CPLP/ Comunidade vai adoptar resolução para plataforma de combate à pesca ilegal
Bissau, 19 Mai 22(ANG) – Os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão adoptar uma resolução sobre a criação de uma plataforma para a promoção da pesca sustentável e combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, foi hoje anunciado.
A medida foi anunciada
pela secretária de Estado das Pescas de Angola, Esperança Costa, no âmbito de
uma reunião com os embaixadores dos Estados da CPLP preparatória da 5.ª Reunião
dos Ministros dos Assuntos do Mar da CPLP.
Esta reunião está
agendada para entre 24 e 26 de Maio, em Luanda, e a sua agenda e os principais
assuntos que serão discutidos no encontro estiveram hoje em análise na sede do
Ministério das Relações Exteriores angolano.
“Vai haver uma resolução
sobre o combate à pesca ilegal não declarada e não regulamentada e a criação de
uma plataforma de cooperação para a promoção da pesca sustentável”, disse
Esperança Costa, na abertura do encontro com os embaixadores da CPLP
acreditados em Angola.
Segundo a governante
angolana, a problemática da pesca ilegal não declarada e não regulamentada
impõe grandes perdas económicas nos Estados-membros da organização e “limita a
sustentabilidade dos recursos marinhos”.
“Iniciámos essa
discussão em fevereiro, em Namibe, e agora estamos em condições de aprovar uma
resolução para a criação desta plataforma de promoção de pesca sustentável, que
será analisada também nesta reunião de Luanda”, notou.
Segundo a secretária de
Estado angolana, a reunião de Luanda vai definir igualmente mecanismos de
concertação e atuação conjunta e serão analisados “meios de intervir para um
melhor patrulhamento e vigilância” dos mares.
O encontro de Luanda vai
decorrer sob o lema “Mobilizar Parcerias e Investimentos para o Desenvolvimento
Sustentável dos Mares dos Estados Membros da CPLP, Desafios e Oportunidades”.
Para Esperança Costa, a
mobilização conjunta de parcerias e investimentos a nível regional e
internacional “é fundamental, sobretudo para se ter acesso aos fundos
internacionais” que ajudem os países da CPLP numa transição para uma economia
azul.
“Todos os países da CPLP
são costeiros ou insulares e queríamos que no âmbito do desenvolvimento
sustentável dos nossos mares pudéssemos contar com apoio de fundos
internacionais”, salientou.
O secretário de Estado
das Relações Exteriores e Cooperação angolano, Domingos Vieira Lopes, destacou
a importância da reunião preparatória do encontro dos ministros dos Assuntos do
Mar da comunidade por estes ocuparem “um papel relevante na agenda comum”.
“Esperamos ver
refletidos na declaração final e demais textos propostas concretas, com prazos
exequíveis, e porque não um programa com ações e prazos definidos, de modo a
atingir os objetivos preconizados e extrair vantagens mútuas”, apontou.
Cabo Verde vai cessar a
presidência da reunião de ministros dos Assuntos do Mar da CPLP, nesta reunião
de Luanda, e passar as pastas para Angola, que detém a presidência rotativa do
bloco comunitário.
A economia azul, a
promoção da pesca sustentável e a promoção e fortalecimento das economias
sustentáveis baseadas no oceano e gestão, proteção, conservação e restauração
dos ecossistemas marinhos e costeiros serão alguns dos temas que vão ser
analisados na reunião de Luanda.
ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário