quinta-feira, 9 de abril de 2020



Bissau,09 Abr.20(ANG) - A Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) anuncia que adquiriu,  com o apoio financeiro do Banco Mundial(BM), equipamentos e produtos para a desinfeção de água fornecida em Bissau.

Vista da sede da EAGB
Em comunicado, a EAGB referiu que aquisição faz parte de um plano de intervenções urgentes para melhoria do abastecimento de água desenvolvido pela empresa em colaboração com vários parceiros e que os equipamentos já se encontram em Bissau a aguardar pela fase de desalfandegamento.

“Tendo presente a realidade atual, a EAGB tem vindo a fazer intervenções com o objetivo de renovar e ampliar o sistema de abastecimento de água, de forma a abranger maior número de famílias e melhorar a qualidade do seu serviço” lê-se na nota da EAGB que contudo não específica a data para o início de desinfecção da água.

Segundo o comunicado a que O Democrata teve acesso, a EAGB informou que dada a necessidade urgente da melhoria do serviço decidiu avançar com a elaboração de um plano de necessidades urgentes, em colaboração com vários parceiros, no âmbito do qual se incluiu a compra de equipamentos e produtos químicos com vista à desinfeção da água fornecida.
Uma investigação de O Democrata sobre o abastecimento de água potável na cidade de Bissau concluiu que a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau fornecia, há três meses, água não desinfetada.

 A fonte de O Democrata informou que a empresa não dispõe de “cloro”, produto desinfetante usado no tratamento de água.

A empresa, explica a fonte, não comunicou a informação aos consumidores. O produto desinfetante esgotou-se em finais de 2019, confidenciou a mesma fonte da empresa em condição do anonimato. 

Um funcionário da Mãe de Água de “Alto Crim” em Bissau, igualmente em condição de anonimato, confidenciou ao Jornal O Democrata que há muito tempo que não viu o produto de desinfeção de água a ser deitado nesse maior depósito de água da capital.

Explicou que dantes, a desinfecção era feita de três em três meses no depósito de água de “Alto Crim”, o que deixou de acontecer por razões que diz desconhecer. ANG/odemocratagb


quarta-feira, 8 de abril de 2020


Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG


Covid-19/Virus já matou mais de 80 mil pessoas e infectou quase 1,4 milhões no mundo

Bissau,08 Abr. 20(ANG) - - A pandemia de covid-19 já matou  80.142 pessoas e infectou quase 1,4 milhões em todo o mundo desde o seu surgimento em Dezembro na China, segundo um balanço da agência AFP, de terça-feira, baseado em fontes oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, a pandemia de covid-19 provocou 1.397.180 casos de infecção oficialmente diagnosticados em 192 países e territórios desde o seu início.
A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflecte actualmente apenas uma fracção do número real de infecções, já que um grande número de países estão a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.
Entre esses casos, pelo menos 257.100 são actualmente considerados curados.
Desde a contagem realizada às 19:00 de segunda-feira, 6.959 novas mortes e 86.374 novos casos foram registados em todo o mundo.
Os países com mais mortes nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.632 novas mortes, a França (1.417, incluindo os novos números previstos para óbitos em instituições para idosos dependentes, e o Reino Unido (786).
A Itália, que teve a sua primeira morte ligada ao coronavírus no final de Fevereiro, tem agora 17.127 óbitos, em 135.586 casos, sendo que 604 mortes e 3.039 novos casos foram anunciados hoje, quando 24.392 pessoas são consideradas curadas pelas autoridades italianas.
Depois da Itália, os países mais afectados são a Espanha, com 13.798 mortes, em 140.510 casos, os Estados Unidos, com 12.021 óbitos (383.256 casos), a França, com 10.328 mortes (109.069 casos) e o Reino Unido com 6.159 mortos (55.242 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de Dezembro, contabilizou um total de 81.740 casos (32 novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 3.331 mortes e 77.167 recuperações. Nenhuma nova morte foi anunciada hoje, pela primeira vez desde Janeiro.
Os Estados Unidos são actualmente o país mais afectado do mundo, com 383.256 infecções registadas oficialmente, incluindo 12.021 mortes e 20.191 curas.
Desde as 19:00 de segunda-feira, o Malawi, Madagáscar e o Benim anunciaram as primeiras mortes ligadas ao vírus, enquanto São Tomé e Príncipe anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.
A Europa totalizava às 19:00 de hoje, 57.351 mortes, para 735.781 casos, os Estados Unidos e Canadá 12.419 mortes (401.067 casos), Ásia 4.332 mortes (123.742 casos), o Médio Oriente 4.091 mortes (83.033 casos), a América Latina e Caraíbas 1.373 mortes (36.317 casos), África 522 mortes (10.247 casos) e a Oceânia 54 mortes (6.997 casos).
Esta avaliação foi realizada usando dados colectados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infectados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de Março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de Março e até ao final do dia 17 de Abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de Março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.ANG/Angop



