sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Carnaval Infantil


                 Jardim Nossa Senhora de Fátima sagrou-se vencedor

Bissau, 21 fev 20 (ANG) – O Jardim Nossa Senhora de Fátima é o vencedor do Carnaval Infantil 2020, do Setor Autónimo de Bissau (SAB), com 17,3 pontos, a Associação dos Surdos ficou na 2ª posição com 16,7 pontos e o jardim Nhima Sanhá, na 3ª posição, com 16,2 pontos.

O 1º lugar vai receber um prémio no valor de 400 mil francos cfa, devendo 50 por cento desse valor ser dado em materiais didácticos, o  2º lugar vai receber  350 mil fcfa, dos quais 50 por cento será doado em materiais didácticos, e o 3º lugar recebe 300 mil francos cfa, igualmente parte desse prémio será entregue em material didáctico.

A coordenadora do Carnaval Infantil, Isa Infanda considerou de positivo o evento, e considerou  que o importante no desfile infantil não é o prémio mas sim a participação das crianças, porque permitiu-lhes conhecer e fazer amizades com crianças de outros jardins e escolas.

Para Nani Isabel José, representante do Jardim Nossa Senhora de Fátima  o carnaval une as culturas, e o  segredo da vitória do seu jardim é a união.

“Sempre unimos no nosso jardim porque temos diferentes etnias, por isso cada um costuma trazer um pouco da sua cultura e quando juntamos essas peças ficamos mais forte para enfrentar qualquer competição e sair com bom resultado”, disse Nani José.

Por sua vez, China Ndumpá, representante da Escola dos Surdos mostrou-se satisfeito com o resultado do desfile, justificando que essa vitória é um mérito porque conseguiram mostrar os seus valores.

Defendeu que os surdos e mudos não têm tanta diferença com qualquer pessoa, sublinhando que o que lhes difere é a voz, mas que conseguiram comunicar através de gestos, por isso, devem ser valorizados na sociedade e sobretudo no seio  familiar.

No desfile realizado esta sexta-feira participaram sete jardins e nove escolas, todos vão receber prémios de consolação. ANG/DMG/ÂC//SG


Homenagem


              Uma rua de Loulé baptizado com nome de Koumba Yalá

Bissau, 21 Fev. 20 (ANG) – A Câmara Municipal de Loulé, Portugal baptizou  recentemente uma rua daquela cidade com o nome de Koumba Yalá, líder fundador do Partido da Renovação Social(PRS).

 Em conferência de imprensa esta sexta-feira Mário Pires, um dos fundadores do PRS , e quem chefiou a delegação do partido que se deslocou a Portugal para o efeito,felicitou a iniciatva destacando que o falecido líder dos renovadores  fez grandes amizades em Loulé ao ponto de se considerar um louletano de coração para sempre.

Kumba Yalá estudou e jogou futebol em representação do FC de Louletano.

"Para  os responsáveis da Autarquia de Loulé, a integração do nome de Kouma Yalá na toponímia local constitui uma forma de perpetuar a memoria de um homem  que a carreira pública permitiu alcançar pela via da democracia, o mais alto cargo da nação, a Presidência da República “disse Mário Pires.

Segundo  Mário Pires, Koumba é uma personagem político incontornável e um pan-africanista que mesmo após a morte pode ver seus legados que os guineenses não souberam aproveitar ao contrário dos portugueses que aproveitaram a sua obra a ponto de lhe renderam a homenagem póstuma.

Para Elisabete Yalá,  viúva do Koumba Yalá, a homenagem à memória do seu falecido marido “representa um motivo de orgulho para a  família  porque este tipo de homenagem não é feito a qualquer um mas  sim às pessoas que deixaram  marcas positivas”.

"Quando o Koumba voltou de Loulé na abertura política no país lutou muito para que a democracia possasse a reinar na Guiné-Bissau. Antes da democracia ninguém tinha a coragem para enfrentar o regime de altura. O Koumba Ialá  o fez mostrando justiça e a verdade às pessoas mas foi ignorado pelo seu Povo tendo merecido louvor no estrangeiro”, disse.

