quarta-feira, 31 de março de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Desporto/”Nova época desportiva arranca quinta-feira”, anuncia vice Presidente da FFGB 

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) – A nova época desportiva na Guiné-Bissau vai arrancar amanhã(01/04), anunciou hoje o membro do Comité Executivo e um dos vice presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau.

Em entrevista exclusiva à ANG, Bonifàcio Malam Sanhá  revelou que para amanhã, quinta-feira, está prevista apenas a cerimónia oficial de abertura da época desportiva no país.

Sanhá disse  que a abertura da época desportiva  vai ser assinalada com a realização de um torneio, denominado Taça da Guiné-Bissau, para permitir aos clubes da primeira, segunda divisão e de futebol provincial, realizarem jogos que vão servir de pré-época.

Acrescentou que, depois arrancará o campeonato nacional " que também será disputado entre as equipas da mesma zona, divididas para a disputa do campeonato nacional, de forma a poderem cumprir  as exigências impostas pelo Alto Comissariado da Covid-19, para se evitar a aglomeração das pessoas nos estádios.

Quanto ao arranque propriamente dito das competições  do campeonato nacional de futebol da primeira e segunda liga guineense,  Bonifácio Sanhá disse que está agendada para o dia 09  de Abril.

Referiu   que desde o mês de janeiro que a FFGB anunciou oficialmente a sua  abertura, mas que não foi possível porque o governo, na altura, ordenou a suspensão de todas as actividades no país, devido ao aumento de números de casos de Covid-19..

Informou que quanto ao arranque da competição desportiva, todas as condições já foram criadas por parte da "FFGB" e que permitirão aos clubes  iniciarem a prova.

Questionado sobre se a FFGB criou condições para que algumas partidas de campeonato deste ano possam ser disputadas no período da noite,  Bonifácio Malam Sanhá disse que a Federação está à trabalhar neste sentido com uma empresa Portuguesa que opera no país.

Acrescenta, a propósito, que,   enquanto  não for fechado um acordo com essa empresa as provas serão realizadas no período
da tarde, como habitualmente. ANG/LLA/ÂC//SG

 

Moçambique/ “Intervenção internacional é inevitável para recuperar palma” diz  consultora

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) - A consultora NKC African Economics considerou hoje que uma intervenção internacional é inevitável no norte de Moçambique e salientou que o ataque da semana passada "foi estratégico" porque impede os trabalhos no megaprojecto de gás.

"O ataque a Palma foi um ataque estratégico, tendo em conta a proximidade com as operações da Total, e o 'timing' pode ter tido a ver com a decisão de recomeçar os trabalhos", escreveu o analista Zaynab Mohamed numa nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso.

No comentário à violência que se vive na região, Zaynab Mohamed acrescentou que "vai ser necessária uma intervenção internacional para recuperar o controlo e atingir a estabilidade na região", já que a única estrada que pode levar mantimentos até à zona do megaprojeto de transformação do gás é controlada pelos terroristas.

"Devido à falta de desenvolvimento na área, só há uma estrada pavimentada para Palma, que alegadamente está sob o controlo dos insurgentes há várias semanas; se os militantes conseguirem manter o controlo de Palma também, isso tornará praticamente impossível que os trabalhadores do projecto tenham acesso a mantimentos via terra", escreveu o analista.

Para Zaynab Mohamed, "a crise de segurança em Cabo Delgado está a tornar-se mais séria, porque os grupos armados presentes na região, apesar de estarem visíveis desde 2017, estão agora claramente mais preparados e mais coordenados, o que sugere que estão a receber apoio externo".

Os equipamentos militares comprados pelo Governo moçambicano, considerou, não vão conseguir resolver o problema e por isso é preciso uma intervenção internacional.

"Quanto mais tempo demorar para ganhar terreno aos insurgentes, mais difícil será recuperar o controlo da área e recomeçar o trabalho no projecto de gás", concluiu o analista.

O projecto Mozambique LNG consiste na exploração de gás ao largo da costa no campo Golfinho-Atum, na Área 1 da bacia do Rovuma, bem como a construção de uma central em terra.

A petrolífera francesa Total é a maior detentora do projecto, com 26,5%, seguida da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 16,5%, e mais cinco entidades multinacionais, com participações menores.

