Angola/Oposição formula protestos na justiça para contrapor vitória do MPLA
Bissau, 30 Ago
22 (ANG)- A oposição angolana reclama, em bloco, os resultados eleitorais que
reconduzem, com 51,17 % votos, o candidato do Movimento Popular de Libertação
de Angola, o MPLA, para mais um mandato de cinco anos.
A UNITA, a
CASA-CE e o PRS “direccionam” a contestação dos resultados de 24 de Agosto para
o Tribunal Constitucional nas vestes de Tribunal Eleitoral.
Os partidos políticos da oposição garantem
recorrer à justiça angolana para contestar as eleições ganhas pelos
“camaradas”, de acordo com o anúncio, na segunda-feira, da Comissão Nacional
Eleitoral (CNE).
Com 1,14% dos votos, Benedito Daniel,
líder do PRS, não acredita nos resultados eleitorais da província da Lunda Sul,
leste de Angola, atribuídos aos renovadores sociais, daí os “votos de
protestos” para o Tribunal Constitucional.
“Iremos recorrer ao Tribunal
Constitucional, por forma a que possamos conferir as actas e os resultados que
nos foram atribuídos “, advertiu o presidente do Partido de Renovação
Social (PRS).
A CASA-CE, uma formação que não conseguiu
reeleger nenhum parlamentar, vai, igualmente, ao tribunal reclamar a perda de
dezasseis deputados, segundo Cesinanda Xavier, vice-presidente da formação
política de Manuel Fernandes.
“Solicitamos à CNE, para que afixe as
actas. Caso não tenhamos respaldo junto da CNE, nós iremos recorrer àquelas
instituições competentes ainda que tenhamos que entrar no contencioso junto do
Tribunal Constitucional”
Entretanto, a UNITA, segundo partido mais
votado com 43,95% votos, também, dúvida da vitória do MPLA. Álvaro Chikuamanga,
secretário-geral do “Galo Negro”, promete usar todos os meios à disposição,
para que verdade eleitoral e a vontade do povo expressa nas urnas prevaleçam.
“A UNITA reitera que não reconhece os
resultados indicados pela CNE, enquanto não forem decididas as reclamações já
em sua posse. Neste contexto aproveita informar a opinião nacional e
internacional que dentro dos prazos legais fará entrada de uma reclamação que
terá os efeitos suspensivos da Declaração dos resultados definitivos apresentado
pela Comissão Nacional Eleitoral”, disse o político, em declaração de
protesto enviada à comunicação social.
A UNITA lamentou, ainda, por não ter sido notificada da decisão da Comissão Nacional Eleitoral e que tomou conhecimento dos resultados definitivos das eleições gerais, através da comunicação social. ANG/RFI
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