A viúva de Koumba Yalá disse  que as pessoas que não percebiam a ideologia do seu falecido marido  acabaram por entender que  ele era uma pessoa “muito importante, com grande valor e  que podia salvar o país”.
ANG/MI/ÂC//SG    

Carnaval 2020


        POP mobiliza mais de dois mil agentes para garantir  segurança  

Bissau,21 Fev 20(ANG) - O Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) anunciou que mobilizou dois mil e quinhentos agentes das forças de segurança, que serão colocados nas ruas da capital Bissau e nas regiões com o propósito de garantir a segurança, durante a manifestação da maior festa cultural do país, o Carnaval.

A iniciativa do Comissariado da POP de colocar agentes nas ruas foi tornada pública através do seu porta-voz, Braima Seidi, num encontro com a imprensa.

Seidi informou  que o Ministério do Interior criou uma força conjunta constituída por agentes das diferentes corporações de segurança, designadamente: Bombeiros, Guarda Nacional, Polícia de Trânsito e elementos da Força de Interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOMIB). 

Referiu que os mais de dois mil agentes foram mobilizados a partir dessas forças para garantir  segurança nas principais vias da cidade de Bissau e nas regiões, bem como para as operações de patrulhamento nos bairros e nas zonas consideradas de risco.  

Braima Seidi explicou que as forças de segurança destacadas receberam orientações do Comissariado para realizar revistas nas bolsas e mochilas das pessoas durante a festa do carnaval, pelo que pede a compreensão e a colaboração dos cidadãos.  

“Qualquer pessoa com a mochila ou bolsa será revistada, de forma a garantir que ninguém porte objetos cortantes ou que possam causar ferimentos, sobretudo armas brancas perigosas durante as manifestações do carnaval. As revistas serão feitas de acordo com os procedimentos legais, sem abuso ou uso de força”, garantiu.

De acordo com o porta-voz da POP, a prioridade daquela instituição é garantir  segurança às pessoas, a liberdade de circulação dos cidadãos em todo o país, sem constrangimentos.
Seidi assegurou que as forças de segurança estarão firmes nas zonas consideradas perigosas para proporcionar aos cidadãos um ambiente de segurança durante a festa do carnaval.  

Exortou aos profissionais dos órgãos da comunicação social a se fizerem acompanhar de seus cartões de  livre trânsito  para evitar eventuais transtornos com as forças de segurança.

Informou que durante os quatros dias do carnaval a circulação de carros nas principais vias da capital será interditada a partir das 15 horas e 30 minutos e retomada às 20:30. 

O período carnavalesco 2020, sob o lema “Reforço da Identidade Nacional e Transformação Social”,  iniciou desde o passado dia 13 do corrente mês com uma exposição cultural e abertura das Barracas, que prestam serviços de restauração. ANG/O Democrata

Finança pública


   Emissão de títulos do Tesouro rende ao governo 10 mil milhões de fcfa

Bissau,21 Fev 20(ANG) - O Governo da Guiné-Bissau arrecadou cerca de 15,2 milhões de euros através da emissão de títulos do Tesouro, numa operação realizada esta semana ao abrigo de uma entidade sub-regional africana, anunciou hoje o Ministério das Finanças guineense.

Segundo a Lusa que cita uma nota deste ministério,  a referida emissão já estava prevista no calendário normal publicado pela Agência UMOA (União Monetária Oeste Africana) Títulos, entidade que regula a emissão de títulos de Tesouro dos oito países que integram a organização, nomeadamente Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.

O empréstimo foi contraído no valor de 10 mil milhões de francos CFA, cerca de 15,2 milhões de euros, a uma taxa de juro de 4,9%, com um período de carência de um ano.

Esta é a segunda vez que o atual Governo guineense, liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, vai ao mercado financeiro sub-regional contrair empréstimo sob emissão de títulos do Tesouro, depois de o ter já feito em setembro, tendo na altura arrecado o mesmo valor.

