Dia internacional das crianças/ Alta Comissária para Covid revela que casamento precoce e outras violações contra crianças aumentaram no período da pandemia
Bissau, 01 jun 21
(ANG) – A Alta Comissária para a Covid-19 afirmou que durante o confinamento por
causa da Covid-19 aumentaram o casamento precoce, a mutilação genital feminina e
várias outras formas de violência contra as crianças, meninas e raparigas.
“Sabemos que houve um
aumento significativo do número de crianças que vieram pedir acolhimento no
centro da AMIC, o que representa uma prova cabal do impacto negativo que a Covid-19
teve e que o confinamento e outras medidas relativas a prevenção da pandemia
tiveram nas crianças, sobretudo nas meninas”, frisou Magda Robalo.
Disse que o mundo, em
particular o país, está a viver um tempo especial o da pandemia, que tem
afetado, de forma negativa, e com impacto negativo sobretudo sobre as crianças.
Acrescentou que os
mais velhos têm que pensar nas crianças para poder ter uma sociedade mais
justa, saudável e próspera no futuro.
Magda Nely afirmou
ainda que, para além da pandemia, o país está a viver um período difícil onde
as escolas estão encerradas, centros de saúdes e hospitais em períodos de
greves já há vários meses, o que para ela, afeta também a saúde, a educação e
desenvolvimento das crianças.
“Não podemos desistir
de sonhar por uma Guiné-Bissau onde as crianças possam ser felizes todos os
dias e em que não haja trabalho infantil. Temos que continuar a sonhar que a
Guiné-Bissau possa ser um espaço físico, geográfico, mas também jurídico,
social e económico, onde as nossas crianças possam crescer saudáveis para que
possam ser adultos responsáveis que vão aplicar a justiça de maneira séria e
zelar pela equidade do género”, salientou.
Por sua vez, Fátima
Proença, em nome da Casa dos Direitos, elogiou o trabalho feito pela AMIC,
justificando que tem sido uma referência de redes das organizações que
trabalham com situações de crianças em riscos de exclusão e vulnerabilidade.
Segundo Proença, a
AMIC tem sido um exemplo não só para a
Guiné-Bissau como também para todos os países da língua oficial portuguesa,
nomeadamente, Timor-Leste e Brasil.
Assistiram ao ato os representantes da Plan Guiné-Bissau, da
Organização Internacional para Migração (OIM),e do Instituto da Mulher e Criança (IMC). ANG/DMG//SG
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