Burkina Faso/Autoridades
de segurança oferecem recompensa para informações sobre insurgentes
Bissau, 09 Jun 23 (ANG) - Os serviços de
segurança do Burkina Faso, assolado por uma violência fundamentalista
recorrente, publicam hoje uma lista de 20 "insurgentes activamente
procurados", oferecendo recompensas que variam entre 150.000 e 275.000
euros pela sua detenção ou "neutralização".
Os indivíduos, cujos retratos foram
publicados nos meios de comunicação locais, são "activamente procurados
por participação ou cumplicidade na planificação ou execução de actos
nefastos".
"Se
fornecer informações que possam levar à detenção ou neutralização de um destes
indivíduos, receberá o montante indicado na fotografia da pessoa em
causa", afirma uma mensagem do Ministério da Segurança, publicada
juntamente com os retratos.
No
topo da lista estão Sidibé Dramane, conhecido por “Hamza”, e Diallo Moussa,
conhecido por “Abou Ganiou”, de 45 e 40 anos, respectivamente.
As
autoridades burkinabes estão a oferecer 180 milhões de francos CFA (cerca de
275.000 euros) pela captura de cada um deles.
“Hamza”
é um colaborador próximo de Amadou Koufa, do Mali, um dos principais dirigentes
do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (Jnim, em árabe), a principal
coligação afiliada à Al-Qaeda no Sahel.
A
lista inclui igualmente os chefes das “katiba” (unidades de combate
fundamentalistas islâmicas), nomeadamente Dicko Hamadoun, conhecido por “Suu-ka
Maldê”, e Bolly Oumarou, conhecido por “Oumi”, cujas cabeças estão a ser
oferecidas a um preço de 175 milhões de FCFA (265.00 euros) cada.
As
pessoas procuradas são todas burkinabes, a maioria nascida na região norte, com
excepção de Sita Housseini, também conhecida por “Lookmann”, uma nigeriana de
33 anos.
Desde
2015, o Burkina Faso tem sido apanhado numa espiral de violência jihadista que
começou no Mali e no Níger alguns anos antes e se espalhou para além das suas
fronteiras.
Nos
últimos sete anos, a violência matou mais de 10.000 civis e soldados, segundo
as organizações não-governamentais, e deslocou mais de dois milhões de pessoas.
De
acordo com o governo, o exército controla 65% do território nacional.
Desde
Setembro último, o Burkina Faso é governado por uma junta militar dirigida pelo
capitão Ibrahim Traoré, que chegou ao poder na sequência de um golpe de Estado,
o segundo em oito meses. ANG/Angop
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