quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

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Guiné-Bissau organiza encontro com parceiros internacionais   

Bissau 18 Fev 16 (ANG) - O governo da Guiné-Bissau, pretende organizar um encontro com os parceiros internacionais em Nova Iorque no próximo mês de Março.

A intenção foi declarada  quarta-feira pela encarregada de negócios do país junto às Nações Unidas, no decurso da reunião do Conselho de Segurança, em que o Representante Especial para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, apresentou o último relatório da ONU sobre o país.

Maria Antonieta Pinto Lopes D'Alva afirmou que os compromissos dos  parceiros regionais e sub-regionais bem como da comunidade internacional tem sido muito útil para a  construção da paz na Guiné-Bissau 

"É por isso que, em articulação com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e a Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), o Governo guineense deseja que a próxima reunião do grupo aconteça em Nova Iorque no final de Março", disse Lopes D'Alva.

A diplomata disse que o país "atravessa sérias crises políticas que comprometem o normal funcionamento das instituições do Estado e colocam em risco os ganhos conseguidos depois das eleições gerais de 2014 e os sinais encorajadores do encontro internacional de doadores".

"Como se pode ver, a instabilidade na Guiné-Bissau não termina com eleições, e a situação agora enfrentada é exemplo disso ”defendeu Lopes D'Alva.

Maria Antonieta Lopes adiantou que é por isso, que o país continua a pedir à comunidade internacional que se mantenha empenhada na consolidação das estruturas do país e a trabalhar com as autoridades nacionais num papel de guia e parte de um diálogo franco e aberto que previna outras crises que ameaçam a paz e estabilidade da nação.

Na sua comunicação, Miguel Trovoada apresentou as conclusões do último relatório da ONU sobre a Guiné-Bissau.

No documento, o secretário-geral mostra-se preocupado com a situação no país, tendo pedido a renovação do mandato da missão da ONU, na Guiné-Bissau que termina em Março, e aborda o tema do financiamento da missão militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Também participou no encontro o embaixador do Brasil junto das Nações Unidas, António Patriota, que preside ao Grupo de Contacto para a Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz na ONU.

Patriota pediu aos membros do Conselho de Segurança que financiem a força de manutenção de paz da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB), que tem tido problemas de financiamento.

"O falhanço da classe política em alcançar um consenso em determinados assuntos que colocariam a Guiné-Bissau no caminho da estabilidade gerou um indesejado e longo período de incerteza", afirma o diplomata. 

ANG/Rádio Jovem

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