“Bem-estar de crianças e adolescentes sob ameaça em
todo o mundo”, diz estudo
Bissau, 20 fev 20 (ANG) - Nenhum país
protege de forma adequada a saúde, o ambiente e o futuro das crianças, segundo
um relatório de 40 especialistas em saúde infantil e de adolescentes em todo o
mundo.
A publicação A Future for the
World’s Children? ou Um Futuro para Crianças do Mundo?, em tradução
livre, mostra que menores de idade na Noruega, na Coreia do Sul e na Holanda
têm maior chance de sobrevivência e bem-estar.
Dentre as nações de língua portuguesa,
Portugal figura na posição 22 do índice que compara indicadores como saúde,
educação e nutrição.
A seguir estão Brasil em 90º, Cabo Verde
em 109º e São Tomé e Príncipe em 125. Já Timor-Leste aparece na posição
135, Angola em 161º, Guiné-Bissau em 166º e Moçambique na posição 170.
Nos piores cenários entre os 180 Estados
analisados estão República Centro-Africana, Chade, Somália, Níger e Mali.
O estudo inclui o índice de
sustentabilidade revelando que cada pessoa dos países mais desenvolvidos emite
mais dióxido de carbono, CO2, do que o objetivo nacional definido para 2030.
Entre as questões avaliadas estão equidade e diferenças de rendimentos.
Entre os países lusófonos, Portugal está
em 129º lugar no ranking de sustentabilidade, Brasil vem em 89, Angola 63, Cabo
Verde 59 e São Tomé e Príncipe em 41. Timor-Leste está em 33º lugar, Moçambique
em 29º e Guiné-Bissau em 16º.
Entre os maiores países emissores de gás
carbônico estão Estados Unidos, Austrália e Arábia Saudita. O documento destaca
que as emissões nas economias mais ricas são feitas de forma desproporcional.
A Comissão formada pela Organização
Mundial da Saúde, OMS, o Fundo da ONU para a Infância Unicef, e a revista
médica The Lancet destaca que a saúde e o futuro de
crianças e adolescentes em todo o mundo estão sob ameaça.
Entre os fatores que agravam essa
situação estão a degradação ecológica, a mudança climática e as práticas
de marketing prejudiciais que promovem alimentos processados, bebidas
açucaradas, álcool e tabaco.
O Brasil é destacado entre os países de
renda média por investir no reforço do seu sistema de informações de saúde de
rotina como parte da reforma do sistema de saúde.
O estudo alerta para consequências arrasadoras
para a saúde infantil se o aquecimento global ultrapassar os 4 °C até 2100, de
acordo com as projeções atuais. A consequência incluem ondas de calor extremo e
proliferação de doenças como a malária o dengue além de condições como a
subnutrição. ANG/ONU NEWS
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