sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Debate/Eleições Presidenciais-2ª volta


Candidato do PAIGC promete ser um Presidente “sério” e comprometido com aspirações do Povo

Bissau, 27 dez 19 (ANG)- O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), afirmou que, caso for escolhido como chefe de Estado, no dia 29 de Dezembro, vai ser um Presidente “sério” e comprometido com as grandes aspirações do Povo. 

Domingos Simões Pereira, em declarações à imprensa após o debate com o adversário, Umaro Sissoco Embalo, na segunda volta das eleições presidenciais, organizado pela Televisão da Guiné –Bissau e a Radio Nacional, disse que será um chefe de Estado que vai ser capaz de convocar a Nação guineense à um princípio de unidade onde o mérito será promovido e o talento individual será reconhecido.

Pereira disse que foi o debate possível e que qualquer das formas serviu minimamente à democracia, porque no contexto democrático o Povo é chamado a escolher em relação aos critérios objectivos não a diferenças em termos físicos, étnicos e religiosos, mas sim a escolher em relação a preparação dos candidatos e os projectos para sociedade que apresentam.

“Eu vim com a expectativa de ter um concorrente que ia permitir que houvesse um debate de substância sobre os assuntos essenciais para os guineenses, infelizmente ficou evidente que o meu opositor não só não possui um programa como também não está interessado que haja um debate sobre questões colocadas. Contudo, foi possível passar alguma mensagem”,explicou.

DSP como também é conhecido disse que o único triunfo  do seu adversário passa por dividir o Povo, salientando que espera ter contribuído, na medida do possível, para esclarecer a opinião pública de que fez um trabalho de base ou seja, um diagnóstico social da situação da Guiné-Bissau e o manifesto apresentado é sério, e que pode de facto promover um país positivo.

Simões Pereira considerou de triste que um candidato que chega à segunda volta das eleições presidenciais, mas que continua a acreditar que está num jogo de circo pensando que isso pode lhe dar vantagem, tendo afirmado que o seu opositor está “completamente vazio” em termos de ideias.

Por seu turno, o candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), questionado sobre o balanço que faz do debate, respondeu que cabe ao Povo  tirar as ilações do desempenho dos dois concorrentes no evento.

Umaro Sissoco Embalo disse que como uma pessoa humilde não faz a auto-avaliação, frisando que sempre ajudou o Estado guineense e vai continuar a fazê-lo, porque o país precisa de um Presidente que vai ser capaz de unir todos os seus filhos.

Embalo acusou o seu opositor de ser uma pessoa que exclui os outros, e que por isso  a maioria dos candidatos mais votados na primeira volta se juntou  a ele, por ser capaz de convergir com todos.

O debate tinha como objectivo “Proporcionar aos eleitores guineenses um melhor conhecimento dos assuntos que dominam, as agendas dos dois e as diferenças na construção da mensagem politica que pretendem transmitir””.

Os dois realizam hoje, em Bissau, o último comício de campanha eleitoral. A votação é já no domingo por um universo de cerca de 800 mil eleitores.

Na primeira volta Domingos Simões Pereira arrecadou pouco mais de 40 por cento dos dos votos contra 27 por cento de Umaro Sissoco Embaló. “ANG/MSC/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ª volta


MCCI entrega acção criminal contra  Úmaro Sissoco Embalo ao Ministério Público

Bissau,27 dez 19(ANG) – O Presidente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados(MCCI), precedeu hoje a entrega de uma acção criminal no Ministério Público contra o candidato do Movimento para Alternância Democrática(MADEM G-15), à segunda volta das presidenciais, Úmaro Sissoco Embalo, por “incitação ao voto étnico  religioso”, durante a campanha eleitoral.

Sana Canté, em declarações à imprensa depois de ter depositado a referida acção no Ministério Público, disse que o sistemático apelo ao voto étnico religioso levados a cabo por Sissoco Embalo, coloca em causa a unidade nacional e instiga a guerra de um grupo étnico ou convicção religiosa contra os demais.

“A Guiné-Bissau é um Estado laico e composto por diversos  grupos e convicções religiosas. Por isso não podemos permitir, de forma alguma, que um candidato que pretende ser Presidente da República esteja a fazer apelo  ao votos étnicos e religiosos porque isso é inaceitável”, sustentou.