Covid-19/Pena de prisão  para quem não usar máscaras na rua
em Marrocos

Bissau,08 Abr 20(ANG) - Marrocos vai impor penas entre um e três meses de prisão para os marroquinos que não usarem máscaras, obrigatórias desde terça-feira nas deslocações e em pleno período de “confinamento sanitário”, em vigor desde 20 de Março.

Através de uma circular emitida hoje, o presidente da procuradoria-geral, Mohamed Abdennabaoui, exorta advogados-gerais e procuradores dos diferentes tribunais do país magrebino a uma aplicação “estrita e firme” dos dispositivos legais para quem recusar o uso de máscara facial.
Para além da pena de prisão, será imposta uma multa entre 300 e 1.300 dirhams (entre 28 e 110 euros).
São também considerados infractores quem incite os cidadãos a recusar o uso das máscaras, seja no espaço público, através das redes sociais ou por qualquer meio propagandístico.
Em simultâneo, Abdennabaoui pediu aos advogados-gerais e procuradores do país que se mobilizem “em defesa da saúde dos marroquinos” e comuniquem as dificuldades que detectam na adopção desta decisão.
A publicação desta circular ocorreu um dia após um comunicado conjunto dos ministérios do Interior e da Saúde que decreta a obrigatoriedade do uso da máscara de protecção “para a totalidade das pessoas autorizadas a deslocar-se fora das suas habitações”.
Com o objectivo de tornar a sua utilização acessível, o Governo impôs um preço máximo de 0,8 dirhams (0,07 euros) por unidade e mobilizou uma série de indústrias nacionais para a produção em massa de máscaras, devendo ser fornecidas não apenas às farmácias, mas ao pequeno comércio de bairro.
Para mais, difundiu vários vídeos de consciencialização sobre a forma mais segura de serem utilizadas.
A decisão originou compras massivas deste produto, originando uma saturação em diferentes pontos de venda e vários cidadãos queixaram-se esta manhã da ausência de máscaras em lojas, farmácias ou supermercados, referiu a agência noticiosa Efe.
Em 20 de Março, o Governo de Rabat decretou o estado de emergência sanitária e limitou o deslocamento das populações no exterior, à excepção das profissões necessárias e vitais, para a aquisição de bens essenciais ou em caso de urgência sanitária.
As saídas à rua estão limitadas a uma pessoa por família, que deve possuir um certificado oficial de isenção de confinamento assinado por um funcionário e que é solicitado nos numerosos controlos policiais nas ruas e avenidas.
Os números oficiais indicam que foram detectados até ao momento em Marrocos 1.141 casos de contágio do novo coronavírus, com 83 mortos e 81 recuperados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 290 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 708 mil infectados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados hoje.ANG/Angop



Covid-19/China levanta restrições à circulação de pessoas em Wuhan 76 dias depois

