EUA e China decretam
trégua na guerra entre os dois países
Bissau, 01 jul 19 (ANG) - A trégua na guerra comercial entre
Estados Unidos e China foi decretada no sábado (29) durante encontro entre
Donald Trump e Xi Jinpig à margem do G20 em Osaka, no Japão.
Os dois presidentes concordaram em retomar as negociações
comerciais bilaterais, que haviam sido interrompidas em maio.
Washington renunciou a impor mais taxas aos produtos chineses,
informou a agência oficial da China. As sobretaxas teriam afetado US$ 500
bilhões em produtos chineses importados a cada ano pelos Estados Unidos.
As negociações entre os dois países serão retomadas "sobre
a base da igualdade e do respeito mútuo". Xi Jinping iniciou a reunião
comentando que eles estavam não muito longe do local onde, há 48 anos, atletas
chineses e americanos se enfrentaram no ping-pong. A clara alusão à histórica
"diplomacia do ping-pong" entre as duas potências, foi interpretada
como uma proposta ao diálogo. "China e Estados Unidos podem tanto ganhar
com a cooperação, quanto perder com a luta", disse Xi a Trump, segundo a
agência Xinhua.
Trump considerou a reunião com o presidente chinês de
"excelente" e garantiu que as negociações bilaterais tinham
"voltado ao bom caminho". Antes do encontro, Trump já havia mostrado
que estava aberto a negociações, ao afirmar que "seria histórico se
pudéssemos alcançar um acordo comercial justo".
Em entrevista coletiva, o presidente americano ressaltou, no
entanto, que as novas tarifas sobre produtos chineses estão descartadas
"pelo menos por enquanto". Ele também falou, sem entrar em detalhes,
sobre a possibilidade de suavizar o veto ao grupo tecnológico chinês Huawei, um
ponto sensível na complexa relação comercial entre dos dois países.
A guerra comercial entre
Estados Unidos e China era a questão mais sensível desta Cúpula do G20 na
cidade japonesa de Osaka. "Esse era realmente o tema dominante, o restante
era secundário", opinou Thomas Bernes, do 'Center for International
Governance Innovation', um grupo de pesquisas canadense.
Neste sentido, o comunicado final do G20 adverte que "as
tensões comerciais e geopolíticas se intensificaram" e podem afetar um
crescimento mundial que já está enfraquecido. No entanto, o documento não
critica o protecionismo americano. O grupo dos 20 países mais desenvolvidos do
mundo, criado em 2008, representa 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário