NATO/Finlândia pede oficialmente adesão à organização
Bissau, 16 Mai 22 (ANG) - A Finlândia pediu domingo, oficialmente, adesão à NATO, com o Presidente do país, Sauli Niinistö, a dizer que se trata de um dia histórico e de uma nova era para este país nórdico.
O Governo finlandês publicou oficialmente
a proposta de adesão à NATO este domingo, com a proposta a ser debatida esta
semana no Parlamento do país. Caso esta adesão seja aprovada, a proposta de
adesão deverá depois ser entregue à NATO, cuja sede se situa em Bruxelas, com a
discussão entre os Estados-membros a contecer no fim desta semana.
Para Sauli Niinistö, Presidente da
Finlândia, este momento é "histórico" para o país.
"Este é um dia histórico. Uma nova era começou",
disse o Presidente em conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra,
Sanna Marin, domingo de manhã em
Helsínquia.
No sábado, o Presidente finlandês ligou
mesmo a Vladimir Putin e transmitiu-lhe a intenção da Finlândia, até agora um
país neutro com fronteiras com a Rússia, de integrar a NATO.
"A conversa foi directa e decorreu sem
contrariedades. Evitar as tensões foi o ponto considerado relevante", informou o Presidente
finlandês.
Entre
os 30 países que fazem parte da NATO, apenas a Turquia se mostrou contra a
entrada da Finlândia e da Suécia, que esta semana anunciou também a intenção de
integrar esta estrutura militar internacional. O Presidente Recep Tayyip
Erdogan alegou que estes dois países acolhiam dissidentes do PKK.
No
entanto, já este fim de semana, o porta-voz do Presidente turco afirmou que o
país "não fecha a porta" à entrada destes dois Estados, numa decisão
que tem de ser unânime entre todos os Estados-membros.
Para
o ministro dos Negócios Estrangeiros português, há razões para haver
optimismo quanto à entrada célere da Finlândia e da Suécia
"Penso que há uma boa base de optimismo
[porque] todos nós estamos conscientes de que divergências que possam existir
são sempre pequenas face àquilo que é verdadeiramente importante, que é o
reforço da Aliança e o reforço da segurança da Finlândia e da Suécia”, apontou João Gomes Cravinho, no
final da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim
Os países estão agora "num processo de diálogo para resolver as divergências”, indicou o governante.
ANG/RFI
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