O Presidente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados disse que, por isso têm que responsabilizar esse candidato judicialmente.

Informou que essa prática de incitamento ao voto étnico religioso é condenável não somente pela Constituição da República como também nos termos do artigo 102 do Código de Processo Penal.

Adiantou que ele incorre  a pena de prisão que varia até 8 anos de prisão.

“Nós, até porque não precisávamos  de dar entrada à essa acção, se a justiça funcionasse correctamente, porque ao Ministério Público só bastava recolher as informações proferidas pelo candidato  nos órgãos de comunicação social e nas plataformas de campanha tendo em conta que são do conhecimento públicos, para ter a legitimidade de actuar”, disse.ANG/ÂC//SG


CPLP


Secretário-executivo diz não ser prioritário a representação permanente da organização em Bissau

Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse que, neste momento, não considera prioritário a organização ter uma representação permanente na Guiné-Bissau, projecto que estava previsto para 2020.
"Para já, existe vontade política dos Estados-membros da CPLP de, no futuro, poder haver uma representação permanente da CPLP em Bissau. Mas isso vai depender de condições financeiras que, obviamente, não estão reunidas", afirmou Francisco Ribeiro Telles, em declarações à Lusa.
Além disso, "tendo em conta o que se passou este ano na Guiné-Bissau, o que a CPLP disse e comunicou em momentos decisivos e a prestação do embaixador de Angola, juntamente com o de Portugal e do Brasil, neste momento, talvez não considerasse prioritária a instalação de uma missão permanente da CPLP em Bissau", disse o diplomata.
Durante a crise política na Guiné-Bissau, que antecedeu a realização da primeira volta das eleições presidenciais "a preocupação foi que a comunidade internacional, de certa forma, falasse a uma só voz e houvesse uma concertação permanente entre as organizações internacionais que estão na gestão do país. E isso foi conseguido (...) e foi um elemento muito importante e (...) dissuasor para eventuais aventuras", defendeu.
O responsável da CPLP negou que a posição da comunidade internacional naquela tenha condicionado os resultados da primeira volta das presidenciais no país, considerando que se criaram "condições para que as eleições ocorressem num ambiente de normalidade e estabilidade política".
A CPLP, através do grupo que integra em Bissau [o designado P5], e nomeadamente da liderança do embaixador de Angola, "tem feito um papel muito positivo em relação a aquilo que é a doutrina da CPLP" sobre a Guiné-Bissau.
O P5 é composto pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, União Europeia, as Nações Unidas, a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, representada pelo embaixador de Angola.
Aliás, para o diplomata Ribeiro Telles, "desde há muito tempo que a CPLP não tinha uma presença activa na situação da Guiné-Bissau. Mas hoje é reconhecido por todos, inclusive pelo próprio governo da Guiné-Bissau, que o papel da CPLP foi determinante, ou foi muito importante, para a estabilização da situação política" no país, na crise mais recente que atravessou.
Por isso, "estamos satisfeitos com o trabalho que realizámos até agora", afirmou, acrescentando que a representação permanente em Bissau "é uma questão que só se virá a por quando a CPLP tiver condições financeiras para a fazer".
Porque abrir uma representação "é sempre um envelope financeiro apreciável e que, neste momento, não estamos em condições de o realizar", concluiu.
Por agora, a CPLP vai estar na segunda volta das presidenciais guineenses com a mesma missão de observação eleitoral com que esteve na primeira volta.
Segundo Francisco Ribeiro Telles a missão de observação eleitoral da CPLP para a segunda volta das eleições na Guiné-Bissau, que se realizam a 29 de Dezembro, vai ter o mesmo formato e a mesma liderança que a da primeira volta das eleições e estará no país a partir de hoje.
Assim, tal como na primeira volta das presidenciais, que correu a 24 de Novembro último, a missão da CPLP será liderada pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano Oldemiro Balói e é composta pelos mesmos 23 elementos.
A segunda volta, no próximo dia 29, será disputada entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, líder da oposição no parlamento).
A CPLP tem como estados-membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.ANG/Angop

Presidenciais 2019/2ª volta


Cidadãos esperam que o vencedor da 2ª volta trabalhe para  desenvolvimento do país

Bissau, 27 dez 19 (ANG) – Os cidadãos esperam que o vencedor da 2ª volta das eleições presidenciais marcadas para o dia 29 de Dezembro, trabalhe para o desenvolvimento do país.

