UNICEF,
UNFA, ONU e OMS anunciam criação de uma
nova geração de igualdade de gênero
Bissau, 06 Fev 20(ANG) – O Fundo das Nações Unidas para Infância(UNICEF),
a Organização Mundial de Saúde(OMS), a ONU e a Organização das Nações Unidas
para População(UNFA), anunciaram esta quinta-feira a criação de uma nova “Geração de Igualdade” para
impulsionar ainda mais o investimento e os resultados para a igualdade de
gênero.
Vista do escritório da ONU em Bissau |
O anúncio consta numa
Declaração Conjunta da directora Executiva do UNFA, Natalia Kanem, do UNICEF,
Henrietta Fore, da directora executiva da ONU mulher, Phumzile Mlambo-Ngcuka e
o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por ocasião do Dia
Internacional da Tolerância Zero a mutilação genital feminina.
A ONU mulher, UNICEF, UNFPA
e outras organizações disseram que agora é o momento de investir , traduzir os
compromissos políticos já assumindo em acções concretas, acabar com a prática
de uma vez por todas e cumprir com as promessas a Tabitha e a todas as meninas, de
atingir zero mutilação genital feminina até 2030.
Tabitha é uma criança do
Quênia cujos os país negaram que a filha fosse submetida a mutilação genital.
Segundo estas organizações, embora tenha havido progressos
significativos na eliminação genital feminina nos últimos 30 anos, hoje
aproximadamente 200 milhões de meninas e mulheres foram vítimas dessa prática.
“Essa prática pode ter
consequências físicas, psicológicas e sociais a longo prazo”, dizem.
As referidas organizações revelam que o apoio à esta prática está
diminuir e que meninas de 15 a 19 anos em países onde a mutilação
genital feminina é predominante estão menos favoráveis à comunicação da
prática do que as mulheres de 45 a 49
anos.
“E em muitos países, as
meninas jovens correm um risco muito menor de serem submetidas à mutilação
genital feminina do que as suas mães e avós foram. O rápido crescimento da
população jovem pode levar a um aumento significativo do número de meninas em
risco até 2030”, lê-se no documento.
A ONU Mulher, Unicef, UNFPA
OMS acreditam que os jovens de hoje podem desempenhar um papel crítico para pôr
fim à mutilação genital feminina.
Para o efeito sugerem
investimentos em movimentos liderados por jovens para defender a igualdade de gênero,
o fim da violência contra mulheres e meninas e a eliminação de práticas
prejudiciais.
“Isso requer a inclusão de
jovens como parceiros na elaboração e implementação de planos de ação
nacionais, o reforço do relacionamento com organizações e redes lideradas por
jovens que trabalham para acabar com a
mutilação genital feminina e reconhecê-la como uma forma de violência contra
mulheres e meninas, empoderando os jovens a liderar campanhas comunitárias que
desafiam normas e mitos sociais, e envolver meninos e homens como aliados”,
refere a comunicação dos responsáveis destas organizações.
Na cimeira de Nairobi sobre
a ICPD25, realizada no ano passado, governos, sociedade civil, organizações
religiosas e empresas privadas se comprometerem a acabar com a violência
baseada no gênero e práticas prejudiciais, tais como, a mutilação genital
feminina, num período de 10 anos, o mesmo prazo para alcançar os Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável.
ANG/JD/ÂC//SG
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