O projecto deverá começar a exportar gás em 2024, ano em que é previsível que as receitas do país subam exponencialmente, financiando os investimentos para o desenvolvimento económico de Moçambique.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas e o último aconteceu no passado dia 24, em Palma, em que dezenas de civis foram mortos, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas acções já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora haja relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona. ANG/Angop

Justiça/Mulheres Juristas exigem clareza da Justiça Social na Constituição da República

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) – A Associação das Mulheres Juristas da Guiné-Bissau, exigiu hoje as autoridades do país para tornar mais claro na Constituição da República a questão da Justiça Social e em especial a problemática de igualdade de gênero.

Segundo a Rádio Sol Mansi, a exigência foi apresentada pela Jurista Carmelita Pires, que falava em nome da Associação, à margem de um seminário, em Bissau, sobre divulgação de conteúdos da revisão constitucional,.

A antiga ministra da justiça exigiu a especificação na Constituição da República, da proteção da maternidade, da Família, Criança, Jovens, Idosos e de Pessoas com deficiência.

"Muitas leis foram feitas sobre a questão da Mulher, mais queremos mais dignidade com a mulher, não só na vida política, mas sim, na sua atuação cívica e na vida económica para ter proteção da Lei diretamente na Constituição da República”, disse Carmelita Pires.

De acordo com a Jurista, a mulher ainda sofre   com vários problemas, desde a mutilação genital, violência doméstica à  vários outros obstáculos que querem que sejam banidos para dar dignidade a mulher.

Segundo  Carmelita Pires, a mulher acaba de forma direta e indiretamente por cuidar de crianças, jovens, idosos e das pessoas com deficiência, por isso deve ter uma “proteção essencial”.

O Projecto de revisão da Constituição da República está na agenda da Assembleia Nacional Popular, sendo que a Presidência da República já
se avançou sobre essa matéria com a elaboração de propostas de revisão.ANG/Sol Mansi

CPLP/Reunião ministerial aprova plano para combate ao trabalho infantil 2021-2025

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) – A XIV reunião dos Ministros do Trabalho e Segurança Social realizada terça-feira, por vídeo-conferência, recomendou o reforço das estratégias nacionais de redução da pobreza e aprovou o plano de trabalho para o combate ao trabalho infantil 2021-2025.

O encontro, que acontece sob a presidência de Cabo Verde e que contou com a participação de quase todos os nove países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), teve como tema “Covid-19 e o mundo do trabalho” e serviu para abordar e concertar posicionamentos no combate aos impactos devastadores da pandemia no mundo do trabalho.

Segundo a ministra da Justiça e do Trabalho de Cabo Verde, Janine Lélis, todos os países tiveram a oportunidade, a partir das suas intervenções, de descrever as suas políticas, as medidas que tomaram para proteger o rendimento das famílias, os postos de trabalho e a saúde das pessoas.

“Resulta unânime que nós todos devemos, cada vez mais, estender os pisos de protecção social para que os nossos países, a nossa comunidade possa responder da melhor forma aos desafios, agora mais expressivos por causa da covid, e por causa do que a covid-19 trouxe para o mundo do trabalho”, explicou.

De entre as recomendações constantes de uma declaração final, a governante cabo-verdiana destacou o reforço das estratégias nacionais para o desenvolvimento de medidas para a redução da pobreza, a promoção de políticas sociais e políticas activas de emprego.

O plano de trabalho para o combate ao trabalho infantil 2021-2025, conforme explicou, foi aprovado como forma de promover o engajamento de todos os países da comunidade na luta contra o trabalho infantil em linha daquilo que se mostra necessário fazer, tendo em conta os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o comprometimento que todos têm em relação à OIT.

Outras recomendações vão no sentido de também reforçar a cooperação e concertação político-diplomática, e de desenvolver as acções de cooperação técnica entre os países, tendo sido instruído o Secretariado Técnico Permanente no sentido de avaliar a possibilidade de reactivar um centro de informação de protecção social.

“Foi entendido aqui que temos boas práticas a partilhar e que seria muito bom a possibilidade de criar esse centro de informação, por forma a que todos possam ter, ao mesmo tempo, um nível de informação sobre as medidas que estão sendo desenvolvidas nos vários países da comunidade para que a gente possa nesta via, de troca de informações e partilha de dados, fazer melhor a favor dos nossos povos”, sustentou.