O Governo guineense depara-se com dificuldades de tesouraria, encontrando-se, neste momento, vários funcionários públicos com salários em atraso.ANG/Lusa


Cabo Verde/Carnaval


“Mandingas já não fazem parte do Carnaval oficial porque o poder não quer” diz Moacyr Rodrigues

Bissau, 21 fev 20 (ANG) – O antropólogo e investigador sanvicentino, Moacyr Rodrigues, disse hoje em entrevista à Inforpress que os mandingas já não fazem parte do desfile do Carnaval oficial porque “o poder não quer”.
Segundo Moacir Rodrigues esta mudança do desfile dos mandingas deve-se ao facto de “açambarcarem toda a atenção” das pessoas. Segundo a mesma fonte, os mandingas sempre fizeram parte do Carnaval e serviam para abrir alas, porque as pessoas muitas vezes tapavam as ruas.
“As pessoas tinham medo dos mandingas porque estavam pintadas de óleo. Como não queriam sujar-se afastavam-se. Mais tarde,  vieram outros que se lambuzavam-se de lama (os zumbis) tudo isso tinha uma função de abrir alas. Não era preciso por cordas para evitar que as pessoas descessem às ruas”, recordou Moacyr Rodrigues que publicou em 2011 o livro “Carnaval do Mindelo”.
No entender do antropólogo isso “é intromissão e destruição de uma ordem”, ou seja, que Carnaval tem a sua ordem e essa mudança é uma anti-ordem pública, clarificou.
Moacyr Rodrigues lembrou que, neste momento, “há gente da pequena burguesia e da média” que vêm do estrangeiro para se mascarar de mandinga e desfilar.
A seu ver, as pessoas tinham medo de se sujarem com os mandingas mas houve uma aceitação do mandinga por parte do povo, mas frisou que “há uma incompreensão e preconceito nas mãos dos grupos que não querem se misturar com eles”.
A mesma fonte lembrou que os mandingas surgiram no Mindelo, em 1940, quando um barco, que trazia amendoim ou arroz da Guiné e um grupo de Bijagós, aportou no Porto Grande. No Mindelo, explicou, os homens executaram uma dança que ficou marcado no seio dos sanvicentinos que a copiaram e adaptaram.
“Passou um grupo de Bijagós com saiotes de ráfia, ou de cobra e eram guerreiros. Executaram, para as crianças, uma dança guerreira em que fingiam que estavam a atacar qualquer animal. A malta em São Vicente viu aquilo, copiou e adaptou,” clarificou o investigador.
O mesmo observou que em São Vicente não sabiam que eram Bijagós e, porque os cabo-verdianos desconhecem a África, resolveram apelidá-los de mandingas, quando na verdade não eram.
“Os mandingas eram uma raça bastante altiva, guerreira que vestia uma toca grande em cima das calças como os muçulmanos e tinha um gorro na cabeça. Eles andam a Cavalo ou a camelo de espingardas. Construíram o maior império da África que é o império Mandangue. Tiveram muitas guerras com os franceses até que os franceses dominaram aquela zona do Mali e a zona que vai do Senegal para frente”, esclareceu Moacyr Rodrigues.
Para além de criticar a retirada dos mandingas do desfile oficial, o investigador e antropólogo também insurge-se contra a ideia de colocação das bancadas e a transferência do desfile oficial para a noite.
Para a mesma fonte, essas “importações” revelam a incapacidade das pessoas que têm essas ideias.
“Quem tem essas ideias são os jovens que foram estudar, licenciaram-se lá fora e não viveram o Carnaval e de repente são feitos presidentes de grupos. Conheço-os todos porque passaram-me pelas mãos como alunos. São sujeitos que muitas vezes copiam as ideias, gostam da festa, de figurar e aparecem”, defendeu, lembrando que antigamente não se sabia quem eram os presidentes dos grupos porque os grupos de Carnaval eram de todos.
Para Moacyr Rodrigues, deve-se manter o desfile durante o dia e deixar o Carnaval nas mãos de quem está habituado com a festa. Isto porque, lembrou, São Vicente é uma ilha mal iluminada e os desfiles à noite favorecem a violência como roubos, kassubodis (roubos com violência) que acabam por manchar a festa.  ANG/Inforpress

Política


 Governo  sugere  proposta para por termo à construções nas zonas húmidas

Bissau, 21 Fev 20 (ANG) – O Governo sugeriu ao Ministério da Administração Territorial(MAT) a elaborar uma proposta legislativa que ponha termo à proliferação de construções nas zonas declaradas como húmidas, particularmente no Setor Autónomo de Bissau.

