Ensino/Frente Comum contra bloqueio salarial do pessoal quadro do Ministério da Educação determinado pelo Governo
Bissau, 19 Jul 23 (ANG) – A Frente Comum, organização que congrega
quatro sindicatos do sector da educação e saúde, manifesta em nota sua
indignação contra a que considera medida “ilegal” de bloquear o salário do
pessoal quadro do Ministério da Educação Nacional, tomada pelo Governo.imagem ilustrativo, porta voz da Frente Comum
Em nota de Protesto
divulgada terça-feira, à que a ANG teve acesso hoje, a Frente Comum prometeu nunca
se curvar perante atos que considera de “inconstitucionais
e ilegais” contra professores enquanto defensor acérrimo dos direitos e
interesses da classe docente guineense.
A Frente Comum reage
assim as medidas do Governo, que em
Conselho de Ministros Extraordinário desta terça-feira, adotou o relatório da
Declaração de bloqueio salarial do pessoal quadro do Ministério da Educação
Nacional.
A organização
sindical sustenta que a Guiné-Bissau é
um Estado democrático, por isso, todos os atos da administração pública têm que
conformar-se com a lei, referindo-se ao art.8° da Constituição da República da Guiné-Bissau.
Acrescenta que a medida tomada é “ilegal”, porque qualquer funcionário
que viole o seu dever, há mecanismos para responsabilizá-lo de acordo com ei
n°09/97, de 2 Dezembro, do Estatuto disciplinar dos funcionários e agentes da
Administração Central, Regional Local).
A Frente Comum indicou a repreensão escrita, multa, inatividade,
aposentação compulsiva, suspensão e demissão como penas aplicáveis pelas infrações
disciplinares previstas na lei e no seu art.11°.
Razão pela qual, diz que não existe bloqueio em caso de infrações
disciplinar. Por outro lado, diz que nenhum
trabalhador pode ser punido sem instauração de um processo disciplinar(vide
al.b) do art.50° do Código de Trabalho).
Refere que, no encontro que a Frente Comum manteve com ministra da Educação,
Mónica Buaró da Costa foi advertida para respeitar a lei e não avançar com a
referida medida ilegal. “Infelizmente, a ministra Mónica Buaró Costa decidiu ir
contra lei” lê-se na Nota.
A Frente Comum exorta os
professores a ficarem tranquilos, porque
esta medida “ilegal” deste governo, será tratada com o novo Governo legítimo da coligação PAI-TERRA
RANKA.
“Por isso, unidos venceremos a luta pela dignificação da classe docente
Guineense que não está na militância de partido político, ou no apoio de um
determinado regime político, mas sim na união da classe”, frisou.
ANG/LPG/ÂC//SG
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