Igualmente foi mandatado ao secretariado técnico a criação de um grupo de trabalho para promover uma reflexão sobre o Conselho Económico e Social da CPLP, uma entidade que, na perspectiva de Janine Lélis, poderá ser de “grande valia” na medida em que poderá servir de fórum de concertação social a nível da comunidade. 

“Será um parceiro social para nos ajudar naquilo que seria a definição das melhores políticas públicas neste sentido”, disse, indicando ainda que houve consenso sobre a necessidade da ratificação da convenção multilateral da segurança social da CPLP, um projecto que já vem de algum tempo, e cuja ratificação se faz necessária para sua aplicabilidade.

Da parte cabo-verdiana, que detém a presidência da CPLP, participou, para além da ministra da Justiça e do Trabalho, Janine Lélis, o ministro da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário. ANG/Inforpress

 

            Covid-19/ Guiné-Bissau regista mais 13 novos casos de infecção

Bissau, 31 mar 21 (ANG) – A Guiné-Bissau registou mais 13 novos casos de infeção pelo coronavírus, segundo os dados divulgados segunda-feira pelo Alto Comissariado.

De acordo com os dados de Boletim Diário do Comissariado para Covid-19 à  que a Agência de Noticias da Guiné teve acesso, foram registados mais 13 casos, elevando assim o total acumulado para 3.647.

Conforme o Boletim, desde o início da doença já morreram 61 pessoas no país devido à pandemia da covid-19.

No Boletim, o Alto Comissario indicou que recuperaram mais 10 pessoas,  elevando para o total acumulado de 2.950.

O documento aponta que existe 630 casos activos no país, e que continuam internadas 16 pessoas.ANG/LPG/ÂC//SG

 

Níger/Vários militares detidos após alegada tentativa de golpe de estado

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) - Vários militares foram presos no Níger após uma alegada tentativa de golpe de Estado, hoje de madrugada, a poucos dias da tomada de posse do novo Presidente, segundo uma fonte de segurança.

De acordo com a mesma fonte, o incidente começou com um tiroteio esta madrugada na capital do Níger, perto do palácio presidencial, numa alegada tentativa de golpe de Estado.

O tiroteio começou por volta das 03h00 locais e prolongou-se por mais de 15 minutos, disseram residentes de Niamey, mas a calma regressou à cidade depois.

"Houve detenções entre os poucos elementos do exército que estão por detrás desta tentativa de golpe. Este grupo de soldados não pôde aproximar-se do palácio presidencial quando a Guarda Presidencial voltou a disparar", disse a fonte, acrescentando que a situação estava "sob controlo".

A Embaixada dos EUA em Niamey lançou um alerta de segurança dizendo que seria encerrada na quarta-feira "devido a tiros ouvidos" na zona onde se situa a representação diplomática.

"Todo o pessoal é encorajado a ficar em casa até nova ordem", disse a fonte da embaixada.

O incidente regista-se apenas dois dias antes da tomada de posse do novo Presidente, Mohamed Bazoum, prevista para sexta-feira e enquanto o Níger enfrenta uma ameaça crescente de extremistas islâmicos perto da sua conturbada fronteira com o Mali.

Há uma semana, várias aldeias foram atacadas por homens armados na região fronteiriça, provocando pelo menos 137 mortos. Estes ataques ocorreram no mesmo dia em que o tribunal constitucional validou a vitória eleitoral de Bazoum.

Em Janeiro, pelo menos 100 pessoas foram mortas em outros ataques a aldeias, no mesmo dia em que o Níger anunciou que as eleições presidenciais iriam para uma segunda volta, no dia 21 de Fevereiro.

O rival de Bazoum, o antigo Presidente Mahamane Ousmane, contesta os resultados eleitorais e reclamou a vitória, apelando a "manifestações pacíficas" em todo o país.

A história do Níger, um dos países mais pobres do mundo, é marcada por golpes de Estado.

Desde a independência desta antiga colónia francesa, em 1960, houve quatro golpes: o primeiro, em Abril de 1974 contra o Presidente Diori Hamani, e o último em Fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mahamadou Tandja.

A transferência de poder entre o chefe de Estado cessante, Mahamafou Issoufou, e Mohamed Bazoum é a primeira entre dois presidentes democraticamente eleitos.ANG/Angop

 

CAN 2022/Guiné-Bissau vence ao Congo e se qualifica para a prova maior do futebol africano

Bissau,31 Mar 21(ANG) - A seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau “Djurtus” recebeu e derrotou na terça-feira, a sua congénere do Congo Brazzaville por três a zero (3-0) na sexta e última jornada da fase de grupos de apuramento para o Campeonato Africano das Nações de 2022, que vai decorrer nos Camarões.