O desejo foi manifestado numa auscultação feita pelo repórter da ANG, com alguns citadinos de Bissau sobre os seus pontos de vista sobre o debate decorrido na quinta-feira entre dois candidatos concorrentes á 2ª volta, nomeadamente Domingos Simões Pereira, suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Umaro Sissoco Embaló, suportado pelo Movimento para Alternância Democrático (MADEM- G15).

Bacar Sanhá funcionário público disse que contudo não assistiu o debate, mas no seu ponto de vista no momento, o país não precisa de pessoa inteligente ou que sabe falar bem, mas sim da pessoa com ações concretas.

“O país como a Guiné-Bissau com mais de 40 anos nunca conheceu o desenvolvimento. No momento precisamos de pessoa que vai trabalhar para que o Povo possa ver e sentir o desenvolvimento como outros Povos do Mundo”, frisou.

Por sua vez, Braima Sambu funcionário duma empresa privada, o debate foi positivo para os ambos porque mostraram os seus manifestos que permite a cada cidadão tirar ilações e votar em quem está mais preparado.

Mostrou-se satisfeito com o candidato do MADEM – G15, Umaro Sissoco Embaló por ter expressado  em crioulo, justificando que essa comunicação permite a compreensão da população em geral e sobretudo da zona rural devido a péssima qualidade do ensino do país.

Maria da Conceição Soares da Gama Correia funcionária pública criticou a postura do candidato suportado pelo MADEM-G15, sublinhando que o país precisa da pessoa qualificada para assumir o mais alto cargo da magistratura.

“O debate foi muito bom. Precisamos de pessoa qualificada para conduzir o destino do país porque o Povo quer o desenvolvimento para que possa sentir-se orgulho. Para mim, o Domingos Simões Pereira está mais preparado para desenvolver o país como os guineenses almejam”, sustentou Maria da Conceição.

Dabana Motor, professor disse que ficou desiludido com Umaro Sissoco Embaló na forma como ele não conseguiu responder muitas questões colocadas pelos moderadores do debate.

Disse ainda que o Simões Pereira está mais preparado porque mostrou o seu projeto de governação para os próximos 5 anos, ao contrário do candidato de MADEM – G15.

Por seu turno, o professor Dimítrio Cândido Lopes, o debate foi positivo porque permite os eleitores a concluir em quem pode e deve votar, acrescentando que o candidato do PAIGC saiu melhor.

Adiantou que contudo, Sissoco falou em crioulo que vai permitir a melhor compreensão da população, mas cabe os eleitores decidir quem vai ganhar as presidenciais do dia 29 próximo.

Foram unânimes em esperar que o vencedor das eleições do dia 29 deste mês seja capaz de tirar o país na situação em que se encontra. 

 A 2ª volta das eleições presidenciais marcada para o dia 29 do mês corrente vai concorrer o candidato suportado pelo Partido Africano da Independência para Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira e candidato suportado pelo Movimento para Alternância Democrâtico (MADEM –G15), Umaro Sissoco Embaló. ANG/DMG/ÂC//SG     



Conflito líbio


               Turquia vai enviar tropas para apoiar o governo legítimo
Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O governo legítimo líbio vai receber tropas turcas para defender a capital Trípoli contra ataques do marechal Haftar que já controla o leste da Líbia.
Foi o próprio Presidente turco, Erdogan, que anunciou o envio de tropas turcas para a Líbia, acrescentando que submeterá em janeiro um projecto de lei nesse sentido ao Parlamento.
Ancara concluiu há um mês dois acordos com o governo líbio de união nacional reconhecido pela comunidade internacional: um sobre a segurança e a cooperação militar e outro sobre as fronteiras marítimas no Mediterrâneo oriental;
O exército nacional líbio do marechal, Khalifa Haftar, que controla o leste da Líbia, lançou em abril uma ofensiva contra o governo oficial em Trípoli, com apoio da Rússia, do Egipto e dos Emirados árabes unidos.
Para já, o ministro do Interior do governo líbio, Fathi Bachagha, declarou em Tunes que que o seu governo ainda não tinha pedido à Turquia para enviar tropas para Líbia.
“Se a situação se agravar, é nosso direito defender Trípoli e seus habitantes e faremos um pedido oficial ao governo turco para nos apoiar militarmente e expulsar as forças mercenárias”, sublinhou o ministro líbio.
Há várias semanas que a Turquia, que interveio no nordeste da Síria, evoca a hipótese de colocar forças terrestres na Líbia.
Aliás o governo turco já envia armas às forças fiéis ao governo líbio de união nacional  apesar do embargo da ONU sobre armamento com destino à Líbia.
Por seu lado, Moscovo, exprimiu a sua preocupação sobre um eventual estacionamento militar turco na Líbia em apoio ao governo líbio.
O Presidente turco Erdogan, replicou que já há  2000 combatentes da empresa privada russa, Wagner, a combater ao lado de Haftar.
"Eles estão  apoiando  um chefe de guerra enquanto nós fomos convidados pelo governo legítimo da Líbia", sublinhou o presidente turco, Erdogan.ANG/RFI


