quarta-feira, 3 de junho de 2020


          Covid-19/Pelo menos 127 jornalistas mortos devido à pandemia

Bissau,03 Jun. 20(ANG) - Pelo menos 127 jornalistas morreram nos últimos três meses devido à covid-19, muitos depois de cobrir notícias sobre a pandemia e quase metade na América Latina, informou terça-feira a Organização Não-Governamental Press Emblem Campaign (PEC).

Segundo a organização, que recolhe dados sobre ataques a jornalistas, registaram-se 62 mortes de jornalistas na América Latina, 23 na Europa, 17 na Ásia, 13 na América do Norte e 12 em África.

Pelo menos dois terços dessas mortes estiveram diretamente relacionadas com a atividade jornalística, afirmou a ONG, sublinhando que o número real de profissionais de comunicação mortos na pandemia pode ser maior, uma vez que muitos casos não foram registados.

O Peru foi o país do mundo com mais vítimas confirmadas (15), seguido pelo Brasil e pelo México (13 cada), e depois pelo Equador e pelos Estados Unidos, ambos com 12 mortes.
Na Europa, o continente com o maior número total de mortes por covid-19, foi confirmada a morte de cinco jornalistas na Rússia e outros tantos no Reino Unido, além de três em Espanha.

"Os trabalhadores de comunicação social têm um papel importante a desempenhar na luta contra o novo vírus, precisam de informar sobre a propagação da doença, mas vários morreram devido à falta de medidas de proteção adequadas no exercício da sua atividade", afirmou o secretário-geral do PEC, Blaise Lempen.

Centenas de outros jornalistas foram contagiados com a doença da covid-19, que também forçou o encerramento temporário de vários meios de comunicação, disse o PEC, com base em dados de associações nacionais de jornalistas e colaboradores da organização.

Os nomes dos jornalistas que morreram na pandemia e que foram registados pela Organização Não-Governamental podem ser encontrados no seu site oficial www.pressemblem.ch.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Cerca de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,9 milhões, contra mais de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 163 mil, contra mais de 179 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (105.099) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,8 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (39.045 mortos, mais de 276 mil casos), Itália (33.475 mortos, mais de 233 mil casos), o Brasil (29.937 mortes e mais 526 mil casos) França (28.833 mortos, mais de 189 mil casos) e Espanha (27.127 mortos, mais de 239 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 4.855 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e Brasil, com mais de 414 mil.

Por regiões, a Europa soma mais de 178 mil mortos (mais de 2,1 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 112 mil mortos (mais de 1,9 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 51 mil mortos (mais de 1 milhão de casos), Ásia mais de 16 mil mortos (mais de 560 mil casos), Médio Oriente mais de 9.600 mortos (mais de 413 mil casos), África com 4.344 mortos (mais de 152 mil casos) e Oceânia com 132 mortos (mais de 8.500 casos).ANG/Lusa



     Política/PR  admite que pode dissolver parlamento depois de 18 de junho

Bissau, 03 Jun 20(ANG) - O chefe de Estado , Umaro Sissoco Embaló, admitiu terça-feira que pode dissolver o parlamento caso o presidente da Assembleia Nacional Popular não encontre uma solução para a situação política no país até 18 de junho.

"É a primeira solução que está em cima da mesa. Não há bloqueio, nem haverá", afirmou Umaro Sissoco Embaló, depois de questionado se admite dissolver o parlamento se não houver um entendimento entre os partidos.

Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, momentos após ter regressado de uma visita privada a França para consultas médicas.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que tem mediado a crise política na Guiné-Bissau, tinha dado um prazo até 22 de maio para a formação de um novo Governo no país, que respeite os resultados das eleições legislativas de março de 2019.

Apesar de ter realizado consultas com os partidos com representação parlamentar, o Presidente guineense acabou por pedir ao presidente do parlamento para encontrar uma solução até 18 de junho.

O chefe de Estado salientou também que a Guiné-Bissau não "ficará nunca refém de ninguém" e que o "país mudou".

"Na Guiné-Bissau não haverá indisciplina. Na Guiné-Bissau quem tem a maioria governa, quem ganha as eleições é o Presidente. Não haverá mais aquela cultura de banalização e quem não respeitar isso sofrerá as consequências", disse.

O Presidente guineense considerou que há muitos desafios no país e que não será tolerante com a indisciplina e a corrupção.

