Diplomacia/Países bálticos reclamam proibição de vistos a russos
O Presidente da Letónia, Egils Levits,
apelou para a adopção dessas medidas a nível da União Europeia (UE) e solicitou
o cancelamento das autorizações de residência e vistos já emitidos pela
Letónia.
“A Letónia, juntamente com a
Finlândia, a Estónia, a República Checa e outros países com interesses
semelhantes, deveria impulsionar uma demanda à escala europeia para deixar de
emitir vistos turísticos aos cidadãos russos. Estas seriam sanções adicionais
contra a Rússia”, disse Levits num evento em Riga.
O presidente letão questionou se é
“política e moralmente justificável” que os turistas russos continuem “a
passear pacificamente pela Europa” enquanto o exército russo “mata e queima na
Ucrânia”.
Levits fez estas observações durante
um evento para cidadãos letões que sofreram repressão sob o regime soviético
entre 1940 e 1991.
“A Letónia não concede vistos
turísticos aos russos desde o início da invasão em 24 de Fevereiro. Outros
países continuam a emiti-los, o que não é política nem moralmente
justificável”, insistiu ele, através da sua conta no Twitter.
A embaixada da Letónia em Moscovo
anunciou que deixaria de emitir vistos a cidadãos russos, excepto para assistir
ao funeral de um membro da família.
A Estónia, por seu lado, já tinha
anunciado que deixará de admitir cidadãos russos com vistos emitidos pelo país
para o espaço Schengen a partir de 18 de Agosto.
O chefe do governo estónio, Kaja
Kallas, também apelou para que a proibição fosse alargada a todos os países
Schengen. A sua homóloga finlandesa, Sanna Marin, pronunciou-se igualmente a
favor da extensão da proibição a todos os países Schengen.
O chanceler alemão Olaf Scholz rejeita
esta possibilidade, argumentando que já foram adoptadas sanções apropriadas a
nível da UE contra as pessoas da comitiva do Kremlin.
“É a guerra de (Vladimir) Putin. E acho
este tipo de abordagem difícil”, disse Scholz na quinta-feira, insistindo que o
presidente russo “é responsável por esta guerra”, não a população como um todo.
Uma proibição geral dos vistos
turísticos “seria dirigida contra toda a população, incluindo os inocentes”,
disse. ANG/Inforpress/Lusa
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