Política


PM diz não ter recebido qualquer pedido de Sissoco para  entrada no país do multimilionário saudita

Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O primeiro-ministro  Aristides Gomes, afirmou hoje que não recebeu qualquer pedido do candidato às presidenciais Umaro Sissoco Embaló relativo à entrada no país de um multimilionário saudita, anunciou hoje a Lusa
"O Governo da República da Guiné-Bissau não recebeu nenhum pedido (formal ou informal) do senhor Umaro Sissoco Embaló para a entrada no país de quem quer que seja", lê-se numa mensagem de Aristides Gomes nas redes sociais.
Na mensagem, o primeiro-ministro guineense pede a Umaro Sissoco Embaló para "apresentar provas de ter feito tal pedido ao Governo".
Num comício realizado quarta-feira em Bafatá, leste da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló acusou o primeiro-ministro guineense de ter impedido a deslocação à Guiné-Bissau do "homem mais risco da Arábia Saudita", o magnata Bin Talal, com receio que influencie a sua vitória eleitoral.
"Lamentamos o facto de o candidato Umaro Sissoco Embaló ter estado a desperdiçar as inúmeras oportunidades que vai tendo para falar aos guineenses das suas ideias e projectos enquanto pretendente ao mais alto cargo da nossa magistratura, preferindo recorrer às mentiras, calúnias e difamações infundadas", salientou o primeiro-ministro.
Mais de 760 mil são chamados no domingo às urnas para escolher o próximo Presidente da Guiné-Bissau, entre Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), e Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
A campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais da Guiné-Bissau teve início no dia 13 e termina hoje, sexta-feira com a realização em Bissau dos últimos comícios dos dois candidatos, que quinta-feira a noite se confrontaram num debate televisivo transmitido, em directo, pelas rádios nacionais. ANG/Angop

EUA


  Trump pede à Rússia, Síria e Irã que parem com matança de civis em Idlib
Bissau, 27 dez 19 (ANG) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (26) aos governos da Rússia, Síria e Irã que parem com a violência contra civis na província síria de Idlib, controlada pelos rebeldes
"Rússia, Síria e Irã estão matando, ou a caminho de matar, milhares de civis inocentes", escreveu Trump em seu Twitter.
"Não façam isso! A Turquia está trabalhando duro para impedir esses assassinatos", acrescentou.
Desde 16 de dezembro, as forças do presidente sírio Bashar al-Assad, com o apoio da força aérea russa, intensificaram seus bombardeios sobre a região e os combates terrestres contra jihadistas e rebeldes, apesar de um cessar-fogo anunciado em agosto.
A região de Idlib é dominada por jihadistas do grupo Hayat Tahrir al Cham (HTS) e outros movimentos rebeldes.
Cerca de 80 civis foram mortos na nova escalada de violência.
Ancara disse nesta terça-feira (24) que está conversando com Moscou para assegurar um novo cessar-fogo em Idlib, e pediu o fim imediato dos ataques.
A França também pediu uma reversão "imediata" das ações, acusando Damasco e seus aliados russos e iranianos de "agravarem a crise humanitária".
O regime, que agora controla mais de 70% do território sírio, disse repetidamente que está determinado a recuperar Idlib. ANG/RFI/AFP

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Presidenciais 2019/2ª volta


Painel de Monitorização Eleitoral enaltece “evolução satisfatória” dos media no cumprimento de Código de Conduta

Bissau,26 dez 19(ANG) – O Painel de Monitorização Eleitoral do Conselho Nacional de Comunicação Social revelou em comunicado  que os Media evoluíram satisfatoriamente no concernente ao cumprimento do Código de Conduta estabelecido no âmbito da realização das eleições presidenciais com realização de trabalhos jornalísticos com isenção,transparecia e equidistância.

