quinta-feira, 25 de agosto de 2022

    Angola/ MPLA segue na frente com 52% enquanto UNITA venceu em Luanda

Bissau, 25 Ago 22 (ANG) -  Os primeiros resultados provisórios das eleições gerais em Angola desta quarta-feira apontam para a vitória do MPLA, que governa o país desde a independência em 1975.

Os primeiros dados foram revelados durante a noite passada por Lucas Quilundo, porta-voz da Comissão nacional eleitoral.

Na altura dos primeiros resultados das eleições gerais de Angola, o MPLA tinha 60,65%, seguindo-se a UNITA com 33,85%.

Entretanto os resultados foram actualizados as 15H57 e o  MPLA mantém vantagem com 52,08% das votações, seguido da UNITA com 42,98%, quando foram escrutinados 86,41% dos votos das eleições gerais.

O MPLA, por intermédio do seu vice-presidente do grupo parlamentar, João Pinto, em declarações à agência Lusa, remete qualquer diferendo eleitoral para os tribunais e, num recado à oposição angolana, refere que "não basta querer alternância, é preciso transmitir confiança":

Devemos todos esperar os resultados definitivos da CNE e a litigância ou o litígio faz-se nos tribunais. Vamos aguardar serenamente os resultados, como já tem sido tradição em Angola. Num Estado de Direito democrático, as instituições que divulgam os resultados eleitorais são as instituições constitucionalmente competentes. Não basta querer que haja alternância. É preciso transmitir confiança. Esse é o grande problema da nossa oposição, sobretudo da UNITA. Não tem a cultura de aceitar em primeira mão os resultados, ainda que provisórios, e felicitar quem venceu. Usa sempre uma narrativa de vitimização, com excesso de entusiasmo, sem ter em conta que os resultados eleitorais não dependem apenas da vontade de quem concorre, frisou João Pinto.

A UNITA, por intermédio de Abel Chivukuvuku, número dois da lista do partido do galo negro, primeiro movimento da oposição, alega estar na dianteira quanto ao apuramento dos dados das eleições realçando a sua suposta vitória em Luanda e na esmagadora maioria dos círculos eleitorais na diáspora.

Os nossos centros de escrutínio dão claros indicadores provisórios de uma tendência de vitória da UNITA em todo o país, todas as províncias do nosso país. Um dos factos mais preponderantes é que na cidade de Luanda e na Província de Luanda, só no município de Quiçama é que o partido no poder tem vantagem, enquanto em todos os outros municípios a UNITA tem claramente vantagem eleitoral. Também outro indicador é de que na diáspora, em todos os países onde foi executado o voto dos angolanos residentes no estrangeiro, só em Berlim na Alemanha e Joanesburgo na África do Sul é onde o partido no poder teve vantagem. Mas em todos os outros círculos eleitorais dos vários países a UNITA teve claramente vantagem. Somos todos angolanos, somos todos atores da história de Angola, temos todos interesse que tudo corra bem, realçou Abel Chivukuvuku.

De notar que, com 77,12% dos votos apurados na Província de Luanda, a UNITA lidera com 62,93% dos votos e o MPLA segue em segunda posição com 33,06%, anunciou a CNE.

Na Huíla, segunda província mais populosa, é o MPLA que domina com 67,51% dos votos, enquanto a UNITA não ultrapassa 30%, com mais de 88% dos resultados apurados.ANG/RFI

 


Ambiente
/Secretário-geral do Ministério do Ambiente e Biodiversidade defende  uso de Energias Renováveis no país

Bissau, 25 Ago 22 (ANG) – O Secretário-geral do Ministério do Ambiente e Biodiversidade defendeu hoje o uso da Energia Renovável no país, ao discursar no  terceiro dia da Reunião Deslocada da Comissão Mista para a  Agricultura, Ambiente e Recursos Naturais, Infraestruturas,Energia e Minas, Industria e Sector Privado, do parlamento da CEDEAO.

Lorenço António Vaz sustentou que as Energias Renováveis são alternativas as fontes que emitem  gazes com efeitos estufas, nomeadamente os combustiveis usados nos geradores e centrais electricas.

Segundo Vaz, é importante que o país aproveite as Energias Renováveis, como forma de contribuir para a redução do aquecimento global.

De acordo com as suas explicações, a CEDEAO tem trabalhado nos últimos tempos para a implementação de Energias Renováveis nos países da  comunidade, e Vaz diz que a Guiné-Bissau segue a política da organização, através do Projecto da energia da Organização para o Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia ( OMVG) cujos os trabalhos estão em curso no país.

“Em Bambadinca já foi feita uma experiêcia de plantação dos postes de painéis solares nos parques. Nas cidades do interior do país há uma proliferação de painéis solares, como forma de evitar gazes com efeitos de estufas”, referiu Laurenço Vaz.

No que diz respeito a elaboração de uma política por parte do Governo, para fazer face as alterações climáticas tendo em conta a vulnerabilidade do país neste aspecto, o Secretário-geral do Ministério do Ambiente e Biodiversidade, destacou a criação do  projecto de Gestão das Zonas Costeiras com sigla Inglês (WACA), que tem trabalhado para estancar a destruição do ecosistema nas zonas de Varela, Norte do país.

