quarta-feira, 16 de abril de 2025

Peregrinação 2025/Alto Comissariado  e Ecobank garantem  Cartões Pré-pagos  aos peregrinos   

Bissau, 16 Abr 2025 (ANG) – O Alto Comissário para a Peregrinação (ACP), e a Diretora do Ecobank assinaram, terça-feira, em Bissau, um  protocolo de acordo que garante Cartões-Pré-Pagos aos peregrinos à Meca deste ano.

Ao falar à imprensa depois do acto de assinatura, Califa Luís Soares Cassamá disse tratar-se de  uma inovação  da instituição que dirige  para facilitar os peregrinos no pagamento das suas despesas, durante o período em que permaneceram na Cidade Santa de Meca.

“Ao chegar à Meca, os peregrinos através dos seus cartões pré-pagos, poderão receber, automaticamente, os  dinheiros enviados pelos seus familiares, através dos serviços da “Ecobank” espalhados em toda parte de Bissau e  nas regiões do país”, disse o Alto Comissário para a Peregrinação.

O  cartão será entregue aos  peregrinos após o  depósito de 150 mil francos cfa na conta do interessado.

 “Para ter acesso ao cartão pré-pago os peregrinos devem se dirigir ao “Ecobank”, acompanhado do papel que confirma a sua legalidade no processo, alertou Califa  Cassamá.

Segundo  Califa, o catão terá três anos de validade e é renovável.

“A nossa missão é trabalhar para facilitar os peregrinos na deslocação a Cidade Santa de Meca, portanto, não existe nenhuma exclusividade na nossa forma de trabalhar, as nossas portas estão totalmente aberta para qualquer que seja parceria que ajudará os peregrinos neste processo”, disse Cassamá.

Sobre a  inscrição dos peregrinos até a presente data,  o Alto Comissário para a Peregrinação revelou  que o processo está a evoluir mas, de  forma lenta, sendo que, ao nível de Bissau,  se inscreveram apenas 20 pessoas.

Em relação à   diáspora disse que  “um núcleo de conterrâneos guineenses já regularizou as suas inscrições para ida à Meca”.

 “Para além da vertente tenológica, esta iniciativa pretende aliviar os peregrinos e oferecer-lhes uma experiência de viagem mais serena. Com este cartão, eles serão capazes de gerenciar seus gastos, acessar seu dinheiro com segurança e se concentrar totalmente no lado espiritual da sua jornada”, salientou Ghislaine Samake, diretora da Ecobank/Guiné-Bissau.

Disse estar orgulhosa por puder contribuir  para o sucesso de uma etapa tão importante na vida de milhares de crentes, desejando  que a  parceria, marcasse o início de uma colaboração frutuosa entre a empresa “Ecobank-Guiné-Bissau” e o Alto Comissariado para a Peregrinação, em benefício da comunidade nacional.ANG/LLA//SG

          

            

Cooperação /Cônsules honorários reunidos em Bissau no âmbito do IV encontro

Bissau, 16 Abr 25 (ANG) – Os Cônsules Honorários da Guiné-Bissau em vários países iniciaram esta, quarta-feira, em Bissau, os trabalhos do  IV encontro no decurso do qual debaterão vários temas entre os quais parcerias público-privado para atração de investimento externo.


Segundo o programa distribuído à imprensa, durante dois dias, os cônsules  vão debater, entre outros temas, o papel e regras de  funcionamento dos consulados honorários, a Política Externa, a Guiné-Bissau na Arena Internacional, Estratégia Nacional da  Transformação Digital,  Politica de Investimento na Guiné-Bissau, Passos para a Formalização de Empresas na Guiné-Bissau( Procedimentos, Benefícios, e Desafios), Parcerias Público-Privado como motor de desenvolvimento, Diversidade Étnica e Cultural na Guiné-Bissau e Ambiente, Biodiversidade na Guiné-Bissau: Candidatura do Arquipélago dos Bijagós à Património Mundial.

Ao presidir a abertura dos trabalhos, o  ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades disse que o encontro tem como objectivo transmitir aos Cônsules Honorários e aos Embaixadores  as orientações do Governo sobre as suas ações no exterior,  não só no acompanhamento dos cidadãos guineenses e na promoção do país, mas também na perspectiva de captação de investimentos para a Guiné-Bissau.

Carlos Pinto Pereira disse que fará uma apresentação para precisar os aspectos  principais da politica externa da Guiné-Bissau.

Em relação a morosidade na emissão de documentos aos guineenses no estrangeiro  Pinto Pereira afirma  que será um dos aspectos para  análise.

Disse  que uma  equipa de técnicos dos Ministérios dos Negócios Estrangeiro e  da justiça está na Mauritânia para atualizar  e dar documentos aos cidadãos guineenses que não possuem, e depois seguir para  países onde os cidadãos tem  dificuldades em termos de documentação.

O decano dos Cônsules honorários,  Mohamed Amin Sleiman diz acreditar  que os resultados deste encontro vão contribuir para melhorar os alicerces diplomáticos e económicos da Guiné-Bissau perante  o resto do mundo.

“É neste contexto que  o encontro serve para reforçar o engajamento dos cônsules honorários na promoção do país no estrangeiro, apoiar a implementação dos projectos do desenvolvimento e defender o interesse dos guineenses nas  suas  áreas de jurisdição”, disse Amin Sleiman. ANG/LPG//SG

 


Economia/ PR inaugura primeira fábrica de farinha e óleo de peixe no país

Bissau, 16 Abr 25(ANG) – O Presidente da República (PR ) inaugurou ,terça-feira a primeira fábrica de farinha e óleo de peixe do país, instalada na secção de Suru, no sector de Prábis, Região de Biombo.

Umaro Sissoco Embaló enalteceu na ocasião que a infraestrutura vai garantir emprego a camada juvenil para além de marcar um salto qualitativo na transformação estrutural da economia guineense.

Sissoco Embaló sublinhou que a Guiné-Bissau se  apresenta como um país marítimo, mas sem uma indústria marítima, o que diz ser  uma incoerência e falha grave na economia guineense.

“ É de conhecimento de todos que o mar faz parte da identidade da Guiné-Bissau, e é considerado um país insular , apesar de não considerar este recurso mais estratégico que possui, e que, finalmente, hoje estamos a dar um passo histórico, que traduz uma parceria estratégica entre a China e Guiné-Bissau”, frisou.

No quadro dessa cerimónia inaugural, o Presidente visitou a fábrica  de farinha e óleo de peixe, o pavilhão de professores em Suru, setor de Prábis, região de Biombo erguido pela empresa Chinesa “Lois Marine Food Co SARL, dono da fábrica, que ainda deverá operacional a construção de embarcações e manutenção de navios em estaleiro próprio.ANG/JD//SG

 

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  Fonte:BCEAO

 Portugal/Estados-Membros da OMS aprovam acordo para responder a futuras pandemias

 Bissau, 16 Abr 25 (ANG) – Os Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovaram hoje um acordo, considerado histórico, para prevenção, preparação e resposta a futuras pandemia, depois de mais de três anos de intensas negociações.

“As nações do mundo fizeram hoje história em Genebra”, afirmou em comunicado o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, agradecendo aos países e às suas equipas de negociação “pela sua visão, empenho e trabalho incansável”.

 O Acordo Pandémico afirma a soberania dos países para abordar as questões de saúde pública dentro das suas fronteiras e prevê que nenhuma disposição do acordo seja interpretada como conferindo à OMS qualquer autoridade para dirigir, ordenar, alterar ou prescrever leis ou políticas nacionais, ou mandatar os Estados para tomarem medidas específicas, tais como proibir ou aceitar viajantes, impor obrigações de vacinação ou medidas terapêuticas ou de diagnóstico ou implementar confinamentos.