De acordo com o Relatório Síntese Semanal do Painel de Monitorização enviado à ANG, produzido no final da uma reunião realizada hoje ,  ainda que na recta final da campanha eleitoral não foram observadas e nem registadas práticas ou comportamentos que violam os indicadores de avaliação da equidade, a linguagem e o pluralismo dos órgãos de comunicação social nacionais.

“O Painel registou com agrado as melhorias nos programas das rádios no capítulo do respeito às disposições do artigo 4º do Código de Conduta para a cobertura eleitoral”, disse o Relatório.

Informou ainda que o Conselho Nacional de Comunicação Social, através de Painel de Monitorização observou com satisfação que apesar das dificuldades que os Media enfrentam no quadro da realização da cobertura das movimentações dos candidatos, não foram registados tratamentos diferenciados.

Acrescenta, por outro lado, que o período estipulado nos tempos de antena para os candidatos foi escrupulosamente respeitado.

O Painel apela os Media a continuarem a respeitar as recomendações feitas e a não difusão de propaganda eleitorais nos espaços de publicidade comercial, tendo felicitado os órgãos de comunicação social e os seus profissionais que nesta 2ª volta têm vindo a usar uma linguagem moderada nas coberturas dos actos dos candidatos às presidenciais.

“Outrossim, cumpre observar que em alguns programas radiofónicos matinais, nomeadamente das Rádios Capital  e África fM, apesar de registarem algumas melhorias, persiste o uso da práticas tendenciosas que desrespeitam as disposições do artigo 4º do Código de Conduta”, refere o Relatório Sintese Semanal do Painel de  Monitorização do Conselho Nacional de Comunicação Social.ANG/ÂC/SG

Turismo


Secretária de Estado  ambiciona inserir a Guiné-Bissau no maior “Mapa Turístico Mundial”

Bissau, 26 dez 19 ( ANG) – A Secretária de Estado do Turismo e Artesanato disse que ambiciona inserir a Guiné-Bissau no maior Mapa Turístico do mundo para que quando os turistas vão escolher um destino que a Guiné-Bissau faça parte.

Estas  declarações foram feitas esta quinta-feira pela Catarina Taborda numa conferência de imprensa de despedida  aos 22 alunos beneficiários de bolsa de estudos no estrangeiro na área de turismo, hotelaria, entre outras, no âmbito de uma parceria entre a sua instituição e as Universidades de Penacova e Cearte de Coimbra(Portugal).

"Queremos promover a Guiné-Bissau para que os próprios nacionais tenham conhecimentos daquilo que o país tem, suas potencialidades, tanto na parte insular como na parte continental," realçou Taborda.

Ainda disse que a Guiné-Bissau tem necessidade de captar investimentos, e ter respostas positivas para as demandas do sector, frisando que  o país já dispõe de mais de três hotéis de cinco estrelas.

Por isso,  a Guiné-Bissau precisa de ter recursos humanos capacitados e  apoiar jovens formados no sector porque a vontade não lhes faltam.

"Foi com muito sacrifício que conseguimos essas bolsas pelo que aconselho que empenhem no estudo dando o máximo para formar e virem dar contribuição no país, porque a Guiné-Bissau precisa de vocês”, aconselhou.

Apelou os pais e encarregados de educação para não esquecerem seus filhos, que os acompanhem no seu dia-a-dia durante os estudos.

Catarina Furtado promete disponibilizar um funcionário da Secretaria do Estado de Turismo para apoiar os estudantes.

Para Mamadu Saliu Candé, representante dos pais e encarregados de educação dos bolseiros, o gesto da Secretaria de Estado do Turismo e Artesanato é louvável, uma vez que concedeu bolsas aos filhos das pessoas carenciadas.

Sérgia Mota, falando em nome dos bolseiros, agradeceu a  oportunidade que a Secretaria de Estado lhes concedeu para irem estudar em Portugal, porque “estudar fora do país oferece mais oportunidades de empregabilidade”.