A sugestão consta no comunicado saído da reunião ordinária do Conselho de Ministros de quinta-feira, à que a ANG teve acesso, no qual MAT submeteu ao colectivo ministerial um conjunto de estratégias que serão executadas brevemente  e susceptíveis de concorrer para uma convivência urbana fundada na observância do código de postura.

Entretanto na parte legislativa, após uma aturada análise e discussão sobre os projectos de diploma de auditoria dos Ministérios da Administração Pública e Modernização do Estado e das Pescas, o Conselho de Ministros decidiu aprovar, com emendas, o projecto de Decreto sobre os Estatutos da Agência Guineense de Emprego e Formação Profissional.

O Colectivo governamental aprovou ainda com alterações, o projecto de Decreto-lei relativo à Revisão do Regulamento da Inspecção Profissional e o acordo sobre medidas dos Estados do Porto.ANG/JD/ÂC//SG


Covid-19

 Número de mortos supera 2.100, menor subida de novos casos em quase um mês

Bissau, 21 fev 20 (ANG) – O número de mortos devido ao novo coronavírus subiu quinta-feira para 2.118 na China continental, ao mesmo tempo que foi registado o menor aumento diário de novos casos de infecção em quase um mês, de 394.
A Comissão de Saúde da China indicou que, até à meia-noite de quinta-feira 8hora local) 114 pessoas morreram devido ao Covid-19.
O número de pacientes fixou-se, no total, em 74.576. No entanto, o número de novos casos diários é o menor desde 25 de Janeiro.
O número de casos graves ascendeu a 11.864, enquanto 16.155 pessoas receberam alta, disse a Comissão.
As autoridades informaram que 589.163 pessoas que tiveram contacto próximo com pacientes foram acompanhadas, entre as quais 126.363 ainda estão sob observação e 4.922 são suspeitas de terem contraído a doença.
Por outro lado, a província de Hubei, cuja capital Wuhan é o centro do surto, registou 108 novas mortes e 349 novos casos de infecção. Só Wuhan registou a maioria das vítimas mortais, 1.585, e dos casos de infecção, 45.027.
Várias cidades na zona estão em quarentena desde 23 de Janeiro passado, numa medida que afecta cerca de 60 milhões de pessoas.
Além dos 2.118 mortos na China continental, morreram duas pessoas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma no Japão, uma em França e uma em Taiwan. ANG/Inforpress/Lusa

Ensino público




Bissau,21 Fev 20(ANG) - A confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas do país diz ter sido  impedida quinta-feira de realizar uma marcha de protesto em Bissau, contra a paralisação das aulas  nas escolas públicas.

Segundo o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das escolas Públicas e Privadas, Alfa Umaro Só, as forças de Ordem Pública dispersaram os manifestantes que estavam agrupados perto da sede da Assembleia Nacional Popular, local previsto para o início da marcha.


Numa entrevista à Rádio Sol Mansi (RSM), Alfa Só acusou as forças de segurança de má-fé pelo impedimento da realização da manifestação.

Só ainda aponta o dedo acusador aos pais e encarregados da educação, pela actual situação do ensino pública caracterizada pelas sucessivas greves.

Depois do impedimento da marcha os alunos foram a sede das  Nações Unidas em Bissau, onde foram recebidos por um elemento desta organização a quem deixaram um pedido no sentido de a ONU intervir para que haja o funcionamento normal das aulas no ensino público.

O ano lectivo 2019/20 iniciou, outra vez nas escolas públicas do país, com o impasse entre o governo e os sindicatos que exigem o cumprimento integral do Estatuto da Carreira Docente,com realização de greves semanasis de tres dias(terça,quarta e quintas-feiras).

Por seu lado, o governo alega que estão a ser satisfeitas as exigências das centrais sindicais, promotoras das ondas de paralização da Função Pública em geral.