Entre as medidas previstas estão a criação de um sistema de acesso aos agentes patogénicos e de partilha de benefícios e a adoção de medidas concretas para prevenir pandemias, através de uma abordagem “Uma Só Saúde”.

A criação de capacidades de investigação e desenvolvimento geograficamente diversificadas; a facilitação da transferência de tecnologia e de conhecimentos, competências e especialização conexos para a produção de produtos de saúde relacionados com pandemias; a mobilização de uma força de trabalho de emergência sanitária nacional e mundial qualificada e multidisciplinar e a criação de um mecanismo financeiro de coordenação são outras medidas previstas.

A OMS sublinha que os países deram “um importante passo em frente nos esforços para tornar o mundo mais seguro contra as pandemias”, ao elaborarem um projeto de acordo que será analisado na Assembleia Mundial da Saúde”, em 19 de maio, e que Tedros Ghebreyesus espera que seja adotado.

 “Ao chegar a um consenso sobre o Acordo Pandémico, não só puseram em prática um acordo geracional para tornar o mundo mais seguro, como também demonstraram que o multilateralismo está vivo e de boa saúde e que, no nosso mundo dividido, as nações ainda podem trabalhar em conjunto para encontrar um terreno comum e uma resposta partilhada a ameaças comuns”, salientou.

 Em Dezembro de 2021, no auge da pandemia de Covid-19, os Estados-Membros criaram o Órgão de Negociação Intergovernamental (INB, sigla em inglês) para redigir e negociar uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional, ao abrigo da Constituição da OMS, para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta a pandemias.

 Para a copresidente do grupo de negociação e embaixadora de França para a saúde mundial, Anne-Claire Amprou, ao redigirem “este acordo histórico” os países demonstraram “o seu empenho comum na prevenção e proteção de todos, em todo o lado, contra futuras ameaças de pandemia”.

 “Embora o compromisso de prevenção através da abordagem “Uma Só Saúde” constitua um importante passo em frente na proteção das populações, a resposta será mais rápida, mais eficaz e mais equitativa”, salientou.

 A co-presidente do INB, Precious Matsoso, da África do Sul, disse, por seu turno, estar “muito satisfeita com a reunião de países, de todas as regiões do mundo, em torno de uma proposta para aumentar a equidade e, assim, proteger as gerações futuras do sofrimento” e das perdas sofridas durante a pandemia de covid-19.

 “As negociações por vezes foram difíceis e prolongadas, mas este esforço monumental tem sido sustentado pelo entendimento comum de que os vírus não respeitam fronteiras, de que ninguém está a salvo das pandemias até que todos estejam seguros e de que a segurança sanitária colectiva é uma aspiração em que acreditamos profundamente e que queremos reforçar”, salientou.

 Na Assembleia Mundial da Saúde, em Junho de 2024, os governos assumiram compromissos concretos para concluir as negociações sobre um acordo global sobre a pandemia no prazo de um ano.

ANG/Inforpress/Lusa

 Timor Leste/ Fretilin acusa presidente e primeiro-ministro de destruírem Justiça

Bissau, 16 Abr 25 (ANG) - O secretário-geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), Mari Alkatiri, acusou hoje o Presidente, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, de estarem a destruir o sistema judicial do país.

 Digo apenas que esta é uma situação extremamente grave. A independência judicial está a morrer, devido à ditadura oligárquica de duas pessoas: o Presidente e o primeiro-ministro timorense", afirmou o antigo chefe do Governo Mari Alkatiri, numa conferência de imprensa realizada no seu gabinete, em Díli.

Mari Alkatiri disse que se trata de uma "ditadura com uma capa de democracia, orientada e controlada".

"São apenas essas duas pessoas que sabem tudo e fazem tudo, exercendo um poder absoluto, total, aproveitando-se da fragilidade do sistema judicial. É só isso. Eu conheço muito bem essas duas pessoas. São eles que não me conhecem a mim", disse o líder da oposição timorense.