Após se ter autoproclamado Presidente, enquanto decorria um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, Umaro Sissoco Embaló demitiu o Governo, liderado por Aristides Gomes, formado na base de uma coligação parlamentar entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para a Mudança e Partido da Nova Democracia.

O chefe de Estado nomeou depois o líder da APU-PDGB, Nuno Nabian, como primeiro-ministro, que formou um Governo com os partidos da oposição parlamentar, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e Partido da Renovação Social.

Dividido em dois blocos, os partidos com representação parlamentar não se entendem quanto à formação de um novo Governo e reivindicam ambos ter a maioria dos deputados da Assembleia Nacional Popular.

Questionado sobre o paradeiro de Aristides Gomes, o Presidente guineense disse não saber onde está.

"O que sei é que esteve [no escritório das Nações Unidas] e no dia que se cansar e quiser regressar à sua casa pode fazê-lo. Agora se tiver algo a esclarecer à justiça terá que o fazer", afirmou Sissoco Embaló.
ANG//Lusa



Política/PR da Guiné-Bissau diz que há corrupção no Supremo Tribunal de Justiça

Bissau,03 Jun 20(ANG) - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse terça-feira que há corrupção no Supremo Tribunal de Justiça e que quem quiser fazer política deve integrar os partidos políticos.

"Há corrupção na mais alta instância de justiça da Guiné-Bissau que é o Supremo Tribunal de Justiça", afirmou Umaro Sissoco Embaló, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, momentos após ter chegado de uma visita privada a França.

O chefe de Estado disse que enquanto for Presidente não haverá "bandidos" no Supremo Tribunal de Justiça e que já "tem solução para eles".

"Quem quiser fazer política que vá ao PAIGC, Madem, PRS ou outro partido e vá tomar o seu cartão de militante", declarou.

Umaro Sissoco Embaló considerou também que a "reconciliação nacional" é um "cinema".

"A questão a meu ver é que tem de haver respeito mútuo entre as pessoas. Nós somos gente com cultura de Estado. Este país não pode ser banalizado sistematicamente", frisou.

No âmbito da mediação da crise política na Guiné-Bissau, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) emitiu, em abril, um comunicado no qual reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país e instou as autoridades a nomear um novo Governo, que respeite os resultados das legislativas de 2019, num prazo que terminou em 22 de maio, e a revisão da Constituição.

A Guiné-Bissau tem vivido desde o início do ano mais um período de crise política, depois de Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições pela Comissão Nacional de Eleições, se ter autoproclamado Presidente, apesar de decorrer no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), liderado por Aristides Gomes e nomeou para o cargo Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

O dirigente da APU-PDGB formou um Governo com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), o Partido da Renovação Social (PRS) e elementos do movimento de apoio ao antigo Presidente guineense, José Mário Vaz, e do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não aceitou a derrota na segunda volta das presidenciais de dezembro e considerou que o reconhecimento da vitória do seu adversário é "o fim da tolerância zero aos golpes de Estado" por parte da CEDEAO.

A União Europeia, União Africana, ONU, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Portugal elogiaram a decisão da organização sub-regional africana por ter resolvido o impasse que persistia no país, mas exortaram a que fossem executadas as recomendações da CEDEAO, sobretudo a de nomear um novo Governo respeitando o resultado das últimas legislativas.

O Supremo Tribunal de Justiça remeteu uma posição sobre o contencioso eleitoral para quando forem ultrapassadas as circunstâncias que determinaram o estado de emergência no país, declarado no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.ANG/Lusa




Bissau, 03 jun 20 (ANG) - A casa de proteção de raparigas vítimas do casamento forçado na Guiné-Bissau, que albergava 20 jovens, teve de as devolver à família devido à falta de alimentos, disse terça-feira à Lusa o coordenador da instituição.

Laudolino Medina, secretário executivo da Associação Amigos da Criança (AMIC), disse  que "com muita pena" teve de dar ordens para que as 20 raparigas regressassem aos ambientes familiares, desde o mês de março, altura em que as autoridades declararam o estado de emergência sanitária.

A AMIC teve de acelerar o mecanismo de "mediação junto da família" para permitir que regressem aos ambientes familiares, ainda que mediante alguns riscos de serem novamente alvos de alguma forma de violência, sublinhou Medina.

"Tentámos encontrar um parente, um tio, um primo, que possa receber a jovem", para que não fique desamparada, já que o centro de acolhimento não tem capacidade de as manter, a partir do momento em que os parceiros da AMIC limitaram as ajudas, notou Laudolino Medina.