 A vitória dos pupilos de Baciro Candé permitiu a qualificação, pela terceira vez consecutiva, para a prova maior do futebol africano.


Os ‘Djurtus’ tinham de vencer para carimbar o passaporte para o CAN-2022 e foi o que fizeram.
 Os pupilos de Baciro Candé, seleccionador da Guiné-Bissau, venceram por 3-0 o Congo Brazzaville e saltaram para o segundo lugar, terminando com 9 pontos.

A Guiné-Bissau entrou bem no encontro, controlando a bola, mas sem encontrar o caminho da baliza até ao minuto 45, após um lance com uma certa confusão na área, o avançado guineense Piqueti acabou por rematar forte à baliza, abrindo o marcador em cima do intervalo.

Os ‘Djurtus controlaram o jogo e durante a segunda parte conseguiram acrescentar mais dois tentos apontados pelo avançado Frédéric Mendy, aos 73 minutos, e pelo avançado Jorginho, aos 80 minutos.

Com este triunfo por 3-0, a Selecção guineense subiu ao segundo lugar com 9 pontos e alcançou o apuramento para o CAN de 2022 que vai decorrer nos Camarões.

No primeiro lugar ficou o Senegal com 14 pontos, isto após o empate a uma bola, em casa, frente a Essuatíni, antiga Suazilândia.

O Congo Brazzaville terminou no terceiro lugar com 8 pontos, enquanto Essuatíni acabou na quarta e última posição com dois pontos.

Pela terceira vez consecutiva a Guiné-Bissau, com  o seleccionador Baciro Candé, apurou-se para o Campeonato Africano das Nações, após 2017 no Gabão e 2019 no Egipto.

Após a vitória, o capitão da selecção nacional Jonas Mendes pediu as autoridades guineenses par  melhorarem as condições de trabalho dos jogadores da seleção.

“Estamos de parabéns mais uma vez pelo apuramento da seleção nacional. Os guineenses que nunca se disponibilizaram para apoiar os Djurtus, por favor, apoiem-nos, porque temos valores e voltamos a dar alegria ao povo guineense”, disse Mendes.

“Só com o trabalho é que a Guiné-Bissau pode avançar para a  frente, por isso é preciso que ajudemo-nos uns aos outros”, afirmou o capitão dos “Djurtus”. 

Por sua vez, o seleccionador nacional, Baciro Candé dedicou a vitória à sua família e ao avançado João Mário,  jogador da seleção que não participou do jogo desta terça-feira, devido à lesão que contraiu no jogo frente à Esswatíni.

 “Dedico esta vitória à minha família e ao João Mário. A Guiné-Bissau está de parabéns pela sua qualificação”, declarou Candé.

Questionado sobre o segredo da vitória, Candé respondeu que foi o trabalho  árduo dos jogadores e da  equipa técnica, porque sempre acreditaram que poderiam ganhar a seleção congolesa  em Bissau.

Visivelmente satisfeito com a vitória dos Djurtus, o Mister Candé pediu a união entre os guineenses à volta da seleção nacional.ANG/odemocrata

 

OMS/Relatório sobre origem de Covid deve ser completado com mais investigações

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) - O director-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanon Ghebreyesus, afirmou na terça-feira que  uma  investigação mais profunda deve ser efectuada sobre a origem do surto de  coronavírus, de forma a verificar se o mesmo é o resultado de uma manipulação em laboratório.

A declaração de Ghebreyesus, ocorre numa altura em líderes mundiais apelam a um novo tratado para combater futuras pandemias.   

O relatório elaborado pela Organização Mundial de Saúde e peritos chineses, tinha considerado que a hipótese de uma fuga de laboratório ,no que diz respeito a propagação do  vírus  da Covid-19, era pouco provável.

Realizado  em colaboração com cientistas chineses, o citado relatório aponta antes para a possibilidade do novo coronavírus ter originado em morcegos e posteriormente transmitido às  pessoas, por  intermédio de outro animal.

Contudo  o director-geral da OMS, Tedros Adhanon Ghebreyesus, considerou que  mesmo uma hipotética  fuga laboratorial, implica a necessidade de investigações suplementares com a participação de especialistas.