Mari Alkatiri salientou que aquelas "duas figuras" estão a usar o poder político através do Parlamento Nacional para fazer alterações e aprovar leis que prejudicam o sistema judicial, dando como exemplo as alterações à lei da Comissão Anticorrupção (CAC) e à Lei da Organização Judiciária.

Relativamente às alterações da lei da CAC, Mari Alkatiri referiu que a escolha do dirigente daquela instituição passou a ser feita por maioria simples, quando anteriormente era por maioria qualificada.

"Esta alteração à lei também demonstra que, se o comissário da CAC não trabalhar de acordo com a vontade ou orientação do Governo, este poderá demiti-lo a qualquer momento", lamentou.

Segundo Alkatiri, a anterior versão da lei exigia consenso no Parlamento Nacional para a eleição do comissário, com um mandato de cinco anos.

"Por isso, considero que este ato do Governo é contra os direitos dos cidadãos e contra os princípios do Estado de direito democrático", explicou.

No que diz respeito às alterações à Lei da Organização judiciária, que hoje começou a ser debatida no parlamento timorense, Mari Alkatiri disse que se estão a preparar para permitir que juízes com 20 anos de experiência possam ser nomeados para a presidência do Tribunal de Recurso.

Isto significa que qualquer juiz escolhido pelo Governo pode ser nomeado Presidente do Tribunal de Recurso, afirmou Mari Alkatiri.

Para Mari Alkatiri, aquele tipo de ação é extremamente perigoso porque pode levar à morte do Estado de direito democrático em Timor-Leste e prejudicar a credibilidade do país no mundo.

Em 2023, após ter tomado posse como primeiro-ministro, Xanana Gusmão criou um gabinete para reforma do setor da justiça, liderado por Lúcia Lobato, antiga ministra da Justiça, alegando fragilidades, escassez de recursos humanos e falta de resposta do sistema.

Numa intervenção proferida em outubro daquele ano, o primeiro-ministro timorense acusou o setor da justiça de Timor-Leste de ter deixado de "inspirar confiança" junto da sociedade e de dar a entender que a corrupção só acontece em "determinado segmento". ANG/Lusa

 

  Portugal/ "Não vale a pena assustarmos com o contrário do que somos", diz Montenegro

Bissau, 16 Abr 25 (ANG) - O primeiro-ministro considerou hoje que o país político convergiu com a linha do Governo por uma imigração regulada e com regras, e insistiu na necessidade de ser aprovado um retorno mais ágil para quem entra ilegalmente.

Estas posições foram defendidas por Luís Montenegro após ter presidido à cerimónia de assinatura para a construção de dois novos centros de instalação temporária (CIT) -- um em Lisboa e outro no Porto --, que terão capacidade para acolher mais de 300 pessoas -- projeto avaliado em 30 milhões de euros e que tem financiamento do PRR.

No discurso que proferiu no Ministério da Administração Interna, tendo a ouvi-lo os ministros da Presidência (António Leitão Amaro), da Administração Interna (Margarida Blasco) e da Coesão (Castro de Almeida), assim como responsáveis das diferentes forças de segurança, Luís Montenegro insistiu em duas medidas que o seu Governo minoritário não conseguiu fazer passar no parlamento, durante a legislatura que agora termina.

"Apesar de termos terminado com o mecanismo da manifestação de interesse, que era o objeto principal da entrada desregulada de imigrantes em Portugal, houve um eixo da estratégia que não foi executado. Infelizmente não dependia só do Governo, dependia da Assembleia da República. Esse eixo era a criação da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP e a agilização dos processos de retorno de cidadãos que se encontram de forma ilegal no nosso país", apontou.

No entanto, para o primeiro-ministro, além de o Governo ter cumprido grande parte do seu plano de ação para uma imigração com regras e humanista, verificou-se também uma aproximação política à linha que adotou nos últimos 11 meses.

"Se há nota dominante que os últimos meses trouxeram ao ambiente político português é que, não obstante, uns falarem um pouco mais alto do que outros e não obstante uns esticarem um bocadinho mais a linguagem do que outros, a verdade é que esta linha de regulação, de humanismo, de criação de regras, de aplicação de regras, de consequência no cumprimento do conteúdo das regras, hoje é uma nota dominante no discurso político de praticamente todos", sustentou.

