembro algumas vendedeiras de garrafas acreditam que uma vez eleito um novo presidente a situação política do país vai ter uma certa estabilidade. ANG/AALS/ÂC//SG

Transporte público

                      Cuntum Madina sem “Toca-toca” há dois anos

Bissau,12 nov 19 (ANG) – Os moradores do bairro de Cuntum Madina informaram hoje que vivem há dois anos sem meio de transporte colectivo próprio designado “toca-toca”, a semelhança de outros bairros de Bissau, por causa de más condições da estrada.

Ouvido pela Agência de Notícias da Guiné (ANG), os moradores Maimuna Conté, João Gomes e Amado Si lamentaram as dificuldades por que passam dia-a-dia, em termos de acesso ao transporte para se deslocam para o centro da cidade.

Dizem que  são obrigados a percorrer  grandes distâncias  até aos locais de trabalho com muitas dificuldades devido a insuficiência de transportes.

Maimuna Conté disse que as vezes as pessoas ficam mais de três horas a espera do transporte e que mesmo assim não houve nenhum tipo de preocupação da parte das autoridades competentes ou seja do governo em empreender uma política de massificação e melhoria dos transportes colectivos urbanos, principalmente para o seu bairro, que nesta altura não dispõe de uma viatura própria de transporte.

 Amado Si e João Gomes partilharam a mesma opinião, acrescentando  que para além dos trabalhadores que chegam tarde aos seus locais de trabalho, as pessoas que têm de se deslocar para  grandes distâncias, se deparam com  dificuldades para terem acesso a determinados tipos de serviços, como escolas e hospitais, pelo que  precisam de transporte.  

Exortaram ao governo no sentido de reabilitar ou alcatroar a referida via para acabar com as dificuldades que os moradores enfrentam, sobretudo no período de manhã ou seja das 8h às 9 horas, momento de maior aglomeração das pessoas.

O transporte de passageiro para o bairro é assegurado por viaturas de transportes públicos, denominado “toca-toca”, de outras linhas entre os quais da linha 6 Pluba Antula; linha 2 Aeroporto, linha 3 Quelele; linha 9 Antula Bonu e linha 1, Bairro militar.

Gene Ocante Có e Augusto Nanque, dois motoristas que asseguram o serviço de transporte naquele bairro, justificaram a prestação do serviço com as necessidades de diminuir as dificuldades com que  os moradores se deparam em termos de deslocação para o centro da cidade, sobretudo as crianças para a escola e os  funcionários para os seus locais de trabalho.
.ANG/LPG/ÂC//SG

Jogos de Azar


 Apostadores apontam falta de emprego como causa de adesão massiva dos jovens

Bissau 12 Nov 19 (ANG) – Apostadores de diferentes Casas de Apostas da cidade de Bissau nomeadamente o Milionário, Winners e Bissau Game, foram unânimes hoje em apontar a falta de emprego no país, como a causa principal da adesão dos jovens aos jogos de apostas.

Num inquérito feito pela ANG, para saber dos motivos que levam os jovens e não só, a se dedicarem em massa à essa prática, os entrevistados igualmente apontaram a falta de ocupação e de uma fonte de rendimento, uma vez que passam horas e horas sentados nas bancadas, sem produzir e as apostas acabam por ser uma alternativa.

Toni João Gomes, um apostador regular, comerciante e morador de bairro Bandim 1, disse que, o que o leva a jogar as apostas, são as dificuldades que enfrenta no seu dia a dia.

“Se tínhamos onde trabalhar não teríamos tempo de ir jogar as apostas,  por outro lado, o país enfrenta uma grave crise económica. Ganhamos montantes diferentes ou seja há os que ganham mais outros menos, e alguns ainda nunca ganharam nada, por isso  chamamos-lhe de jogos de azar”, explicou.

João Gomes exemplifica  que alguns já ganharam  montantes que variam entre 6 mil e 100 mil fcfa, dependendo da sorte e da quantidade do dinheiro que o jogador apostou.

Salientou que, com mais dinheiro apostado a pessoa tem mais possibilidades  de ganhar alguma coisa, frisando que as senhas custam 250 francos.

Por seu turno, Dionca Miguel Sanca vendedor de roupas e morador de bairro de Reino, disse que agradece estas empresas de apostas porque, segundo ele, esses jogos não é sinónimo de delinquência como muitos afirmam, mas que a falta de trabalho na Guiné-Bissau levou as pessoas a auto empregar-se nas Casas de Apostas.