Bissau,08 Abr. 20(ANG)  - As autoridades chinesas levantaram  terça-feira, 76 dias depois, as restrições à circulação em Wuhan, permitindo à população voltar a entrar e sair da cidade epicentro da pandemia da covid-19.
Segundo reporta a agência Associated Press, a proibição, que tem servido de modelo a grande parte dos países afectados pelo novo coronavírus, terminou às 00:00 locais de quarta-feira em Pequim (17:00 em Lisboa), pondo cobro às medidas decretadas a 23 de Janeiro passado.
Imediatamente após o fim da proibição, os cerca de 11 milhões de residentes podem já viajar sem qualquer autorização especial de e para Wuhan, tendo, no entanto, de seguir uma série de regras decretadas pelo Governo chinês.
Todos os viajantes terão de utilizar obrigatoriamente uma aplicação nos telemóveis que junta uma série de dados de localização e de vigilância governamental que permitem demonstrar que estão saudáveis e que não estiveram recentemente em contacto com alguém contaminado com o novo coronavírus.
As restrições na cidade em que se registou a maioria das 82 mil infecções detectadas na China, que causaram cerca de 3.300 mortos, têm vindo a ser aligeiradas nas últimas semanas, à medida que o número de novos casos tem descido.
Os últimos dados oficiais divulgados pelo Governo indicam que não se registou qualquer caso nas últimas 24 horas.
Imediatamente após a meia-noite local, centenas de passageiros preparavam-se para abandonar Wuhan, enchendo a estação ferroviária da cidade, relata, por seu lado a a agência France-Presse.
Nas várias estações de Wuhan era perceptível uma relativa efervescência, à medida que as centenas de passageiros lá chegavam e aguardavam pelo comboio.
As forças de segurança chinesas, com megafones na mão, lembravam aos viajantes as medidas de higiene e o distanciamento de um metro entre as pessoas, enquanto dos altifalantes das diferentes estações ferroviárias saíam com elogios a Wuhan, "cidade de heróis".
No entanto, Wuhan continua a ser uma cidade enlutada pela pandemia na China, pois mais de 2.500 habitantes locais morreram, parte significativa do total de vítimas mortais registadas a nível nacional.
O número de comboios e de aviões que partem de Wuhan continua, para já, limitado, uma vez que estão ainda em vigor muitas das restrições às deslocações dentro da cidade, medidas que visam evitar qualquer ressurgimento das infecções.
Wuhan, na província de Hubei, é um importante centro da indústria pesada chinesa, em particular na vertente automóvel, e, à medida que as principais fábricas retomam a produção, os pequenos e médios empresários que garantem a maioria do emprego, continuam a sofrer com a falta de trabalhadores e de procura.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 290 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop



Covid-19/Médico Nboma Sanca aconselha  cumprimento das medidas de  prevenção para evitar o contágio

Bissau, 08 Abr 20 (ANG) – O Médico, Nboma Sanca, dos Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Simão Mendes afirmou esta terça-feira que, tendo em conta as debilidades do sistema de saúde nacional , a arma mais eficaz para os guineenses combaterem o Coronavírus é acatar com rigor as medidas de prevenção.

Sanca, em entrevista exclusiva à ANG, afirmou que a população deve trabalhar afincadamente porque as medidas preventivas além de serem mais fáceis de cumprir e “conseguem livrar-nos  de problemas maiores”.

“Ou seja, não podemos ficar a duvidar ou a espera de ver os doentes onde estão, o problema é que o Covid-19 é real e está a ceifar vidas de milhares de pessoas no mundo, por isso, temos que trabalhar com a prevenção na Guiné-Bissau, vai nos dar mais vantagens em relação pandemia”, aconselhou.

Nboma Sanca disse que, com todas as carências do país, se o vírus começar a comportar como em outros países do mundo não vamos poder controlar a doença.

Frisou que hoje os guineenses podem gozar da sorte de o facto de que, desde o inicio da doença em Dezembro do ano passado, levou muito tempo a atingir o país, sendo  o primeiro caso da doença detectado no passado dia 25 de Março.

