Covid-19/Levantam-se mais algumas restrições na União Europeia
Bissau, 17 Mai 22 (ANG - A obrigatoriedade da máscara de protecção contra a covid-19 nos aviões e aeroportos no seio da União Europeia foi levantada desde segunda-feira.
Esta medida
coincide com o fim, em França, da
obrigação de usar máscara nos transportes públicos.
Conforme anunciado na semana passada pela
Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), deixou desde
segunda-feira(16) de ser obrigatório o uso de máscara nos aeroportos e a bordo
dos aviões dentro do espaço da UE. A EASA não deixou contudo de sublinhar que
as regras relativas ao uso das máscaras “vão continuar a
variar consoante as companhias aéreas”.
Tal é o caso, por exemplo da Alemanha cuja
companhia aérea, a Luftansa, indicou não levantar a obrigação de se usar
máscara de protecção nas suas aeronaves. Além disso, as autoridades alemãs
referem que continua a ser necessário usar máscara e inclusivamente ter um
teste negativo para ter a possibilidade de ir ao hospital.
Em França, pelo contrário, desde esta
segunda-feira, foi levantada a obrigatoriedade da máscara nos transportes
públicos. Até agora, era ainda preciso proteger o rosto no metro, autocarro,
táxi, comboio e avião.
O levantamento destas restrições aplicadas
sem interrupção há mais de dois anos, acontece num momento de acalmia em França, onde na semana passada se
contabilizou um pouco mais de 32 mil casos em 7 dias, contra uma média acima
dos 40 mil casos na semana anterior.
Noutros
países da União Europeia, para além do caso da Alemanha, algumas restricções
continuam a vigorar nomeadamente na Bélgica onde a máscara continua a ser
obrigatória nos transportes, à semelhança da Espanha, onde deve ser igualmente
usada nos estabelecimentos de saúde e nos lares de idosos.
Na
Itália, para além das restricçoes acima citadas, o uso de máscara continua a
ser a norma em locais públicos como cinemas, teatros, salas de concerto,
estabelecimentos de ensino, comércios e repartiçoes públicas, sendo que
continua a ser necessário apresentar um passe vacinal para se entrar em
estabelecimentos médicos e lares de idosos.
Noutras
partes do mundo, como por exemplo em Angola, o país deixou segunda-feira de
estar em situação de calamidade. Entre as novas regras a serem aplicadas, as
máscaras deixam de ser obrigatórias em espaços abertos.
Também
no Ruanda, foi suprimido o uso de máscaras em espaços abertos, mas a população
é encorajada a continuar a usá-las em espaços fechados, sendo que os habitantes
do país continuam a ser obrigados a terem um esquema vacinal completo para
aceder a locais públicos.
Entretanto,
na Ásia, a situação tende a complicar-se na Coreia do Norte. Apesar do
isolamento deste país e apesar das suas autoridades terem optado na semana
passada pelo confinamento generalizado perante primeiros casos oficiais de
covid-19, a doença jà causou pelo menos 50 mortos a Coreia do Norte. Neste
contexto, ao criticar o sector da saúde do seu país, o Presidente kim Jong Un
ordenou segunda-feira a mobilização do exército para estabilizar a distribuição
de medicamentos.
Com
um sistema de saúde considerado mal preparado para situações extremas como um
surto de covid-19, peritos estimam que o surgimento dos primeiros casos
oficiais desta doença na Coreia do Norte poderá estar relacionado com a
organização de uma gigantesca parada militar no passado dia 25 de Abril, por
ocasião da celebração do dia das Forças Armadas daquele país, festejos que
envolveram mais de 20 mil pessoas.
Paralelamente, na China cuja capital económica, Xangai, está parada desde Abril devido a um novo surto de covid-19, a autarquia daquela cidade anunciou que pretende desconfinar os seus 25 milhões de habitantes e regressar à vida normal a partir do dia 1 de Junho. Para além do aspecto sanitário, a paralização de Xangai e de outras zonas da China nestas últimas semanas devido à pandemia, custou caro à economia chinesa que se vê obrigada a rever, em baixa, o seu objectivo de crescimento de 5,5% este ano.
ANG/RFI
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