Transportes
terrestres/Motoristas
convocam greve para 22 à 26 de Agosto
Bissau,19 Ago 22(ANG) - A
Federação das Associações dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau
convocou uma greve para 22 à 26 de
agosto, em protesto ao “incumprimento do memorando de entedimento assinado com
o Governo, em Outubro do ano passado, noticiou a Lusa citando o presidente da
organização, Caram Cassamá.
Cassamá, segundo a Lusa,
terá endereçado na quarta-feira ao
ministro dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva, uma carta
com um pré-aviso de greve.
A federação alega que a
convocação da greve é consequência de “vários esforços na tentativa de
encontrar soluções credíveis e paz social no setor" dos transportes.
Em 2021, após ondas de
greves dos transportadores públicos, as duas partes rubricaram um memorando ao
abrigo do qual o Governo se comprometeu a acabar com as cobranças do Fundo
Rodoviário (imposto de circulação) até que as estradas sejam reparadas, que a
Polícia de Trânsito suspenda a cobrança de coimas na via pública, que os
pagamentos sejam feitos num guichet e ainda que sejam reduzidas as operações
stop.
"Tendo em conta o
incumprimento do memorando de entendimento (...) e a falta de vontade do
Governo vem a Federação anunciar a greve geral dos transportes terrestres a
nível nacional a partir das 00 horas do dia 22 até o dia 26 de agosto de
2022", lê-se na carta que Caram Cassamá enviou ao ministro dos Transportes
e a que a Lusa diz ter acesso.
Na mesma carta, Cassamá
avisa que se o Governo não cumprir o memorando de entendimento, a greve poderá
continuar "em ondas sucessivas".
Nos últimos dias, alguns
transportadores públicos pararam os veículos em sinal de protesto contra uma
gigantesca operação stop promovida pelos serviços de Viação e Transportes
Terrestres, Alfândegas e Guarda Nacional para exigir um conjunto de
documentação aos motoristas e aos carros de uso privado.
Os transportadores que
paralisaram as atividades acusaram as autoridades de lhes causar prejuízos com
uma operação realizada em plena época das chuvas.
O diretor geral da Viação e
Transportes Terrestres, André Deuna, refutou as críticas dos transportadores e
salientou que tudo está a ser feito dentro da lei. ANG//Lusa
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