“Esses primeiros casos são importados, mas agora está-se a verificar os casos de transmissões locais ou seja aqui dentro do país e as pessoas já estão a se infectarem mutuamente”, explicou o médico.

Informou que vai chegar a altura  em que o país pode começar a ter casos de transmissão comunitária, o que considera de nível elevado de qualquer transmissão infecciosa.
“Ou seja, quando no meio da comunidade o vírus começa a passar de pessoa à pessoa, aí a situação descamba e as próprias estruturas sanitárias não conseguem dar uma resposta”, explicou.

Afirmou que deve-se evitar tudo isso e cumprir as recomendações das autoridades ou seja distanciamento social, ficar em casa para poder cortar a cadeia de transmissões.

Nboma Sanca disse que,  o que se quer  é diminuir drasticamente o número das pessoas que ficarão contaminadas com o próprio coronavírus e que depois vão ser infectados.

Declarou que a contaminação e a infecção não são a mesma coisa como muitos pensam, acrescentando que, neste momento todos correm o risco de serem contaminados por este vírus e uma vez que os testes confirmaram positivo a pessoa já deixa de ser contaminada para passar a ser infectada.

Explicando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o médico lembrou que todos os Estados devem trabalhar no sentido de reduzir não só o número de contaminados, bem como dos infectados, salientando que o continente africano ainda está na madrugada da contaminação do vírus e não se sabe quando é que isso vai atingir a sua fase mais complicada.

“Por isso, as pessoas são exortados a cumprirem as medidas de prevenção, mas isso não pode acontecer com esse tipo de comportamento principalmente no Mercado de Bandim, onde as pessoas aglomeram de uma forma anormal só porque o mercado abre das 07 às 11 horas da manhã, o que, na minha opinião, não justifica aquele elevado risco de as pessoas ficarem contaminadas com facilidade”,lamentou.

Sanca disse duvidar dos efeitos do Estado de Emergência decretada pelo Presidente da República uma vez que, o que se verifica no terreno não tem nada a ver.

Segundo ele, por exemplo no Mercado de Bandim, o que devia fazer é criar um cordão policial a volta do mercado, isso permitiria controlar as pessoas que vão fazer compras entrando num grupo de dois ou três pessoas evitando aglomerações .ANG/MSC/ÂC//SG





Bissau,08 Abr. 20(ANG) - A União Europeia (UE) vai mobilizar 15 mil milhões de euros para ajudar países africanos e outros parceiros a ultrapassarem a crise gerada pela Covid-19, visando “colmatar necessidades prementes” na saúde e na economia, foi  terça-feira anunciado.

“África deverá enfrentar, dentro de semanas, os mesmos problemas que estamos a ter na Europa e eles precisam da nossa ajuda para conter a propagação do vírus, da mesma forma que nós precisámos de ajuda nesta crise”, afirma a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem vídeo publicada .

E anuncia: “É do nosso interesse garantir que este combate é bem-sucedido em todo o mundo e é por isso que a UE está a garantir mais de 15 mil milhões de euros para ajudar os nossos parceiros mundiais para lutar contra o novo coronavírus”.

Segundo a líder do executivo comunitário, esta ajuda financeira “pode ajudar a colmatar necessidades prementes no setor da saúde e também irá apoiar a economia nestes países, para manter as pessoas empregadas”.

Ursula von der Leyen, que estipulou como prioridade do seu mandato a cooperação da UE com África, deixa ainda garantias de que “mais dinheiro será mobilizado” para estes parceiros da UE, verbas que terão por base os orçamentos nacionais dos Estados-membros, “num verdadeiro espírito de equipa europeu”.

Só vamos ganhar esta batalha com uma resposta global e coordenada e, por isso, temos de apoiar os nossos parceiros”, salienta a responsável.

Observando que “as coisas provavelmente ficarão piores antes de melhorarem”, Ursula von der Leyen adianta que “a UE está pronta para coordenar uma resposta internacional e forte à pandemia“.

