Covid-19/Rússia conta exportar
para vários países medicamento antiviral
Bissau,02 jun 20 (ANG) -
A Rússia planeia exportar para vários países do mundo um medicamento para a
covid-19 apresentado este fim de semana, logo que fiquem atendidas as
necessidades domésticas, disseram as autoridades russas.
Este fim-de-semana, o Ministério da Saúde
russo anunciou o registo do antiviral Afivavir, que se mostrou eficaz no
combate ao novo coronavírus, em diversos ensaios clínicos.
“À medida que formos
respondendo à procura interna, consideramos possível exportá-lo. Já temos
recebido muitos pedidos do Médio Oriente e da América Latina”, disse o
presidente do Fundo Russo de Investimento Direto, Kiril Dmitriev.
De acordo com Dmitriev,
em 11 de Junho, este medicamento, desenvolvido na Rússia com base num antiviral
japonês, vai começar a ser enviado para os hospitais russos onde estão
internados doentes com covid-19.
Os investigadores dizem
que o medicamento provou ser eficaz em 90% dos casos, mas a sua administração
está vedada a mulheres grávidas.
As autoridades
sanitárias russas dizem que o Afivavir não estará à venda em farmácias e apenas
pode ser administrado em centros hospitalares.
A Rússia registou mais
9.035 novos casos de infecção, nas últimas 24 horas, e mais 162 mortes com
covid-19.
No total, o número de
pessoas infectadas com o novo coronavírus na Rússia é de 414.878, o que coloca
o país no terceiro lugar em número de casos confirmados, depois dos EUA e do
Brasil.
A nível global, segundo
um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais
de 370 mil mortos e infectou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e
territórios.
Mais de 2,5 milhões de
doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida
por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do
centro da China.
Depois de a Europa ter
sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano
passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de 2,8 milhões, contra mais
de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 161
mil, contra mais de 178 mil).
Para combater a
pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de
metade da população do planeta), paralisando sectores inteiros da economia
mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar
face à diminuição dos novos contágios.ANG/Angop
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