Para Luís Montenegro, estamos mesmo perante "uma conquista do país", porque o país "convenceu-se e conseguiu convergir".

"Importa fazer a pedagogia, de uma forma serena, de uma forma moderada, de uma forma humanista, dizendo àqueles que chegam a Portugal, que cumprem as regras e que querem oferecer a sua força de trabalho, que são bem-vindos, que nós precisamos do seu trabalho, precisamos do seu contributo e que queremos que a sua integração e o seu acolhimento possam ser plenos", acentuou.

Depois, demarcou-se dos extremos políticos, embora sem mencionar os partidos visados pelas suas afirmações.

"Não vale a pena assustarmos o nosso povo com o contrário daquilo que somos. Somos um povo aberto ao mundo, que construiu pontes em todos cantos do mundo. Somos um povo com uma cultura de relação que não é compaginável com um território fechado. Nós estamos abertos a acolher, só que não podemos confundir essa abertura com uma desregulação completa", completou. ANG/Lusa

 

 Reino Unido/Oitocentos milhões de Euros de ajuda humanitária prometidos ao Sudão em conferência internacional

Bissau, 16 Abr 25 (ANG) - Cerca de quinze países  reunidos , terça-feira, em Londres  numa conferência internacional sobre o Sudão, prometem 800 milhões de euros de ajuda humanitária ao país africano.

A conferência organizada pelo Reino Unido, a União Africana, a União Europeia, a França e a Alemanha, ocorreu no dia em que se assinalam dois anos de uma guerra civil que provocou dezenas de milhares de mortos, 13 milhões de deslocados e refugiados, assim como a mais grave crise humanitária do mundo, segundo a ONU.

Numa altura em que o Sudão assinala neste dia 15 de Abril, dois anos de conflito entre o general Abdel Fattah al-Burhane, chefe do exército sudanês, e o seu antigo adjunto, Mohamed Hamdane Daglo, chefe dos paramilitares das Forças de Apoio Rápido, a comunidade internacional está reunida hoje em Londres para reflectir sobre meios de ajudar este país.

No quadro deste encontro em que para além das entidades e países organizadores participam igualmente a Arábia Saudita, os Estados Unidos, e representantes das Nações Unidas e da Liga Árabe, as promessas de apoio humanitário ascendem a pelo menos 800 milhões de Euros, dos quais, 522 milhões devem ser desbloqueados pela União Europeia.

O Reino Unido anunciou, por sua vez, um envelope de um pouco mais de 139 milhões de Euros, para alimentos e apoio às vítimas de violência sexual, a Alemanha prometeu 125 milhões de Euros, para fornecer alimentos e medicamentos, mas também para "estabilizar a situação nos países vizinhos", cujas capacidades de acolhimento dos refugiados "atingem os seus limites", disse ontem a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock. Por seu lado, a França anunciou que vai mobilizar 50 milhões de Euros.

Num contexto em que o terreno não dá sinais de acalmia, os participantes do encontro fizeram todos um balanço sombrio da situação do país.

"Dois anos é muito tempo (...) e, no entanto, uma grande parte do mundo continua a desviar o olhar", lamentou o chefe da diplomacia britânica David Lammy ainda antes da abertura da conferência. No mesmo sentido, "continuar a desviar o olhar do Sudão terá consequências catastróficas" para o país mas também para a região, alertou, por sua vez, o Alto-comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi.

A ONG Human Rights Watch pediu o envio de uma missão para proteger os civis, especialmente para "garantir um transporte seguro e sem entraves da ajuda humanitária", enquanto o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) teceu um alerta para "as consequências desastrosas que um terceiro ano de guerra" poderia ter no Sudão.