“Nós podemos combater este vírus se nos mantivermos unidos e trabalharmos em conjunto”, conclui na mensagem.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.
ANG/ Lusa




Bissau,08 Abr.20(ANG) - As autoridades da Guiné-Bissau disponibilizaram terça-feira 100 motorizadas às forças de segurança do país para melhorarem o controlo das fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri no âmbito do combate e prevenção à pandemia do novo coronavírus.

"Estamos a entregar estas motorizadas ao ministro do Interior para reforçar o trabalho dos agentes que controlam as nossas fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri para que não permitir a entrada clandestina de pessoas", afirmou Nuno Nabian.

Salientando que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades e ficar em casa, Nuno Nabian destacou o "brilhante trabalho" que está a ser feito pelas forças de segurança e defesa no "controlo da população" para evitar a propagação do vírus.

Vários cidadãos guineenses têm denunciado o uso excessivo da força pelas autoridades de segurança para impedir que as pessoas circulem nas ruas de Bissau e das principais cidades do país.

A atuação policial levou já as autoridades no poder a virem pedir desculpa à população e a Liga Guineense dos Direitos Humanos a advertir que o estado de emergência não é "carta-branca" para uso da violência contra a população.

Nas declarações aos jornalistas, Nuno Nabian admitiu também a possibilidade de fechar o acesso ao interior do país.

"Como sabemos, a doença ainda não atingiu as regiões do interior do país. É bom fazermos um trabalho de base, não permitindo um movimento de pessoas em direção ao interior", salientou.

Dados divulgados na segunda-feira pelas autoridades sanitárias apontam que na Guiné-Bissau o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus passou de 18 para 33, mas com possibilidade de aumentar nos próximos dias.

Para conter a propagação do novo coronavírus, as autoridades guineenses determinaram várias medidas, ao abrigo do estado de emergência, nomeadamente o confinamento social e a limitação de circulação de pessoas e viaturas entre as 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 487 nas últimas horas num universo de mais de 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. ANG/Lusa



Covid-19/OMS critica racismo de cientistas que querem África como terreno de testes

Bissau,08 Abr.20(ANG) -  O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou os "comentários racistas" de pesquisadores que se referiram à África como "um campo de testes" para uma potencial vacina contra a Covid-19, denunciando "o legado de uma mentalidade colonial".
"Esses tipos de comentários racistas não contribuem em nada para avançar. Vão contra o espírito de solidariedade. A África não pode e não será um campo de testes para nenhuma vacina", disse na segunda-feira Tedros Adhanom Ghebreyesus, ex-chefe de diplomacia Etíope, durante uma conferência de imprensa virtual.
"O legado da mentalidade colonial deve acabar", acrescentou.
Embora não tenha especificado a quais cientistas se referia, em França e nalguns países de África surgiu, na semana passada, uma polémica após um diálogo entre o director de pesquisa do Instituto Francês de Pesquisa Médica (INSERM), Camille Locht, e o chefe de serviço de medicina intensiva do hospital Cochin em Paris,Jean-Paul Mira, no canal LCI.
Na sequência desta conversa, Locht foi questionado sobre os estudos realizados para encontrar uma vacina contra a Covid-19.
Jean-Paul Mira perguntou-lhe: "Se posso ser provocativo, não deveríamos fazer este estudo em África, onde não há máscaras ou tratamento ou reanimação, como foi feito em alguns estudos da sida? (...) O que acha?". O cientista o respondeu: "Você tem razão. (...) Estamos a pensar, paralelamente, sobre um estudo em África com o mesmo enfoque, o que não significa que não possamos também pensar num estudo na Europa e na Austrália”.
As declarações causaram tanta polémica que ambos pediram desculpas e foram condenados por associações e pelo ministério francês dos Negócios Estrangeiros.
"É vergonhoso e horrível ouvir cientistas fazerem este tipo de declaração em pleno século XXI", enfatizou o chefe da OMS.
Personalidades francesas e africanas, como o futebolista ivoiriense Didier Drogba e o camaronês Samuel Etóo, reagiram, assim como a associação SOS Racismo, que pediu a intervenção do Conselho Superior do Audiovisual de França contra o programa.ANG/Angop

terça-feira, 7 de abril de 2020


Dia Mundial de Saúde/ Médico dos Cuidados Intensivos reconhece “enorme défice” no sistema de saúde do país

