Reino
Unido anuncia nova política migratória
restritiva
Bissau, 20 fev 20 (ANG) - O
Reino Unido acaba de revelar as modalidades da sua nova política migratória pós-Brexit,
com a qual o governo de Boris Johnson pretende deixar de depender da
"mão-de-obra barata" europeia, para dar prioridade aos trabalhadores
altamente qualificados oriundos do mundo inteiro.
Neste novo sistema de
imigração que o governo britânico pretende aplicar já a partir de 2021 a todos
os estrangeiros, incluindo os da União Europeia, pondo fim à liberdade de
circulação, os trabalhadores com poucas habilitações e salários baixos não vão
poder mais imigrar para o Reino Unido.
Uma das promessas do Brexit,
lembrou a ministra do Interior, Priti Patel. "Esta é uma reforma radical,
absolutamente. Vai ser a primeira vez em quase 40 anos que o governo britânico
vai ter controlo e determinar a sua política de imigração” vincou a governante.
Com base num sistema de
acumulação de pontos, os candidatos à imigração deverão responder a critérios
como ter um bom domínio de um inglês, ter o ensino secundário concluído, ou
ainda ter uma oferta de emprego.
Neste âmbito, quem pretender
estabelecer-se no Reino Unido deverá obter um mínimo de 70 pontos e receber um
salário de pelo menos 25.600 libras, cerca de 31 mil euros, o governo britânico
tendo informado que pretende igualmente estabelecer um sistema de pontos para
os estudantes.
Perante esta nova
perspectiva, indústrias como as da restauração, fábricas e assistência social
têm dado conta da sua preocupação, devido ao seu recurso assíduo a uma
mão-de-obra barata e pouco qualificada.
Apesar destes sectores e da
própria oposição terem tecido alertas sobre o risco de um impacto negativo
deste dispositivo sobre a economia e a sociedade, o governo insiste no
objectivo de reduzir o recurso à mão-de-obra externa.
Neste sentido, o executivo britânico recomenda
que as empresas alarmadas aumentem a sua produtividade, investindo na
mecanização e na criação de incentivos para reter os seus empregados. ANG/RFI
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