sexta-feira, 27 de maio de 2022

    
Transporte aéreo
/Guiné-Bissau passa a receber em Junho voos da Côte D´Ivoire

Bissau, 27 Mai 22 (ANG) - A Guiné-Bissau vai passar a ter ligações aéreas da Côte D´Ivoire, a partir do início de Junho, disse hoje, sexta-feira, Aliu Soares Cassamá, director-geral da empresa NAS Bissau, que gere e assiste o aeroporto internacional Osvaldo Vieira.

A Air Côte d'Ivoire vai passar a ligar Bissau e Abidjan, passando por Dakar, no Senegal, três vezes por semana, à terça, quinta-feira e domingo, adiantou Soares Cassamá.

O director-geral da NAS Bissau considerou que a presença da companhia ivoiriense na Guiné-Bissau é uma "alavanca para a economia" de toda a sub-região africana, destacando a pujança da  Côte D´Ivoire.

Segundo Soares Cassamá é uma mais-valia para o país, porque ter um voo directo entre Bissau e Abidjan, é uma grande vantagem, toda a gente sabe que a Côte D´Ivoire detém 35% da economia da nossa sub-região.

O responsável afirmou que a partir de agora os operadores económicos dos países terão a vida facilitada, através das ligações aéreas e directas, também impulsionadas pelos Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e Ivoiriense, Alassane Ouattara.

Em Julho, segundo fonte, começa a voar para Bissau a companhia aérea privada Bestfly, tendo sido já rubricado o contrato de assistência aeroportuária com a NAS Bissau.

Soares Cassamá observou que a operadora cabo-verdiana também irá ajudar a facilitar as trocas comerciais entre os dois países, pelo facto de os empresários não terem de viajar até Dakar quando querem chegar a Cabo Verde.

Actualmente, o único aeroporto internacional da Guiné-Bissau recebe regularmente os voos das companhias portuguesas TAP e EuroAtlantic, da multinacional africana Asky, da Air Senegal e da marroquina RAM (Royal Air Marroc).

A NAS, que está presente em 56 países do mundo, entre os quais 17 africanos, incluindo Guiné-Bissau e Moçambique, aguarda por uma auditoria da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) em Agosto.

Se o aeroporto for certificado pela IATA, em duas componentes de avaliação, passará a poder receber aeronaves de qualquer companhia aérea e ainda aviões cargueiros, notou Aliu Soares Cassamá.

Neste último aspecto, vaticinou ganhos para a economia, dando o exemplo de facilidade no escoamento do pescado fresco e castanha do caju, principal produto agrícola e de exportação do país.

"O peixe fresco poderá ser exportado no mesmo dia, a castanha de caju, que neste momento, em navios leva três a quatro meses para chegar à Índia, poderá ser exportada em algumas horas", defendeu Cassamá. ANG/Angop

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