Bissau, 07 Abr 20 (ANG)  - O Médico dos Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Simões Mendes qualificou de deficitário o sistema de saúde da Guiné-Bissau,uma vez que até hoje não se sabe o que se quer nesse campo.

Nboma Sanca numa entrevista exclusiva à ANG no âmbito do Dia Mundial de saúde que se assinala hoje em todo o planeta, disse que, se as autoridades de saúde não traçarem um objectivo para as conquistas que pretendem no campo sanitário, o país não vai conseguir atingir o patamar que todos os guineenses esperam do sector.

“Temos deficiência em todos os sentidos, como afirmei atrás, temos um sistema de saúde que desde a independência está a tentar erguer-se em vão, principalmente, neste momento em que o mundo está a ser assolado pela pandemia de Coronavírus. Por isso, o dia de hoje deve servir de reflexão ,mas, acima de tudo, para criar estratégias para o combate ao Covid-19”,disse.

Sanca frisou que a Guiné-Bissau ainda continua a sentir  imensamente pelo défice de saúde, salientando que todos pagam caro por isso, começando pelos profissionais da área que são distribuídos de maneira desigual, porque continua a haver localidades no território nacional sem cobertura sanitária enquanto que há grande número de técnicos aglomerados em Bissau .

Sanca disse que actualmente não se sabe, em diferentes especialidades  de saúde, quantos técnicos é que existem, e de quanto se vai precisar  daqui por exemplo, há 10 anos, tendo chamado a atenção para a reciclagem permanente para se estar sempre actualizado.

Para o médico, a falta de meios de trabalho fazem aumentar o número de pessoas que procuram a Junta Médica para irem tratar no exterior, uma vez que o sistema de saúde nacional está totalmente desacreditado, sem equipamentos, praticamente, nomeadamente de diagnósticos e outros materiais indispensáveis  para o trabalho diário.

“Se falamos das infraestruturas, são na sua maioria obsoletas, danificadas ou já não respondem as demandas de saúde actual porque a maioria dos guineenses procuram o Hospital Nacional Simão Mendes, mesmo com patologia que podem ser tratados nos centros de saúde locais. Ou seja não há uma linha orientadora ou se existir esta só no papel”,alerta o médico.

Nboma Sanca disse que a solução passa por delinear uma estratégia de saúde por parte das autoridades e conhecer as grande deficiências do sector, nomeadamente a formação e reciclagem dos técnico, monitorizamento, gestão dos recursos humanos, máquinas para fazer grandes diagnósticos, entre outros.

Considerou que  não se deve resumir a actuação somente no tratamento do paludismo, acrescentando que deve-se pensar igualmente no combate as outras doenças: casos de hipertensão que está a aumentar no país.

Disse que o sistema de saúde deve ser capaz de detectar as doenças na sua fase inicial a aí terá grande probabilidade de ser combatida.

Sanca alertou a população guineense a tomar o Coronavirus como uma doença real e séria, frisando  que com todas a fragilidades do sistema de saúde apontada, a solução passa pela prevenção, lavar as mãos, evitar lugares com muita gente, cumprir a ordem do Estado de Emergência, tendo chamado a atenção as forças de segurança no sentido de ajudar o Povo neste momento difícil, e não  o amedrontar.

“Quero lembrar aos guineenses que apesar de Coronavirus ser muito mediatizado devem preocupar igualmente com as outras doenças já existente porque  não desapareceram com a chegada do Covid-19”,aconselhou.

