Covid-19/Pelo menos 127
jornalistas mortos devido à pandemia
Bissau,03
Jun. 20(ANG) - Pelo menos 127 jornalistas morreram nos últimos três meses
devido à covid-19, muitos depois de cobrir notícias sobre a pandemia e quase
metade na América Latina, informou terça-feira a Organização Não-Governamental
Press Emblem Campaign (PEC).
Segundo
a organização, que recolhe dados sobre ataques a jornalistas, registaram-se 62
mortes de jornalistas na América Latina, 23 na Europa, 17 na Ásia, 13 na
América do Norte e 12 em África.
Pelo
menos dois terços dessas mortes estiveram diretamente relacionadas
com a atividade jornalística, afirmou a ONG, sublinhando que o
número real de profissionais de comunicação mortos na pandemia pode
ser maior, uma vez que muitos casos não foram registados.
O
Peru foi o país do mundo com mais vítimas confirmadas (15), seguido pelo Brasil
e pelo México (13 cada), e depois pelo Equador e pelos Estados Unidos, ambos
com 12 mortes.
Na
Europa, o continente com o maior número total de mortes por covid-19, foi
confirmada a morte de cinco jornalistas na Rússia e outros tantos no Reino
Unido, além de três em Espanha.
"Os
trabalhadores de comunicação social têm um papel importante a desempenhar na
luta contra o novo vírus, precisam de informar sobre a propagação da doença,
mas vários morreram devido à falta de medidas de proteção adequadas
no exercício da sua atividade", afirmou o secretário-geral
do PEC, Blaise Lempen.
Centenas
de outros jornalistas foram contagiados com a doença da covid-19, que
também forçou o encerramento temporário de vários meios de comunicação, disse
o PEC, com base em dados de associações nacionais de jornalistas e
colaboradores da organização.
Os
nomes dos jornalistas que morreram na pandemia e que foram registados
pela Organização Não-Governamental podem ser encontrados no seu site oficial
www.pressemblem.ch.
A
nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19
já provocou mais de 373 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de
pessoas em 196 países e territórios.
Cerca
de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.
A
doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final
de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois
de a Europa ter sucedido à China como centro
da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o
que tem mais casos confirmados (mais de 2,9 milhões, contra mais de 2,1 milhões
no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 163 mil, contra mais
de 179 mil).
Para
combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de
pessoas (mais de metade da população do planeta),
paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento"
que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Os
Estados Unidos são o país com mais mortos (105.099) e mais casos
de infeção confirmados (mais de 1,8 milhões).
Seguem-se
o Reino Unido (39.045 mortos, mais de 276 mil casos), Itália (33.475 mortos,
mais de 233 mil casos), o Brasil (29.937 mortes e mais 526 mil casos) França
(28.833 mortos, mais de 189 mil casos) e Espanha (27.127 mortos, mais de 239
mil casos).
A
Rússia, que contabiliza 4.855 mortos, é o terceiro país do mundo em número
de infetados, depois dos EUA e Brasil, com mais de 414 mil.
Por
regiões, a Europa soma mais de 178 mil mortos (mais de 2,1 milhões de casos),
Estados Unidos e Canadá mais de 112 mil mortos (mais de 1,9 milhões de casos),
América Latina e Caribe mais de 51 mil mortos (mais de 1 milhão de
casos), Ásia mais de 16 mil mortos (mais de 560 mil casos), Médio
Oriente mais de 9.600 mortos (mais de 413 mil casos), África com
4.344 mortos (mais de 152 mil casos) e Oceânia com 132 mortos (mais
de 8.500 casos).ANG/Lusa
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