Ministro
do Comércio promete diligências para a ratificação do Acordo da Zona de Livre Comércio
em África
Bissau,12 Fev 20(ANG) – O
ministro do Comércio e Indústria, prometeu fazer tudo o que estiver ao seu
alcance para que o próximo Presidente da
República assume o engajamento político para a ractificação do Acordo que cria
a Zona do Comércio Livre Continental Africana.
Iaia Djaló falava hoje na
cerimónia de abertura do 1º de uma série de debates sobre várias questões
estratégicas para o desenvolvimento do país denominado “Terra Talk 2020”, organizado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD).
“Permitam-me congratular
pelo facto de a Guiné-Bissau ter participado na preparação e discussão sobre o
projecto do protocolo para a criação da Zona do Comércio Livre Continental
Africana e aproveito esta ocasião para felicitar todos os negociadores do nosso
continente, em especial os da Guiné-Bissau pelos resultados alcançados ”, referiu.
Iaia Djaló disse não ter
dúvidas que a Zona de Comercio Livre Continental Africana proporcionará
esperanças e oportunidades à uma vida melhor para muitos africanos no seu todo
e aos guineenses em particular.
O governante sublinhou
que a sua ambição é de alcançar a
liberalização paritária à 100 por cento no continente africano para que possa
contribuir na criação de uma África verdadeiramente integrada com um mercado
comum, falando uma só voz, concertada e única, na perspectiva de atingir um
destino comum.
Por sua vez, o Representante
Residente do PNUD na Guiné-Bissau afirmou que o objectivo do debate é de analisar
temas consideradas importantes para o
desenvolvimento humano do país.
Tjark Egenhoff disse que querem
ainda visualizar um espaço multi sectorial de debates onde o conhecimento
colectivo e experiências podem ser compartilhados para acelerar mudanças
necessárias e positivas.
“Queremos ilustrar também a
rica diversidade da sociedade guineense e por isso optamos não só em criar um
espaço inclusivo para todos, mas também criar um caracter móvel ao referido
espaço de debate, porque hoje iniciamos aqui em Bissau mas pretendemos alargá-lo
para as regiões”, explicou.
De acordo com uma Nota do
PNUD, depois de três anos de negociações, o acordo para estabelecer uma Zona de
Comércio Livre Continental Africana foi finalmente assinado por 44 países, em
Março de 2018 ,e entrou em vigor em 30 de Maio de 2019, com a ractificação de 27 países, que era condição mínima para sua
realização.
A fase operacional do acordo,
segundo a Nota, foi oficialmente lançada no encontro de chefes de Estado
africanos, em 7 de Julho de 2019, em Niamey(Niger), e deverá começar em 01 de
julho de 2020 após o desmantelamento das tarifas.
O documentro informa que, o
acordo que cria a Zona de Comércio Livre Continental Africana(AfCFTA), sigla em
inglês, tem como principal objectivo estimular o desenvolvimento dos países do
continente para o alcance das aspirações da União Africana(Agenda 2063).
Um outro objectivo é de
ampliar o acesso aos mercados de nações vizinhas com um potencial de 1,2
bilhão de pessoas e um Produto Interno Bruto de mais de 2,5 mil milhões de
dólares.
A Nota do PNUD sublinha que
o acordo representa a maior área de livre comercio do mundo, desde a fundação
da Organização Mundial do Comércio(OMM) em 1995, explicando contudo que a
Nigéria, uma das mais importantes economias do continente, é um dos três países
no total de 55, que não assinaram o acordo, além do Benin e Eritreia.ANG/ÂC//SG
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