O responsável assegurou que assim que passar o estado de emergência as raparigas voltam para o centro.

Algumas daquelas jovens foram acolhidas no centro por se terem recusado a um casamento forçado ou precoce, outras por violência doméstica e outras na sequência de incesto.

Todos os casos aguardam por uma decisão da justiça, na sequência de queixas apresentadas pela AMIC contra os agressores.

Laudolino Medina disse estar "muito preocupado" com a situação de algumas das raparigas que voltaram para o ambiente familiar, pelos relatos que vai recebendo dos ativistas que as acompanham.

"Os riscos de serem novamente alvo de violência baseada no género é patente", observou Medina. ANG/Lusa


terça-feira, 2 de junho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Covid-19/”Uso de máscaras não depende do modelo, mas sim da forma como é utilizada”, diz activista da Cruz Vermelha  

Bissau, 02 Jun 20 (ANG) - O coordenador de projecto de Covid-19 da Cruz vermelha nacional disse que, o uso das máscaras não depende do seu modelo, mas sim, da forma como é utilizada, porque cientificamente não existem normas para os seus usos.

Daniel Viera que falava em entrevista exclusiva à ANG, disse que qualquer máscara confeccionada para prevenção de coronavírus pode ser usada um vez que esteja limpa e se usa  de forma correta.

"As máscaras são uma das medidas de prevenção de coronavírus com aspectos positivos e negativos, em que  se for utilizada de forma correta elas podem jogar um papel fundamental na prevenção da infecção do covid-19. Contudo, as máscaras de formato papel não podem ser usadas permanentemente mais de duas horas de tempo” explica Vieira.

Aquele responsável disse ainda que a utilização das máscaras requer cuidados necessários: não se deve mexer na  sua parte interior porque isso facilita a  contaminação rápida; toda a movimentação da máscara deve ser na parte exterior.

Vieira sublinhou que a pobreza leva  à certas coisas desagradáveis, como por exemplo, usar máscaras que havia sido usada por outra pessoa ou máscara estragada, acto que Vieira desaconselha.

 “Para evitar essa situação, a Cruz Vermelha junto com seus parceiros estão a destruir gratuitamente as máscaras para pessoas nos bairros e mercados de Bissau”, salientou.

Daniel Vieira afirmou que as máscaras que estão a distribuir são destinadas à pessoas carenciadas,  que nem  possuem condições para conseguir  500 francos para comer quanto mais para adquiri uma máscara.

“ A Cruz Vermelha com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância  (Unicef) já distribuiu 15.144 máscaras e Alto Comissariado para os Refugiados (HCR), igualmente ofereceu  1735 máscaras e  outros dispositivos de lavagens de mão”, explicou Daniel Vieira.
Declarou que, prevenir de coronavírus é uma cadeia e não apenas uma actividade concreta, porque “não podemos falar de usos das  máscaras sem falar de lavagens de mãos e distanciamento social.

Acrescentou que é um conjunto de pacotes de medidas que devem ser tomadas em consideração para evitar a contaminação e propagação da doença.

O Coordenador do Projecto Covid-19 da Cruz Vermelha da Guiné-Bissau apela à população em geral para o cumprimento das medidas de distanciamento social, que evita os abraços e outras formas de cumprimento, para melhor se prevenir e combater a expansão do  vírus. ANG/MI/ÂC//SG    


Ensino/Ministro da Educação defende necessidade de se adaptar à situação da Covid-19 no país

Bissau, 02 Jun 20 (ANG) - O ministro de Educação Nacional  defendeu  segunda-feira a necessidade de o Povo guineense se adaptar à situação de Covid-19  para que possa viver de forma normal e  continuar as suas actividades.

Vista frontal do Ministério da Educação
Segundo uma Nota do Gabinete de Assessoria do ministério, Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé falava  na reunião  com os membros do Conselho Directivo do Ministério da Educação destinada ao análise e recolha de sugestões dos actores que intervém no sector educativo.


 “Não é o Estado de Emergência que está em causa, mas sim a pandemia, porque o Estado de Emergência pode ser levantado a qualquer momento, mas a pandemia de Covid-19 pode ainda continuar. Por isso, nós é que temos que se adaptar as circunstâncias para continuar a fazer a nossa vida com ou sem vírus”, disse o governante .

Na ocasião,  o ministro de Educação Nacional explicou que  o Plano de Contingência para Educação devido a pandémia de Covid-19, não tem como horizonte a conclusão ou início do novo ano lectivo, mas sim é um Plano para confrontar o vírus e criar mecanismo para o sector continuar a funcionar .