Entretanto, em comunicado divulgado quinta-feira, o Ministério do Interior diz que não recebera qualquer comunicação sobre a aludida marcha de alunos para exigir o funcionamento normal das aulas nos estabelecimentos de ensino público.

“Não obstante ao direito que os cidadãos dispõem de livremente se reunirem e manifestarem, é a própria lei que também condiciona o exercício desse direito à verificação de determinados pressupostos mormente”, refere o Ministério do Interior no comunicado.

 Adianta continuar totalmente  engajado em respeitar e fazer respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos sempre que o seu exercício obdeça ao estipulado na lei. ANG/ÂC/Rádio Sol Mansi





Togo


  Eleitores escolhem sábado novo Presidente da República entre sete candidatos
Bissau, 21 fev 20 (ANG) -  Os eleitores do Togo, país francófono da África ocidental votam no sábado para a primeira volta das eleições presidenciais.
Presidente Gnassingbé Eyadéma
Pela primeira vez a oposição poderá votar, mas poucos foram os eleitores no estrangeiro a obter a respectiva autorização.
São sete os candidatos que concorrem à magistratura suprema, entre eles o presidente cessante Faure Gnassingbé que conta cumprir um quarto mandato.
Entre os seus adversários consta Jean-Pierre Fabre, segundo mais votado nas últimas eleições presidenciais, e Agbéyomé Kodjo, antiga eminência parda do regime de Gnassingbé Eyadéma, pai do actual chefe de Estado.
A oposição pretenderia impedir a eleição do presidente cessante logo à primeira volta.
Os opositores alegam recear fraudes, com um partido a apelar mesmo ao boicote.
O país tem vivido ao ritmo das crises políticas com centenas de milhares de pessoas nas ruas em 2017 e 2018 a contestar o presidente.
O parlamento aprovou uma modificação da constituição estabelecendo um limite de dois mandatos sem efeitos retroactivos.
Tal garante a Eyadéma a possibilidade de disputar estas eleições e de se voltar a candidatar em 2025.
O presidente actual foi imposto pelo exército aquando da morte do pai, o general Eyadéma Gnassingbé, em 2005, até ganhar as eleições presidenciais nesse ano, num escrutínio manchado pela violência e contestado pela oposição. ANG/RFI

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Carnaval 2020


        Desfile  Infantil do Sector Autónimo de Bissau inicia Sexta-Feira

Bissau,20 Fev 20(ANG) – O desfile do carnaval infantil no Sector Autónimo de Bissau(SAB) irá decorrer na sexta-feira, com a participação de nove grupos constituídos por diferentes escolas e jardins, informou o porta-voz da Comissão Nacional Organizadora deste maior evento cultural do país.

Baió Dansó, num encontro de esclarecimento mantido hoje com à imprensa, disse que o vencedor do desfile infantil do SAB receberá um prémio de 400 mil francos CFA e que 50 por cento deste montante será revertido em materiais didáticos e entregues ao vencedor.

Informou que já foram realizados os desfiles de carnaval em todas as regiões do país com excepção de Cacheu onde´está a decorrer um Simpósio Internacional, frisando contudo que o evento será realizado igualmente nesta localidade no próximo dia 23 do corrente mês.

Danso adiantou que o concurso  nacional de Carnaval está  marcado para o dia 25 do corrente mês, no Estádio 24 de Setembro, em Bissau, onde vão concorrer 11 grupos sendo oito provenientes das regiões e do sector de Bubaque que será desmembrado, e mais dois grupos do Sector Autónimo de Bissau.

Segundo Baió Danso, o primeiro classificado do desfile regional, receberá um prémio de um milhão de francos CFA, o segundo levará 700 mil e o terceiro 500 mil francos cfa.

Disse que, para o concurso nacional, o primeiro lugar receberá 6.500 milhões de francos CFA, o segundo lugar com 4.500 milhões e o terceiro vai receber dois milhões de cfa.

Na categoria individual,  o primeiro lugar em máscaras recebe 700 mil francos CFA, o segundo 400 mil e o terceiro 200 mil fcfa.

Os prémios dos vencedores do carnaval 2020 serão entregues no próximo dia 28 do corrente mês.

O período carnavalesco 2020, sob o lema “Reforço da Identidade Nacional e Transformação Social”,  iniciou desde o passado dia 13 do corrente mês com uma exposição cultural e abertura das Barracas, que prestam serviços de restauração .ANG/ÂC//SG

Pós-Brexit


                Reino Unido anuncia nova política migratória  restritiva

Bissau, 20 fev 20 (ANG) - O Reino Unido acaba de revelar as modalidades da sua nova política migratória pós-Brexit, com a qual o governo de Boris Johnson pretende deixar de depender da "mão-de-obra barata" europeia, para dar prioridade aos trabalhadores altamente qualificados oriundos do mundo inteiro.

Neste novo sistema de imigração que o governo britânico pretende aplicar já a partir de 2021 a todos os estrangeiros, incluindo os da União Europeia, pondo fim à liberdade de circulação, os trabalhadores com poucas habilitações e salários baixos não vão poder mais imigrar para o Reino Unido.

Uma das promessas do Brexit, lembrou a ministra do Interior, Priti Patel. "Esta é uma reforma radical, absolutamente. Vai ser a primeira vez em quase 40 anos que o governo britânico vai ter controlo e determinar a sua política de imigração” vincou a governante.

Com base num sistema de acumulação de pontos, os candidatos à imigração deverão responder a critérios como ter um bom domínio de um inglês, ter o ensino secundário concluído, ou ainda ter uma oferta de emprego.

Neste âmbito, quem pretender estabelecer-se no Reino Unido deverá obter um mínimo de 70 pontos e receber um salário de pelo menos 25.600 libras, cerca de 31 mil euros, o governo britânico tendo informado que pretende igualmente estabelecer um sistema de pontos para os estudantes.

Perante esta nova perspectiva, indústrias como as da restauração, fábricas e assistência social têm dado conta da sua preocupação, devido ao seu recurso assíduo a uma mão-de-obra barata e pouco qualificada.

Apesar destes sectores e da própria oposição terem tecido alertas sobre o risco de um impacto negativo deste dispositivo sobre a economia e a sociedade, o governo insiste no objectivo de reduzir o recurso à mão-de-obra externa.

 Neste sentido, o executivo britânico recomenda que as empresas alarmadas aumentem a sua produtividade, investindo na mecanização e na criação de incentivos para reter os seus empregados. ANG/RFI

Presidenciais 2019


                     “Nenhuma força vai impor Presidente”, diz DSP

Bissau, 20 Fev 20 (ANG) – O candidato declarado derrotado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu quarta-feira que não existe nenhuma força que irá impor um Presidente da República ao país.
Numa mensagem em vídeo publicada nas redes sociais, Domingos Simões Pereira pediu calma aos seus apoiantes e ao povo guineense em geral, dizendo-lhes para se manterem serenos.
“Que se mantenham serenos, que continuemos calmos, porque ninguém há-de vir de qualquer parte do mundo para nos impor um Presidente da República que não foi o escolhido pelo povo, que não corresponde ao que realmente está nas urnas”, afirma Simões Pereira.
Na terça-feira, em conferência de imprensa, a equipa de advogados de Umaro Sissoco Embaló, dado pela CNE como o vencedor das presidenciais de 29 de Dezembro passado, instou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a dar posse a Embaló.
Para os advogados de Umaro Sissoco Embaló, a CEDEAO, “se quiser ser consequente com as decisões que tem tomado” no processo político guineense, “só deve ordenar que o Presidente eleito seja investido no cargo, sem delongas”.
Os causídicos apontam o dia 27 para a tomada de posse, como também defende Umaro Embaló, e consideram que o contencioso eleitoral suscitado por Domingos Simões Pereira no Supremo Tribunal de Justiça é “extemporâneo e ilegal” e que não terá qualquer efeito jurídico.
Domingos Simões Pereira afasta qualquer possibilidade de a CEDEAO dar posse “a quem não for eleito pelo povo guineense”.
“Nenhuma força, nem outra entidade o vai fazer”, observa Simões Pereira.
O também líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no Governo) afirma-se triste ao constatar mensagens de divisão, de ódio, a serem espalhadas entre os guineenses, lamentando que, mês e meio após as eleições, ainda se mantenha a dúvida sobre “o verdadeiro vencedor” do sufrágio.
“De facto, a verdade está nas urnas. Ao abrirmos as urnas saberemos quem foi o escolhido pelo povo guineense. Abrir as urnas pode levar-nos 48 horas para contar e sabermos quem é o Presidente escolhido pelo povo”, nota Simões Pereira.
O Supremo Tribunal, que na Guiné-Bissau também tem as competências de tribunal eleitoral, mantém um braço de ferro com a CNE a quem exige que faça o apuramento nacional dos resultados eleitorais, conforme a lei.
A CNE, que já publicou os resultados eleitorais, dando vitória a Embaló, com 53,55% de votos, e atribuindo a Simões Pereira 46,45%, refere ter esgotado a sua intervenção no processo eleitoral. ANG/Inforpress/Lusa

Covid-19


  OMS prepara África e Américas para detectar possíveis casos de infecção
Bissau, 20 fev 20 (ANG) - O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, informou que a OMS está coordenando ações de preparação de países africanos e das Américas para responder ao Covid-19.

Ele enfatizou que “uma das preocupações é se esse vírus chegar a países com sistemas de saúde mais fracos.”
Tedros acrescentou que “até o final desta semana, 40 países da África e 29 das Américas terão a capacidade de detectar o Covid-19.”
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, um total de 23 casos do Covid-19 foram confirmados na região das Américas. Até 18 de fevereiro, todos registros da doença foram nos Estados Unidos, com 15 casos, e no Canadá, com oito.
A primeira incidência do novo coronavirus na região foi identificada, em 21 de janeiro, nos Estados Unidos no estado de Washington. Alguns dias depois, em 25 de janeiro, o Canadá confirmou seu primeiro caso em Toronto. 
Até o momento, não há registro de casos confirmados na América Latina e no Caribe.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, lembrou que “dados da China parecem mostrar um declínio em novos casos” do coronavírus Covid-19 e que “é uma notícia bem-vinda”.
Tedros alertou, no entanto, que essa informação deve “ser interpretada com muito cuidado” e que ainda “é muito cedo para fazer previsões sobre esse surto.”
De acordo com a última atualização da OMS, até a manhã desta quarta-feira em Genebra, a China já havia registrado 74.279 casos do Covid-19, incluindo 2006 mortes.
Fora do país existem agora 918 casos em 25 países, com três mortes.
O chefe da OMS enfatizou que fora da China há “um fluxo constante de novos casos”, mas que ainda não foi observada uma “transmissão local sustentada, exceto em circunstâncias específicas, como o navio de cruzeiro Diamond Princess."
Tedros alertou que “isso ainda pode mudar”, mas que ainda existe “uma janela de oportunidade para se evitar uma crise global mais ampla, graças aos “esforços agressivos” da China para conter o surto na sua origem.”
Nas Américas, a Opas informa que entre as iniciativas adotadas na região estão o fortalecimento de medidas para detectar precocemente e responder rapidamente a possíveis casos do Covid-19.
Essas medidas incluem a ativação de mecanismos de coordenação multisetorial, a vigilância ativa nos pontos de entrada nos países e treinamento de profissionais de saúde.
Por meio de uma série de oficinas, a Opas vem preparando laboratórios na região para que eles possam realizar o diagnóstico para detecção da doença.
No caso de uma introdução do Covid-19, na região das Américas, a agência da ONU diz que a expectativa é de que o impacto nos serviços de saúde seja alto, uma vez que os hospitais podem ficar sobrecarregados rapidamente com pacientes que precisam de isolamento e de cuidados em unidades de terapia intensiva.
Na quarta-feira, o chefe da OMS lembrou que a notificação à agência sobre um conjunto de casos de pneumonia de causa desconhecida na cidade chinesa de Wuhan ocorreu há 50 dias. E que “em apenas sete semanas, esse surto capturou a atenção do mundo.”
Menos de um mês após a notificação, ao ver sinais de transmissão de pessoa para pessoa fora da China, a OMS declarou uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.
Tedros destacou que “esses esforços retardaram a propagação do vírus internacionalmente” e ajudaram o mundo a ganhar tempo. Ele disse ainda que, a cada dia que passa, descobre-se mais sobre o vírus.
De acordo com a OMS, mais de 80% dos pacientes apresentam sintomas leves da doença e se recuperam. Outros 20% têm sintomas graves ou críticos, que variam da falta de ar a choque séptico à falência múltipla de órgãos.
Em 2% dos casos relatados, o vírus é fatal e o risco de morte aumenta à medida de acordo com a idade do paciente e condições de saúde subjacentes.
Além disso, existem poucos casos entre crianças, mas segundo a OMS, ainda são necessárias mais pesquisa para entender o motivo disso.
Entre as inúmeras medidas adotadas pela OMS está a presença na China no momento de uma equipe internacional de especialistas liderada pela agência.
A Organização Mundial da Saúde também está trabalhando com fabricantes de equipamentos de proteção individual para solucionar a escassez no mercado de máscaras, luvas, aventais e outros EPIs, e assim, garantir a proteção dos profissionais de saúde.
Suprimentos de equipamentos de proteção individual foram enviados para 21 países e serão disponibilizados para outros 106 países nas próximas semanas.
ANG/ONU NEWS

