“ A
implementação de reformas na Função Pública, Defesa e Segurança depende das
forças sociais” diz Primeiro-ministro
Bissau, 28 Set 18(ANG) – o Primeiro-ministro
disse esta sexta-feira que a implementação das reformas administrativas na
Função Pública, no sector da defesa e segurança dependem das forças sociais.
Aristides Gomes que falava numa conferência
organizada pelo ministério da Economia e Finanças em parceria com o Fundo
Monetário Internacional sob o tema “ Governação, Capacitação e Desenvolvimento”,
disse que as sucessivas instabilidades e crises políticas também estão a dificultar as referidas reformas.
“
Deve-se criar a base para uma estabilidade para que o país tenha acesso aos
recursos e executar os programas financiados pelo Fundo Monetário Internacional
e gerir as receitas internas”, salientou.
Referiu que as estatísticas mostram que o país
situa-se entre os piores na sub-região no que toca com o desenvolvimento nas
áreas da educação e saúde, questionando porque razão o sector da defesa e
segurança consome mais receitas que os outros.
Afirmou que a administração pública neste
momento consome 90 por cento das receitas fiscais, superior aos outros países
da sub-região.
Criticou
que o Estado guineense está deformado
estruturalmente e que precisa de ser reconstruída.
O governante defendeu a construção de um Estado capaz de estar em condições
estruturais que não levará o país ao
consumo exagerado, e que não tem nada a ver com as receitas que arrecada.
Em relação ao nepotismo tão propalado ,
Aristides Gomes asseverou que as empresa estatais são prisioneiras dos partidos
políticos e que basta nomear um individuo
para desempenhar um cargo público, a partir daí, a estruturação vem da sede do partido.
Disse que que a única forma de desencorajar esta prática
é a imposição de regras e realização de concursos públicos. “Se não, o país está a criar condições de
conflitualidade entre os partidos”.
Afirmou que as leis e os regulamentos não contam, e que a
autonomia das pessoas que lá estão depende da estruturação partidária. “Esse é
o maior problema que país possui”, afirmou.
ANG/JD//SG