Ghebreyesus sublinhou que, a  delegação de peritos internacionais que se deslocou à  China dificilmente teve acesso à dados brutos, no decurso da sua missão.

O director-geral da OMS pediu que, futuramente, mais dados oportunos e abrangentes sejam trocados.

O  relatório da missão de peritos  internacionais foi divulgado na  terça-feira, 30 de Março de 2021, um ano depois da prevalência da pandemia de Covid, que já provocou a morte  de 2,8 milhões de pessoas no mundo, e numa altura  em  que muitos países enfrentam novos surtos de contaminação pelo novo coronavírus.

 Líderes mundiais, de mais de 20 países, apelaram numa tribuna publicada por vários jornais internacionais, a implementação de um novo tratado internacional, para lutar com maior eficácia contra eventuais futuras pandemias ou quando um país for confrontado com um surto epidémico.

Os dirigentes signatários do artigo  incluem  países como a Alemanha, a França, Coreia do Sul, África do Sul, assim como a União Europeia e a Organização Mundial de Saúde. ANG/RFI

 

Pescas/”Senegal vai ajudar a formar técnicos guineenses do sector      

Bissau,31 Mar 21(ANG) - O ministro das Pescas, Malam Sambú, anunciou terça-feira ter chegado à um acordo com o Senegal para a formação de quadros guineenses no domínio das pescas, como contrapartida da atividade de pesca artesanal nas águas guineenses.

Malam Sambú esteve na semana passada em Dacar, onde manteve reuniões de trabalho com o seu homólogo senegalês, Omar Gueye, nas quais foi  analisada a implementação do acordo geral de pesca rubricado entre os dois países.

O acordo, em vigor desde 1978, renovável a cada ano, venceu desde janeiro passado, mas devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, não foi possível a sua prorrogação.

Os dois governos acordaram pela sua prorrogação tácita para vigorar até junho próximo, notou Malam Sambú.

 mas entendeu ser necessário conversar com o seu homólogo senegalês "sobre algumas zonas sombra do acordo".

"O acordo prevê que a Guiné-Bissau conceda licenças de pesca artesanal ao Senegal em condições vantajosas, em contrapartida o Senegal disponibiliza centros de formação para os nossos quadros, mas não está claro  quem  paga essa formação", declarou Sambú.

Nas conversações com Omar Gueye ficou acordado que o Senegal vai arranjar formas de custear a formação de quadros guineenses, no domínio das pescas, adiantou Malam Sambú, que considera ter sido alcançado "um bom entendimento".

Segundo o  ministro guineense das Pesccas, o Senegal "sobrevive das pescas" e  atualmente existem 250 canoas daquele país em atividade de pesca artesanal nas águas da Guiné-Bissau.ANG/Lusa

 

Rússia /Aprovada lei que permite a Putin permanecer no poder até 2036

Bissau, 31 Mar 21 (ANG) - O Conselho da Federação da Rússia (Senado) adoptou hoje a lei que permite ao Presidente russo, Vladimir Putin, permanecer no Kremlin até 2036.

A aprovação formal da lei, que implica uma das emendas constitucionais adoptadas pelo plebiscito do dia 01 de Julho de 2020, ocorre depois da Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo) ter votado favoravelmente o projecto no dia 24 de Março.

Uma das modificações constitucionais - e que para os detractores de Putin foi o principal objectivo da reforma constitucional -, permite ao chefe do Kremlin, que chegou ao poder no ano 2000, apresentar-se em eleições mais duas vez: em 2024 e 2030.

A nova lei precisa, nesse sentido, que a mesma pessoa não pode ocupar o cargo de chefe de Estado durante mais de dois mandatos, mas, ao mesmo tempo, não impede ao político que "tenha ocupado ou ocupe o cargo de presidente da Federação Russa participar como candidato nas eleições Presidenciais no momento da entrada em vigor da modificação".

A norma refere ainda que no futuro apenas podem ser candidatos à Presidência do país os cidadãos com mais de 35 anos que tenham vivido permanentemente no país pelo menos durante 25 anos consecutivos. 

Os candidatos ao Kremlin não podem ter dupla nacionalidade ou passaporte de outro país, no passado.ANG/Angop

 

 

terça-feira, 30 de março de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

 

Covid-19/ Alto Comissariado cria condições para arranque da vacinação

Bissau, 30 Mar 21 (ANG) - O secretário do Alto Comissariado para a Covid-19 , Plácido Cardoso disse segunda-feira que estão a ser criadas "todas as condições" para que a vacinação contra o novo coronavírus arranque oficialmente a 03 de Abril.

