França/Os desafios que esperam Elisabeth Borne na chefia do governo
Bissau, 17 Mai
22 (ANG) - O chefe de Estado francês nomeou segunda-feira, no final da tarde,
Elisabeth Borne nova Primeira-Ministra.
Elisabeth Borne
tornou-se a segunda mulher a chefiar um governo em França, cerca de 30 anos
depois de Edith Cresson ocupar o cargo de chefe do governo entre 1991 e 1992.
"Agir mais depressa e com mais força" a favor do clima, foi o primeiro objectivo fixado pela
nova Primeira-Ministra Elisabeth Borne ao tomar posse segunda-feira nas suas
novas funções, depois de homenagear o seu antecessor Jean Castex e também
recordar a figura de Edith Cresson, até então única mulher a chegar à chefia do
governo em França.
Ao nomeá-la para o cargo, numa mensagem divulgada no
Twitter, o Presidente Macron fixou efectivamente como prioridade a ecologia,
mas igualmente "a saúde, a educação, o pleno-emprego, um novo
impulso democrático, a Europa e a segurança".
Elisabeth Borne chega ao palácio de
Matignon com este programa político em período pré-eleitoral. Terá como missão
formar nos próximos dias uma equipa que possa levar o campo presidencial à
vitória num contexto em que a mensagem enviada pelo eleitorado nas
presidenciais é que a maioria não é adquirida.
Esta tecnocrata que nunca foi submetida ao
escrutínio até à data, concorre nas legislativas de Junho no sexto circulo
eleitoral da região do Calvados, no norte de França, onde durante as
presidenciais, Emmanuel Macron chegou largamente à frente. Uma vitória
eleitoral é importante para o futuro político de Elisabeth Borne e do seu
governo.
Num
médio prazo, para além do desafio ecológico num país que tem sido por diversas
vezes questionado pelas ONGs e pelo próprio Grupo Intergovernamental de Peritos
sobre a Evolução do Clima (GIEC) relativamente ao seu empenho efectivo a favor
de uma economia mais verde e sustentável, o prato forte da missão de Elisabeth
Borne consistirá em executar nos próximos meses o projecto presidencial de
reformar a idade de referência para a aposentação, fazendo-a passar progressivamente
dos actuais 62 para 65 anos.
Um
dossier que promete intensos debates nomeadamente com a oposição, alguns
sectores tendo-a comparado com Margareth Thatcher, mas também com os
sindicatos.
Uma das principais organizações representativas dos trabalhadores, a CGT, recordou ontem a antiga Ministra do Trabalho como alguém que "escuta mas não ouve".
ANG/RFI
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