“Quem conhece Varela nos anos 90, nota que nos últimos anos, o recuo costeiro é evidente. Sobe cerca de três à cinco metros por ano, portanto está, de forma evidente, a destruição dos ecosistemas costeiros e todo o sistema agricola familíar e pesqueira que se fazem nesta zona”, disse.

A Comissão Mista para Agricultura, Ambiente, Recursos Naturais, Infraestruturas, Energia, Minas, Industria e Sector Privado do Parlamento da CEDEAO está reunida em Bissau desde o dia  23 do corrente mês sob o lema”Um olhar crítico sobre a Política Ambiental e Estratégia Climática da CEDEAO: juntamente com a Revisão Bienal da Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados Membros”.ANG/LLA/ÂC//SG            

Ambiente/”Estados membros da CEDEAO fizeram esforços significativos  na gestão dos recursos naturais”, diz João Lona Tchedna

Bissau,25 ago 22(ANG) – O coordenador nacional do Projeto de Reforço de Capacidades de Adaptação e de Resiliência da Comunidade das Zonas Costeiras da Guiné-Bissau(Coastal), disse hoje que os Estados membros da CEDEAO fizeram esforços significativos na  gestão e proteção de recursos naturais e ambiente.

João Lona Tchedna falava  na apresentação do tema “Experiência da Guiné-Bissau na Implementação de Políticas e Programas que Abordam os Desafios e o Impacto das Mudanças Climáticas”, aos deputados presentes na Reunião Deslocada da Comissão Mista da CEDEAO, que decorre em Bissau.

 “Os órgãos de cooperação sub-regionais,  fortaleceram as suas estratégias, o planeamento e projetos de desenvolvimento correspondentes”, acrescentou.

Segundo Lona Tchedna  a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(CNUED), aumentou ainda mais a consciencialização, em todo o mundo, sobre a natureza finita dos recursos naturais na terra e a necessidade urgente de gerencia-los melhor.

 Tchedna disse que a poluição e os incómodos que surgiram com a rápida urbanização e industrialização nascente começaram a representar sérios problemas nas cidades mas também no campo, zonas costeiras e ao longo de todos os rios e lagos.

Em 2020, prosseguiu Lona Tchedna, a Guiné-Bissau foi afetada por choques múltiplos e persistentes, e a disseminação da doença de  coronavírus, crises socioeconómicas e riscos climáticos perturbaram os meios de subsistência e exacerbaram a vulnerabilidade das famílias e a insegurança alimentar.

A Comissão Mista para Agricultura, Ambiente, Recursos Naturais, Infraestruturas, Energia, Minas, Industria e Sector Privado do Parlamento da CEDEAO está reunida em Bissau desde o dia  23 do corrente mês sob o lema”Um olhar crítico sobre a Política Ambiental e Estratégia Climática da CEDEAO: juntamente com a Revisão Bienal da Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional nos Estados Membros”.

O principal objetivo da reunião é ter um profundo conhecimento e compreensão da Estratégia Climática Regional da CEDEAO e do Projeto de Revisão Bienal da Produção Agrícola, Segurança Alimentar e Nutricional na sub-região. ANG/ÂC//SG

 

 

Angola-Eleições/UNITA diz que vai à frente na contagem e contraria dados da CNE 

Bissau, 25 Ago 22(ANG) – O número dois das listas da União Nacional para a Independência Total de Angola, Abel Chivukuvuku, afirmou hoje que os dados provisórios recolhidos das eleições de quarta-feira apontam para uma vitória do partido.

“Os nossos centros de escrutínio [dão] claros indicadores provisórios de tendência de vitória da UNITA em todas as províncias do no nosso país”, afirmou Chivukuvuku, em conferência de imprensa.

Como exemplo, Chivukuvuku indicou que, nos municípios da província de Luanda, o partido no poder (Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA) ganhou apenas em um município.

Segundo Filomeno Vieira Lopes, dirigente do Bloco Democrático, partido que se associou às listas da UNITA, os dados atuais, só na província de Luanda, indicam que em 60% dos números contabilizados pelo partido, 66% dos votos são na maior formação da oposição.

Instantes antes, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou dados diferentes, com um terço dos votos contabilizados que, segundo as autoridades, indiciam uma vitória do MPLA com 60% dos votos.

Perante o confronto de números tão diferentes, Abel Chivukuvuku sustentou que o processo “tem de ser pacífico”: “somos todos angolanos, somos todos atores da história de Angola, temos todos interesse que tudo corra bem”.

Segundo Filomeno Vieira Lopes, o “sistema está montado para ser verificado” e, em “caso de divergência há contestações e confrontação” nos órgãos respetivos.

Nelito Ekuikui, secretário provincial da UNITA para Luanda, disse que há vários casos de assembleias de voto que não publicaram ainda as atas síntese que resultam da contagem dos membros da mesa, fiscalizadas pelos delegados dos partidos.

“Há situações em que os delegados dos partidos recusam assinar as atas porque não correspondem ao que se passou”, afirmou Neito Ekuikui.

