Bissau,23 Ago 22(ANG) - O candidato à
liderança do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), Martilene dos Santos, disse que o presidente cessante do partido
libertador, Domingos Simões Pereira, fez grandes esforços durante o seu mandato
e, particularmente para a realização do décimo congresso ordinário, mas que
esses esforços
Dos Santos falava aos jornalistas esta segunda-feira ao
partilhar a sua leitura sobre a decisão do Comité Central do PAIGC que deu voto
de confiança à direção de Domingos Simões Pereira até à realização do décimo
congresso.
O político disse estar disponível a dialogar com
qualquer entidade para viabilizar a realização do congresso, porque “o partido
só será forte com a legitimação dos seus órgãos no congresso”.
O candidato à liderança do partido libertador
assegurou que a única solução para o PAIGC realizar o congresso é procurar unir
esforços para identificar os problemas levantados pela justiça, dado que a
legalização de todos os atos do congresso passará pelo tribunal.
Martilene dos Santos advertiu que nenhum candidato
está acima dos interesses do PAIGC, e diz lamentar o que considera de “incapacidade e limitações” que se
registam a nível da realização do congresso.
“Temos que ter a capacidade de encontrar soluções não
necessariamente no campo judicial. Às vezes tentando resolver questões
políticas, usando situações jurídicas nem sempre têm bons resultados. No caso
do PAIGC, a história recente tem deixado muito aquém desta situação”
referiu.
Dos Santos reconhece que o voto de confiança à direção
superior do partido até à realização do congresso, consta dos estatutos do
PAIGC, porque a direção se encontra numa situação de caducidade.
“Não há nada anormal. É um exercício regular, mas isso
não quer dizer que houve renovação do mandato da direção superior. O Comité
Central jamais terá competência para substituir o congresso”, precisou.ANG/odemocrata
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