Guerra na Ucrânia/Dois maiores hospitais do país à beira de rotura de medicamentos essenciais
Bissau, 31 Mai 22(ANG) – O Hospital Militar Sino
Guineense está a deparar-se com a escassez de medicamentos essenciais para
atender os pacientes e o hospital Simão Mendes pode vir a ter o mesmo problema.
A situação foi confirmada esta terça-feira à ANG, pela responsável da Logística Médica e do Património do Hospital Militar Sino Guineense, Napn Fonseca.
Disse que tal situação se deve a guerra na Ucrânia, cujas
consequências estão a provocar o aumento dos preços de medicamentos praticado
pelos fornecedores.
“Os nossos
fornecedores de medicamentos, alegam a falta de combustíveis para o funcionamento
das fábricas de medicamentos e o seu elevado custo de transporte via marítima
para a Guiné-Bissau”, disse.
Segundo aquela responsável, o principal fornecedor de
medicamentos ao Hospital Militar, ao preço mais acessível, é a Central de
Comercialização de Medicamentos(CECOMES), que atualmente enfrenta problemas de
falta de medicamentos.
“Adquirimos ainda os medicamentos através das
Farmácias Aliance Pharma, a Sónia e a Saluspharma”, acrescentou.
Napn Fonseca indicou que, como alternativa para evitar
a rotura de medicamentos, pretendem fazer contratos mensais com os fornecedores,
de forma a passarem a abastecer o Hospital com frequência e mediante a rotura
de stock.
“Pedimos igualmente ao Governo no sentido de apoiar o
Hospital Militar em contratos com as empresas fornecedoras de medicamentos,
tendo em conta que atualmente esta unidade hospitalar não beneficia de nenhuma
ajuda de custo, porque funciona graças aos seus esforços internos”, frisou.
Por sua vez, o administrador do Hospital Nacional Simão
Mendes reiterou que a crise é universal, mas que aquela instituição sanitária, com apoio do seu
Comité de Gestão e através da Agência Espanhola de Ajuda para o
Desenvolvimento(AIDA), ainda não se depara com grandes dificuldades de
medicamentos.
Vito José Henriques admitiu que a rotura de
abastecimento em medicamentos pode vir a ocorrer, se a situação continuar tal
como está.
“Neste momento
o Hospital Simão Mendes está com um estoque razoável de medicamentos, graças aos
apoios da AIDA”, afirmou.
Perguntado sobre as alternativas, na eventualidade de
houver escassez de medicamentos , Vito José Henriques disse que, a alternativa
vai passar pela estocagem de uma quantidade suficiente de medicamentos.
Disse que os
medicamentos essenciais de que o Hospital precisa são, entre outros, os de
primeiro socorro, acrescentando que, por se estar já na época das chuvas, já se
preveniu para não se entrar em aflições durante esse período. ANG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário