segunda-feira, 1 de julho de 2019

Comércio internacional


             EUA e China decretam trégua na guerra  entre os dois países
Bissau, 01 jul 19 (ANG) - A trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China foi decretada no sábado (29) durante encontro entre Donald Trump e Xi Jinpig à margem do G20 em Osaka, no Japão.
Os dois presidentes concordaram em retomar as negociações comerciais bilaterais, que haviam sido interrompidas em maio.
Washington renunciou a impor mais taxas aos produtos chineses, informou a agência oficial da China. As sobretaxas teriam afetado US$ 500 bilhões em produtos chineses importados a cada ano pelos Estados Unidos.
As negociações entre os dois países serão retomadas "sobre a base da igualdade e do respeito mútuo". Xi Jinping iniciou a reunião comentando que eles estavam não muito longe do local onde, há 48 anos, atletas chineses e americanos se enfrentaram no ping-pong. A clara alusão à histórica "diplomacia do ping-pong" entre as duas potências, foi interpretada como uma proposta ao diálogo. "China e Estados Unidos podem tanto ganhar com a cooperação, quanto perder com a luta", disse Xi a Trump, segundo a agência Xinhua.
Trump considerou a reunião com o presidente chinês de "excelente" e garantiu que as negociações bilaterais tinham "voltado ao bom caminho". Antes do encontro, Trump já havia mostrado que estava aberto a negociações, ao afirmar que "seria histórico se pudéssemos alcançar um acordo comercial justo".
Em entrevista coletiva, o presidente americano ressaltou, no entanto, que as novas tarifas sobre produtos chineses estão descartadas "pelo menos por enquanto". Ele também falou, sem entrar em detalhes, sobre a possibilidade de suavizar o veto ao grupo tecnológico chinês Huawei, um ponto sensível na complexa relação comercial entre dos dois países.
 A trégua é similar a que foi anunciada pelos dois presidentes no G20 do ano passado em Buenos Aires, embora meses depois a guerra comercial tenha recomeçado.
 A guerra comercial entre Estados Unidos e China era a questão mais sensível desta Cúpula do G20 na cidade japonesa de Osaka. "Esse era realmente o tema dominante, o restante era secundário", opinou Thomas Bernes, do 'Center for International Governance Innovation', um grupo de pesquisas canadense.
Neste sentido, o comunicado final do G20 adverte que "as tensões comerciais e geopolíticas se intensificaram" e podem afetar um crescimento mundial que já está enfraquecido. No entanto, o documento não critica o protecionismo americano. O grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo, criado em 2008, representa 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.ANG/RFI


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