Transportes terrestres/Federação de Motoristas pede demissão do ministro dos Transportes e Comunicações
Bissau,15 Ago 22(ANG) – O presidente do Conselho de Representantes
das Associações de Motoristas pediu hoje
a demissão do ministro dos Transportes e Comunicações e do Diretor-geral da
Viação e Transportes terrestres aos quais responsabilizam pela realização da
“Operação Stop”, durante três dias.
Em conferência de imprensa realizada hoje, em reação a
“operação stop” levada a cabo na semana passada, Abubacar Djaló criticou que a desorganização que se verifica no sector
dos transportes terrestres se deve a culpa dos dois responsáveis.
“Avisamos ao Presidente da República que, se não
demitir o ministro dos Transportes e o Diretor-geral da Viação e Transportes
Terrestres, vamos desencadear uma greve nunca vista no sector dos transportes,
para exigir os nossos direitos”, disse Djaló.
Aquele responsável afirmou que já reuniram Conselho
Diretivo da Federação e que este órgão já deu aval para se avançar com um Pré-Aviso
de greve que durante a sua vigência não haverá nenhuma negociação.
O Secretário-geral da Federação, Caram Cassamá negou
que a “Operação Stop” esteja a ser levada a cabo por todas as instituições
ligadas à segurança rodoviária, contrariando afirmações de Maninho Fernandes,
vice-presidente da Comissão Técnica de Automobilismo, da Direção-geral da
Viação e Transportes Terrestres.
Cassamá disse que na referida operação, participam
apenas três instituições, nomeadamente a Direção-geral da Viação e Transportes
Terrestres, a Brigada da Guarda Nacional e da Polícia de Trânsito.
Informou que, em nenhuma legislação do país no sector
dos transportes existe de que as Alfândegas devem participar nas ações de
fiscalização nas estradas.
Acrescentou que há dois meses, os agentes do Fundo
Rodoviário e das Finanças haviam saído às ruas para fazer as suas respectivas
cobranças.
Na quinta-feira passada, com o início da Operação
Stop, a Federação Nacional das Associações dos Transportes Terrestres orientou
os seus associados para que parassem as suas viaturas em casa enquanto
estivesse em curso a referida operação.
O que dirigentes da Federação dizem ser “um boicote” à
Operação Stop levada a cabo pelo Governo, serviu de protesto ao alegado incumprimento,
por parte do Governo, do memorando de Entendimento assinado em 2018.
No referido Memorando consta entre outros, o
compromisso de realização conjunta de
“Operações Stop”, de três em três meses, a diminuição de postos de polícias nas
estradas e a criação de um “Guichet único” para pagamento de todas as multas
aplicadas aos motoristas. ANG/ÂC//SG
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