segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Transportes terrestres/Federação de Motoristas pede demissão do ministro dos Transportes e Comunicações

Bissau,15 Ago 22(ANG) – O presidente do Conselho de Representantes das Associações de Motoristas  pediu hoje a demissão do ministro dos Transportes e Comunicações e do Diretor-geral da Viação e Transportes terrestres aos quais responsabilizam pela realização da “Operação Stop”, durante três dias.

Em conferência de imprensa realizada hoje, em reação a “operação stop” levada a cabo na semana passada, Abubacar Djaló  criticou  que a desorganização que se verifica no sector dos transportes terrestres se deve a culpa dos  dois responsáveis.

“Avisamos ao Presidente da República que, se não demitir o ministro dos Transportes e o Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres, vamos desencadear uma greve nunca vista no sector dos transportes, para exigir os nossos direitos”, disse Djaló.

Aquele responsável afirmou que já reuniram Conselho Diretivo da Federação e que este órgão já deu aval para se avançar com um Pré-Aviso de greve que durante a sua vigência não haverá nenhuma negociação.

O Secretário-geral da Federação, Caram Cassamá negou que a “Operação Stop” esteja a ser levada a cabo por todas as instituições ligadas à segurança rodoviária, contrariando afirmações de Maninho Fernandes, vice-presidente da Comissão Técnica de Automobilismo, da Direção-geral da Viação e Transportes Terrestres.

Cassamá disse que na referida operação, participam apenas três instituições, nomeadamente a Direção-geral da Viação e Transportes Terrestres, a Brigada da Guarda Nacional e da Polícia de Trânsito.

Informou que, em nenhuma legislação do país no sector dos transportes existe de que as Alfândegas devem participar nas ações de fiscalização nas estradas.

Acrescentou que há dois meses, os agentes do Fundo Rodoviário e das Finanças haviam saído às ruas para fazer as suas respectivas cobranças.

Na quinta-feira passada, com o início da Operação Stop, a Federação Nacional das Associações dos Transportes Terrestres orientou os seus associados para que parassem as suas viaturas em casa enquanto estivesse em curso a referida operação.

O que dirigentes da Federação dizem ser “um boicote” à Operação Stop levada a cabo pelo Governo, serviu de protesto ao alegado incumprimento, por parte do Governo, do memorando de Entendimento assinado em 2018.

No referido Memorando consta entre outros, o compromisso de  realização conjunta de “Operações Stop”, de três em três meses, a diminuição de postos de polícias nas estradas e a criação de um “Guichet único” para pagamento de todas as multas aplicadas aos motoristas. ANG/ÂC//SG

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