“Porque  através das apostas se consegue ter dinheiro para resolver muitos  problemas diários, apesar de que não se ganha sempre. Essa actividade  pode evitar-nos de muitas outras tentações, como roubar telemóveis, carteira das mulheres entre outras práticas nocivas paraa  sociedade “,disse.

Miguel Sanca disse que as vezes, o vencedor leva para casa somas que variam entre 300 e 600 mil francos CFA, frisando que no seu caso ele joga todos os dias adquirindo as senhas conforme as suas possibilidades nos preços que oscilam entre 250 e 500 francos CFA.

Vladimir Sá, barbeiro morador de bairro de Mindará disse que a  falta de emprego é que fez aos  jovens recorrer a s casas de jogos como alternativa para uma certa autonomia financeira.

“No meu caso, as vezes perco e outras vezes consigo ganhar as apostas dependendo do montante, e depois faço o plano de investimento do dinheiro ganho”, explicou.

 Afirmou que chegou mesmo de ganhar um montante cujo valor não revelou mas que lhe permitiu  concluir um projecto de construção do seu apartamento residencial.

Disse já está nesse jogo  há três anos mas reconhece que também tem desvantagens desvantagens: “quem sabe que não vai estar à altura de sustentar as suas apostas através dos seus meios financeiros que não dá o primeiro passo, porque pode ser fatal.   certas pessoas que chegam a roubar para apostar”.

 Declarou que, normalmente, aposta com mais frequência nos finais de semanas com excepção dos dias dos jogos dos clubes campeões e da liga Europa, salientando que, quando houver estes jogos aposta nos dias úteis da semana.

Alqueia Na Clode, estudante morador de bairro de Antula Paal, disse que apesar dos perigos dos jogos de azar, ele  considera de positiva a sua aventura uma vez que segundo ele, chegou de ganhar uma quantia  que lhe permitiu pagar um trimestre dos seus estudos, explicando que também já perdeu muito.

“Aconselho aos jovens a serem cautelosos nos jogos, porque podem se tornar viciados: Se assim for, começam os problemas: casos de dívidas, venda de objectos de valor e até pegar no que  não te pertence  para poder apostar/jogar, o que muitas das vezes pode nos levar a prisão”, referiu. ANG/MSC/ÂC//SG

Processo eleitoral/viaturas alugadas


    DG do GTAPE diz ter liquidado cerca de 50 por cento das dívidas contraídas

Bissau, 12 nov 19 (ANG) – A Diretora-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), afirmou que dos 621 milhões de francos FCA de dívidas contraídas com os proprietários das viaturas alugadas para o recenseamento eleitoral nas legislativas de 10 de março já foram liquidadas cerca de 50 por cento, ou seja, 300 milhões e 100 mil fcfa.

Beatriz  Furtado 
Em entrevista exclusiva esta terça-feira à ANG, Beatriz Furtado disse que 300 milhões e 100 mil fcfa foi o montante disponibilizado pelo governo através do tesouro público para pagar parte desta dívida, garantindo que o montante já está a ser canalizado para as contas bancárias dos beneficiários.

Perguntada sobre as dívidas de 10 dias contraídas com os brigadistas, durante o recenseamento, aquela responsável disse que vão agendar o seu  pagamento, acrescentando que o governo, assim como os parceiros nomeadamente Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), estão a fazer esforço enorme para cobrirem todas as dívidas mas que de  momento a preferência recai sobre a realização das presidenciais.

Beatriz Furtado garantiu que a sua instituição está a trabalhar no sentido de liquidar a dívida restante, garantindo igualmente que está a ser paga a dívida do prolongamento de 10 dias aos bigadistas,  e promete pagar todas as dívidas contraídas.  

Disse que solicitou aos proprietários das viaturas e  pessoas que celebraram contrato com o GTAPE à entregarem suas contas bancárias, através da qual se fez  uma lista que foi entregue ao Ministério das Finanças.

Brigadistas em protesto
Entretanto, os supervisores e brigadistas realizaram na manhã de hoje uma manifestação junto às instalações do GTAPE, exigindo o pagamento dos 52 milhões de francos CFA de dívidas de nove dias prolongados no recenseamento para às legislativas de 10 de março.

Em nome dos manifestantes, Oji Venâncio Madeira acusou o GTAPE de não estar a cumprir com o seu compromisso.

“Sempre recebemos uma garantia de pagamento por parte do GTAPE mas quando chega o tempo não pagam. Ficamos a seguir os trâmites dos documentos daqueles nove dias das dívidas no Ministério das Finanças. Tivemos informações de que o Tesouro Público já desbloqueou o dinheiro para depositar na conta do GTAPE”, revelou.

