Moscovo/Rússia diz que efeito das sanções afecta o ocidente
Bissau, 26 Ago 22 (ANG) - A Rússia considerou hoje que o aumento da pressão provocada pelas sanções internacionais têm um efeito negativo na economia dos próprios países que promovem as restrições contra Moscovo.
"A situação muda rapidamente, o 'Ocidente em
conjunto' aumenta a pressão com sanções contra a Rússia e a Bielorrússia,
apesar das consequências negativas dessas políticas afectarem os próprios
promotores", disse o primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin citado
pela agência oficial da Rússia RIA Novosti.
Num discurso perante o Conselho
Intergovernamental da União Económica Euro-Asiática, Mishustin destacou o
papel do organismo no momento em que são afectadas as bases do sistema
económico e comercial a nível mundial.
"Os Estados ocidentais tentam
acusar o nosso país de ter provocado a crise alimentar global, estando
conscientes de que a actual situação é consequência directa das acções que
tomaram", afirmou na reunião que decorre no Quirguistão.
A União Económica Euro-Asiática é
constituída pela Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Rússia.
O primeiro-ministro russo disse ainda que
as sanções contra a Rússia agravaram as tendências negativas globais e que os
bancos e as instituições financeiras deixaram de conceder créditos assim como
não asseguram contratos de venda de alimentos e fertilizantes russos.
Por outro lado, declarou que os países
da União Económica Euro-Asiática, em matéria de alimentos está em situação
vantajosa.
"Alcançamos um elevado nível de
auto-abastecimento em relação aos produtos agrícolas", disse o chefe do
governo da Rússia.
Declarando que o organismo económico
liderado pela Rússia é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.
As sanções internacionais contra a
Rússia foram desencadeadas após a nova invasão russa da Ucrânia, no passado mês
de Fevereiro. ANG/Angop
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