Disse que esperam contar com apoio de todos porque a caminhada vai ser longa e difícil e sem seus pais e encarregados  de perto, acrescentando que só com apoio de uns e outros poderão   chegar a meta.ANG/MI/ÂC//SG
  

Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,26 dez 19(ANG) - O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), às presidenciais de 29 de dezembro, Domingos Simões Pereira, prometeu acabar  com a venda de bolsas aos peregrinos à cidade Santa de Meca, se for eleito  Presidente da República.

Simões Pereira que falava na noite desta quarta-feira, 25 de dezembro de 2019, numa pequena paragem no sector de Bigene, região de Cacheu norte do país, disse que, quando for eleito como chefe de Estado, usará a sua influência junto do governo na procura de bolsas à Meca cuja gestão será entregue aos Imames, que considera serem pessoas indicadas para fazer a distribuição dessas bolsas, sem interferência política.

Em resposta ao pedido feito pelos habitantes daquele sector nortenha do país, o candidato mais votado na primeira volta prometeu ainda aos populares de Bigene a oferta de  uma ambulância após as eleições presidenciais. 

O candidato suportado pelo PAIGC voltou a reafirmar a promessa feita nas legislativas de garantir 40 mil empregos e alcatroar mil quilómetros de estradas da Guiné Bissau.

“Com a minha eleição como primeiro magistrado da nação, haverá a estabilidade governativa e a tranquilidade, mas também vai constituir um desafio enorme para construir este país, em que todos os guineenses terão orgulho de pertencer e de viver na paz e  segurança”, sublinhou Simões Pereira.

No quadra da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais prevista para o próximo domingo, os dois candidatos finalistas, ou seja Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló estarão  hoje a noite num debate televisivo que será transmitido, em directo, pelas rádios do país.
ANG/O Democrata


Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,26 dez 19(ANG) - O candidato do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Úmaro Sissoco Embaló, disse que o bilionário saudita, Alwaleed Bin Talal Alsaud, que teria prometido apoiar o país com um bilião de dólares norte-americanos foi impedido pelo governo de Aristides Gomes de entrar na Guiné-Bissau. 

Embaló fez esta revelação durante um comício popular realizado na cidade de Bafatá, que reuniu milhares de pessoas.

 Durante o evento, Embaló aproveitou a ocasião para agradecer os citadinos daquela região leste do país pela forma como votaram nele, em massa, na primeira volta permitindo a sua qualificação para a segunda volta.

O candidato do MADEM-G15, que igualmente conta com o apoio do PRS, do líder da APU-PDGB e candidato derrotado na primeira volta, Nuno Gomes Nabiam, esteve  esta quarta-feira, 25 de dezembro de 2019, na região natalícia de Amílcar Cabral [Bafatá], tida como a base do seu partido (MADEM-G 15).

Sobre o impedimento da entrada do bilionário saudita no país, Embaló garantiu que se for eleito no escrutínio do próximo domingo, 29 de dezembro, o bilionário Alwaleed Bin Talal Alsaud, poderá vir ao país.

Segundo anunciara Sissoco, na semana passada,  o referido multimilionário estaria em Bissau esta quinta-feira com quatro aviões de bens que seriam doados as autoridades da Guiné-Bissau, e que o mesmo homem entregaria, se for eleito presidente da República, um cheque visado no valor de mil milhões dólares americano ao governo guineense. ANG/o Democrata


Religião/Mensagem de Natal


      Papa  denuncia acções de grupos extremistas no continente africano
Bissau, 26 dez 19 (ANG) - O Papa Francisco denunciou quarta-feira na tradicional mensagem de Natal as acções "de grupos extremistas" no continente africano, especialmente no Burkina Faso, no Mali, no Níger e na Nigéria.
 Neste continente onde reinam “violências, calamidades naturais ou emergências de saúde”, o Papa Francisco também quis expressar o seu consolo “a todos os que são perseguidos por causa da sua fé religiosa, especialmente os missionários e os fiéis sequestrados”.
Em relação ao Médio Oriente, o Papa Francisco pediu  à comunidade internacional para “garantir a segurança”, particularmente na Síria, noticiou o Noticias de Coimbra.
Na tradicional mensagem “Urbi et Orbi” na praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou “as numerosas crianças atingidas pela guerra e pelos conflitos no Médio Oriente e em diversos países do mundo”.
O Papa Francisco pediu esperança "para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política" e incentivo ao "povo venezuelano há muito afectado por tensões" políticas e sociais.
O Papa Francisco falou dos conflitos no mundo, como em outras ocasiões, e começou por sublinhar as "trevas" nos corações humanos, nos relacionamentos pessoais e familiares, e nos conflitos económicos, geopolíticos e ecológicos, salientando a "luz de Cristo".