Madeira disse que o pagamento das referidas dívidas devia acontecer desde a semana passada, segundo a promessa da Diretora do GTAPE mas que até então não receberam, razão pela qual estão lá a pedir uma explicação, para saber quando vão ser pagas as dívidas. ANG/DMG/ÂC//SG

Presidenciais 2019



Bissau,12 Nov 19(ANG) – Os Chefes de Estado e de Governos da CEDEAO reiteram confiança em Aristides Gomes , reforçam contingente militar e querem sancionar aqueles que perturbaram o processo eleitoral.

Faustino Imbali, empossado pelo Presidente José Mário Vaz no dia 29 de Outubro,  nas funções de primeiro-ministro demitiu-se  sexta-feira das suas funções, no mesmo dia em que os chefes de Estado e de governo da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunidos em cimeira extraordinária no Níger, exigiram a sua demissão.

Reiterando o seu apoio a Aristides Gomes como legítimo representante do Governo saído das eleições de 10 de Março, a CEDEAO decidiu reforçar a sua missão militar na Guiné-Bissau (ECOMIB) “para lhe permitir fazer face aos desafios que se puserem daqui em diante, antes e depois das eleições”

As presidenciais, em que José Mário Vaz concorre contra 11 outros candidatos, entre eles Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, realizam-se a 24 de Novembro.

Face a esta situação, os chefes de Estado e de Governo decidiram ainda pedir ao presidente da comissão da organização, o marfinense Jean Claude Kassi, que proponha “uma lista de pessoas que cometeram actos que visavam fazer derrapar o processo eleitoral e a normalização política para que sejam sancionados imediatamente”. O que poderá levar à aplicação de sanções ao Presidente guineense e ao primeiro-ministro demissionário.

Vaz preferiu não se deslocar a Niamey para assistir à cimeira, continuando a sua campanha eleitoral, e disse que sabe o que lhe esperava em Niamey.

Uma missão militar de manutenção da paz e ordem da CEDEAO se encontra em Bissau desde abril de 2012, na sequência do golpe de Estado ocorrido nessa data.
A missão de cerca de 600 homens tem como objectivo garantir segurança e protecção às instituições e titulares de órgãos de soberania. ANG/Público


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Campanha eleitoral


Painel de Monitorização considera positiva  actuação da imprensa na primeira semana de “caça ao voto”  

Bissau,11 Nov. 19 (ANG) - O Painel de Monitorização da cobertura jornalística da campanha para  eleições presidenciais considera de positivo a actuação das médias durante a primeira semana de “caça ao voto”.

Segundo o relatório desse Painel  à que a ANG teve acesso hoje,  as 10 rádios, subscritoras do Código de Conduta eleitoral trataram de igual modo todos os candidatos na difusão das suas ideias e projectos, tanto nos seus blocos de  notícias assim como nos jornais de campanha.

Segundo  os monitores, a Televisão da Guiné-Bissau (TGB) também deu a mesma oportunidade aos candidatos nas emissões de tempo de antena e jornais eleitoral.

Quanto aos jornais, por serem semanários, o Painel revela que não foram feitas as análises de actuação desses órgãos de comunicação social, mas promete fazê-la já na próxima terça-feira.

Apesar de considerar positiva a actuação dos médias na cobertura das presidenciais, o Painel de Monitorização criado pelo Conselho Nacional de Comunicação Social, órgão que regula a actuação da imprensa guineense, lamenta a actuação de algumas rádios que “aproveitam dos espaços de programas matinais de interacção para utilizarem linguagens violentos, incitando ódio e descriminação étnico-religiosa”.

Doze candidatos concorrem às eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro, cuja campanha    cumpriu  o 10º dia de caça ao voto.
ANG/MI/ÂC//SG         

Transporte marítimo


Associação de Operadores Turísticos enaltece aquisição de mais um navio de transporte de passageiros para as ilhas

Bissau,11 Nov 19(ANG) – O vice-presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau enalteceu a recente aquisição de mais um navio de transporte de passageiros e cargas para as ilhas bijagós, com capacidade de 500 lugares.

Em entrevista exclusiva à ANG, Ado Callahan disse que a aquisição da referida embarcação pela empresa Consulmar, em parceria com o Governo, irá ajudar muito no transporte de pessoas e os materiais para o arquipélago dos bijagós.

