Transportes
Terrestres/ greve geral dos
transportes públicos suspensa temporariamente
Bissau, 22 Ago
22 (ANG) - Os transportes públicos estiveram paralisados durante
esta segunda-feira devido a uma greve geral dos proprietarios, mas a greve foi
entretanto suspensa ao meio desta tarde.
A paralisação havia sido convocada
pela Federação dos Motoristas e Transportadores
Públicos guineenses.
“Acabamos de
suspender a nossa paralisação, a nossa greve. Não levantamos, mas sim
suspendemos, considerando os esforços que estão a ser levados a cabo pelo
ministro dos transportes desde quinta-feira até hoje; considerando o
engajamento tomado por parte do Ministério dos Transportes; considerando também
os ganhos obtidos num despacho conjunto, achamos e pretendemos que devemos
suspender a nossa greve para continuar a verificar a actuação, ou seja a
efectividade das medidas tomadas,”disse caram Cassamá, presidente
da Federação das Associações de Motoristas e Transportadores Públicos.
Convocada para um total de cinco dias até sexta-feira (26), esta
greve que paralisou quase 100% dos transportes públicos de todo o país –
sobretudo nas regiões do interior –, é a resposta dos motoristas por aquilo que
consideram de incumprimento por parte do Governo de acordos assinados em 2021.
O acordo era no sentido de diminuição de
operações stop nas vias públicas, suspensão de pagamento de taxas pela utilização
de estradas, entre outras exigências.
Há duas semanas as autoridades da Guarda Civil guineense, em
colaboração com a Polícia de Trânsito, agentes das Alfândegas e do Fundo
Rodoviário, promoveram uma operação “stop” que esvaziou as ruas da capital.
Esta medida, que segundo as autoridades era
"necessária", irritou a população local e levou alguns
transportadores públicos a deixar os veículos de lado em sinal de protesto,
contra aquilo que julgam ser uma acção deliberada que visa "causar
prejuízos aos transportadores" em plena época das chuvas.
Questionado sobre os ganhos, Cassamá respondeu que o despacho conjunto prevê a
suspensão da operação por um período de 60 dias.
“Os ganhos são
que, a partir da data do despacho, foram suspensas todas as actividades de
fiscalização e da operação das autoridades fiscalizadoras, tanto da
Direcção-Geral de Viação, tanto do Batalhão de Alfandega (BAF) e também da
Guarda Nacional, tanto como a polícia de trânsito, foi suspensa por um período
de 60 dias”.
Se o Governo não cumprir com o acordado, os motoristas prometem
retomar a greve já na próxima semana.ANG/RFI
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