Chivukuvuku acrescentou, na mesma conferência de imprensa, que permanecem detidos cinco delegados e contestou a divulgação de uma sondagem na noite de quarta-feira pela Televisão Pública de Angola (TPA), violando a própria lei eleitoral.

“A Assembleia Nacional da República de Angola aprovou uma lei que determina que em período eleitoral não podem ser publicadas sondagens” e a TPA apresentou “supostas sondagens que dariam uma vantagem ao partido no poder”.

“O Estado legisla (a lei eleitoral) e viola”, criticou Chivukuvuku.

ANG/Inforpress/Lusa


Concertação Social
/”Saimos da reunião de Concertação Social com muita dor”, diz o secretário-geral adjunto da UNTG

Bissau,25 Ago 22(ANG) -  O secretário-geral Adjunto da União Nacional de Trabalhadores da Guiné – Bissau (UNTG), disse que saíram da reunião do Conselho Permanente de Concertação Social(CPCS),  com “muita dor”.

Yasser Turé, em declarações à imprensa, no final da reunião do CPCS realizada quarta-feira entre o Governo e os parceiros sociais, disse que  esperavam que o Executivo assumisse realizar o reajuste salarial para corrigir as dificuldades sociais com que se deparam os funcionários públicos.

“Lanço um desafiou aos servidores públicos para mobilizarem-se, continuando a reivindicar os seus direitos e contribuir na luta para que o país encontre os mecanismos de atender as necessidades económicos e sociais do povo”, disse.

Segundo Yasser Turé, na reunião onde foram analisadas a situação socioeconómica e as realizações do Governo nos domínios sociais, o executivo limitou-se a falar das suas realizações e a apelar aos funcionários públicos a “apertarem o cinto”.

Turé criticou o aumento dos preços dos produtos da primeira necessidade “de forma exorbitante”, tendo afirmado que não se sente o impacto das realizações que o Governo diz ter feito na vida dos trabalhadores e da população guineense.

O secretário-geral adjunto da UNTG denunciou também que muitos funcionários recenseados não recebem os seus salários, há dois meses, tendo criticado a postura assumida pelo governo em não integrar as organizações sindicais na equipa de recenseamento de servidores públicos.

Disse não acreditar que, nos próximos tempos, a situação socioeconômica do país melhore.

O Porta-Voz do governo, Fernando Vaz, explicou que o aumento de preços de produtos de primeira necessidade deve-se à conjuntura internacional, mas admite que há uma “atitude especulativa” no país.

Em relação ao sector educativo, Fernando Vaz informou que houve algumas reclamações sobre o processo de recenseamento, adiantando que das 3 mil pessoas que ficaram fora do processo até ao momento, 500  apresentaram as suas reclamações e estas devem ser pagas, embora não precisou a data.

Na reunião, segundo Fernando Vaz, a Presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, pediu ao Governo que reponha os subsídios aos profissionais de órgãos públicos de comunicação Social, devido à especificidade da profissão do jornalismo, informando que o primeiro-ministro prometeu analisar essa questão”.ANG/ÂC//SG

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Eleições/Vice-Presidente da CNE assegura que a instituição está a trabalhar para que as legislativas marcadas para o 18 de dezembro tenham lugar

Bissau, 24 Ago 22 (ANG) – O Vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições(CNE), assegurou hoje que a sua Instituição está a trabalhar  para que o dia 18 de dezembro apontado pelo Presidente da República (PR) Umaro Suissoco Embaló para a realização das legislativas no país possa ter lugar.

Mpabi Cabi que falava à imprensa a saìda de uma audiência com o Presidente  Umaro Sissoco Embaló disse que  reuniu com o Chefe de Estado para lhe dar o ponto de situação  dos preparativos para as próximas eleições antecipadas.

Acrescentou que uma das dificuldades do recenseamento se relaciona a impressão dos cartões de eleitores localmente.

Mpabi Cabi acrescentou que sobre o assunto, o Governo já deligenciou o fabrico das respectivas impressoras, e que se tudo correr bem, as referidas impressoras, podem chegar ao país em Setembro ou Outubro.

Ainda esta quarta-feira, o Presidente da República recebeu igualmente uma Missão do Parlamento da CEDEAO, chefiada pelo seu Comissário Encarregado de Serviço Interno da organização, Nazifi Abdullahi Darma, que se encontra no país, no âmbito de  uma Reunião Deslocada da Comissão Mista para  Agricultura, Anbiente, Recursos Naturais,Intraestruturas,Energia e Minas, Industria e Setor Privado.

Segundo Nazifi Abdullahi, o motivo do encontro com o Chefe de Estado guineense Umaro Sisso Embaló, tem a ver com a sua recente nomeação para o cargo de Presidente em exercício da CEDEAO. ANG/LLA/ÂC//
SG
      

Tempo/Instituto Nacional da Meteorologia prevê ocorrência de fraca chuva com vento fraco nas próximas 24 horas

Bissau, 24 Ago 22 (ANG) – O Instituto Nacional da Meteorologia (INM) aponta para as próximas 24 horas  fraca chuva com vento fraco de Sudoeste, com velocidade de até 15 km/h no continente e moderado do Oeste no mar até 24 km/h.

