terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Economia




FMI pondera apoiar campanha de caju

Bissau,23 Fev 16(ANG) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) poderá trabalhar com o Governo da Guiné-Bissau para viabilizar a campanha de comercialização da castanha de caju, anunciou a organização.
 
A indicação foi dada por Óscar Melhado, representante do FMI em Bissau, após um encontro que manteve na segunda-feira com o chefe do Governo guineense, Carlos Correia.

as partes analisaram no encontro  os mecanismos através dos quais o Fundo poderá apoiar "o relançamento da actividade económica" na Guiné-Bissau, afetada por uma crise política há vários meses.

Na semana passada, o presidente da Câmara de Comércio da Guiné-Bissau, Mamadu Saliu Lamba, alertou as autoridades para os riscos de a campanha de comercialização de caju "vir a ser um fiasco".

Lamba lamentou que a poucos dias do arranque da campanha, não seja indicado um preço de referência para a compra do produto ao agricultor, entre outras medidas.

 Aquele responsável alertou ainda para os receios dos bancos face à crise que os podem inibir na hora de financiar a campanha de comercialização do caju, que decorre entre Março a Setembro.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e, segundo dados do Governo, cerca de 80 por centoda população rural dedica-se ao processo, desde a compra até à venda, fazendo girar a economia do país.

Perante o cenário, o FMI pondera avançar com linhas de financiamento aos operadores económicos, numa iniciativa coordenada pelo Governo, como forma de "injetar capital na campanha", disse Óscar Melhado.

"É muito estratégico que a campanha da castanha do caju decorra bem. O ano passado correu bem", disse Melhado, que também anunciou a possibilidade de o FMI apoiar as ações do sector privado que atua na Guiné-Bissau no setor da mineração e das pescas. O representante entende que, no âmbito do processo de apoio às autoridades para a redução da pobreza, "seria também muito importante" reativar os compromissos firmados com a comunidade internacional na mesa redonda organizada em Bruxelas, na Bélgica, em 2015.

Os parceiros da Guiné-Bissau anunciaram intenções de apoio à projetos de desenvolvimento do país no valor de mil milhões de euros, desde que haja estabilidade política e governava.
ANG/LUSA

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