Na sua mensagem, o Papa pediu "que o pequeno filho de Belém seja esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão a passar por um período de agitação social e política", mas sem mencionar os países acerca dos quais falava.
Desejando "encorajar o amado povo venezuelano, há muito afectado por tensões políticas e sociais, a receber a ajuda que precisa", o Papa apelou a que se abençoem "os esforços de todos aqueles que se esforçam por favorecer a justiça e a reconciliação, e se empenham em superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa".
Na sua análise dos conflitos actuais, o Papa recordou a guerra na Síria, a situação no Líbano e no Iraque, e também mencionou as pessoas que são perseguidas por causa da sua fé e "especialmente os missionários e os fiéis sequestrados, e os que são vítimas" de ataques de "grupos extremistas, especialmente em Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria".
Desejando particularmente "o conforto do bem-amado povo sírio que ainda não vê o fim das hostilidades que dilaceraram o país nesta década", o soberano pontífice exortou "os governos e a comunidade internacional a encontrarem soluções que garantam a segurança e a coexistência pacífica dos povos da região", cujo sofrimento deve terminar.
Francisco também teve um pensamento de "apoio para o povo libanês, para que possa sair da actual crise e redescobrir a sua vocação de ser um mensageiro da liberdade e da convivência harmoniosa para todos".
Francisco considerou ainda que os habitantes da Terra Santa "aguardam dias de paz e segurança" e destacou também as "tensões sociais" no Iraque e a "grave crise" no Iémen.ANG/Angop

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,26 Dez 19(ANG) - O régulo de Bafatá, Seco Mussá Sidibé, alertou os guineenses que quem fez a luta pela independência da Guiné-Bissau não selecionou etnias e que todos contribuíram com o seu “quinhão”.

“A Guiné-Bissau é constituída por um mosaico étnico e, portanto, quem fez a luta não selecionou as raças (etnias), todas as que surgiram participaram na luta e tem o seu quinhão”, afirmou Seco Mussá Sidibé.

O régulo de Bafatá, cidade situada a cerca de 150 quilómetros a leste de Bissau, falava à Lusa no âmbito da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, marcadas para dia 29, que tem sido marcada por um discurso étnico e religioso.

“É a primeira vez que está a surgir no nosso país. O meu alerta vai para os meus conterrâneos guineenses para não verem esta questão da religião e a questão étnica e para verem, primeiro, o que significa uma eleição e, de seguida, o que é um cartão de eleição, que é um voto”, afirmou Seco Mussá Sidibé.

Para o régulo de Bafatá, o problema está no índice de analfabetismo que existe no país.

“Estamos na dinastia do analfabetismo e uma pessoa só orienta mil pessoas e não deve ser. Uma pessoa deve saber que tendo o seu cartão de eleitor na mão vai deixar o seu voto na urna”, salientou.

Para o régulo, as pessoas devem pensar, primeiro, no país e perceberam que com o voto na urna, enquanto cidadãos, estão a contribuir para o círculo de decisão do país.

“As pessoas estão a ver coisas novas nestas eleições e o que todo o mundo quer é que as pessoas votem conscientemente”, acrescentou.

Questionado sobre se o discurso étnico e religioso vai prosseguir após o fim do ciclo eleitoral na Guiné-Bissau, Seco Mussá Sidibé disse que os guineenses se entendem muito facilmente.

“É só neste época e nesta fase, terminando as eleições voltamos a estar alinhados. Estamos a fazer isto, porque muitas pessoas são orientadas”, explicou.

Para o futuro Presidente da Guiné-Bissau, o régulo de Bafatá, uma região de predominância muçulmana, em que Umaro Sissoco foi o mais votado na primeira volta, aconselha que a sua primeira obra seja banir aquele discurso e ser um “pai da pátria, sem excluir ninguém”.