“No final da reunião o governante orientou o grupo de trabalho compostos por especialistas do seu pelouro para até quinta-feira entregar a nova versão do Plano de Contingência incorporando já  as contribuições recebidas dos Sindicatos, dos Alunos, dos País e Encarregados de Educação, dos privados e dos parceiros do desenvolvimento do sector que financiam algumas componentes da educação”, refere o documento.

 A nota sublinha ainda que na sexta-feira próxima, o Conselho Directivo voltará a reunir-se, para a discussão final do Plano de Contigência e a sua adopção para que posteriormente seja submetido ao Conselho de Ministros.

De acordo com a referida nota, Jibrilo Baldé alertou que o Plano de Contingência para o Sector Educativo é um documento do Governo da Guiné Bissau e não apenas do Ministério que dirige, e que o referido plano tem como finalidade procurar  fundos para a educação. ANG/AALS/ÂC//SG





         Exéquias /Restos mortais de Armando sepultados segunda-feira

Bissau,02 Jun 20(ANG) – As cerimónias fúnebres de Armando António Miranda "Manhiça", antigo seleccionador de futebol da Guiné-Bissau, foi realizada segunda-feira no Cemitério Municipal de Antula, em Bissau.

Na ocasião, o secretário de Estado da Juventude e Desportos, Florentino Dias disse que o malogrado deu tudo para alavancar o desporto guineense em geral em especial  o futebol.

O governante afirmou que Armando Manhiça durante o seu percurso desportivo atingiu os patamares elevados desejados por  qualquer desportista.

“Pensamos que a memória de Armando Manhiça deve ser imortalizada para servir de exemplo para as gerações vindouras”, prometeu o secretário de Estado dos Desportos.

 Por sua vez, o Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Manuel Irénio Nascimento Lopes sublinhou que as pessoas devem ser reconhecidas enquanto estiverem de vida e não ao contrário, tendo pedido união no seio dos guineenses para o desenvolvimento do país.

Aquele responsável salientou que Armando Manhiça foi um irmão e amigo, desejando muita coragem à família enlutada.

Armando Manhiça faleceu no domingo em Bissau por motivo de doença prolongada, segundo fontes familiares.

Conhecido no mundo do futebol guineense por "Armando Manhiça", o malogrado também comandou os FC Portos de Bissau e a União Desportiva Internacional Bissau (UBID), um dos históricos do futebol nacional, onde foi campeão nacional.

Manhiça  ainda  orientou, por algum tempo, Os Balantas de Mansoa, na ausência do então treinador do clube, Bacari Sanhá, que terá viajado para uma  formação,em Portugal, na época 2010/2011.

O malogrado fez a sua carreira futebolística no Sporting Clube de Bissau nos anos 70 e teve várias internacionalizações ao serviço da seleção principal da Guiné-Bissau.

O malogrado chegou a manifestar a intenção de concorrer à liderança da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, mas a sua candidatura acabou por não ser validada pelo órgão que rege o futebol guineense.ANG/ÂC//SG




