quarta-feira, 26 de julho de 2023

Israel/Protestos e greves previstas em Israel após aprovação de nova lei da justiça

Bissau, 26 jul 23(ANG) - Os protestos e ameaças de greves em Israel tomaram conta do país após a aprovação da reforma da Justiça, aprovada no Parlamento com maioria dos partidos do Governo e ausência da oposição, levando

a fortes confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Médicos, comerciantes ou estudantes começam terça-feira greves em Israel após a aprovação da contestada reforma da Justiça levada a cabo pelo Governo de Benjamin Netanyahu, que defende uma linha dura à direita.

Há meses que os protestos contra esta lei, que visa mudar a forma como os juízes são escolhidos e actuam no Supremo Tribunal de Israel e que tem a última palavra no país, estão a ser levados a cabo, juntando milhares de pessoas todas as semanas em várias cidades.

Só na noite de segunda para terça-feira, foram presas 58 pessoas e a polícia usou mesmo canhões de água para dispersar os manifestante após o Parlamento israelita ter aprovado esta controversa reforma com 64 votos a favor, todos pertencentes às forças que constituem e apoiam o Governo, com a oposição a sair do hemiciclo de forma a não votar esta lei.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou à população já tarde na noite de segunda-feira e tentou apaziguar os israelitas dizendo que estaria disponível a levar a cabo negociações para chegar a um acordo sobre esta reforma, continuando a defender que se trata de "um passo necessário para a democracia no país".

Anteriormente já tinham sido levado a cabo negociações, que acabaram por falhar. A oposição acusa Netanyahu de se ter tornado uma marioneta nas mãos dos judeus ultra-ortodoxos.

Os Estados Unidos disseram que se trata de um voto "infeliz" e a Alemanha já disse olhar para esta nova lei como "o aprofundar" das tensões na sociedade israelita".ANG/RFI

 

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