A previsão foi revelada através do Boletim Meteorológico número 233/2022 do Instituto Nacional da Meteorologia, divulgado terça-feira dia 23 de Agosto do ano em curso, à que  a ANG teve acesso hoje.

Segundo o Boletim, a visibilidade do tempo será boa (igual ou superior a 10 km) mas reduzida no momento da chuva em que será inferior a 8 km.

As temperaturas màximas nas zonas Centro, Norte e Leste vão variar de 31° C em Bissau, Cacheu, Bissorã, Farim, Bafatá e Madina de Boé à 32° C  em Gabu, Pirada e Buruntuma, e as mínimas  vão igualmente variar de 23° C em Bissorã, Farim, Bafatá, Gabu, Pirada, Buruntuma e Madina de Boé à 24° C em Bissau e Cacheu.

Nas zonas Sul e Ilhas, de acordo com O Boletim Meteorológico sobre o estado do tempo, as temperaturas apontam para as máximas de 29° C em Bubaque à 31° C  em Buba e as mínimas vão variar  de 23° C em Buba à 25° C em Bubaque.

“O estado do mar vai ser pouco agitado com ondulação de Noroeste até 1,5 metros de altura”, refere o Boletim. ANG/MI/ÂC//SG

Justiça/Mais de cem oficiais de justiça exigem pagamento dos seus atrasados salariais  de 11 meses

Bissau, 24 Ago 22 (ANG) - Mais de cem Oficiais de justiça colocados mediante um concurso público realizado desde 2019, realizaram , terça-feira, uma vígilia junto ao Ministério das Finanças, reivindicando o  pagamento de salários em atraso de 11 meses.

Na ocasião, o ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té explicou aos referidos Oficiais  que houve falha no processo de recrutamento dos referidos oficias de Justiça, razão pela qual tudo deve ser tratado novamente, com a finalidade de juntos encontrarem uma solução definitiva.

“Acredito que apenas com o diálogo é que poderemos resolver essa situação, porque é  via principal para solucionar qualquer que seja o problema”, afirmou aquele governante.

O porta-voz do coletivo dos Oficiais de Justiça, Upanhasso Naú Júnior acusou  o Estado da Guiné-Bissau de ser o promotor da desigualdade no seio dos funcionários públicos.

“Se por acaso essa situação não fôr resolvida brevemente vamos continuar com as nossas exigências nos diferentes departamentos incluídos no processo”, disse Naú Júnior. ANG/AALS/ÂC

Branqueamento de capitais/Centif-GB pede apoio de todos na vigilância das operações financeiras suspeitas

Bissau,24 Ago 22(ANG) - O Presidente da Célula Nacional de Tratamento Financeiro da Guiné-Bissau (CENTIF-GB) alerta que é urgente que as instituições financeiras e outras adotassem mecanismos de controlo que permitam compreender o perfil de risco inerentes ao sector financeiro.

Justino Sá que falava, terça-feira, no Seminário Nacional para o Reforço da Capacidade na luta contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (LBC/FT), solicitou maior cooperação e colaboração de todas as entidades sujeitas, no sentido de continuarem a proceder as declarações das operações suspeitas no país.

“Gostaria de solicitar maior cooperação e colaboração de todas as entidades sujeitas no sentido de continuarem a proceder as declarações das operações suspeitas. Porque só assim é que podemos enfrentar os flagelos de branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo”, disse.

Sá sustenta que o combate ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo requer à conjugação de esforços e sinergias de todos os sectores, tanto ele, público ou privado, por se tratar de um crime com maior incidência nos sectores vitais da economia nomeadamente o financeiro.

No encontro de três dias os participantes vão analisar o relatório sobre o risco de branqueamento de capitais 2020, que o Grupo Intergovernamental de Luta contra o Branqueamento de Capitais(GIABA) submeteu a Guiné-Bissau.

O referido relatório espelha os riscos de branqueamento de capitais em diversos sectores do país e estes riscos precisam de ser mitigados através da implementação de plano de ação devidamente elaborado pela CENTIF.

Segundo o ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té,   ainda se assiste  dificuldades na implementação da legislação especial aplicável às Entidades Sujeitas à declaração de operações suspeitas.

“Apesar da articulação institucional sempre presente entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, o Ministério do Interior e os demais órgãos e serviços ligados à luta contra a criminalidade em geral e, particularmente à LBC/FT, para a execução das medidas de prevenção criminal previstas na lei, ainda se assiste a algumas dificuldades na implementação da legislação especial aplicável às entidades sujeitas à declaração de operações suspeitas,”, disse Vieira Té.

O seminário de três dias servirá ainda para aprofundar a reflexão sobre como garantir que o país possa mitigar os seus riscos de BC/FT eficazmente, partindo do pressuposto de que a avaliação nacional do risco (ANR) recentemente realizada sirva de base para assegurar que as medidas a serem adotadas sejam compatíveis com os riscos identificados. ANG/Rádio Sol Mansi

 

Unicef/Pessoas sem água potável no Corno de África subiram de 9,5 para 16,2 milhões em cinco meses

Bissau, 24 Ago 22(ANG) – O número de pessoas sem acesso a água potável na Etiópia, Quénia e Somália aumentou de 9,5 milhões para 16,2 milhões em apenas cinco meses, alertou terça-feira, em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A situação de urgência humanitária afecta ainda as crianças da região do Sahel, acrescenta a agência das Nações Unidas.

“As crianças no Corno de África e no Sahel poderão morrer em número muito elevado, caso não seja prestada assistência urgente, numa altura em que a subnutrição grave e o risco de doenças transmitidas pela água se sobrepõem”, adverte a Unicef, que divulga o comunicado na Semana Mundial da Água.

Registos anteriores demonstram que quando níveis elevados de subnutrição aguda grave em crianças ocorrem ao mesmo tempo de surtos de doenças mortais como a cólera ou a diarreia, a mortalidade infantil aumenta dramaticamente – e tragicamente. “Quando a água não está disponível ou não é segura, os riscos para as crianças multiplicam-se exponencialmente”, afirma a diretora-executiva da Unicef, Catherine Russell, citada na nota.

“No Corno de África e no Sahel, milhões de crianças estão apenas a uma doença de distância de uma catástrofe”, continua Catherine Russel.

No Burkina Faso, Chade, Mali, Níger e Nigéria, a seca, os conflitos armados e a instabilidade “estão a originar uma situação de insegurança no acesso a água, com 40 milhões de crianças a enfrentar níveis elevados a extremamente elevados de vulnerabilidade hídrica”.

“De acordo com os últimos dados da OMS [Organização Mundial de Saúde], já morrem mais crianças em consequência de água e saneamento inseguros no Sahel do que em qualquer outra parte do mundo”, lê-se no comunicado.

A nota salienta ainda que mais de 2,8 milhões de crianças nas duas regiões – Corno de África e Sahel -, “já sofrem de subnutrição aguda grave, o que significa que correm até 11 vezes mais risco de morte por doenças transmitidas pela água, do que as crianças bem nutridas”.

A Unicef salienta que dispõe apenas de 3% do financiamento necessário para prosseguir “assistência vital e serviços multissetoriais resilientes às crianças e às suas famílias que precisam urgentemente de ajuda em todo o Corno de África e no Sahel”.

“Deste montante, a verba destinada à assistência em matéria de água, saneamento e resiliência climática é muito reduzida. O apelo para a resposta às necessidades das crianças e famílias vulneráveis em matéria de água, saneamento, e programas de higiene na região do Sahel central está financiado em apenas 22%”, frisa a organização.

A ajuda que as crianças das duas regiões carecem inclui “a melhoria de acesso a água resistente às condições climáticas, serviços de saneamento e higiene, perfurações para a criação fontes fiáveis de águas subterrâneas, desenvolvimento da utilização de sistemas solares, rastreio e tratamento de crianças com subnutrição, e ampliação dos serviços de prevenção”, conclui a Unicef.

ANG/Inforpress/Lusa

 

          Angola/Eleitores escolhem deputados e Presidente da República

Bissau, 24 Ago 24 (ANG) - Mais de 14 milhões de angolanos são chamados às urnas, esta quarta-feira, 24 de Agosto, para escolher os deputados e o Presidente da República.

 Oito forças partidárias concorrem nestas eleições gerais, que muitos analistas consideram como as mais disputadas de sempre da história do país. 

Nas assembleias de voto, os angolanos vão escolher o próximo Presidente da República e os deputados da Assembleia Nacional. Nestas eleições gerais, a escolha faz-se entre oito forças políticas: MPLA, UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA, APN, P-NJANGO e Partido Humanista de Angola.

Nestas que são as quintas eleições da história do pais, Sérgio Calundungo, presidente do Observatório Político e Social de Angola, considera que o duelo eleitoral se faz entre o candidato do MPLA, João Lourenço, que se recandidata a um segundo mandato e o candidato da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que conta com o apoio da Frente Patriótica Unida.

“A disputa expressa-se num grupo que entende que, face ao que foram os últimos cinco anos de governação, é importante dar oportunidade ao actual Presidente para consolidar algumas bandeiras que havia levantado, como aprofundar o combate à corrupção, nepotismo e etc. O outro grupo de cidadãos entende que 45 anos depois é tempo suficiente para fazer uma mudança. Os discursos de ambos os lados resumem-se na ideia da continuidade ou mudança”, refere.

Nas ruas da capital, muitos são os angolanos que se dizem cansados e esperam por mudança. Apesar das riquezas naturais do país, petróleo e diamantes, 44% da população continua a viver abaixo do limiar da pobreza.

Sérgio Calundungo divide o espectro eleitoral angolano em três grupos: “Um primeiro grupo de cidadãos que se identifica com os partidos, tal como nos identificamos com as equipas de futebol. Mas esse grupo vai sendo cada vez mais minoritário. Depois, há os outros dois grupos que vão ser determinantes nesta eleição. O segundo grupo vai-se questionando até que ponto cada formação política ou partido político tem a capacidade de fazer o que promete. Este grupo não é maioritário, mas começa a ser importante em alguns sectores. O terceiro grupo, que é maioritário, é o que vota na lógica do merecimento. O que é que eu vou ganhar votando em A ou em B?”, nota. 