         Itália/Regularização de  mais de 200.000 imigrantes clandestinos
Bissau, 02 jun 20 (ANG) - Mais de 200.000 imigrantes clandestinos ,em Itália, estão a  obter contratos de trabalho,desde segunda-feira(O1),para fazer face à falta de mão de obra, devido à pandemia da Covid-19, que impede contratar trabalhadores sazonais nos seus países de origem.
Itália é o segundo produtor europeu de legumes e frutas e estava ameaçada de perder 40% das suas colheitas devido à falta de mão de obra, enquanto o país conta com cerca de 600.000 trabalhadores clandestinos.
Esta medida adoptada a 13 de maio em Conselho de Ministros, entrou em vigorõ segunda-feira (1/06) e o governo italiano vai conceder autorizações de residência de seis meses aos trabalhadores clandestinos nos sectores agrícola e de ajuda ao domicílio, em resposta à falta de mão de obra devido à crise da pandemia de Covid-19.
Mas esta regularização sazonal, que abrange sobretudo cidadãos oriundos do leste europeu, com destaque para a Roménia, africanos, indianos e paquistaneses, é sujeita a medidas burocráticas, que exigem um contabilista ou vários dias de trabalho, o que dificulta a sua implementação, denunciam os empregadores do sector agrícola.
A classe política italiana também está muito dividida face a esta regularização massiva de trabalhadores clandestinos: a ministra da agricultura Teresa Bellanova, que ameaçou demitir-se se a proposta não fosse aprovada, estima que com esta decisão e cito "venceu a dignidade", enquanto Matteo Salvini, líder da Liga, partido de extrema-direita xenófobo e anti-imigração, se opõe radicalmente, considerando que "se trata de facilitar uma invasão de imigrantes e do regresso de desembarques em massa nas costas italianas".
Por sua vez, o movimento de extrema esquerda Cinco Estrelas, antigo aliado de Matteo Salvini, e que actualmente faz parte do governo de Guiseppe Conte também se opõe, defendendo que a prioridade deve ser dar emprego aos desempregados italianos, medida criticada pelo sociólogo e especialista em migrações Matteo Vila, para quem "os italianos preferem continuar desempregados a ir apanhar laranjas".
Também a Associação dos agricultores italianos critica esta medida, preferindo o esquema adoptado pelo Reino Unido e outros países europeus, de organizar o transporte aéreo, para ir buscar os trabalhadores sazonais ao leste da Europa.
O apelo lançado aos desempregados, estudantes, reformados e outros trabalhadores independentes, para trabalharem nos campos, não surtiu efeito no sector agrícola, já estruturalmente deficitário em mão de obra.
Por outro lado muitos alertam para os riscos ligados a esta regularização massiva, que dará  falsas esperanças aos imigrantes, no momento em que a economia italiana está exangue, devido à crise sanitária despoletada pela pandemia de Covid-19, pelo que não lhes pode propor uma solução perene.
Além do mais sabe-se que as redes da máfia gerem parte do tráfico ligado aos trabalhadores clandestinos.
Portugal, prolongou até 30 de junho, os direitos dos imigrantes em vias de regularização para os proteger durante a crise sanitária. ANG/RFI



Bissau, 02 jun 20 (ANG) - A Guiné-Bissau registou mais 83 novos casos de covid-19, aumentando para 1.339 o número de infeções registadas no país desde março, disse segunda-feira o responsável do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES).
 
No balanço diário sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus no país, o coordenador do COES, Dionísio Cumba, disse que nas últimas 72 horas foram analisadas 304 amostras, das quais 83 deram positivo para covid-19.

"O total de casos acumulados na Guiné-Bissau é 1.339", afirmou, acrescentando que se mantém em oito o número de vítimas mortais.

Em relação aos recuperados, o número aumentou para 53.

O médico guineense disse também que há 26 pessoas internadas, nomeadamente 14 no Hospital Nacional Simão Mendes e 12 no hospital de Cumura, a cerca de 10 quilómetros de Bissau.

Por regiões, Dionísio Cumba precisou que existem 42 casos em Biombo, 22 em Cacheu, três em Bafatá e dois em Gabu, estando os restantes no Setor Autónomo de Bissau, ou seja, 94% dos casos.

Em África, há 4.228 mortos confirmados em mais de 147 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Bissau lidera em número de infeções (1.339 casos e oito mortos), seguida da Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), São Tomé e Príncipe (479 casos e 12 mortos), Cabo Verde (457 casos e quatro mortes), Moçambique (254 casos e dois mortos) e Angola (86 infetados e quatro mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 27.878 mortos e mais de 465 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,7 milhões) e à frente da Rússia (mais de 405 mil).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 372 mil mortos e infetou mais de 6,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa



     Covid-19/Rússia conta exportar para vários países medicamento antiviral
Bissau,02 jun 20 (ANG) - A Rússia planeia exportar para vários países do mundo um medicamento para a covid-19 apresentado este fim de semana, logo que fiquem atendidas as necessidades domésticas, disseram as autoridades russas.
Este fim-de-semana, o Ministério da Saúde russo anunciou o registo do antiviral Afivavir, que se mostrou eficaz no combate ao novo coronavírus, em diversos ensaios clínicos.
“À medida que formos respondendo à procura interna, consideramos possível exportá-lo. Já temos recebido muitos pedidos do Médio Oriente e da América Latina”, disse o presidente do Fundo Russo de Investimento Direto, Kiril Dmitriev.
De acordo com Dmitriev, em 11 de Junho, este medicamento, desenvolvido na Rússia com base num antiviral japonês, vai começar a ser enviado para os hospitais russos onde estão internados doentes com covid-19.
Os investigadores dizem que o medicamento provou ser eficaz em 90% dos casos, mas a sua administração está vedada a mulheres grávidas.
As autoridades sanitárias russas dizem que o Afivavir não estará à venda em farmácias e apenas pode ser administrado em centros hospitalares.
A Rússia registou mais 9.035 novos casos de infecção, nas últimas 24 horas, e mais 162 mortes com covid-19.
No total, o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus na Rússia é de 414.878, o que coloca o país no terceiro lugar em número de casos confirmados, depois dos EUA e do Brasil.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 370 mil mortos e infectou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,8 milhões, contra mais de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 161 mil, contra mais de 178 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando sectores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.ANG/Angop