“A nossa maior preocupação como dirigentes da Associação dos Operadores Turísticos da Guiné-Bissau é no sentido de desencravar as ilhas bijagós, aliás zona de maior potencialidades turísticas do país”, explicou.

Aquele responsável disse que isso vai permitir as pessoas, em especial aos turistas, viajarem de forma segura para as ilhas sem ter que recorrer à pirogas que  as vezes acarreta riscos de vida.

“O barco, com a dimensão que tem vai permitir a população das ilhas, escoarem os seus produtos agrícolas para Bissau ganhando rendimentos e combatendo a pobreza”, salientou.
Ado Callahan afirmou que o Governo deve criar  parcerias no sentido de adquirir mais embarcações, facilitando o transporte inter-ilhas de pessoas e cargas e não exclusivamente para Bubaque.

Disse que o Governo deve incentivar as empresas que operam no sector de transportes marítimos, através de isenção de taxas pagas bem como na subvenção de combustíveis em benefício das populações.

“A titulo de exemplo, se o Estado isentar os combustíveis às empresas de transporte marítimos claro que a tarifas cobradas aos passageiros  irão diminuir e isso é um aspecto muito importante para o desenvolvimento das ilhas”, referiu Callahan.ANG/ÂC//SG

Futebol/campeonato Inter-Bairros


       Praça FC vence  3ª edição  e leva prémio de cinco milhões de FCFA

Bissau, 11 Nov 19 (ANG) – A equipa de Praça FC se tornou no último fim-de-semana, no grande vencedor da 3ª  Edição do Campeonato Inter-Bairros, organizado pela  Associação de Treinadores de Futebol, de Árbitros e de Antigos Jogadores de Futebol, e foi premiado com  cinco milhões de  francos CFA.

No 1º tempo do jogo, a equipa de Praça esteve em vantagem logo nos primeiros 8 minutos da partida, através de um golo apontado por intermédio de seu atacante, Caramo.

A equipa de Djolo FC reagiu e conseguiu marcar aos 23 minutos da partida, mas o golo não foi validado pelo juiz da partida, Aldair Grabe, o que gerou uma onda de protestos da parte dos djolistas.

A primeira metade do jogo terminou com a vantagem da equipa de Praça por 1-0, e com cartolinas amarelas apontadas à alguns dos jogadores da equipa de Djolo, que mostraram um pouco de nervosismo no decorrer da partida.

Entretanto, na segunda parte do jogo, a equipa de Djolo FC entrou e assumiu o comando da partida, mas em termos da finalização não esteve bem, por motivo de muitas oportunidades dispersadas na baliza do seu adversário.

Aos  24 minutos do jogo  conseguiu finalmente igualar a partida, através de um penálti cometido por um defesa de Praça FC.

No final do jogo, as duas equipas saíram empatados a 1-1, e seguiram directamente para a marcação de grandes penalidades, que culminou com a  vitória da equipa de Praça FC .
Sagrando-se o  justo vencedor , os rapazes de Praça levaram para casa o prémio de  5.000.000,00fcfa, doado pela Empresa de Telecomunicação, Orange Bissau.

A equipa de Djolo FC na qualidade do segundo qualificado, foi premiado com um montante de dois milhões de francos cfa a de Lala Quema foi distinguida a equipa Far-play e recebeu como  recompensa de bom comportamento mostrado durante a sua participação no campeonato, a  soma de  300 mil FCFA.

Mauro Mané da equipa de Djolo foi premiado com um montante de 200 mil FCFA, na qualidade de guarda-redes menos batido da prova.            

Em representação da Secretaria de Estado da Juventude e Desportos, Cipriano Có, encorajou a Comissão Organizadora da prova a organizar mais eventos do género e manifestou a vontade de o governo  continuar a apoiar a iniciativa.

Por seu turno, o treinador da equipa de Praça FC ,Sidney Alves da Silva, considerou a vitória justa da sua equipa, destacando por outro lado que a conquista se deveu ao  desempenho e trabalho dos seus pupilos.

Por seu lado, o técnico da equipa de Djolo FC,  Braima Camará criticou a equipa de arbitragem, alegando que o juiz da partida favoreceu a equipa de Praça.

“A minha equipa é muito madura. Estou a falar de uma equipa que presenciou nos últimos tempos, quatros finais consecutivos vencendo três. Perdemos  hoje mas  considero que  fomos penalizados para não vencermos”, disse o técnico.