Sinal contudo de que o tempo da paz ainda não chegou para o Sudão, nenhum dos beligerantes foi representado na conferência de Londres. Um facto que não escapou ao governo do Sudão que protestou junto do Reino Unido por não ter sido convidado para a conferência, acusando as autoridades britânicas de colocar em pé de igualdade o Estado sudanês "soberano e membro das Nações Unidas desde 1956" e as Forças de Apoio Rápido, "Milícia terrorista que comete genocídio e crimes contra a Humanidade". ANG/RFI

 

       EUA/Nova ameaça de Trump contra Universidade de Harvard

Bissau, 16 Abr 25 (ANG) - O Presidente norte-americano ameaçou ,terça-feira, retirar a Universidade de Harvard importantes benefícios fiscais, um dia depois de ter congelado 2,2 mil milhões de dólares de subsídios federais plurianuais a Harvard.

Foi na sua rede social Truth Social que Donald Trump deixou a ameaça de acabar com os benefícios fiscais da prestigiada universidade norte-americana: “Talvez Harvard devesse perder o seu estatuto de isenção fiscal e ser tributada como uma entidade política, se continuar a defender a ‘doença’ política, ideológica, de inspiração/apoio ao terrorismo.

Em causa, o facto de a Universidade de Harvard ter sido palco de protestos estudantis contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza, tal como outras universidades norte-americanas, e ter recusado ceder às exigências de Trump. O Presidente acusa Harvard e outras instituições de permitirem a disseminação do antissemitismo e exigiu, por exemplo, uma “auditoria” às opiniões dos estudantes e do pessoal docente, sob pena de travar subsídios. Harvard recusou-se a cumprir e, numa carta dirigida aos estudantes e professores, na segunda-feira, o reitor da universidade, Alan Garber, garantiu-lhes que Harvard não renunciaria "à sua independência, nem aos seus direitos constitucionalmente garantidos".

Em resposta, na terça-feira, a administração decidiu retirar 2,2 mil milhões de dólares de subsídios federais plurianuais à universidade e, depois, lançou nova ameaça: retirar a isenção fiscal a Harvard.

Também esta terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Donald Trump quer que a Universidade de Harvard "peça desculpa" por não ter lutado contra o antissemitismo no seu espaço.

Esta terça-feira, no primeiro discurso público desde que deixou a Casa Branca, o ex-Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que Donald Trump “pegou num machado” para cortar a Segurança Social e disse que milhões de famílias, milhões de pessoas” arriscam-se a não receber os seus subsídios.

Joe Biden disse que “em menos de 100 dias, esta nova Administração já causou tantos danos e tanta destruição que é de tirar o fôlego”. O antigo chefe de Estado alertou, também, para os efeitos que começam a ter algumas medidas tomadas por Trump, como o despedimento de milhares de funcionários públicos nos organismos da Segurança Social. Esta agência governamental distribui benefícios a mais de 70 milhões de americanos.

Em resposta, a administração da Segurança Social reagiu contra as observações de Biden através da rede social X, acusando o ex-Presidente de estar a "mentir aos americanos".

Desde a sua tomada de posse em Janeiro, Donald Trump reduziu a força de trabalho da administração pública, incluindo milhares de funcionários da administração da Segurança Social. Trump também anunciou planos controversos para impor medidas mais rigorosas de prova de identidade a submeter aos beneficiários da Segurança Social e uma das decisões permite que o Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk aceda aos registos dos beneficiários da Segurança Social e a outras informações de identificação pessoal. Musk, o homem mais rico do mundo, caracterizou a Segurança Social como “o maior esquema Ponzi de todos os tempos”.ANG/RFI

 

terça-feira, 15 de abril de 2025

 

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Fonte : BCEAO

Justiça/Supremo Tribunal de Justiça(STJ) realiza eleições em Maio para escolha de novo presidente e vice-presidente

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) – O Conselho Superior da Magistratura Judicial agendou para o dia 16 de Maio próximo  eleições gerais no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a deliberação Nº 1/CSMJ/2025, datada de 10 de Abril, citada pelo “Site” e-Global Notícias em português,  o presidente em exercício do STJ António Lima André, devido ao limite de idade, pediu ao Conselho Superior de Magistratura Judicial (CSMJ) da Guiné-Bissau a realização de   eleições gerais para o cargo de Presidente e Vice-Presidente da instituição no próximo dia 16 de Maio.