A credibilidade desta eleição é outro dos grandes desafios. A sociedade civil e os partidos políticos acusam a Comissão Nacional Eleitoral de publicar modelos de actas que permitem a existência de eleitores fantasmas. 

Nelson Domingos, cientista político, considera que as irregularidades verificadas no processo eleitoral estão ligadas à falta de transparência desde o começo do processo e deu alguns exemplos. 

“A questão dos mortos que apareceram nos cadernos eleitorais, nomes que aparecem duplicados, nomes de pessoas que aparecem em diferentes assembleias de voto. Em Cabinda, por exemplo, o movimento cívico MUDEI identificou que grande parte dos presidentes das mesas são governantes, outros ligados à própria estrutura do partido e outros militantes. Isso possibilita um controlo absoluto da contagem e da produção dos resultados”, explica.

A Comissão Nacional Eleitoral garante estarem reunidas todas as condições para que o processo eleitoral decorra com ordem e transparência. O Presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, pediu aos angolanos que participem de forma "massiva" e que mantenham uma "postura cívica, ordeira e responsável".

O líder do organismo público que gere as eleições gerais instou ainda cada eleitor a "depois de exercer o seu direito de voto, abandonar voluntariamente a assembleia de voto".

A oposição e a sociedade civil têm estado a apelar à população, através do movimento “Votou, Sentou” para permanecer nas assembleias, após exercer o direito de voto. O objetivo é acompanhar o apuramento e a publicação dos resultados das eleições angolanas. 

As mais de 26 mil mesas eleitorais, no território angolano e no exterior já que pela primeira vez os angolanos da diáspora vão votar, contam com 106.870 membros das assembleias e mesas de voto. De forma a fiscalizar as mesas de voto, a CNE fiscalizou credenciou 277.483 delegados de lista pertencentes aos partido políticos.

Quanto aos observadores, a CNE declarou ter credenciado mais de 1.300 observadores nacionais e internacionais. 

Jorge Carlos Fonseca, ex-Presidente de Cabo Verde, que chefia a missão de observadores eleitorais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, diz que as condições estão reunidas para a realização das eleições gerais, contudo reconhece que há visões diferentes do processo eleitoral no seu todo.

“Há críticas de algumas forças da oposição, relativamente à integridade do processo eleitoral. Por exemplo, a existência de mortos em listas eleitorais, queixas de que não foram publicadas as listas eleitorais provisórias, divulgação dos cadernos eleitorais. Há muita desigualdade no acesso aos órgãos públicos de comunicação social, com uma vantagem para o partido no poder. Há críticas sobre a composição da Comissão Nacional Eleitoral", relatou. 

O Chefe da missão de observação eleitoral garantiu que “as queixas foram registadas". 

"Ouvimos as explicações das autoridades, nomeadamente do partido que está no poder”, acrescentou. 

Mais de 14 milhões de angolanos são chamados às urnas, esta quarta-feira, para escolher os deputados e o Presidente da República. Oito forças partidárias concorrem nestas eleições gerais, que muitos analistas consideram como as mais disputadas de sempre da história do país. As mesas de voto abriram às 7 horas locais e encerram às 17. ANG/RFI

    Ucrânia/Uma guerra que em seis meses muito mudou na União Europeia

 Bissau, 24 Ago 22(ANG) – A invasão russa da Ucrânia teve efeitos profundos na União Europeia, que, no espaço de seis meses, tomou ações inéditas na história do projeto europeu, com mudanças na política energética, de defesa, de alargamento e no acolhimento de refugiados.

Os sucessivos pacotes de sanções de uma envergadura sem precedentes impostos à Rússia, que abrangem, entre outros, os setores financeiro e energético, incluindo uma proibição de importação de petróleo, a concessão em tempo recorde do estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia, o inédito financiamento de armamento para fornecer a um país terceiro, e a invulgar solidariedade dos 27 no acolhimento de milhões de refugiados são alguns exemplos de ações tomadas pela União Europeia (UE) praticamente inimagináveis no início do ano.

Seis meses volvidos, no entanto, há quem receie que a unidade do bloco comunitário, exemplar no início, se vá diluindo também fruto da “fadiga” da guerra e das repercussões, designadamente económicas, do conflito, que ameaça arrastar-se no tempo.

Contudo, e tal como já comentaram vários líderes europeus ao longo dos últimos meses, a “guerra de Putin”, como é muitas vezes classificada em Bruxelas para responsabilizar o Presidente russo pela agressão militar à Ucrânia, teve o condão de fazer a UE avançar mais em diversas áreas no espaço de alguns meses do que em décadas, sendo provavelmente o setor da Defesa o mais ilustrativo.