"Todas as condições estão a ser criadas. Amanhã [terça-feira] vai começar a formação dos agentes de vacinação", anunciou o médico guineense.

O início da campanha de vacinação começa em 02 de Abril, com os profissionais de saúde, mas oficialmente a campanha só é lançada no dia seguinte.

Plácido Cardoso falava na conferência de imprensa semanal sobre a evolução da pandemia provocada pelo novo coronavírus no país.

A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.634 casos, incluindo 61 vítimas mortais.

Atualmente, há 627 casos ativos no país e a taxa de letalidade é de 1,7.

Na última semana foram registados 66 novos casos de covid-19 no país, mas Plácido Cardoso salientou que "há uma greve na função pública que tem tido repercussões na testagem".

O Setor Autónomo de Bissau continua a ser a região do país com mais números de casos e mortos e os bairros da capital mais afetados são o Bandim, Antula, Bairro Militar, Cuntum e Praça.

Nas declarações aos jornalistas, o médico guineense recordou que a luta contra a covid-19 é uma "responsabilidade" de todos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.784.276 mortos no mundo, resultantes de mais de 127 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Lusa

 

Níger/Presidente Bazoum declara que não há diálogo possível com jihadistas

Bissau, 30 Mar 21 (ANG) - O Presidente do Níger, Mohamed Bazoum reagiu sobre o terrorismo que afecta o seu país e considerou que os jihadistas sendo

estrangeiros, não existe a possibilidade de discussão. 

Em entrevista à RFI e França 24, Bazoum sublinhou que os terroristas que fazem incursões no seu país, não somente não são nigerinos, como até a data não puseram em causa a governação  dos dirigentes do Níger.    

Eleito presidente da República do Níger no  dia 21 de Março, Mohamed Bazoum, reagiu pela primeira vez  acerca do terrorismo que tem assolado o seu país e outros Estados do Sahel, nomeadamente o Mali.

Bazoum, não excluiu a possibilidade de uma retirada parcial das forças francesas envolvidas na operação Barkhane, mas solicitou a França , que mantenha no Sahel o seu dispositivo aéreo.

O chefe de Estado nigerino, destacou também o facto de que, entre 2016 e 2017, tentou negociar uma trégua com os grupos jihadistas, que ele afirma serem chefiados por indivíduos do Magrebe (África do Norte) , mas que foi obrigado a renunciar perante a intransigência dos  terroristas.

Mohamed Bazoum sublinhou  na sua entrevista exclusiva à  RFI e à France 24 que, nos grupos jihadistas que têm efectuado incursões no Níger não existem nigerinos e que, não há uma comparação possível entre a situação do seu país e o Mali, onde, segundo ele, os  terroristas operam a partir do território nacional.

Existem situações muito diferentes.  No Mali e  no Níger, como  comparar não é ponderar , nós não podermos considerar  qualquer  tipo de diálogo, na medida  em  que  não há um único  chefe jihadista nigerino.

Não existe nenhuma base jihadista  no nosso território, assim  como nunca ouvimos a mínima declaração por parte de um protagonista  importante, que faça alusão ao Níger ,  no que toca à governação deste país, e que coloque seja qual for o problema.  

Nós não temos nigerinos, não temos parceiros nigerinos. Nós temos pessoas  do Magrebe  que lideram o grupo IGS, e que levam a cabo o jihad, a guerra , principalmente no Mali, em todo caso, segundo eles, que fazem incursões no Níger. Nós não podemos discutir com indivíduos que não são nigerinos .

E como não há nigerinos com os quais nós podemos dialogar, então para nós, o problema não se coloca. Por conseguinte não devemos comparar a nossa situação com a do Mali”, disse Mohamed Bazoum.

O  Presidente  Bazoum  acrescentou  que os últimos ataques jihadistas de que foi alvo o Níger e durante o qual morreram mais  de uma centena  de habitantes, designadamente próximo de Tilia, na região  de Tahoua, nada  tem a ver com os resultados eleitorais que culminaram com a sua vitória, mas sim com o facto de que os jihadistas querem obrigar as populações do referido distrito, que já  pagam um imposto, chamado de zakata apoiar o terrorismo contra o Estado nigerino.

De acordo com o Presidente nigerino, a prioridade é evitar que o terrorismo jihadista  se transforme num conflito intercomunitário. 

Mohamed Bazoum acusou os jihadistas do Estado Islamico no Grande Magrebe (EIGS) de fazer incursões no seu país e de atacar principalmente o Mali.

Referindo-se à retirada parcial das tropas francesas da operação Barkhane, em vigor no Sahel, Bazoum considerou que dado o modo e o conceito operacionais, a medida terá antes de tudo um impacto simbólico e  político. "Para nós o importante é a manutenção das forças aéreas francesas ", realçou o Presidente Mohamed  Bazoum.

Bazoum declarou também que, no capítulo interno, a educação, em particular a das mulheres,será uma prioridade do seu mandato. ANG/RFI

 

Justiça/ Presidente do STJ adverte para "sociedade selvática"no país

Bissau,30 Mar 21(ANG) - O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, defendeu que sem a observância da lei pelos órgãos públicos a sociedade torna-se selvática e sem desenvolvimento para a população.

Paulo Sanhá falava na tomada de posse de três novos membros do Conselho Superior de Magistratura Judicial, eleitos no passado dia 11 e que, a partir de segunda-feira (29.03), assumiram funções.

Sem se referir em concreto ao diferendo que o opõe ao procurador-geral da República, Fernando Gomes, que emitiu um mandado de detenção contra si, Paulo Sanhá aproveitou a ocasião para abordar a forma como vê a atuação dos órgãos judiciais.

"Nenhum país pode conhecer a paz e o bem-estar para a sua população sem o respeito pelo Estado de Direito democrático. Dito por outras palavras: sem o respeito pelo primado da lei não há Estado, não há sociedade organizada e civilizada, assistir-se-á a uma sociedade selvática", referiu Paulo Sanhá.

O procurador-geral da República quer ouvir Paulo Sanhá no âmbito de uma denúncia contra si intentada pelo cidadão guineense Bubacar Bari, que acusa o juiz conselheiro de "denegação da justiça, prevaricação, abuso de poder e administração danosa".

Paulo Sanhá afirmou que "todas as atuações dos servidores públicos devem ter respaldo da lei" e que "o contrário é arbitrariedade".

Citando o filósofo e escritor italiano Norberto Bobbio, o presidente do STJ da Guiné-Bissau defendeu que "o direito e poder são duas faces da mesma moeda", mas frisou que "o poder, para ser aceite, precisa de legitimidade e competência".

"A atuação dos órgãos públicos no exercício dessa legitimidade deve conformar-se à lei, sob pena de tirania", observou Paulo Sanhá.

Aos recém-eleitos, o presidente do STJ pediu "coragem, abnegação e estrito respeito da lei" para garantir "de forma intransigente" a independência do poder judicial "face às incursões dos demais poderes", disse.ANG/Lusa

 

Moçambique/Agências humanitárias sem dinheiro nem ‘stocks’ para acudir a Cabo Delgado

 Bissau, 30 Mar 21 (ANG) – As agências humanitárias das Nações Unidas enfrentam falta de dinheiro para socorrer o norte de Moçambique e faltam ‘stocks’ de itens essenciais, como comida e medicamentos, disserem à Lusa duas fontes da organização.

Os doadores ainda só cobriram 10% do apelo de 254,4 milhões de dólares (216,31 milhões de euros) feito em Dezembro para apoiar Cabo Delgado, numa altura em que ainda não se contava com o agravamento decorrente do ataque a Palma, referiu fonte oficial.

O ataque de dia 24 aconteceu ao lado do maior investimento privado em África da ordem dos 20 mil milhões de euros, liderado pela petrolífera Total, para exploração de gás, uma das principais riquezas naturais da região norte de Moçambique.

A situação é crítica, acrescentou à Lusa outra fonte humanitária no terreno: nalguns casos, os itens à disposição da assistência humanitária satisfazem 30% das necessidades identificadas.

Algumas comunidades deslocadas já nem aceitam receber equipas técnicas para realização de levantamentos caso não levem comida, disse uma pessoa envolvida nas operações.

“Se não tem comida, não vale a pena”, disse.

A fome grassa junto dos 700 mil deslocados do norte de Moçambique, cerca de metade crianças (sem contar com o impacto do ataque a Palma), que chegam a ficar vários dias sem comer ou recorrem a plantas silvestres – esta é também a época baixa da produção agrícola, que só deverá ter novas colheitas a partir de Abril e Maio.

