terça-feira, 23 de agosto de 2022

Politica/PAICV repudia grave  e sucessivas situações que ocorre na Guiné-Bissau com PAIGC

Bissau, 23 Ago 22 (ANG) – O Partido Africano da Independencia de Cabo-Verde(PAICV)  manifestou segunda feira, em comunicado, a sua preocupação e indignação pelo o que diz ser  “graves e sucessivas situações que vêm  correndo na Guiné-Bissau com o Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde” (PAIGC), que na sexta-feira passada, dia 19, foi, mais uma vez, impedido de realizar o X congresso.

Por via desse comunicado à que a ANG teve acesso hoje,  o PAICV refere que pelo arrastar da situação que  bloqueia a  realização de um ato de extrema importancia para qualquer partido politico e pelos contornos que se desenham à sua volta, tudo  leva a crer que está perante uma “tentativa gravíssima de judicialização da politica e uma montagem grosseira que fere no coração a Democracia e faz regredir, seriamente, o processo de consolidação das suas instituições”.

“ Como se tal não bastasse,as forças da ordem  foram mandadas intervir para impedir a realização de uma reunião da direção do PAIGC e a entrada dos seus dirigentes a Sede Nacional”, escreve o PAICV no comunicado.

No documento, assinado pelo Presidente do partido Rui Semedo, o PAICV declara que  regista com profunda preocupação e indignação, sucessivas e graves situações que vêm ocorrendo na Guiné-Bissau e que podem configurar um atropelo ao Estado de Direito, como a limitação do desempenho de atividades e a restrição do direito de atividade e participação políticas do PAIGC e de outras organizações da sociedade civil, agressões e persiguições de várias indole à cidadãos e profissionais da comunicação social.

“Face à gravidade de tais atos e situações num país membro da CPLP e da CEDEAO, o PAICV repudia  o que  configura ser uma ameaça à liberdade de de associação politica, ao principio da separação de poderes e um atentado aos direitos liberdades e garantias fundamentais na Guiné-Bissau, em flagrante desrespeito também aos principios defendidos pela CPLP  e na Carta da CEDEAO”, lê-se no comunicado.

No documento, o PAICV indica que manifesta  solidariedade ao PAIGC, na luta que trava pela ampliação e defesa do estado de direito no país, estimulando-o a perseverar nas vias ponderadas que tem adotado para a resolução dos problemas que enfrenta na Guiné-Bissau e que vem condicionando o seu desenvolvimento.

Já por três vezes o partido libertador não consegue realizar o seu X congresso, indispensável para a sua participação no pleito eleitoral previsto para o próximo mês de Dezembro.

Em causa está um diferendo judicial entre o partido e um dos seus militantes de nome Bolon Conté, que interpos um recurso para impedir a realização do congresso, com base nas alegações de que houve  irregularidades na escolha de delegados ao congresso, na sua base partidária.

O primeiro despacho do Tribunal  deu razão ao Bolon Conté, o segundo do Tribunal de Relação   foi-lhe desfavorável e até lhe acusara de ter atudo  de “Má fé”, e o terceiro do mesmo tribunal mas de outro juíz, ordenou que não se realizasse o congresso com alegações de que o processo ainda corre seus trâmites legais, e requereu forças da ordem que não só impediram a realização do congresso assim como a entrada na sede do partido, em Bissau, por várias horas nesse dia 19 do mês em curso.ANG/LPG//SG

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