Angola-Eleições/UNITA
diz que vai à frente na contagem e contraria dados da CNE
Bissau, 25 Ago 22(ANG) – O número dois das listas da União Nacional para a Independência Total de Angola, Abel Chivukuvuku, afirmou hoje que os dados provisórios recolhidos das eleições de quarta-feira apontam para uma vitória do partido.
“Os
nossos centros de escrutínio [dão] claros indicadores provisórios de tendência
de vitória da UNITA em todas as províncias do no nosso país”, afirmou
Chivukuvuku, em conferência de imprensa.
Como
exemplo, Chivukuvuku indicou que, nos municípios da província de Luanda, o
partido no poder (Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA) ganhou
apenas em um município.
Segundo
Filomeno Vieira Lopes, dirigente do Bloco Democrático, partido que se associou
às listas da UNITA, os dados atuais, só na província de Luanda, indicam que em
60% dos números contabilizados pelo partido, 66% dos votos são na maior
formação da oposição.
Instantes
antes, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou dados diferentes, com um
terço dos votos contabilizados que, segundo as autoridades, indiciam uma
vitória do MPLA com 60% dos votos.
Perante
o confronto de números tão diferentes, Abel Chivukuvuku sustentou que o
processo “tem de ser pacífico”: “somos todos angolanos, somos todos atores da
história de Angola, temos todos interesse que tudo corra bem”.
Segundo
Filomeno Vieira Lopes, o “sistema está montado para ser verificado” e, em “caso
de divergência há contestações e confrontação” nos órgãos respetivos.
Nelito
Ekuikui, secretário provincial da UNITA para Luanda, disse que há vários casos
de assembleias de voto que não publicaram ainda as atas síntese que resultam da
contagem dos membros da mesa, fiscalizadas pelos delegados dos partidos.
“Há
situações em que os delegados dos partidos recusam assinar as atas porque não
correspondem ao que se passou”, afirmou Neito Ekuikui.
Chivukuvuku
acrescentou, na mesma conferência de imprensa, que permanecem detidos cinco
delegados e contestou a divulgação de uma sondagem na noite de quarta-feira
pela Televisão Pública de Angola (TPA), violando a própria lei eleitoral.
“A
Assembleia Nacional da República de Angola aprovou uma lei que determina que em
período eleitoral não podem ser publicadas sondagens” e a TPA apresentou
“supostas sondagens que dariam uma vantagem ao partido no poder”.
“O
Estado legisla (a lei eleitoral) e viola”, criticou Chivukuvuku.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário