segunda-feira, 28 de março de 2011

CAN 2012


GB perde frente a Uganda por 0 -1

Bissau, ANG - A turma de futebol da Guiné-Bissau perdeu, mas sem ser convencida, frente a sua congénere da Uganda por 0-1, num jogo emotivo disputado no passado dia 26 e cujo desenlace provocou uma consternação nacional.
Os “Djurtos”, nome como carinhosamente é designada a equipa de “todos nós”, poderiam ter alterado a história do jogo aos 26 minutos da segunda parte do prélio, na sequencia dum penalty que acabaria por “escandalosamente” ser desperdiçado pelo centro campista, Zezinho, o “maestro”.
Os minutos que se seguiram até ao fim do jogo foram vividos com angústia, não só pelos espectadores presentes no Estádio “Lino Correia” como por toda a nação e a diáspora (que acompanhava o jogo através dos relatos nas rádios e Internet).
O jogo poderia conhecer outro resultado, caso o perigo verificado na baliza da Uganda se concretizasse logo no início, quando Cícero, respondendo ao cruzamento da linha do fundo efectuado por Niche, cabeceou forte para as mãos de Dennys.
No período que se seguiu, por duas vezes a Guiné-Bissau podia ter carimbado um golo, não fosse a “muralha intransponível” que se apresentava sob forma humana e que respondia pelo sugestivo nome de Dennys, o guarda-redes da equipa adversária.
A Uganda jogava num sistema táctico de 4-4-2 e parecia totalmente subjugada pelas habilidades no terreno do jogo e as investidas dos “nossos” rapazes junto a área adversaria, ate ao “fatídico” minuto 21, altura em que, num lance cujas culpas vão para o lateral esquerdo dos Djurtos, os visitantes lograram marcar o único golo da partida, por intermédio de David Obna, numa rapidissima jogada de contra-ataque.
Depois disso, foi tudo por tudo da equipa nacional para repor a igualdade, com dois potentes disparos desferidos pelo avançado Cícero (um dos quais foi desviado para canto pelo guarda-redes da Uganda, que fez elevar todo o estádio num uníssono “Hooooooooo”), .
Foi assim ate ao fim dos primeiros 45 minutos. No reatar da partida e, passado poucos minutos, Cícero, o jogador guineense que ameaçava mais a rede contraria, foi advertido com um cartão amarelo por ter agarrado um adversário quando disputavam um lance.
Aos 55 minutos, o avançado Niche voltou a levantar o estádio com um fortíssimo remate disparado e que passou a escassos metros da barra da baliza defendida por Dennys. O mesmo jogador acabaria por ser substituído aos 62 minutos por Basil de Carvalho.
No minuto 71 da partida, ocorreu o momento mais electrizante do jogo e que podia ter alterado o resultado final para empate dos dois conjuntos, mas que infelizmente, o jogador Zezinho acabaria por desperdiçar, ao “oferecer de bandeja” ao “muralha intransponível” da Uganda, que defendeu a bola para o lado.
Dois minutos depois, o treinador da selecção nacional, Norton de Matos fez entrar para o campo Mamadu Cande no lugar de Ericson e depois o Zezinho cederia o seu lugar a Abdul Carupt isto quando faltavam uns 4 minutos para o fim.
Mas mesmo assim, as coisas não se alteraram até ao fim, tendo no final o treinador e os jogadores suplentes da Uganda explodidos de alegria, enquanto que em varios lugar do estadio se consolavam pessoas que vertiam rios de lagrimas por esta derrota tão "injusta".
O português Norton de Matos qualificou a derrota de “extremamente ingrata”, pelo desempenho dos seus pupilos, mas reconheceu que no futebol o conceito da injustiça não existe para explicar o resultado das partidas.
“Em todo o jogo, o adversário apenas conseguiu um remate, que por felicidade para eles, resultou no único golo da partida”, referiu o treinador lembrando que a Guiné-Bissau teve mais oportunidade para carimbar golos. Deu parabéns aos jogadores.
Para o capitão do conjunto guineense disse que a equipa não teve sorte do seu lado pelo que acabou por sofrer, mas disse que estão de moral alta para prosseguir com a campanha visando ultrapassar os próximos obstáculos para atingir a fase final do CAN 2012.
ANG José A. Mendonça

1 comentário:

  1. É uma pena a Guiné-Bissau ter perdido. Mas, devemos estar de cabeça levantada e seguir em frente

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