No terreno, quem presta ajuda humanitária pede um reforço de ‘stocks’ que, para já, não se sabe de onde virá, alertando em especial para o impacto da desnutrição infantil, que terá reflexos por muitos anos.

Além de comida (o kit habitual inclui arroz, milho ou feijão e óleo), faltam os itens não alimentares (roupa, abrigo e utensílios básicos para cozinhar) e medicamentos.

Antibióticos fazem parte de qualquer lista de necessidades, além de antidiarreicos (baseados em zinco) e antimaláricos, específicos para Cabo Delgado onde a cólera está sempre à espreita e a malária está entre as principais causas de morte.

“O que está em armazém não chega”, disse a fonte ligada à ONU, temendo o impacto acrescido dos deslocados pelo ataque a Palma.

Em declarações feitas à Lusa 20 dias antes do ataque a Palma, a coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique, Myrta Kaulard, classificou como “muito grave” a falta de recursos financeiros para acudir à crise humanitária, reflexo do impacto da covid-19 nos principais países doadores.

“O problema dos recursos financeiros é muito grave”, referiu.

Aquela responsável chega hoje a Pemba para acompanhar a situação juntamente com as autoridades moçambicanas.

Dezenas de civis foram mortos pelo grupo armado que atacou a vila na quarta-feira, segundo o Ministério da Defesa moçambicano.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou na segunda-feira o controlo da vila de Palma, junto à fronteira com a Tanzânia.

Vários países têm oferecido apoio militar no terreno a Maputo para combater estes insurgentes, cujas acções já foram reivindicadas pelo autoproclamado Estado Islâmico, mas, até ao momento, ainda não existiu abertura para isso, embora existam relatos e testemunhos que apontam para a existência de empresas de segurança e de mercenários na zona.ANG/Inforpress/Lusa

Covid-19/União Africana compra até 400 milhões de vacinas à johnson&johnson

Bissau, 30 Mar 21 (ANG) - A União Africana vai comprar até 400 milhões de vacinas contra a covid-19 à farmacêutica Johnson & Johnson , alcançando metade do objetivo de vacinar 750 milhões de pessoas, anunciou segunda-feira o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).

"Todos os países membros da União Africana vão ter acesso a 200 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, com o potencial de poderem encomendar mais 180 milhões de doses adicionais, através de um acordo assinado a 28 de Março através do Fundo Africano de Aquisição de Vacinas", lê-se numa nota do Afreximbank enviada segunda-feira à Lusa.

"A maioria será produzida no gigantesco laboratório da África do Sul operador pela Aspen Pharma e as vacinas serão disponibilizadas aos países africanos através da Plataforma Africana de Fornecimento de Equipamentos Médicos num período de 18 meses", acrescenta-se ainda no texto.

A transação foi possível através do fundo de 2 mil milhões de dólares aprovado pelo Afreximbank, que agiu como intermediário financeiro em toda a operação, diz o banco, agradecendo "o apoio da Comissão Económica das Nações Unidas para África e do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para as Crianças [UNICEF]".

No comunicado, o banco multilateral vocacionado para os investimentos salienta ainda que esta é a vacina preferida pela maioria dos países africanos e aponta que o pagamento pode ser feito em dinheiro ou usando as plataformas financeiras do próprio Afreximbank.

"A aquisição directa das vacinas pelos estados africanos através da iniciativa AVATT [Grupo de Trabalho para a Aquisição de Vacinas em África] faz parte do objectivo continental de atingir um mínimo de 60% de imunização da população africana para eliminar a covid-19, uma meta que está em linha com outras regiões, como a Europa e os Estados Unidos", lê-se no comunicado, que lembra ainda que "a comunidade internacional de doadores comprometeu-se a fornecer 27% das vacinas através da iniciativa Covax e Gavi, enquanto África terá de encontrar o resto".

Para o director do Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (Africa CDC), John Nkengasong, "esta transação permite que África cumpra quase 50% do objectivo de vacinar 750 milhões de africanos, e a grande vantagem desta vacina é que é de toma única, o que a torna fácil de distribuir de forma rápida e eficaz, e com isso salva vidas".

África regista, desde o início da pandemia, quase 112 mil vítimas mortais e 4,1 milhões de infectados com o coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com o África CDC.ANG/Angop