quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Justiça


                                     Sudão entrega al-Bashir ao TPI
Bissau, 12 fev 20 (ANG) – As novas autoridades de Cartum anunciaram terça-feira a entrega do antigo presidente ,Omar al-Bashir ao Tribunal Penal Internacional(TPI).
"Todas as pessoas acusadas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) devem responder às acusações", afirmou  terça-feira Mohamed al-Taayichi, membro do Conselho Soberano do Sudão.
Foi desta forma que Cartun anunciou a entrega do antigo Presidente sudanês al-Bashir ao Tribunal Penal Internacional.
Há mais de dez anos, desde 2009, que os juízes do TPI tentam trazer al-Bashir a Haia para responder por várias acusações de genocídio e crimes cometidos pelas milícias governamentais durante o conflito no Darfur, entre 2003 e 2008, em que morreram 300 mil pessoas.
Al-Bashir tornou-se um dos mais célebre fugitivos do TPI, que emitiu dois mandados de detenção, em 2009 e em 2010, mas que nunca foram cumpridos. Estima-se que al-Bashir tenha feito cerca de 150 viagens ao estrangeiro desde 2009.
padre comboniano José Vieira, que viveu no Sudãoreage ao anúncio que considera ser "surpreendente a todos os títulos".
"Há cerca de um mês, quando o Presidente al-Bashir foi julgado por ter uma grande quantidade de dinheiro estrangeiro em sua casa e foi julgado com uma pena pequena, houve grupos que queriam que ele fosse julgado pelos crimes que ele cometeu no Darfur. Nessa altura, falou-se que o governo sudanês não estava interessado em leva-lo a tribunal por causa de Darfur", descreve o padre comboniano.
"Ao mesmo tempo houve um grupo de Darfur que levantou essa possibilidade; de o enviar para Haia para ele se sentar no Tribunal Penal Internacional e responder pelos crimes de que é acusado, nomeadamente, crimes de guerra e crimes contra a humanidade", prossegue.
Omar al-Bashir foi destituído do poder e preso no passado 11 de Abril de 2019 pelo Exército sudanês depois de um um levante popular, e substituído por um "conselho militar de transição" que dirigira o país por dois anos.
O conflito do Darfur custou a vida a 300 mil pessoas e obrigou 2,5 milhões a deslocarem-se. ANG/RFI



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