A 28 de fevereiro, apenas quatro dias após o início da invasão russa, a UE adotou a inédita decisão de fornecer armas a um país terceiro, ao adotar um pacote de assistência de 450 milhões de euros para financiar a entrega de armas letais, mais 50 milhões em equipamento não letal, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

Desde então, a UE adotou mais quatro pacotes idênticos, a 23 de março, 13 de abril, 23 de maio e 22 de julho, ascendendo assim a 2,5 mil milhões de euros os recursos já mobilizados ao abrigo do mecanismo, um instrumento extraorçamental criado para reforçar a capacidade da União em prevenir conflitos, consolidar a paz e reforçar a segurança internacional.

Em paralelo, a generalidade dos Estados-membros da UE comprometeram-se em investir mais em capacidades de Defesa face ao novo quadro de (in)segurança, tendo também sido aprovada nos últimos meses a criação de um novo instrumento para as aquisições conjuntas de armamento – financiado com 500 milhões de euros do orçamento da UE para o período entre 2022 e 2024 -, proposto pela Comissão a pedido do Conselho Europeu, com vista a “responder às necessidades mais urgentes e críticas de produtos de defesa”, identificadas no quadro da agressão militar da Rússia contra a Ucrânia.

A 25 de março, a UE adotou também a sua nova “Bússola estratégica”, o documento de orientação sobre política de segurança e defesa para a próxima década, que prevê um reforço significativo das capacidades europeias.

Num debate no início de março no Parlamento Europeu, uma semana após o início da invasão russa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comentava que a política de Segurança e Defesa da UE tinha evoluído “mais nos últimos seis dias do que nas últimas duas décadas”, na sequência da resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Em resposta à agressão militar russa, a UE adotou também sucessivos pacotes de sanções – em articulação com outros parceiros internacionais, designadamente Estados Unidos e Reino Unido – de uma envergadura nunca vista, e com pesados efeitos na própria economia da UE, já inevitavelmente afetada pela avultada assistência financeira que se comprometeu a dar à Ucrânia, num montante que poderá alcançar os 9 mil milhões de euros.

A União Europeia, que já tinha em vigor medidas restritivas dirigidas à Rússia desde a anexação ilegal da península da Crimeia em 2014, começou por reforçá-las este ano ainda antes do início da invasão, aprovando um primeiro pacote a 22 de fevereiro, após Moscovo ter reconhecido as autoproclamadas repúblicas independentistas de Lugansk e de Donetsk, no Donbass (leste da Ucrânia), e de ter ordenado a mobilização do exército russo para “manutenção da paz” nestes territórios separatistas pró-russos.

O segundo pacote foi aprovado apenas três dias depois, a 25 de fevereiro, já como reação ao lançamento da ofensiva militar russa, com os líderes da UE a realizarem uma cimeira extraordinária em Bruxelas na qual acordaram novas medidas restritivas, abrangendo o setor financeiro, com a inclusão de quatro novos bancos russos na lista de entidades bancárias russas sujeitas a interdição de quaisquer relações de natureza económica ou financeira no espaço do bloco europeu.

Desde então foram adotados mais quatro grandes pacotes de sanções, com o sexto a incluir uma proibição de importação de petróleo, com algumas exceções – até agora a sanção mais relevante no setor energético, e que mais contribui para a imperiosa mudança de política energética já em curso na UE, com vista a pôr fim à sua dependência da Rússia, isto depois de inicialmente já ter sido visado o carvão.

O plano entretanto proposto pela Comissão com uma meta de redução voluntária de 15% do consumo de gás até à primavera, pelo receio de rutura no fornecimento russo, foi acordado no final de julho após intensas negociações com os Estados-membros, e apenas após incluídas diversas derrogações e exceções, deixando antever a crescente dificuldade que haverá em chegar a compromissos suplementares, à medida que a guerra continua a ameaçar a segurança energética dos países do bloco europeu e a fazer aumentar a inflação.

Outra grande mudança que o conflito a leste provocou na UE foi a nível de solidariedade no acolhimento de refugiados.

Ao contrário do que sucedeu, por exemplo, por ocasião da crise migratória provocada pelos conflitos na Líbia e na Síria, desde o primeiro momento a UE mostrou desta vez uma solidariedade exemplar, tendo recebido mais de 7,5 milhões de ucranianos que entraram em território comunitário para fugir à guerra.

A 04 de março, a UE ativou, pela primeira vez na sua história, a diretiva de Proteção Temporária, estatuto ao qual recorreram 4 milhões de ucranianos, e cerca de 500 mil crianças encontram-se atualmente integradas nos sistemas de educação nacionais, incluindo de Portugal.

Absolutamente emblemática do quanto a guerra na Ucrânia fez mudar na União Europeia foi a decisão dos líderes dos 27, a 23 de junho passado, de conceder o estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia, assim como à Moldova, outro país com aspirações europeias que se sente particularmente ameaçado por Vladimir Putin, apenas cerca de quatro meses após os dois países terem apresentado os seus pedidos.

Com a maior parte dos analistas a prever que o conflito na Ucrânia pode durar anos, a unidade da UE será posta à prova ao longo dos próximos meses, com particular atenção à resiliência da resposta comum europeia durante as próximas estações de outono e inverno, no quadro de uma guerra que Moscovo também joga no campo energético, designadamente tirando partido da forte dependência relativamente ao gás, ainda de fora das sanções europeias, mas que Putin poderá utilizar como arma. ANG/Inforpress/Lusa

 

                        EUA/Polícia declara-se culpada de encobrir provas

Bissau, 24 Ago 22 (ANG) - Uma ex-agente da polícia de Louisville declarou-se terça-feira culpada de ter fabricado a ordem judicial que resultou na operação em que morreu uma afro-americana, em 2020.

E, posteriormente, de ter inventado uma história para encobrir a sua responsabilidade.

Kelly Goodlett, de 35 anos, é a primeira pessoa considerada culpada pela morte de Breonna Taylor, que provocou uma onda de protestos contra a polícia nos Estados Unidos.

Goodlett admitiu ter "falsificado" com outro polícia o pedido de um mandado de busca dirigido a um juiz, e depois ter mentido "para encobrir as falsas declarações" iniciais.

A ex-agente enfrenta uma pena até cinco anos de prisão e uma multa de 250.000 dólares.

No início de Agosto, o Departamento de Justiça dos EUA acusou quatro agentes e ex-agentes, incluindo Goodlett, de violação dos direitos civis de Taylor, que foi morta a tiro em março de 2020, durante uma operação anti-droga na sua casa, onde nunca foram encontrados narcóticos.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, anunciou estas acusações contra actuais e ex-agentes do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville, no Estado do Kentucky, numa conferência de imprensa.

O Departamento de Justiça norte-americano acusou Joshua Jaynes, Kelly Goodlett e Kyle Meany de utilizarem uma declaração que sabiam ser falsa para obter um mandado de busca naquela residência.

E realizaram a operação que terminou com a morte da afro-americana.

A operação decorreu no âmbito de uma operação anti-droga, onde a polícia solicitou vários mandados de busca para várias casas.

No caso de Taylor, o procurador-geral dos EUA explicou que os suspeitos afirmaram falsamente que tinham chegado à sua casa pacotes relacionados com uma rede de narcotráfico.

Assim que a operação começou, os polícias invadiram a casa de Taylor, onde a mulher estava com outra pessoa, o seu namorado, que possuía legalmente uma arma de fogo e que achava que os polícias eram assaltantes, tendo disparado contra estes, acrescentou Merrick Garland.

O quarto réu é Brett Hankison, acusado de uso excessivo de força e que, de acordo com o procurador-geral dos EUA, "deslocou-se da entrada para a lateral do apartamento e disparou mais dez tiros pela janela e porta de vidro deslizante, ambos cobertos com persianas e cortinas.

A morte de Breonna Taylor ocorreu meses antes do homicídio do afro-americano George Floyd, em Maio, que desencadeou a maior onda de protestos e motins raciais nos EUA, desde a década de 1960.

Para encerrar com uma queixa civil, o autarca de Louisville concordou em pagar 12 milhões de dólares à família de Breonna Taylor e iniciar reformas naquele departamento policial. ANG/Angop

 

terça-feira, 23 de agosto de 2022


CEDEAO
/ Comissão Mista do parlamento da organização reunida em Bissau

Bissau,23 Ago 22(ANG) – A Comissão Mista para a Agricultura, Ambiente, Recursos Naturais, Infraestruturas, Energia, Minas, Indústria e Sector Privado do parlamento da CEDEAO está reunida em Bissau.

Trata-se de uma reunião deslocalizada de  cinco dias, no decurso da qual serão abordados   temas sobre “Política Ambiental e Estratégia Climática da CEDEAO”, a “Revisão Bienal da Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional pelos Estados Membros”, entre outras.

Ao presidir a cerimónia de abertura do evento, o Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá afirmou que a mensagem institucional em virtude do tema central desta reunião revela a preocupação de integrar as questões climáticas e agroecológicas nos modelos de desenvolvimento da comunidade sub-região em geral.

Segundo o líder do parlamento guineense, a Visão 2050 da CEDEAO, recomenda a cooperação dos Estados membros na proteção do ambiente contra as alterações climáticas, seca, desertificação e catástrofes naturais que sacudam a humanidade em geral, particularmente as populações dos países africanos.

“As terras agrícolas férteis e os pântanos africanos estão a ser substituídos por Betão e infraestruturas, sem se preocupar com a edificação de barreiras artificiais que as protejam bem como a nossa produção e riqueza animal contra as alterações climáticas ”, disse.

O deputado e chefe da delegação da Guiné-Bissau no Parlamento da CEDEAO Califa Seidi, disse que a Pandemia de Covid-19 e a guerra de Russia e Ucrânia, constituem fortes ameaças para a insegurança alimentar entre os países membros da organização.

Seidi disse esperar que os cinco dias do encontro possam servir aos peritos da área para aplicarem os seus conhecimentos sobre a matéria, e elaborar políticas que futuramente beneficiarão os países membros na maneira de conservação do seu ambiente e recursos naturais.    

O encontro de Bissau decorre sob lema” Um olhar crítico sobre a Política Ambiental e Estratégia Climática da CEDEAO: juntamente com a Revisão Bienal da Agricultura, Segurança Alimentar e Nutricional pelos Estados Membros”. ANG/LLA/ÂC//SG