"Tomada de posse a 27 de Fevereiro é uma
coisa simbólica", diz USE
Bissau, 24 fev 20 (ANG) - O candidato dado
como vencedor pela Comissão Nacional de Eleições com 53,55% de votos, Umaro Sissoco Embaló, face ao seu
adversário Domingos Simões Pereira com 46,45%, regressou no domingo a Bissau e reiterou que a sua tomada de posse
dia 27 de Fevereiro é "uma coisa simbólica".
"Eu penso que até lá o Supremo
terá tempo de se pronunciar, eu deixo o Supremo fazer o trabalho
dele, eu estou a fazer o meu trabalho político e eu no dia 27, isso
haverá duas fases não é, como sabem há uma coisa simbólica, como eu sempre disse a
minha tomada de posse não ía acarretar grandes custos aos cofres do Estado",
disse.
Embalo reitera a sua decisão unilateral de
tomar posse no dia 27 em cerimónia organizada pelo seu núcleo de apoio numa
altura em que prevalece o impasse entre
a CNE que declarou os seus
trabalhos de apuramento terminados e o Supremo Tribunal de Justiça que ainda não validou os resultados da
segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro
À sua chegada ao aeroporto de Bissau Umaro Sissoco Embaló afirmou
ainda "temos de ter prioridades, não há escolas, há greve, não há
salários, eu penso que a Guiné-Bissau em vez de pensar na tomada de posse,
gastar mlais dinheiro, convém pagar aos professores, porque os meninos têm que
estudar" e acrescentou que deste périplo por vários países trouxe promessas de apoios e ajudas para a
Guiné-Bissau, logo que a situação política se estabilize.
O colectivo de advogados do partido
MADEM-G15 do qual Umaro Sissoco Embaló é um dos dirigentes, anunciou a criação
de uma comissão parlamentar para a sua investidura como Presidente da
Guiné-Bissau a 27 de Fevereiro.
Segundo a Constituição da República , o
Presidente da República eleito é investido em reunião plenária da Assembleia
Nacional Popular, pelo respectivo Presidente. Em face da situação vigente a
Assembleia Nacional Popular já fez saber que não realiza cerimónia de
investidura enquanto o Supremo Tribunal de Justiça não validar os resultados
das presidenciais de 29 de dezembro passado.
Em comunicado divulgado sábado (22) a CEDEAO, "admite impor sanções a todos os que não
agirem na direcção da normalização politica e institucional na Guiné Bissau,
pede aos políticos que evitem declarações que ponham em risco a paz e à CNE e
ao Supremo Tribunal de Justiça que cooperem na salvaguarda do processo
eleitoral". ANG/RFI
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