Política/Odete Semedo diz que o líder da ANP tem vários materiais a sua disposição e não deve  cair em erros

Bissau,02 Jun 20(ANG) - A segunda-vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou que o presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP), Cipriano Cassamá, tem a sua disposição várias opções  e é preciso que não se deixe cair em erros de paralaxe.

Maria Odete Costa Semedo falava segunda-feira aos jornalistas à saída do encontro de auscultação com o presidente da ANP para encontrar uma solução política que leve à formação de novo governo, de base alargada.
A iniciativa do presidente da ANP insere-se no âmbito da recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que instou ao Presidente Umaro Sissoco Embaló a nomear um novo primeiro-ministro e novo governo respeitando os resultados  das eleições legislativas de 10 de março de 2019, ganhas pelos libertadores (PAIGC). 
Maria Odete Semedo lembrou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) propôs às autoridades nacionais uma saída política e o PAIGC abraçou essa proposta, deixando cair assim, vários aspetos e prerrogativas para ver se se criam  as condições para que o país possa ter um governo de base alargada e possa caminhar para o desenvolvimento.
“Cipriano Cassama tem na sua frente  um lápis, copo e água, agora vai depender da capacidade dele observar o que tem a frente e tomar uma decisão, de contrário vai respaldar sobre a sua responsabilidade. Nessa hora é a própria maioria confortável que o PAIGC tem que poderá estar a ser posta em causa”, avisou.
Semedo disse que no encontro,  alertaram ao presidente da Assembleia Nacional Popular sobre o desafio que tem pela frente, sendo um assunto que cabia à CEDEAO  resolver, mas que acabou por passar para as suas mãos”, assinalou.
Por sua vez,  o coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), afirmou que a saída da atual situação política passa necessariamente pelo agendamento da discussão do programa do atual governo na Assembleia Nacional Popular, dado que é a casa para fazer política.
“Na audiência, deixamos claro ao presidente do Parlamento que não concordamos com a forma como ele envolveu a Comunidade Internacional (P5) na busca de solução e diálogo interno. No meu entendimento, deviam ser apenas com partidos políticos”, informou Braima Camará em declarações à imprensa.
Braima Camará disse que o presidente da ANP deve convocar apenas os guineenses para discutirem e chegar a entendimento, de forma a resolver o problema internamente, deixando assim de receber lições de moral da comunidade internacional. Contudo, disse que o líder do Parlamento guineense disse-lhes que a sua intenção era apenas informar a Comunidade Internacional sobre o processo de diálogo.
Para o vice presidente do Partido da Renovação Social(PRS), Jorge Malú, cada grupo de partidos políticos está a reivindicar uma maioria, mas advertiu que qualquer maioria neste momento não oferece confiança nem garantias de estabilidade governativa, por isso, sustenta que é preciso prosseguir com o trabalho junto das estruturas partidárias no sentido de unir as forças para uma estabilidade governativa.
“Compreendemos perfeitamente essa preocupação dos titulares dos órgãos da soberania, por isso é que estamos a ver a possibilidade de encontrar entendimento a nível das formações políticas, de forma democrática em que a maioria é determinada pelo voto e a ANP é o único espaço para demonstrar essa maioria parlamentar”, salientou Jorge Malú.
O dirigente dos renovadores assegurou que existe um governo que resultou de um acordo de incidência parlamentar de três formações políticas a quem deve ser permitido apresentar o seu instrumento de governação para ver se tem maioria ou não.
Acrescentou que esse é o pedido que fizeram ao presidente da ANP, de forma “a saber, na verdade, quem tem a verdadeira maioria parlamentar.
Cipriano Cassamá tem até ao dia 18 de Junho para apresentar ao chefe de Estado uma proposta de solução para a formação de um governo de base alargada, depois de falhada a tentativa para o efeito a 22 de Maio, por falta de consenso entre os partidos com assento parlamentar. ANG/ÂC//SG