OMS”


 “Bem-estar de crianças e adolescentes sob ameaça em todo o mundo”, diz estudo
Bissau, 20 fev 20 (ANG) - Nenhum país protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças, segundo um relatório de 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes em todo o mundo.
A publicação A Future for the World’s Children? ou Um Futuro para Crianças do Mundo?, em tradução livre, mostra que menores de idade na Noruega, na Coreia do Sul e na Holanda têm maior chance de sobrevivência e bem-estar.
Dentre as nações de língua portuguesa, Portugal figura na posição 22 do índice que compara indicadores como saúde, educação e nutrição.
A seguir estão Brasil em 90º, Cabo Verde em 109º e São Tomé e Príncipe em 125.  Já Timor-Leste aparece na posição 135, Angola em 161º, Guiné-Bissau em 166º e Moçambique na posição 170.
Nos piores cenários entre os 180 Estados analisados estão República Centro-Africana, Chade, Somália, Níger e Mali.
O estudo inclui o índice de sustentabilidade revelando que cada pessoa dos países mais desenvolvidos emite mais dióxido de carbono, CO2, do que o objetivo nacional definido para 2030. Entre as questões avaliadas estão equidade e diferenças de rendimentos.
Entre os países lusófonos, Portugal está em 129º lugar no ranking de sustentabilidade, Brasil vem em 89, Angola 63, Cabo Verde 59 e São Tomé e Príncipe em 41. Timor-Leste está em 33º lugar, Moçambique em 29º e Guiné-Bissau em 16º.
Entre os maiores países emissores de gás carbônico estão Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita. O documento destaca que as emissões nas economias mais ricas são feitas de forma desproporcional.
A Comissão formada pela Organização Mundial da Saúde, OMS,  o Fundo da ONU para a Infância Unicef, e a revista médica The Lancet destaca que a saúde e o futuro de crianças e adolescentes em todo o mundo estão sob ameaça.
Entre os  fatores que agravam essa situação estão  a degradação ecológica, a mudança climática e as práticas de marketing prejudiciais que promovem alimentos processados, bebidas açucaradas, álcool e tabaco.
O Brasil é destacado entre os países de renda média por investir no reforço do seu sistema de informações de saúde de rotina como parte da reforma do sistema de saúde.
 Aos países em desenvolvimento, o documento recomenda mais ações para que suas crianças vivam de forma mais saudável por causa da ameaça das emissões excessivas de carbono para seu futuro.
O estudo alerta para consequências arrasadoras para a saúde infantil se o aquecimento global ultrapassar os 4 °C até 2100, de acordo com as projeções atuais. A consequência incluem ondas de calor extremo e proliferação de doenças como a malária o dengue além de condições como a subnutrição. ANG/ONU NEWS