Bissau,13 Fev 20(ANG( - O Ministério da Agricultura
e Florestas apontou as regiões de Gabú, Cacheu, Biombo e Oio como as mais
afectadas pela insegurança alimentar com taxas variáveis em torno de 36 a 39%.
Os
dados foram avançados quarta-feira(12/2) pela ministra Nelvina Barreto, no ato de
abertura do seminário de restituição e de validação nacional dos resultados do
inquérito sobre a Insegurança Alimentar feito em Setembro de 2019, pelo
Ministério de Agricultura, em colaboração com o Programa Alimentar Mundial.
“
De Setembro de 2016 à Setembro de 2019, a insegurança alimentar aumentou 3,6%
nas famílias rurais, embora a diferença entre as populações afectadas não seja
estatisticamente significativa. As regiões de Gabú, Cacheu, Biombo e Oio foram
as mais afectadas pela insegurança alimentar com taxas variando em torno de 36
a 39%”, destacou..
Por outro lado,
as taxas mais baixas são encontradas nas regiões de Bafatá, Quinará e Bolama
Bijagós que se situam abaixo de 20% e os agregados familiares chefiados pelas
mulheres são mais afectados pela insegurança alimentar do que chefiados por
homens”, disse a titular da pasta de
agricultura.
Nelvina
Barreto assegurou ainda que as crises sociopolíticas relacionadas com as
mudanças climáticas e faltas de apoio público na área agrícola, são
condicionamentos que agravam as múltiplas carências das populações das zonas
rurais.
“As crises sociais e políticas juntam-se
ainda a problemas de natureza social e ambientais relacionadas com as mudanças
climáticas nomeadamente, alteração do regime de chuvas, o êxodo rural, as
migrações internacionais, a diminuição da mão-de-obra disponível para os
trabalhos agrícolas e falta de investimento e apoio público na agricultura
agravam todos estes factores conjugados a múltiplas carências da população mas,
com particular ênfase para as comunidades rurais”, rematou.
Entretanto,
o Ponto focal do Sistema de Seguimento da Insegurança Alimentar (SISSAN),
Miguel de Barros, defendeu que o país tem que criar capacidades para ter um sistema de anti
fragilidade que põe em causa a possibilidade de construção da sua estabilidade
alimentar, produtiva, económica e política.
Barros
sustenta que “ quando
o país não tem um Orçamento Geral de Estado que financia o sistema nacional de
produção estatística, obviamente que o serviço nacional estatístico produzirá
os dados que um contratante quiser que produza”, disse.ANG/Rádio Sol Mansi
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