Mais de 760.000 guineenses escolhem no dia 29 o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15). ANG/Lusa


EUA


    Homem rouba banco e joga dinheiro na rua aos gritos de "Feliz Natal
Bissau, 26 dez 19 (ANG) - Um homem de barba branca roubou um banco de Colorado, nos Estados Unidos, na segunda-feira (23), dois dias antes do Natal.
Em vez de guardar o fruto do roubo, ele jogou o dinheiro para cima no meio da rua aos gritos de “Feliz Natal!”, segundo contaram testemunhas.
A polícia confirmou em um comunicado que um "homem branco idoso" roubou o Academy Bank em Colorado Springs, depois de ameaçar os funcionários com uma arma. Não foi informado o valor roubado.
Segundo a imprensa norte-americana, um homem de 65 anos, identificado como David Wayne Oliver, foi preso na sequência em um Starbucks perto do banco.
Os policiais disseram à imprensa que o homem não estava armado no momento da prisão.
Testemunhas disseram ao jornal Denver Post que os pedestres tentaram devolver parte do dinheiro roubado ao banco.
Contudo, milhares de dólares ainda estão desaparecidos, disse um policial ao Denver Post. ANG/RFI/AFP


Obséquias/Padre Domingos da Fonseca


  Pároco Eli Coly reitera apelo para  abertura de  Centro de hemodiálise no país

Bissau, 26 dez 19 (ANG)- O Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Ajuda, Eli Cassien Coly, reiterou o apelo ao governo para a construção de  um Centro de Hemodiálise no país para evitar  mortes de pessoas por falta desse serviço sanitário.

Obséquias do padre Domingos da Fonseca
O apelo foi lançado na missa de corpo presente do Padre Domingos da Fonseca, falecido no passado dia 19 do mês corrente em Ziguinchor, República vizinha do Senegal e enterrado no dia 23 do corrente.

“Por falta de hemodiálise, padre Domingos morreu. Um país como a Guiné-Bissau com toda a sua possibilidade não podia ficar sem um Centro de Hemodiálise. Alguém me disse que há máquina de hemodiálise mas que por falta de interesse de algumas pessoas essa máquina não entrou em funcionamento até agora”, lamentou Eli Cassien Coly.

O Paróco ainda mostrou a sua indignação perante as más condições das estradas do país, acrescentando que todos os guineenses sabem quem era o padre Domingos da Fonseca, que faleceu devido a complicações relacionadas a insuficiência renal.

“O percurso Bissau/Ziguinchor, uma distância de cerca de 140 km, pode ser andado numa hora e trinta minutos, com a ambulância a andar muito mais rápido. Quando estávamos a evacuar o falecido missionário para Zinguinchor, percorremos três horas de tempo porque as estradas não estão em condições. Todos nós sabemos que o padre Domingos é um homem forte mas que veio a pedir ajuda, é porque não estava bem”,referiu.

Eli Cassien Coly elogiou o esforço dos técnicos de saúde do país, acrescentando que, apesar da falta das condições de trabalho fizeram grandes esforços com dignidade e honestidade para salvar a vida do padre Domingos da Fonseca.

“Os médicos de Bissau fizeram o diagnóstico e obtiveram um resultado e esse mesmo resultado foram conformados pelos médicos do Senegal, em Ziguinchor. Por isso, os nossos médicos são excelentes, o que lhes faltam são condições de trabalho”, disse o Padre.

Domingos da Fonseca foi o primeiro paroquiano da Nossa Senhora de Ajuda que tornou padre em 1984.

Padre Domingos da Fonseca, licenciado em Teologia Dogmática em Sociologia, era Vigário Geral da Diocese de Bafatá e igualmente Pároco da Paróquia de Bambadinca, e morreu com 64 anos.

De maio de 2015 até a data da sua morte, era Presidente da Comissão Organizadora da Conferência Nacional para a Reconciliação e Desenvolvimento, integrada por  32 pessoas entre as quais académicos, membros de Organizações da Sociedade Civil, juristas, militares, dirigentes políticos e religiosos.

A Comissão tem como principal objetivo criar condições para que a Conferência Nacional de Reconciliação que se prevê se realize em tempo razoável e definir um modelo de reconciliação entre os guineenses. ANG/DMG/ÂC//SG