O campeonato inter-bairros contou com a participação de 20 equipas. ANG/LLA/ÂC//SG

Debate televisivo


“Semipresidencialismo ou Presidencialismo, qualquer um pode servir para Guiné-Bissau”, diz DSP

Bissau,11 Nov 19(ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), disse não ter uma preferência particular nem para o regime semipresidencial nem para o presidencialismo.

Domingos Simões Pereira respondia à uma questão que lhe foi colocada num debate televisivo na sexta-feira, sobre a sistema político ideal para a Guiné-Bissau, organizado pela Rádio Difusão Nacional e a Televisão da Guiné-Bissau, no quadro de campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de novembro em curso que conta com 12 concorrentes.

 Simões Pereira salientou que tanto o sistema semipresidencial como o presidencialismo  são regimes democráticos.

“A diferença que existe entre o sistema presidencial ou semipresidencial, reside em saber fazer a escolha. Se formos ver em termos de doutrina ou teoria, o semipresidencial é muito mais complexo e democrático tendo em conta que exige a separação de poderes”, sublinhou.

O líder do PAIGC frisou que como africanos, têm dificuldades em conviver com duas cabeças com diferentes competências, preferem simplificar as coisas, onde assim em muitas situações preferem o sistema presidencial.

A Televisão da Guiné-Bissau e a Rádio Difusão Nacional, iniciaram  dia 08 do corrente mês, ciclos de debates televisivos entre  os 12 candidatos às eleições presidenciais de 24 de Novembrro e com as retransmissões em diferentes rádios do país.

 O primeiro grupo de quatro candidatos devia estar em debate no dia 08 mas só Domingos Simões Pereira do PAIGC e Nuno Nabian da APU-PDGB compareceram para o efeito, contras ausências de Afonso Té do PRID e o independente Mutaro Djabi.

Referindo ao litígio evocado pelo seu adversário;Nuno Nabian no quadro do Acordo político de Incidência Parlamentar e Governativo, assinado entre as duas e mais outras formações políticas, Simões Pereira disse que à Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), foi afectada todas as pastas governamentais  solicitadas no âmbito do Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre as duas formações políticas após as legislativas de 10 de março.

O líder do PAIGC disse que sendo presidente de um partido vencedor das legislativas, tem uma responsabilidade acrescida e por isso não poderia aceitar a nomeação de elementos sem preparação necessária em determinados lugares governativos.

“Depois das eleições legislativas de 10 de Março, a minha reunião enquanto partido vencedor das eleições com o líder de APU-PDGB, não durou mais de dez minutos, porque não havia nenhuma discussão em relação a distribuição de pastas governamentais. As pastas que a APU-PDGB nos propuseram foram aceites integralmente”, esclareceu.

O lider da Assembleia  do Povo Unida disse em debate televisivo que o PAIGC não permitiu a nomeação de seus militantes  em diferentes estruturas governamentais que lhe foram concedidas no quadro do Acordo de Incidência Parlamentar e Governativa.

Domingos Simões Pereira disse que nunca questionaram a distribuição  de pastas governamentais, acrescentou que, a título de exemplo existem pessoas no Governo que pertencem aos partidos sem representação parlamentar.

“Agora quando o Nuno Nabiam afirma que nomeei o meu irmão Camilo Simões Pereira  para uma determinada função, isso desvia um pouco daquilo que é essência da questão que todos sabem”, explicou.

O líder do PAIGC disse que, não tem competências para nomear Camilo Simões Pereira, tendo em conta que não pertence ao executivo.

Esclareceu ainda que Camilo Simões Pereira é médico com formação sólida, frisando que tinha defendido em 2014 a questão da reforma do sector de saúde, no sentido  de garantir uma cobertura integral, primeiro dos que são  funcionários públicos e depois em relação aos que são beneficiários de programas de assistência através de solidariedade.

“Em 2015, isso não foi possível porque depois de entregar-mos a pasta da Função Pública ao nosso parceiro de governação neste caso o Partido da Renovação Social(PRS) e na altura propomos-lhe a nomeação de elementos necessários para a implementação da referida reforma, ele recusou a proposta”, salientou.

Domingos Simões Pereira sublinhou que no seu primeiro encontro mantido com o líder de APU-PDGB após as legislativas de 10 de Março, explicou-lhe que o governo está num processo de fazer a reforma de saúde visando a cobertura médica e medicamentosa tanto para os funcionários públicos como para os beneficiários da segurança social.

Disse que, nesse sentido Camilo Simões Pereira era a pessoa mais preparada para a materialização prática desse projecto.ANG/ÂC//SG