Preservação
de espécie/”As
duas chimpanzés da Guiné-Bissau estão
bem no Santuário no Quénia”, revela o IBAP
Bissau, 13 Jul 20 (ANG) – A
Coordenadora de Departamento de Conservação de Biodiversidade do Instituto da
Biodiversidade e das Árias Protegidas (IBAB), revelou hoje que as duas chimpanzés
denominadas Bó e Bela, que em Maio de 2018 foram transferidas para o Santuário
de Quénia, se encontram em óptimas condições de saúde.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Aissa Regalla de Barros disse que o Bó e Bela fizeram boa viagem para Quénia, e tive
ram que passar pela quarentena para serem testadas, se são ou não portadores de qualquer doença.“Mas tudo bateu certo porque
antes de partida, os dois animais passaram por muitos exames veterinários. Partiram
sem qualquer doença que podia contaminar outros chimpanzés no mesmo Santuário
onde foram recebidos”, descreveu a Coordenadora.
Acrescentou que para se adaptarem a nova casa, tinham uma
instrutora veterinário que lhes orientavam em quase tudo: como arranjar a cama,
recuperar os alimentos entre outras .
“Para inserirem na
comunidade de outros chimpanzés de mesmo Santuário, tinham que arranjar uma mãe
adotiva que ficava todos os dias com elas, como forma de se adaptarem ao cheiro
dos outros. Se não poderiam ser atacadas por outros chimpanzés do sexo masculino”,
disse Aissa Regalla de Barros.
Aquela responsável destacou
que a Direcção das Florestas e Fauna Selvagem, está a trabalhar muito no que
tem a ver com os casos de chimpanzés, acrescentando que, já identificaram
cinco chimpanzés que se encontram em alguns cativeiros do país.
Segundo Aicha Regala estes
animais já não têm condições de regressar para as matas, e o país não tem
condições de construir um Santuário para
abrigá-los.
Aissa Barros acrescentou que os cinco chimpanzés correm o risco de
não terem um futuro condigno, porque precisam de muito cuidado para sobreviverem
num ambiente compatível à suas realidades.
“A prática de capturar os
chimpanzés para o cativeiro não é uma boa ideia, porque as pessoas podem pensar
que têm capacidade de domesticá-los mas, pelo contrário, enganam-se. Têm os seus
meios e o seu ambiente. Quando começam a
cresce vem logo o processo de acasalamento, e se isso não acontecer, tornam-se
agressivos, o que lhe leva muita das vezes a atacar as pessoas”, revelou Aissa
Regalla.
A Coordenadora de
Departamento de Conservação de Biodiversidade realçou que a Direcção das Florestas e Fauna Selvagem
continuará a trabalhar no sentido de identificar quantos chimpazes ainda se
encontram no cativeiro, para mais tarde estudar os mecanismos para encontrar um
financiamento para a construção de um
santuário que poderá abrigá-los aqui no país.
Questionado sobre se o país é que custea a estadia de Bó e Bela no estrangeiro, Aissa Regala disse que a Guiné-Bissau não paga nada para a estada dos dois animais no Santuário de Quénia, porque tudo é sustentado por uma Organização que trabalha com fundos angariados pelos turistas e financiamentos de parceiros. ANG/LLA/ÂC//SG
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