terça-feira, 15 de março de 2011

Sociedade

MAPEA apela África a apoiar Muhammar Kaddafi no combate a rebeldes
Bissau, ANG – O Movimento de Apoio a Paz e Estabilidade em África (MAPEA) justifica a manifestação de sua solidariedade para com o povo líbio e seu guia, Muhammar Kaddafi, pelo facto de serem “amantes da paz e da democracia” no continente.
A revelação foi feita pelo seu coordenador, em entrevista exclusiva que concedeu a ANG, dois dias depois de uma manifestação organizada pelo MAPEA em apoio ao líder líbio, que se encontra a braços com uma rebelião popular, e que atraiu centenas de guineenses. 
“Quando houver problema com o regime vigente num determinado Estado, o povo deve fazer-se representar numa mesa de dialogo para debater em conjunto com as autoridades e procurar encontrar uma solução justa e equilibrada e não criar prejuízos para o país e sofrimento ao seu povo”, argumento Adulai Jamanca, que condena a rebelião líbia, qualificando-a de portadora da desordem, instabilidade e do atraso para o país.
“No nosso entender, o diálogo deve prevalecer na resolução de todos os problemas que assolam o continente, sendo que a democracia, através do voto, é a única via para alternância do poder em qualquer nação do continente,” aconselhou o coordenador.
Em relação ao desfecho final disse estar esperançado de que o governo do presidente da Líbia conseguirá “esmagar sem sombra de dúvida” os insurrectos.
“Quem combate rebeldes tem Deus ao seu lado. Os insubmissos não têm espaço no divino” filosofou Jamanca, que aponta alegadas “mãos ocultas” na tentativa de desestabilização do regime de Muhammar Kaddafi.
Entretanto, sublinhou o povo conhece o lado aonde esta a razão e, por isso, sempre esteve ao lado do Coronel.
Muhammar Kaddafi é um símbolo no continente negro e que deve merecer um carinho de todos os africanos, pois a sua contribuição pode levar a África a unificar-se quer em termos económicos, sociais e políticos, promovendo assim o desenvolvimento e o bem-estar das populações africanas.
Quanto as acções a empreender no futuro, Adulai Jamanca anunciou a organização de uma marcha nacional que vai congregar participantes de todas as regiões do país para assinalar a vitoria do presidente líbio sobre os rebeldes e denunciar “manobras maquiavélicas contra os regimes africanos” de países ou instituições que não citou.
O coordenador recusa estabelecer paralelismo entre o problema de hoje na Líbia com acontecimentos na Tunísia e no Egipto, pois são problemas de carácter diferentes.
“O que aconteceu nestes últimos países pode ser designado de revolta de um povo que exigiu o fim de regimes corruptos e autoritários e os respectivos presidente acabaram por atender as exigências populares e abandonaram o poder”
ANG/Intombé/JAM

1 comentário:

  1. Mesmo com a minha aversão a qualquer tipo de regime autoritário, é bom ter ascesso a uma opinião diversa da que acompanho pelos veículos da imprensa internacional, que históricamente manipulam e defendem interesses que quase sempre não são os interesses do povo. Ainda não consigo formar uma opinião realmente concreta sobre a questão Líbia, justamente pela experiencia como jornalista que tenho, ciente do que é feito com a informação em detrimento do jogo do sistema. Apesar da minha aversão a ditadores, devemos considerar a qual ditadura queremos pertencer nesse caso: a de Kadaf ou a do sistema capitalista ocidental, tão opressor e exclusor quanto o do pretenço líder Líbio.

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