Presidente chinês destaca “progresso visível” no combate ao vírus
Bissau,
19 fev 20 (ANG) – O Presidente da China defendeu terça-feira que as medidas
aplicadas pelas autoridades chinesas, para travar a propagação do novo
coronavírus, estão a alcançar um “progresso visível”, num “momento crucial” da
crise que paralisou o país.
Xi
Jinping afirmou, numa conversa por telefone com o primeiro-ministro britânico,
Boris Johnson, que “graças a esforços árduos”, existem “mudanças positivas” no
combate ao surto e “as medidas de prevenção e controlo da China estão a
alcançar progressos visíveis”, de acordo com a agência de notícias oficial
Xinhua.
“Desde
o início do surto, a China deu prioridade à segurança e à saúde do seu povo,
recorreu às suas vantagens institucionais e mobilizou todo o país, adoptando
medidas abrangentes, rigorosas e completas de prevenção e controlo”, defendeu o
líder chinês.
Segundo
a agência, Xi agradeceu à rainha Isabel II de Inglaterra e a Johnson pelo apoio
dado “na luta” da China contra o surto do Covid-19, observando que Londres
enviou material médico para a China, o que “demonstra a amizade entre os dois
países e os dois povos”.
O
surto, que paralisou a China, causou forte descontentamento popular, sobretudo
após a morte do médico que alertou, inicialmente, para o novo coronavírus, mas
que foi repreendido pela polícia.
Nas
primeiras semanas após o início da crise, à medida que milhões de pessoas foram
colocadas sob quarentena e o número de infectados aumentava em dezenas de
milhares, as referências ao Presidente chinês desapareceram dos meios oficiais
e a liderança chinesa passou a assumir uma postura colectiva, com o primeiro-ministro,
Li Keqiang, a assumir o grupo de trabalho encarregado de lidar com o surto.
Durante
a conversa com Johnson, Xi Jinping disse que a China “está confiante” de que
atingirá as metas deste ano para o desenvolvimento económico e social,
sobretudo a eliminação da pobreza extrema, um marco simbólico, numa altura em
que o Partido Comunista Chinês, que governa o país desde 1949, celebra cem anos
desde a fundação.
Milhões
de trabalhadores deviam ter já regressado das terras natais, mas a rápida
propagação do vírus obrigou muitos a permanecerem em casa, impedindo a
reabertura de fábricas e negócios, com consequências imprevisíveis para o
tecido empresarial da segunda maior economia do mundo.
O
coronavírus Covid-19 provocou 2.004 mortos na China continental e infectou mais
de 74 mil a nível mundial.
Além
das vítimas mortais no continente chinês, há a registar um morto na região
chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em
Taiwan. ANG/Inforpress/Lusa
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