O Dia Mundial de Saúde que se celebra hoje foi instituído em 1948 e a partir desta data a Organização Mundial de Saúde (OMS), decidiu comemorar a efeméride, mas a data foi comemorado pela primeira vez em 1950 com o objectivo de consciencializar a população a respeito de qualidade de vida e dos diferentes factores que afectam a saúde populacional.

Este ano a Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu homenagear os profissionais de saúde e a administração que trabalham noite e dia para manter a saúde e que colocam as suas vidas em risco como acontece actualmente com a chegada da pandemia. ANG/MSC/ÂC//SG






Bissau, 07 abr 20 (ANG) - O número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau subiu de 18 para 33, anunciaram as autoridades sanitárias, que alertaram que os casos podem aumentar.

A informação foi avançada na conferência de imprensa diária de balanço da evolução da doença pelos médicos Tumane Baldé e Dionísio Cumba, do Centro Operacional de Emergência em Saúde (COES), instituição criada pelas autoridades para lidar com a pandemia de covid-19 na Guiné-Bissau.

As análises feitas nas últimas 24 horas no Laboratório Nacional da Saúde Pública, em Bissau, determinaram que 15 pessoas (nove do sexo masculino e seis do sexo feminino) testaram positivo, indicou Tumane Baldé.

O responsável admitiu ser uma "subida drástica que poderá continuar a ser verificada nos próximos dias", dada a forma como os guineenses estão a encarar a doença.

Uma das fontes de infeção na Guiné-Bissau é um empresário português que esteve no país, estando agora as autoridades sanitárias a rastrear todos os contactos que manteve antes de voltar para Portugal, observou Baldé.

Todos os 33 infetados são pessoas residentes em Bissau, notou Tumane Baldé.

Dionísio Cumba, outro médico da equipa do COES, indicou que dos 33 infetados já confirmados, a maioria são pessoas jovens, com idades entre 20 e os 36 anos. Estão ainda infetados uma criança de oito anos e um adulto de 59 anos.

Existe também uma lista de 35 pessoas suspeitas, cujos resultados das análises serão conhecidos na terça-feira.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, a covid-19 já provocou no continente africano 414 mortos e há 9.198 casos confirmados.

O CDC registou também 813 doentes recuperados após a infeção.ANG/Lusa




Bissau,07 Abr.20(ANG) - A Guiné-Bissau tem ventiladores para assistir doentes com o novo coronavírus podem é ser insuficientes para atender a toda gente, disse segunda-feira à Lusa, um responsável pela estrutura sanitária de controlo e combate à pandemia, Tumane Baldé.

Nos últimos dias têm surgido informações  de guineenses que criticam nas rdes sociais a resposta do país à doença, referindo, por exemplo, que não existem ventiladores no hospital Simão Mendes, centro de internamento e de tratamento de doentes com a covid-19.

“Há ventiladores, naturalmente, podem não ser suficientes, como é o caso de outros países do mundo”, declarou Tumane Baldé, antigo ministro e um dos elementos do COES (Centro Operacional de Emergência de Saúde), entidade criada pelas autoridades para lidar com a pandemia.

Tumane Baldé indicou que neste momento nenhum dos infetados precisa de apoio do ventilador, mas se for preciso o país terá respostas.

O responsável adiantou ainda que os infetados poderão ser transferidos das suas residências para o centro de internamento no Simão Mendes e admitiu que alguns “apresentam resistências para serem transferidos”.

Uma equipa de técnicos psicossociais será enviada às residências daquelas pessoas para as sensibilizar sobre a necessidade de serem levadas para o Simão Mendes, defendeu Tumane Baldé.

Desmentiu também as informações que circulam no país em como quatro cidadãos estrangeiros estariam infetados na localidade de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau, frisando que apenas os exames laboratoriais poderão definir quem está ou não infetado.

A Guiné-Bissau confirmou os dois primeiros casos de covid-19 a 25 de março, tendo atualmente 33 infetados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Dos casos de infeção, mais de 238 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Lusa