A mesma deliberação do CSMJ determinou que as eleições terão como presidente da Comissão organizadora o antigo ministro Sandji Fati.

“Fati tem sido alvo de críticas por supostamente ter sido indicado ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), fora do âmbito legal, gerando tensão entre os órgãos de soberania e partidos da oposição”, lê-se no Site e-Global Notícias em Português.

O mesmo acrescenta que, além das eleições para o STJ, o Conselho Superior de Magistratura Judicial (CSMJ), decidiu realizar também um escrutínio para os cargos no próprio CSMJ.

De acordo com o mesmo “Site”, o STJ deliberou que o António Lima André, permanecerá em função para tratar de assuntos correntes até à posse do novo  Presidente eleito.

“Paralelamente, durante uma reunião extraordinária de plenário, o CSMJ decidiu suspender, preventivamente, o juiz Djondcro José Djú, do Tribunal Regional de Buba, por alegado  abandono de serviço, sendo-lhe instaurado um processo disciplinar “, acrescenta e-Global Notícias em Português.ANG/LLA/ÂC//SG

   

Cultura/ O músico Filipe Monteiro encerra  o Festival de Bubaque deste ano

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) – O Festival de Bubaque deste ano vai ter  como maior atração a atuação do músico cabo-verdiano nascido no Senegal, Filipe Monteiro e sua banda.

A revelação foi, esta terça-feira, feita à Agência de Notícias da Guiné(ANG) pelo presidente da Comissão organizadora do festival que cumpre sua XIIIª  edição entre 18 e 20 de Abril, Nicolau Gomes da Cruz Almeida.

Revelou que estarão presentes durante os três dias em Bubaque vários artistas e músicos nacionais, num total de 34 e que nove deles, entre velha e nova geração, vão cantar ao vivo, nomeadamente Mike ST, Absil, Bubacar  Djamanca,  Iano Saluky, Zé Nuno, Mitchy Baby, Antão Martins e Zé Interpretador e os restantes vão fazer Play Back.

Questionado sobre o valor pago aos artistas e músicos que irão participar no evento,  respondeu que existe um contrato com cada um e serão pagos de acordo com o trabalho de cada,  sem revelar o montante.

Nicolau Almeida reiterou  que o objetivo do festival, que diz ser o maior evento cultural do país, é minimizar o isolamento na zona insular e também melhorar a situação financeira dos moradores da ilha, a promoção da sua gastronomia e ajudar na preservação do meio ambiente.

Garantiu que já têm dois barcos disponíveis para transporte de pessoas além de algumas pirogas.

“Também temos apoio do Instituto Marítimo Portuário que vai nos ajudar a organizar e controlar o números de passageiros nas embarcações, ainda teremos apoios de uma equipa da Cruz Vermelha, do hospital Regional de Bubaque, de polícias de Guarda Costeira e do Comissariado local e do próprio Ministério do Interior”, salientou Nicolau Gomes da Cruz Almeida, nessa  entrevista à ANG.

O presidente da comissão organizadora da XIII edição
da “Festa do Mar” recomenda à todos os  que querem participar para terem maior precaução e segurança individual e evitar os excessos, tanto de velocidade como do álcool, apesar de existir uma equipa de vigilância.

A Comissão Organizadora (CO) da XIIIª Edição do  Festival de Bubaque,  composta por nove elementos, iniciou os preparativos desde  Outubro de 2024, sob patrocínio da empresa Angolana SONANGOL e a Universidade Lusófona Da Guiné(ULG).

Nicolau Gomes Da Cruz Almeida  é o fundador do  Festival de Bubaque cuja primeira edição decorreu em   2009. ANG/JD/ÂC//SG