Concertação Social/”Saimos da reunião de Concertação Social com
muita dor”, diz o secretário-geral adjunto da UNTG
Bissau,25 Ago 22(ANG) - O secretário-geral Adjunto da União
Nacional de Trabalhadores da Guiné – Bissau (UNTG), disse que saíram da reunião
do Conselho Permanente de Concertação Social(CPCS), com “muita dor”.
Yasser Turé, em declarações à imprensa, no final da reunião do CPCS
realizada quarta-feira entre o Governo e os parceiros sociais, disse que esperavam que o Executivo assumisse realizar
o reajuste salarial para corrigir as dificuldades sociais com que se deparam os
funcionários públicos.
“Lanço um desafiou aos servidores públicos para mobilizarem-se,
continuando a reivindicar os seus direitos e contribuir na luta para que o país
encontre os mecanismos de atender as necessidades económicos e sociais do
povo”, disse.
Segundo Yasser Turé, na reunião onde foram analisadas a situação
socioeconómica e as realizações do Governo nos domínios sociais, o executivo
limitou-se a falar das suas realizações e a apelar aos funcionários públicos a
“apertarem o cinto”.
Turé criticou o aumento dos preços dos produtos da primeira necessidade
“de forma exorbitante”, tendo afirmado que não se sente o impacto das
realizações que o Governo diz ter feito na vida dos trabalhadores e da
população guineense.
O secretário-geral adjunto da UNTG denunciou também que muitos
funcionários recenseados não recebem os seus salários, há dois meses, tendo
criticado a postura assumida pelo governo em não integrar as organizações
sindicais na equipa de recenseamento de servidores públicos.
Disse não acreditar que, nos próximos tempos, a situação socioeconômica
do país melhore.
O Porta-Voz do governo, Fernando Vaz, explicou que o aumento de preços
de produtos de primeira necessidade deve-se à conjuntura internacional, mas
admite que há uma “atitude especulativa” no país.
Em relação ao sector educativo, Fernando Vaz informou que houve algumas
reclamações sobre o processo de recenseamento, adiantando que das 3 mil pessoas
que ficaram fora do processo até ao momento, 500 apresentaram as suas reclamações e estas devem
ser pagas, embora não precisou a data.
Na reunião, segundo Fernando Vaz, a Presidente do Sindicato dos
Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé,
pediu ao Governo que reponha os subsídios aos profissionais de órgãos públicos
de comunicação Social, devido à especificidade da profissão do jornalismo,
informando que o primeiro-ministro prometeu analisar essa questão”.ANG/ÂC//SG
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